CINEMA
PORTO ALEGRE
Texto Longo
Saudade – estão acabando com as nossas Lembranças,
em nome de um Progresso; em outros lugares no Mundo se mantém estas
Lembranças de uma época, ao lado do Progresso, sem destruí-las na
medida do Possível.
Em Porto Alegre não se preserva a memória. Os
mesmos que destroem em nome desse “Progresso”, pagam altos valores (os
olhos da cara) para ir ao exterior ou até ao Brasil, para apreciar a mesma
arquitetura e ruínas antigas que muitas já possuíam ou possuíram em casa.
Companhia Atlântida
Companhia
Vera Cruz
Cinema Gaúcho
Salas de Cinema – Assuntos de Cinema
CIDADE
___A cidade é
multidão, caminham juntas e separadas na história do urbano, criando condições,
possibilidades; o cinema prescinde, ganha vida, sobrevida, perpetuando sua
história – noutra que até então não era sua – na história da cidade.
GONGO
___Lembrar do ouvir o “soar do gongo, a sala escurecendo
lentamente, as cortinas se abrindo e a grande tela branca”
anunciando o início de mais uma grande história de nossas vidas.
CINEMA
___Uma síntese de
todas as artes, um espetáculo para as massas, uma unanimidade. Há mais de um
século, o Cinema
reflete política, moda e comportamento, sendo um reflexo da sociedade e uma das
expressões artísticas mais populares da história.
___Foi justamente no
início do século XX, pouco depois de seu
surgimento, que a grande tela, a “telona” chegou
a Porto Alegre e, desde então, permanece como uma das principais atrações
voltadas à educação, atualização e, claro, entretenimento. Atualmente, são
muitas as salas presentes na capital, ainda que aquelas disponíveis em shopping
centers acabem atraindo maior público.
___ A evolução-queda-evolução da
configuração espacial das Salas de
Cinema de rua ou calçada em Porto Alegre, a partir da inauguração do Recreio Ideal em 1908,
primeira sala fixa, até a abertura do Cinema Açores, em 1974,
última “sala de rua” inaugurada na cidade.
VIOLENCIA
___A história vítima do escuso, da especulação e expansão
urbana, violência na provinciana cidade, junto a modernidade da falta de
estacionamento, concorrência com os cinemas de shopping e a televisão,
diminuição natural de público, esta capital perdeu mais de centena de salas de
cinema em um século de história, a maior parte demolidas, subutilizadas e
recicladas, ou encontram-se em adiantado estado de deterioração. Não é somente
a perda do cinema, mas sua sala, seu prédio, sua arquitetura, sua história e
estórias nelas consagradas.
___A lembrança e saudade não substitui a espera em longas
filas ao relento do Outono/Inverno sulino, com o "Minuano",
ou em escaldantes salas apinhadas de gente no Verão úmido da cidade, pelo
simples prazer de assistir os grandes lançamentos mundiais ou nacionais do
cinema.
___O público de cinema mudou de hábito. Primeiro, muitos
trocaram as tradicionais “salas de rua” pelas “salas instaladas em shoppings”. Depois, um número
considerável de clientes acabou optando pelo conforto do sofá com a
disponibilidade de “serviços de streaming” e o que mais venha.
___Os imóveis onde funcionavam antigos “cine-teatros, cinemas
de rua” de Porto Alegre acabaram dando lugar a negócios variados,
– o que não somos contrário, mas sim de sua preservação como ponto histórico de
memória, agregado ao dia a dia da cidade.
Bem Vindo!
CINEMA E ENTRETENIMENTO
___A cidade de Porto Alegre sempre teve o privilégio de ser bem
servida de salas de cinema, grandes e pequenas, garantindo diversão e
entretenimento nos bons tempos, do
improviso:
·
Em Casas residenciais;
·
No início das
apresentações em Circos;
·
Dos Cafés;
·
Dos Cine Theatros;
·
Dos Cinemas de Rua
(calçada);
·
Das grandes Plateias;
·
Do Cinema Bodeville
que se espalhavam por toda a cidade, do “piano e da pequena orquestra”;
·
Do Cinema “mudo e falado”;
·
Das Bomboniere`s;
·
Das Festas;
·
Das Pessoas;
·
De nossa famosa Cinelândia (assim
era chamada a Rua da Praia) pela quantidade de cinemas na região.
·
Do Drive-in;
·
Do início acanhado ao
conforto das Salas em “Shopping”;
·
Do Ambiente e
Conforto;
·
Dos Equipamentos;
·
3, 4, 5 D;
Nota:
3D (Visão): - Proporciona a percepção de profundidade
e tridimensionalidade, fazendo com que as imagens "saiban" da tela.
4D (Movimento): - Acrescenta o movimento das cadeiras,
sincronizado com a ação do filme, simulando o movimento dos personagens.
5D
(Efeitos sensoriais e interatividade): - Adiciona uma gama de efeitos especiais
que envolvem os sentidos do público, como:
CINEMA E TEATRO – EDIFÍCIO OU TEMPLO
___Na antigas salas
de cinema, como grandes teatros foram elementos, ainda que apresentem variações
morfológicas e de escala, estruturalmente e conceitualmente mantém-se
permanentes e que por esta razão caracterizam o edifício tipo cinema. São eles:
- a implantação no quarteirão e ocupação do lote; a fachada e seus elementos
constitutivos (displays, marquises); instalações funcionais (bilheterias,
quiosques de venda de balas), e interior e seus elementos constitutivos as
relações espaciais entre platéia e tela que caracterizam e identificam o cinema
junto ao público.
- Os cinemas, desde
suas primeiras implantações, impuseram-se como marco e referencial urbano nas
grandes cidades, a modernização e o crescimento das grandes capitais se fez
também pela construção de grandes salas de cinema nos centros urbanos, que
representaram monumentos e instituições significativas para a cultura e a vida
social da cidade.
- O cinema conforma
uma fachada urbana, separando o interior do exterior, o privado do público,
fornecendo uma primeira imagem do edifício. Ao proceder à análise da fachada
dos cinemas observamos elementos de utilização transitória na edificação, e
elementos de permanência e mesmo de qualificação e sedimentação do tipo e do
caráter do edifício de cinema. Inicialmente a fachada constitui envelope de um
edifício integrado à escala urbana dos centros das cidades, onde predominam
edificações de altura reduzida, onde o térreo tem função comercial, os pavimentos
superiores, residenciais.
- O cinema
apresenta-se então com dois pavimentos, o térreo permeável através de um
conjunto de portas em arcos, o segundo pavimento, composto por janelas
sobrepostas às portas térreas.
- O pavimento
superior de fachada eventualmente poderia ser também utilizado para abrigar a
sala de espera do balcão e camarotes, ou até mesmo um salão de festas.
- Cabe lembrar que
nos grandes teatros europeus, este consistia no espaço nobre, o foyer de honra,
ligado aos camarotes e às frisas de primeira linha, considerados os melhores
lugares, onde se via e se era visto. Com o cinema este espaço passa a ser menos
valorizada, devido à obscuridade da sala, e às melhores condições de visibilidade
apresentadas pelas poltronas de platéia.
CINEMA – ATRAVÉS DO TEMPO
___Os
Bons Tempos em que os “Cinemas” ainda tinham os
programas de tela, palco com shows ao vivo, cortinas de veludo e o grande som
de gongo dando início a sessão, dados que se tem notícia das primeiras salas de
exibição no Centro e Bairros de Porto Alegre.
___Está faltando uma
abordagem da Academia sobre o naufrágio do antigo modelo de “Cinemas”. As pessoas e empreendedores local viraram as
costas para este fenômeno, ou não tinha “bala
na agulha” para enfrentar o boom da TV (a partir de 1959) e a invasão dos
grandes grupos mundiais de distribuição que impõem regras duras para a
exibição.
___O investimento “produz e destrói coisas belas” é uma lei, não há muito espaço para
lamentos, mas para a “reconstituição
da memória” tanto quanto possível.
Para
os que Vivenciaram, Reavivar a Memória,
Para os
que não Sabem, Viver a História.
DESABAFO DO AUTOR
___Como crônica das Salas de Cinema,
Cine-Theatros, assuntos de cinema e do
cotidiano da cidade de Porto Alegre,
ve-se entre tantos motivos, a decadência dos cinemas de rua, caminhou passo a
passo com a decadência arquitetônica urbana da cidade. Se nem todos os antigos
cinemas eram bonitos, mas tinham o seu valor, atualmente principalmente memorial
e histórico.
___Porto Alegre é uma das cidades do Brasil que mais “destruiram prédios de valor histórico”, para
construir em seu lugar projetos de gosto duvidoso, acabando não só com a
estrutura, mas tudo que estas representavam. Para quem não os viu, hoje o que
está é o naturalmente “normal”, mas eram maravilhosos, e serviam em seu
entretenimento semanal como ponto de encontro.
___Pensamos: - foram só os cinemas
que decaíram? - não teríamos, todos
nós, entrado em uma decadência estética? que talvez vá muito mais longe e mais fundo do que imaginamos, muito
além da arquitetura de cinemas e casas de espetáculo? - aliás, é notável
como os cinemas de então, em sua grande maioria eram mais parecidos com um
theatro do que todos os teatros construídos/reformados/restaurados em Porto
Alegre, claro, sempre temos exceções.
___Tem coisas que tem que permanecer como são – PURAS, eternizadas, em algum formato, mas junto a nós.
Coisas de Cinema em Porto Alegre
Bomboniere, cabines telefônicas,
toaletes, camarins, bar e se possível, uma gigantesca tela de 10mts por 20mts.
200 metros quadrados de projeção, para películas de até 70 milímetros, assim
como: - Família, Amigos, Encontros,
Namoro, Lanterninha, Sozinho – Acompanhado, Ser Cinéfilo, O Bater do Gongo, O
Bater dos Pés no Assoalho, Balas de Coco, Balas Ruth (década de 1950), Carrinho
de Pipoca, Pipoca Doce e Salgada, Bib’s (amendoim coberto com chocolate), Balas
Azedinhas, Chicletes Ping e Pong, e Ploc (mesmo proibido, pois colavam no
assento), Bala de Goma, Mirabel, Breck Mirabel, Bombom Amor Carioca, Beijo
Africano, as inacessíveis barras de chocolate Estancia Velha da Neugebauer e
outras marcas.
___Funções
atuais mais comuns em Salas de Cinema:
Área Administrativa
Gerente de operações: - supervisiona
todas as áreas do cinema. Comanda os funcionários e é responsável pelo relatório
diário de atividades. Executa as atividades definidas pela área promocional e
de marketing e deve coordenar o treinamento dos funcionários da área
operacional
Gerente assistente/trainee: - auxilia o
gerente de operações nas diversas atribuições
Área Operacional
Profissionais de Atendimento ao Cliente
Atendente: - ajuda os clientes a encontrar as salas dos
filmes escolhidos e lugares em salas cheias. Fazem a manutenção e limpeza das
salas
Atendente da área de alimentação: - serve os
clientes
Bilheteiro: - vende os bilhetes, informa os clientes quando
restam poucos lugares e os horários das próximas sessões
Porteiro: - controla a entrada dos clientes. Algumas salas
já estão treinando seus funcionários para trabalhar com catracas eletrônicas
Operador de projeção e áudio: - opera os
equipamentos de projeção. Deve conhecer sistemas de imagem e som.
LANTERNINHA
___Os
chamados Lanterninhas ou “Vaga-lumes”, que trabalhavam
nos cinemas, era um profissional que, munido de uma lanterna, tinha a função de
acompanhar as pessoas que chegavam atrasadas na sessão de cinema quando as
luzes já estavam apagadas. Por saber onde havia um lugar vago auxiliava a se
direcionarem com segurança e rapidez ao melhor lugar disponível. Quando a
cadeira era numerada a coluna e a fileira era prontamente indicada. O mesmo
acontecia se alguém desejava ir ao banheiro ou a bomboniere ou lanchonete
durante o filme. Tudo isso sem prejudicar a atenção aos demais clientes do
cinema. Também eram muito úteis ao administrar questões como barulhos e
conversas que estivessem atrapalhando a platéia.
___Contudo,
eram criticados ou não muito bem vistos por casais de namorados mais animados
ou por aqueles que queriam colocar os pés apoiados na poltrona da frente, por
exemplo (questão dos costumes). Muitos eram alvo de xingamentos até levavam uma
pipocadas, uma injustiça com quem estava ali para ajudar a plateia. Na verdade
o desempenho do Lanterninha tanto
podia ser de auxílio, como um transtorno, dependendo do seu estilo de atuação.
Era comum a alguns destes profissionais tomarem uma postura mais policial do
que de auxiliador e, o meio do filme, o seu facho de luz percorria as fileiras
para que ele pudesse averiguar se estava correndo tudo bem. Durante um bom
tempo os “Lanterninhas” tinham um estiloso
e característico “uniforme”
que
dava certo glamour às chamadas sala de espetáculos.
Nota:
- Atualmente os Lanterninhas foram substituídos pela iluminação nos degraus que
levam as poltronas dos cinemas e a “disciplina”, bem, esta ficou por conta do bom senso da própria
plateia. Elvis Presley trabalhou
como porteiro no Loew`s State Theatre
(Memphis), em 1950,
logo quando recebeu sua carteira de trabalho, Em 1952, voltou a trabalhar no mesmo local, por pouco
tempo (o porteiro de cinema nos EUA tem a mesmas funções do nosso Lanterninha).
(Por
Sylvio Luiz Panza, Salas de Cinema de São Paulo).
TECNOLOGIA DO CINEMA
___O
termo Cinema é descrito como
“A técnica e a arte de
fixar e de reproduzir imagens que suscitam impressão de movimento, assim como a
indústria que produz estas imagens. As obras cinematográficas (mais conhecidas
como filmes) são produzidas através da gravação de imagens do mundo com câmeras
adequadas, ou pela sua criação utilizando técnicas de animação ou efeitos
visuais específicos.”
___Cinema
como conhecemos hoje é reflexo de uma série de transformações tecnológicas ao
longo de séculos de trabalho, desde a invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière até a tecnologia 3D e mais a frente, a
evolução de câmeras, técnicas de maquiagem, iluminação, efeitos visuais, entre
outros recursos, tiveram a participação de milhares de pessoas e ramos do
conhecimento que se uniram para recriar o mundo através das telas.
___A
tecnologia do cinema evoluiu drasticamente da simples captura de imagens em
movimento para experiências audiovisuais sofisticadas e imersivas, impulsionada
por inovações em gravação, som, cor e efeitos visuais.
Principais Fases da Evolução Tecnológica do Cinema
Origens e Cinema Mudo (final do século
XIX - 1920s): - A tecnologia inicial centrou-se na invenção de dispositivos
para capturar e projetar uma série de imagens estáticas em rápida sucessão,
criando a ilusão de movimento. Os irmãos
Lumière, com o seu cinematógrafo, foram pioneiros na projeção pública,
usando fitas de celuloide perfuradas. Os filmes eram em preto e branco e,
claro, sem som sincronizado.
O Advento do Som (final dos anos 1920): - A
grande revolução seguinte foi a introdução do som sincronizado. O filme "O Cantor de Jazz" (1927) popularizou
o sistema Vitaphone, que gravava o
áudio em discos separados. Isso transformou a produção cinematográfica e a
experiência do público.
A Era da Cor (anos 1930 - 1950s): - Embora
as primeiras experiências com cores tenham começado no início do século XX, foi o processo Technicolor de três tiras, popularizado
em filmes como "O
Mágico de Oz" e "E
o Vento Levou", que trouxe a cor de forma eficaz e popular para
as telas.
Widescreen e Som Multicanal (anos 1950): - Inovações
como o Cinemascope e o Todd-AO, juntamente com sistemas de som
estéreo e multicanal (pioneiro em "Fantasia"
da
Disney), procuraram oferecer uma experiência de cinema mais envolvente para
competir com a crescente popularidade da televisão.
Efeitos Visuais e CGI (anos 1970 -
1990s): - A tecnologia de efeitos especiais deu um salto gigantesco. Filmes
como "Guerra nas
Estrelas" (1977) de George Lucas e "Blade Runner" (1982) usaram
miniaturas, efeitos ópticos e, mais tarde, a computação gráfica (CGI) para
criar mundos fantásticos.
Revolução Digital (anos 1990 - Presente): - A
transição da película analógica para a captura e projeção digital mudou
fundamentalmente a indústria. Câmeras digitais de alta resolução (como a
Arriflex D-20), edição não linear, e a facilidade de distribuição digital
permitiram maior flexibilidade e acessibilidade.
Experiências Imersivas e Futuro: - Tecnologias
contemporâneas continuam a empurrar os limites, incluindo o cinema em 3D, Realidade Virtual (RV), filmagens em 360 graus, áudio imersivo,
e o uso de motores de jogo em
produção virtual (como Unreal Engine).
___Procure
aqui na lista abaixo se a Sala ou Cinema
que procura está citado, se estiver, é só seguir mais abaixo que achará alguma
informação pertinente.
Índice – Salas e Cinemas
Século XIX
1833
Brazil
Hercule Florence
Em janeiro de
1833, o inventor Hercule
Florence é considerado o “precursor brasileiro da fotografia”.
Primeira Apresentação Porto Alegre
Scenomotographo – Photographias
Animadas
Francisco de Paola
Em 05 de novembro de 1896,
apresentaram na Rua
dos Andradas, nº 349 (antigo),
Segunda Apresentação Porto Alegre
Cinematógrapho Lumière
Georges Renouleau
___Três
dias após a primeira da exibição do “Scenomotographo”,
em Porto Alegre, o fotógrafo francês
Georges Renouleau apresentou o Cinematógrapho dos Irmãos Lumiére em plena Rua da Praia.
1897
Scinomatographo
Rua dos Andradas – Centro
Francisco de Paola
Em 06 de novembro de 1896,
Cinematographo
Rua dos Andradas – Centro
Georges Renouleau
Em 07 de novembro de 1896,
Biógrafo
Aperfeiçoado
Herman Casler
CIRCO ou PRAÇA DE TOUROS
Campos da Várzea – Cidade Baixa
Cinematographo
A partir de 1896,
1897
THEATRO SÃO PEDRO
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo
Faure Nicolay
Em 24 de julho de 1897,
Diaphorama
Universal
Em 26 de julho de 1897,
1898
Theatro São Pedro – Apresentação
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo Lumiére
Companhia de Variedades
Em 09 de abril de 1898,
Salas de Apresentação
Brazil – Porto Alegre
THEATRO POLYTHEAMA Porto-Alegrense
Caminho Novo – Centro
Em 1898,
Século XX
1901
THEATRO DO PARQUE
Campo da Várzea – Cidade Baixa
Domingos Martins
Em 19 de janeiro de 1901,
Theatro São Pedro
Cinematographo
Em 26 de fevereiro de 1901,
1903
Theatro do Parque
Cinematographo
Aperfeiçoado
José Barruci
Em 17 de março de 1903,
Biógrapho Aperfeiçoado
José Barrucci
Em 16 de maio de 1903,
1904
Cinematographo
Em 17 de janeiro de 1904,
CIRCO AMERICANO
Praça XV – Centro
Cinematographo Grand Prix
Em 14 de agosto de 1904,
1907
SALÃO A BAILANTE
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo
Empresa Guidot
Em 06 de outubro de 1907,
Praça de Touros
Cinematographo
Parisiense
Empresa E. Degani
Em 24 de novembro de 1907,
1908
RECREIO INDEPENDÊNCIA
Centro
Cinematographo Pathé
Empresa Chatain
Em 11 de janeiro de 1908,
Theatro São Pedro – Filmagem
Praça da Matriz – Centro
Filmagem
Jacinto Ferrari
Em fevereiro de 1908,
Salas Fixas
Primeira Sala Fixa
SALA RECREIO IDEAL
Rua dos Andradas – Centro
Cinematographo
José Tours
Em 20 de maio de 1908,
CINEMA RECREIO FAMILIAR
Rua da Praia – Centro
Empresa Filizio
Em 16 de agosto de 1908,
CINEMA RECREIO FAMILIAR
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Empresa Filizio
Em 05 de setembro de 1908,
CINEMA RECREIO MODERNO
Rua Demétrio Ribeiro – Centro
Em 17 de outubro de 1908,
Cinematographo Rio Branco
Em 18 de outubro de 1908,
Cinematographo Berlim
Em 08 de novembro de 1908,
CINEMA VARIEDADES
Rua dos Andradas – Centro
Empresa Lumiere
Em 26 de novembro de 1908,
1909
CINEMA SMART SALÃO
Rua dos Andradas – Centro
Em 02 de março de 1909,
ROYAL CINEMA
Rua dos Andradas – Centro
Em 1910,
CINEMA ODEON
Rua dos Andradas – Centro
A. Lewis e Cia
Em 06 de outubro de 1910,
Theatro Polytheama – CINEMA COLYSEU
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Em 17 de outubro de 1910,
1911
PARISIENSE SALÃO
Rua dos Andradas – Centro
Em 25 de março de 1911,
SALÃO COSMOPOLITA
Navegantes
Em 1911,
FAMILIAR
Rua da Azenha – Azenha
Em 1911,
1912
Cine-Theatro
SALÃO DEMOCRATA
Navegantes
Em 1912,
NOLLET
Rua da Margem – Arrabade do Riacho
Em 1912,
CINEMA FORÇA E LUZ
Navegantes
Em 1912,
CINEMA AVENIDA
Rua da Ladeira – Centro
Em 09 de novembro de 1912,
COSMOPOLITA
Avenida Germania - Navegantes
THEATRO PETIT CASSINO
Em 04
de agosto de 1912,
1913
CINEMA IRIS
Rua dos Andradas – Centro
Em 16 de abril de 1913, .
Cinema Iris – CINEMA SELECTO
Rua da Praia – Centro
CINE-THEATRO GUARANY
Rua dos Andradas – Centro
Em 29 de novembro de 1913,
Nollet – CINEMA BRAZIL
Rua João Alfredo – Riacho
Projetor Brasil
Firma Hirtz e Rehn
Em 1913,
Cinematógrafo Hirtz
Eduardo Hirtz
Em 1913,
1914
CINE-THEATRO APOLLO
Rua da Independência – Moinhos de Vento
Januario Grecco e Eduardo Hirtz
Em 01 de abril de 1914,
CINEMA COLOMBO
Avenida Cristóvão Colombo – Floresta
Firma Schilling e van der Halen
Em 24 de junho de 1914,
CINEMA GARIBALDI
Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa
Pedro S. Motta
Em 08 de dezembro de 1914,
Cinematógrafo Noivo
Em 1914,
1915
CINE-THEATRO COLISEU
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Em 1915,
CINEMA PONTO CHIC
Avenida Eduardo – Navegantes
Em 1915, 1916
CINE-THEATRO HÉLIOS
Rua São Pedro – Navegantes
Entre 1915/1916,
CINE ROYAL
Parthenon
Em 1916,
THEATRO IRMÃOS HIRTZ
Endereço Correto (?)
Em 1915, CINE-THEATRO
SELECTA
Rua da Praia – Centro
Em 1916,
1917
Recreio Ideal –
CINE-THEATRO CARLOS GOMES
Rua dos Andradas – Centro
Em 1917,
CINEMA CENTRO CATÓLICO
Endereço (?)
Em 1917,
CINEMA MARAVALHA
Balneário da Tristeza
Sócrates Gandolffi
Em 1917,
Cinema Força e Luz – Incêndio
Em 1917,
1918
CINEMA 1º DE MAIO
Navegantes
Em 1918,
CINEMA VÊNUS
Avenida Eduardo – Navegantes
Em 1918,
Cinematographo
Theresópolis
Em 1918,
CINEMA ORION
Avenida Bomfim – Bom Fim
Em 13 de julho de 1918,
CINEMA ÉDEN
Endereço Correto (?)
Em 191(?),
1919
Ponto Chic –
CINE-THEATRO THALIA
Avenida Eduardo – São Geraldo
Eduardo Hirtz
Em 20 de novembro de 1917,
1920
CINE PALAIS
Rua Cel. Genuíno – Centro
Emilio B. Adam
Em 11
de dezembro de 1920,
1921
Cinema Variedades – CINEMA CENTRAL
Praça da Alfandega – Centro
Irmãos Sirângelo
Em 05 de março de 1921,
CINEMA RECREIO
Rua Nunes Machado – Menino Deus
Em 22 de outubro de 1921,
1922
Theatro Independência –
Projeto
Em 1922,
CINEMA MONT SERRAT
Floresta
Em 1922,
CINE-THEATRO VARIEDADES
Rua 13 de Maio – Menino Deus
Em 28 de janeiro de 1922,
CINEMA NAVEGANTES
Avenida Germânia – Navegantes
Cines Reunidos Ltda
Em 29 de abril de 1922,
CINE THEATRO REPÚBLICA
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 01 de agosto de 1922,
Cinema ao Ar Livre
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Alberto do Valle
Em
1922,
SALÃO 7 DE SETEMBRO
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Alberto do Valle
1923
CINEMA AMÉRICA
Avenida Redempção – Cidade Baixa
Em 1923,
CINE-THEATRO CARLOS GOMES
Rua do Rosário – Centro
Lourenço Romero e Augusto Sendzich
Em Abril de 1923,
CINE-THEATRO ORPHEU
Rua Benjamin Constant – Floresta
Mendelski e Irmãos
Em 03 de outubro de 1923,
CINE-THEATRO CENTENÁRIO
Rua Vigário José Ignácio – Centro
Em 1923,
1924
CINE THEATRO MODERNO
Rua das Flores – Centro
Em 08 de junho de 1924,
CINEMA PAVILHÃO ELEGANTE
Em 05 de agosto de 1924,
PAVILHÃO ELEGANTE
Endereço Correto (?)
Em 05 de agosto de 1924,
1925
Cinema Maravalha – CINEMA TRISTEZA
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Família Dariano
Em 1925,
Cinema Tristeza – CINE
GIOCONDA
Rua Wenceslau Escobar – Tristeza
José Dariano, Irmãos e Filipini
Cinema Palais – CINEMA
PALÁCIO
Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa
Emilio B. Adam
Em 1925,
1927
SALÃO GLÓRIA
Estrada do Belém – Glória
Paróquia de Nossa Senhora da Glória
Em 1927,
1928
CINE-THEATRO REAL
Estrada do Passo d`Areia
Em 1928,
CINE THEATRO YPIRANGA
Rua Cristóvão Colombo – Floresta
Dante Pianca
Em 1928,
CINE THEATRO PETERSEN
Caminho do Meio
Em 1928,
CINEMA ORION
Avenida Bom Fim – Bom Fim
Em julho de 1928,
CINE-THEATRO CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Centro
José Luiz Failace
Em 12 de outubro de 1928,
1929
CINE-THEATRO RIO BRANCO
Avenida Protásio Alves – Rio Branco
Petersen e Cia
Em 14
de fevereiro de 1929,
Cinema América –
CINE-THEATRO AVENIDA
Avenida Redempção – Cidade Baixa
Atilio Tedesco
Em 06 de junho de 1929,
CINE-THEATRO VARIEDADES
Rua Andrade Neves – Centro
Em 10 de agosto de 1929,
1930
CINEMA ROSÁRIO
Rua Benjamin Constant – São João
Irmãos Py Dias
Em 1930,
CINEMA POPULAR SÃO JOÃO
Avenida Benjamin Constant
Em 17 de julho de 1930,
1931
CINEMA IMPERIAL
Rua dos Andradas – Centro
Empresa Cine Teatro Imperial Ltda
Em 18
de abril de 1931,
CINEMA BALTIMORE
Avenida Bom Fim – Bom Fim
Emilio B. Adam
Em 03 de setembro de 1931,
1935
Em 1935,
1936
Theatro Petit Cassino – CINEMA REX
Rua dos Andradas – Centro
Darcy Bittencourt
Em 05 de março de 1936,
1937
Studio Cinematográfico LEOPOLDIS FILMS
Avenida Praia de Belas – Menino Deus
Ítalo Manjeroni
Em 1937,
1938
Cine THEATRO Guarany – CINE RIO
Rua dos Andradas – Centro
Em 1938,
CINE ROXY
Rua dos Andradas – Centro
Em 09 de maio de 1938,
1939
CINE-THEATRO CASTELLO
Avenida da Azenha – Azenha
Em 27 de abril de 1939,
1940
Darcy Bittencourt
Nos
anos 1940,
CINEMA PETRÓPOLIS
Rua Carazinho – Petrópolis
Stefan Fricher
Em 01 de janeiro de 1940,
VERA CRUZ CINE-THEATRO
Rua Andrade Neves – Centro
Irmãos Pianca
Em 04 de setembro de 1940,
1941
Cinema Guarany –
CINE-THEATRO RIO
Rua dos Andradas – Centro
Cia. Nacional de Cinemas
Em 1941,
1942
CINEMA CRUZEIRO
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Em 1942,
1943
Cine-Theatro Thalia – CINE-THEATRO RIVIERA
Avenida Eduardo – Navegantes
Em 1943,
CINEMA BRASIL
Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Empresa Cinematográfica Brasil Ltda
Em 19 de fevereiro de 1943,
Cinema Cruzeiro – CINEMA
ELDORADO
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Idel Russonsky Sobrinho
Em 31 de julho de 1943,
1944
CINEMA RIVAL
Avenida 24 de Outubro – Auxiliadora
Gastão Jaeger Hennemann
Em 09 de julho de 1944,
1947
CINEMA BALUARTE
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira
Em 1947,
Cinema Palácio – CINEMA MARABÁ
Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa
Firma Seidenberg e Cia. Ltda
Em
1947,
CINEMA AMÉRICA
Avenida Assis Brasil – São João
Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda
Em 02 de julho de 1947,
1948
Cinema Baluarte – CINEMA
CRISTO REDENTOR
Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor
Em 1948,
CINEMA ANCHIETA
Avenida Brasil – Navegantes
Em 1948,
CLUBE DE CINEMA
Em 1948,
CINEMA RITZ
Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 06 de setembro de 1948,
1951
Cinema Roxy – CINE
ÓPERA
Rua dos Andradas – Centro
Paulo Geraldo M. Oliveira
Em 1951,
CINEMA CONTINENTE
Avenida João Pessoa – Cidade Baixa
Em 07 de dezembro de 1951,
1952
CINEMA VILA JARDIM
Estrada do Forte – Vila Jardim
Em 1952,
CINEMA MIRAMAR
Rua Aparício Borges – Partenon
Joaquim Alvas da Silva
Em 04 de outubro de 1952,
1953
CINE BELGRANO
Rua Heitor Vieira – Belém Novo
Em 1953,
Cinema Recreio – CINEMA
OÁSIS
Nunes Machado – Menino Deus
Domingos Pegorini
Em 27 de fevereiro de 1953,
CINE TEATRO DE BOLSO – CTB
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 17 de julho de 1953,
Cine-Teatro de Bolso – CINE PALERMO
Rua Sete de Setembro – Centro
David Intechmin
Em 09 de novembro de 1953,
Cine-Teatro Vera Cruz – CINE VICTÓRIA
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Victor Kessler
Em 12 de setembro de 1953,
CINE TEATRO MARROCOS
Avenida Getúlio Vargas – Menino Deus
Darcy Bittencourt & Cia. Ltda
Em 26 de setembro de 1953,
CINE-TEATRO TERESÓPOLIS
Avenida Teresópolis – Teresópolis
Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 03 de dezembro de 1953,
1954
CINEMA REY
Avenida Assis Brasil – Passo D'Areia
Ray Fortes & Cia. Ltda
Em 26 de junho de 1954,
CINEMA REX
Avenida Assis Brasil
Em 26
de junho de 1954,
1955
Cine Rio – CINE
GUARANI
Em 1955,
CINEMA ESTRELA
Estrada do Forte – Passo da Mangueira
Atílio Fontinelli & Cia. Ltda
Em 1955,
Salão Glória – CINE-TEATRO GLÓRIA
Estrada do Belém – Glória
Paróquia Nossa Senhora da Glória
Em 1955,
Cine Theatro Real – CINEMA OK
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira
Ernani Dietrich
Em 1955,
1956
CINE-ART
Praça Inácio A. da Silva – Belém Novo
Milton G. de Barros
Em 1956,
CINE-TEATRO CONTINENTE
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Cinematográfica Bittencourt Ltda
Em 12 de outubro de 1956,
CINEMA POPULAR CINEMASCOTE
Rua Monsenhor Veras – Santana
Em 20 de outubro de 1956,
1957
Cinema Popular –
CINEMASCOTE
Rua Monsenhor Veras – Santana
CINEMA PAQUETÁ
Rua Borborema – Vila São José
Em 1957,
CINEMA TAMOIO
Avenida Cavalhada – Cavalhada
Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 06 de junho de 1957,
CINEMA MEDIANEIRA
Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 18 de junho de 1957,
CINE CACIQUE
Rua dos Andradas – Centro
Taba Cine Teatro S/A
Em 02 de setembro de 1957,
CINE PIRAJÁ
Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Cine Pirajá Ltda
Em 16 de dezembro de 1957,
CINE BELGRANO
Rua Heitor Vieira – Belém Novo
Em 1957,
1958
CINEMA SARANDI
Avenida Assis Brasil – Sarandi
Em dezembro de 1958,
CINEMA MÔNACO
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Hennemann & Nurchis
Em 21 de maio de 1958,
CINE-TEATRO PRESIDENTE
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Em 16 de novembro de 1958,
CINE IPANEMA
Avenida Flamengo – Ipanema
Lívio Onori Di Rocco e +2
Em 28 de novembro de 1958,
1959
CINEMA NIRVANA
Rua Ceará – São João
Em 1959,
CINE VOGUE
Avenida Independência – Independência
Em 01 de agosto de 1959,
1960
CINEMA REX
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 29 de janeiro de 1960,
Cinema Nirvana – CINEMA
CEARÁ
Rua Ceará – Navegantes
Em 03 de maio de 1960,
CINEMA ATLAS
Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 11 de setembro de 1960,
CINE ROMA
Avenida Princesa Izabel – Azenha
Em 24 de setembro de 1960,
CINEMA PIRATINI
Rua Vicente da Fontoura – Santana
Em 19 de outubro de 1960,
Cinema Oásis – CINEMA
BRASÍLIA
Rua Barão do Triunfo – Menino Deus
Em 26 de novembro de 1960,
Cine Medianeira – CINE
ALVORADA
Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 26 de novembro de 1960,
1961
CINEMA ARCO IRIS
Em 1961,
CINEMA SAVIC
Em 1961,
CINEMA DOM BOSCO
Em 29 de março de 1961,
Cine Palermo – CINE RIVOLI
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 25 de abril de 1961,
CINE MOINHOS DE VENTOS
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Em 30 de outubro de 1961,
1963
Cine Theatro Orpheu – CINE ASTOR
Avenida Benjamin Constant – São João
Em 1963,
1966
Cine Moinhos de Vento – CINE CORAL
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Em 23 de outubro de 1966,
CINE SCALA
Rua dos Andradas – Centro
No final dos anos 1960,
1968
CINE SÃO JOÃO
Avenida Salgado Filho – Centro
Em 09 de outubro de 1968,
1969
Cine-Theatro Capitólio – CINEMA PREMIER
Rua Demétrio Ribeiro –
Cidade Baixa
Em 1969,
Cine Garibaldi – CINE ABC
Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa
Em 1º de Janeiro de 1969,
Cinema OK – CINE-TEATRO REAL
Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor
Em 02
de janeiro de 1969,
CINE REGENTE
Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970,
1970
DRIVE IN EUCALÍPTOS
Rua Silvério – Menino Deus
Em 197(?), na década, no Estádio dos Eucalíptos
CINEMA DE BOLSO
Centro
Em 197(?),
Cine Vogue – CINEMA
1–SALA VOGUE
Avenida Independência – Independência
Nos anos 1970,
Cine Cacique – CINEMA SCALA
Rua dos Andradas – Centro
Em 14
de maio de 1970,
Cine Teatro Continente – CINE LIDO
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 22 de junho de 1970,
Cine Baltimore – CINEMA
MINI BALTIMORE
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda.
Em 16 de setembro de 1970,
CINE REGENTE
Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970,
PARK AUTO CINE
Avenida Cel. Marcos – Ipanema
Em 13 de novembro
de 1970,
1971
ARCO-ÍRIS CINEMAS
Mário Pintado
Em 1971,
1973
Centro Comercial João Pessoa
CINE CENTER 1 E 2
Avenida João Pessoa – Azenha
Em 24 de março de
1973,
CINEMA AÇORES
Avenida Protásio Alves – Chácara das Pedras
Em 1974,
1975
Cinema Mini Baltimore – CINE BRISTOL
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 01 de maio de 1975,
1980
Cine Coral – CINE
CORAL 1 e 2
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Na década de 1980,
Cinema Premier – CINEMA
CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
No início nos anos 1980,
PONTO DE CINEMA
Avenida Alberto Bins - Floresta
SESC
Em 15 de março de 1980,
1982
CINE CORAL 1 e 2
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Na década de 1980,
1984
SALA DE CINEMA MARIO QUINTANA
Rua dos Andradas – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em 1984,
1986
CINEMATECA PAULO AMORIM
Rua dos Andradas – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em 06 de agosto de
1986,
1987
Cine Avenida – CINE AVENIDA 1 e 2
Avenida João Pessoa – Cidade Baixa
Em 1987,
CINEMA GUARANI – Reabertura
Rua dos Andradas – Centro
Em 03 de abril de 1987,
SALA REDENÇÃO
CINEMA UNIVERSITÁRIO
Campus Central – Centro
UFRGS
Em 22 de abril de 1987,
SALA EDUARDO HIRTZ
Rua dos Andradas – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em 04 de agosto de
1987,
1988
Cine Baltimore e Cine Bristol
CINE BALTIMORE 1, 2, 3, 4
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 1988,
CINE ÁUREA
Avenida Júlio de Castilhos – Centro
Fim
década de 1980/1990,
1990
CINE VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Na década de 1990,
CINE LIDO 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Nos anos 1990,
MULTICINE
Rua dos Andradas – Centro
Shopping Rua da Praia
Em 1990,
1991
GNC Bourbon Assis Brasil
Avenida Assis Brasil – São João
Em 11 de dezembro de 1991,
GNC Praia de Belas
Em 1991,
1993
SHOPPING IGUATEMI – 4 Cinemas
Avenida João Wallig – Passo d`Areia
GNC Cinemas
Em 1993,
1994
GNC Lindóia Shopping
Avenida Assis Brasil – Lindóia
Em 29 de abril de 1994,
1995
Cine-Theatro Capitólio – Preservado
Em
1995,
GUION CENTER CINEMAS
Rua Lima e Silva – Cidade Baixa
GUION Cinemas
Em 22 de junho de 1995,
SALA NORBERTO LUBISCO
Travessa dos Cataventos – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em 09 de novembro
de 1995,
1997
GNC Iguatemi
Avenida João Wallig – Três Figueiras
Em 1997,
GUION SOL
Avenida Cavalhada – Cavalhada
GUION Cinemas
Em 08
de agosto de 1997,
1998
CINEMARK Bourbon Ipiranga
Avenida Ipiranga
– Jardim Botânico
Rede Cinemark
Em 16 de novembro de 1998,
1999
CINEMA VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 1999,
CINE ATLAS
Avenida Júlio de Castilhos – Centro
Década
de 1990,
SALA P. F. GASTAL
Avenida Pres. João Goulart – Centro
Usina do Gasômetro
Em 25 de maio de 1999,
Século XXI
2000
CINE APOLO
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Década
de 2000,
GNC Moinhos Shopping
Rua Olavo B. Viana – Moinhos
GNC
Em 31 de julho de
2000,
2001
CINE SANTANDER
Rua Sete de Setembro – Centro
Santander
Em 2001,
ARTEPLEX Bourbon Country
Rua Túlio de Rose – Passo d’Areia
Arteplex
Em agosto de 2001,
2004
AEROGUION 1, 2, 3
Em Novembro de 2004,
Cinemas de Porto Alegre
·
AeroGuion
- primeiro aeroporto do Brasil com salas de cinema (3 salas)
Aeroporto Internacional Salgado Filho - Fone: 51 3358.2620
·
Arcoíris
Boulevar - Av. Assis Brasil, 4320. Assis Brasil Strip
Center - Fone: 51 3344.1483
·
Center
- Av. João Pessoa, 1831. Shopping João Pessoa -
Fone: 51 3223.4158
·
Cinemark
- Bourbon Shopping Ipiranga, Av, Ipiranga, 5200. Fone: 51
3299.0850
·
Cinemark
– Barra Shopping Sul - Av. Diário de Notícias, 300. Fone: 51
4003.4171
·
Cinesystem
- Shopping Total - Av. Cristóvão Colombo, 545. Fone: 51
3314.7740
·
Arcoíris
Bourbon Assis Brasil - Av. Assis Brasil, 164. Fone: 51 3362.3608
·
GNC
Lindóia - Av. Assis Brasil, 3522. Fone: 3299.0505
·
GNC
Moinhos - Moinhos Shopping - Rua Olavo Barreto Viana,
36. Fone: 51 3299.0505
·
GNC
Praia de Belas - Shopping Praia de Belas - Av. Praia de
Belas, 1181. Fone: 51 3299.0505
·
Cine
Iguatemi - Av. João Wallig, 1800 - Shopping Iguatemi. Fone:
51 3299.0033
·
Arcoíris
Rua da Praia Shopping - Rua dos Andradas, 1001. Fone: 51 3286.7701
·
Salas
Paulo Amorim, Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco
- Rua dos Andradas, 736 - Casa de
Cultura Mário Quintana. Fone: 51 3221.7147
·
Sala
P. F. Gastal - Usina do Gasômetro - Av. João Goulart, 551.
Fone: 51 3212.5928
·
Sala
Redenção - Campus Central da UFRGS - Av. Paulo Gama, 110.
Fone: 51 3316.3034
·
Cine
Santander - Av. Sete de Setembro, 1028. Fone: 51
3287.5500
·
Unibanco
Arteplex - Av. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon
Country. Fone: 51 3299.0624
·
Arcoíris Vitória - Av. Borges
de Medeiros, 475. Fone: 51 3212.3474
2008
GNC Shopping Iguatemi
Avenida João Wallig – Passo d’Areia
Em dezembro de 2008,
2009
CINEMATECA CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
Em 2009,
CINEBANCÁRIOS
Rua General Câmara – Centro
Em 15 de Outubro de 2009,
2012
GNC CINEMAS 1, 2, 3, 4,
5, 6
Avenida Praia de Belas – Praia de Belas
Em maio
de 2012,
2016
CINE VICTÓRIA 1 e 2 – Reabertura
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 2016,
2019
SALA EDUARDO HIRTZ
Travessa dos Cataventos – Centro
CCMQ
Em 17 de abril de
2019,
2020
CINE DRIVE-IN
Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas
Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana
Em 09 de junho de
2020,
2023
SALA PAULO AMORIM – CCMQ
Travessa dos Cataventos – Centro
Em 08 de março de
2023,
CULT CINEMAS VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros, 441 – Centro
Cristiane Brandolt & Diulia Rauber
Em 19 de julho de 2023,
CINESESC – Projeto ___O
projeto prevê exibição de filmes com uma programação diversificada a todos os
públicos.
Cinema Alternativo
1.CineBancários
Rua General Câmara, 424 – Centro
Histórico – Porto Alegre (RS)
2.Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ)
___Um
centro cultural que possui 3 salas
de cinema, que por vezes exibem filmes alternativos. Sua história começa Sala Norberto Lubisco (1947-1993), Sala Paulo Amorim (1930-1986)
e Sala Eduardo
Hirtz (1878-1951).
Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico
– Porto Alegre (RS)
3.Cine Santander
Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro
Histórico – Porto Alegre (RS)
4.Cinemateca Capitólio
Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro
Histórico – Porto Alegre (RS)
5.Sala Redenção
Campus Central da UFRGS: Av. Paulo Gama,
110 – Farroupilha – Porto Alegre (RS)
6.Guion Cinemas
Rua General Lima e Silva, 776 – Cidade
Baixa – Porto Alegre (RS)
CINESESC – Projeto
2024
Arcoplex Cinemas – Rede
Na Capital, o grupo também controla o Porto
Alegre Strip Center
(com duas salas em reforma), o Rua
da Praia 1 e 2,
Arcoíris Bourbon Assis Brasil e administrava o Victoria 1 e 2.
2025
CINE CINCO
Avenida Ipiranga, 6681, Partenon – Prédio 5
PUCRS – FAMECOS
Avenida
Ipiranga, 6681 – Porto Alegre
Porto
Alegre Resiste, 2025
Ainda tem Cinema de Rua
Pesquisas, Consultas
e Textos Adaptados
*Serão vários
formatos de escrita da época para a mesma informação
*Somos sabedores – FALTA
DADOS
Cronologia do Cinema
Porto Alegre
Apresentações, Locações, Salas de Apresentação, Theatros, Cine-Theatros,
Cinemas, Cines, 3D, 4D, Assuntos de Cinema
Início
Século XVII
Prússia
Lanterna Mágica
___É
provável que a origem da Lanterna Mágica seja muito antiga, mas no século XVII o padre jesuíta
alemão Athanasius Kircher foi quem a
descreveu. Seu princípio é fazer aparecer, ampliado sobre uma parede branca ou
tela estendida num lugar escuro, figuras pintadas em tamanho pequeno, em
pedaços de vidro fino, com cores bem transparentes.
Século XIX
1833
Brazil
Photographie
Em janeiro de 1833, o fotógrafo,
desenhista, tipógrafo e naturalista francês Antoine Hercule Romuald Florence (1804 – 1879) é considerado o “precursor brasileiro da fotografia”. Observando o
descolorimento que sofriam os tecidos expostos à luz do sol e informado pelo
jovem boticário (e futuro botânico) Joaquim
Correia de Melo das propriedades do nitrato de prata, deu início às suas
investigações sobre fotografia. Suas primeiras experiências com a câmera
obscura encontram-se registradas no manuscrito “Livre d'Annotations et de Premier Matériaux”.
Hercule Florence
(28.02.1804 (Nice/França) – 1879 (Campinas/Brazil), inventor de um dos
primeiros métodos de fotografia do mundo, Coleção de Arnaldo Machado Florence
Hercule Florence
___Foi
autor do mais antigo registro fotográfico existente nas Américas. Segundo seu
biógrafo Estevão Leão Bourroul (1859
– 1914), a vida de Florence é a
narração singela e comovente das peripécias, das descobertas, das viagens, que
constituem uma das páginas mais interessantes dos anais contemporâneos.
‘De fato, o
companheiro de Langsdorff e de Adriano
Taunay, o continuador de Lacerda e Almeida,
o
êmulo dos bandeirantes
paulistas, o inventor da poligrafia, do papel inimitável, da stereopintura, o
descobridor, antes de Niépce e de Daguerre, da fotografia, o artista genial da
zoofonia, e da nória hidropneumática ou hidrostática, é um desses vultos surpreendentes
cuja originalidade, lhanesa e múltipla capacidade prendem e fixam de modo
vivíssimo a atenção do historiador, despertando o entusiasmo do filósofo e do
patriota, e são destinados , vencendo o mercantilismo da atualidade, a transpor
os umbrais da severa e justa posteridade’ (Bourroul, 1900).
___Florence
participou de 1825 a 1829 da Expedição
Langsdorff e seus desenhos são considerados excelentes. Registrou a
natureza e os Índios das regiões que atravessou. O diário minucioso que
realizou da viagem traz algumas das mais importantes informações da expedição.
A Expedição Langsdorff foi uma
expedição russa, chefiada e organizada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff (1774 – 1852). Artistas e cientistas,
percorreram, entre 1821 e 1829, mais de 17
mil quilômetros pelo interior do Brasil e realizaram um importante
inventário do país. Alguns dos principais participantes foram, além do próprio Langsdorff e Florence, o artista francês Aimé-Adrien
Taunay (1803 – 1828) e o alemão
Johan Moritz Rugendas (1802 – 1858), os zoólogos francês Edouard Ménétriès (1802 – 1861) e o
alemão Christian Friedrich Hasse
(1771 – 1831), o astrônomo russo Néster
Rubtsov (1799-1874) e o botânico alemão Ludwig Riedel (1790 – 1861).
Autorretrato de Hercule
Flrence, 1855. Detalhe de um retrato de sua família, em Campinas
___O
método fotográfico de Florence foi
comprovado cientificamente pelo pesquisador brasileiro e emérito historiador da
fotografia brasileira Boris Kossoy
(1941 –), entre 1972
e
1976. Em meados de 1976, foi testado, com sucesso, nos laboratórios do Rochester Institute of Technology, nos
Estados Unidos, sob a chefia do professor Thomas
Hill. Em outubro
de 1976,
a pesquisa de Kossoy foi apresentada
no III Simpósio da História da
Fotografia, na George Eastman House,
em Rochester. Foi a partir da pesquisa e do teste realizados por Kossoy, aos quais se seguiu a
publicação, pelo pesquisador brasileiro, do livro: “1833: a Descoberta Isolada da
Fotografia no Brasil” (1980), que Hercule
Florence tornou-se internacionalmente conhecido.
___Publicado
nos Anais do Museu Paulista de dezembro de 2019 o artigo Revelando Hercule Florence, o Amigo das
Artes: análises por fluorescência de
raios X. A física Márcia de Almeida Rizzutto,
coordenadora do NAP-Faepah, atestou,
com a ajuda do método conhecido como fluorescência de raios X por dispersão de
energia (ED-XRF) para detectar a presença de elementos químicos que os
manuscritos de Florence descrevem
fielmente os processos de produção fotográfica por ele testados em 1833. Segundo Kossoy,
foi a comprovação física daquilo que já se sabia do ponto de vista químico.
Hercule florence.
“Epréuve Nº2 (photographie)”. Fotografia: Conjunto de rótulos para frascos
farmacêuticos, 1833. Campinas, São Paulo / Acervo IMS
Expressão: Photographie
___Mais
de 150 anos depois, o exame
detalhado desse manuscrito por Boris
Kossoy levou-o a comprovar o emprego pioneiro de Florence da palavra "Photographie", pelo menos cinco
anos antes que o vocábulo fosse utilizado pela primeira vez na Europa.
1840
França – Paris
Lanterna Quadrada
Auguste Lapierre
Em 1840, Auguste
Lapierre, funileiro em Paris, fabricou a chamada Lanterna
Mágica que consistia de
uma lanterna de ferro estanhado, a "Lanterna
Quadrada", que era comercializada desde 1843. 1888
Narrativa Filmada
Louis Le Prince
Em 1888, ocorreu a primeira narrativa filmada, criada por Louis Le Prince. Era um filme de dois
segundos com pessoas andando no jardim de ruas de Oakwood, intitulado “Roundhay
Garden Scene”.
1889
Brazil – São Paulo
Lanterna Mágica
Benjamin Schalch
Em 1889, chega a “Lanterna
Mágica”,
que ficou conhecida como “A
Maravilha do Século”, trazida do exterior por Benjamin Schalch, que apresentava imagens com movimentos.
1891
França – Paris
Lanterna de Projeção
Edouard Lapierre
Em 1891, seu filho Edouard
Lapierre, criou um modelo para os
adultos, a “Lanterna
de Projeção", que permitia utilizar vistas fotográficas formato
8,5 X 10 cm.
Estados Unidos
Cinetógrapho
Thomas Edison e William K. L. Dickson
Em 1891, Thomas
Edison inventou o Cinetógrapho e posteriormente o
“Cinetoscópio”. Na realidade,
foi William K. L. Dickson foi quem
desenhou o sistema de engrenagens que permitia que o filme corresse dentro da
câmera, sendo também o primeiro a obter, em 1889, uma rudimentar “imagem com som”.
Cinetoscópio
___O
Cinetoscópio patenteado por Edison era uma caixa movida a
eletricidade, que continha o filme inventado por Dickson, mas com funções limitadas, pois o “Cinetoscópio” não projetava o
filme; tinha uns 15 metros de filme,
e o espectador – individual – tinha que ver a imagem através de uma lente de
aumento. O artefato, que funcionava depositando uma moeda, não pode ser
considerado como um espetáculo público, mas apenas uma “curiosidade de salão”, que em 1894 se via em Nova Iorque (EUA), e antes do ano
terminar, na Europa, em Londres, Berlim e Paris.
1895
França – Paris
Irmãos Lumiére
Em 1895, Paris, França, o cinema foi desenvolvido
pelos Irmãos Lumiére, quando apresentaram
o “Cinematógrapho”, e as bases do cinema
como ele é ainda atualmente.
Auguste e Louis Lumière
Primeira
Apresentação Paris
Cinematógrapho Lumière
Boulevard des Capucines
Em 28 de dezembro de 1895, a tarde, em
Paris, França, a apresentação de cinema aconteceu no subsolo do Grand Café, do Boulevard des Capucines, em Paris, os Irmãos Lumière apresentaram seu invento apenas com “uma tela de tecido, uma centena de
cadeiras, um aparelho de projeção colocado sobre um banco”, à entrada, uma
faixa anunciando: - Cinematógrapho
Lumière, valor de entrada 1 franco.
O invento que era ao mesmo tempo “câmera,
filmadora e projetor”, e na verdade é o primeiro equipamento que se pode chamar de “Cinema”, mediante a sua apresentação
pública em Paris, o nome de seus inventores ficou conhecido internacionalmente
como os pioneiros do cinema. Os irmãos Lumière
produziram um grande número de curta-metragens documentais com êxito, com
diversos elementos em movimento, tais como trabalhadores saindo de uma fábrica
e um jardineiro regando plantas. Um dos seus mais efetivos exemplos de
curta-metragem foi o que mostrava um trem correndo em direção ao espectador,
que assustava o público. Quanto ao cinema de Edison, era mais teatral, apresentando números circenses,
bailarinas e atores dramáticos que atuavam para as câmeras.
1896
França – Paris
Georges Méliès
Em 1896, o ilusionista francês Georges Méliès demonstrou que o cinema não servia apenas para
gravar a realidade, mas também para “criar
a fantasia”. Com tais premissas, produziu filmes narrativos,
dando início ao cinema de apenas uma bobina. Em um estúdio em Paris, Méliès rodou o primeiro grande filme
encenado, com quase 15 minutos: "L’Affaire Dreyfus" (1899), e “Cendrillon”, com 20 cenas.
Primeira
Apresentação Brazil
Brazil – Rio de Janeiro
Cinematógrapho
Rua do Ouvidor
Henri Paillie
Em 08 de julho de 1896, no Rio de
Janeiro, Brazil, as 14h00, “primeira exibição de cinema”, reduto das
novidades urbanas no centro do Rio de Janeiro, no Brasil aconteceu, por
iniciativa do exibidor itinerante belga Henri
Paillie. Naquela noite, numa sala alugada do Jornal do Commercio, na Rua
do Ouvidor, 57, foram projetados
oito filmetes dos irmãos Lumière de
cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas
pitorescas do cotidiano de cidades da Europa, com um trem chegando à estação e
trabalhadores saindo de uma fábrica. Entretanto, curiosamente, não se usou o “Cinematógrafo”, e sim o Omniographo, aparelho sobre o qual quase
não há registros, mas que, provavelmente, era uma adaptação nacional de alguma
das muitas máquinas que surgiram mundo afora na época do nascimento do cinema. Só
a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os
ingressos não eram baratos.
___Para
a primeira projeção, utilizou-se de um Omniographo,
mas por razões desconhecidas, os jornais da época anunciaram a novidade como
sendo: - "aparelho que
projeta sobre uma tela (...)
diversos espetáculos e cenas animadas (...) série
enorme de fotografias" de um Omniógrafo
ou Omniographo ("abrasileiramento" do Cinematógrapho).
Omniographo
Brazil – Porto Alegre
Primeira
Apresentação Porto Alegre
Scenomotographo – Photographias
Animadas
Rua dos Andradas – Centro
Francisco de Paola
Em 05 de novembro de 1896, quatro meses depois da novidade chegar ao Brazil, é realizada
a primeira apresentação de filmes ou filmetes, as chamadas “photographias animadas” ou “Vistas Alegre” em Porto Alegre por Francisco de Paola S. Xavier e Dewison.
Francisco
de Paola S. Xavier
___Apresentaram na Rua
dos Andradas, nº 349 (antigo), na
antiga Pharmacia Jouvin, o Cinetoscópio ou "Scenomotographo", chamado
por eles de "a última descoberta” de Thomas Edison.
Cinetoscópio
___Projetaram os filmes:
1. O Bosque
de Boulogne,
2. A Dança
Serpentina, e
3. A Chegada
do Trem na Estação de Lyon.
___O jornal Gazeta da Tarde
informa que iniciam nesta data as apresentações do "Scinomatographo"
de Francisco de Paola e S. Dawis as
16 horas e 30 minutos, na Rua
dos Andradas (Rua da Praia), nº
349 (antigo).
Imprensa
Em 06 de novembro de 1896, o jornal A República
reporta que Francisco de Paola e Dewison exibiram
no dia anterior (05.11.1896) o "Scinomatographo"
na Rua dos Andradas (Rua da Praia) em frente ao ponto dos Bondes, na Praça Senador
Florencio.
Os filmes apresentados eram: A Chegada
de um Trem, O Bosque de Boulogne, e A Dança Serpentina, este
último filme foi o que mais agradou ao público.
Segunda Apresentação
Porto Alegre
Cinematographo Lumière
Rua dos Andradas – Centro
Georges Renouleau
___Três dias após a
primeira da exibição do “Scenomotographo”, em
Porto Alegre, o fotógrafo francês
Georges Renouleau apresentou o Cinematógrapho dos Irmãos Lumiére em plena Rua da Praia. A história do cinema que principiou
em Porto Alegre, teve como cenário uma cidade provinciana, com 52.421 habitantes em 1890, chegando a
73.647 em 1900 (IBGE, 1950).
Imprensa
Em 07 de novembro de 1896, o
jornal Gazeta da Tarde informa que a
apresentação de fotografia animada, o "Cinematographo" de Georges
Renouleau ocorrerá as 19 horas na Rua dos Andradas (Rua da
Praia),
nº 230 (antigo).
Em 08 de novembro de 1896, Georges Renouleau, volta a
Porto Alegre como “empresário cinematográfico” e realiza a segunda exibição de cinema em Porto Alegre.
___Foram apresentados:
1. O Carroção,
2.
Uma Criança Brincando com Cachorros, e
3. Exercício de
Equitação por Militares.
Nota:
- O jornal Correio do Povo reporta que recebeu
convite de G. Renouleau para a exibição de seu aparelho de
fotografia animada nesta data, as 19
horas na Rua dos Andradas, nº
230
(antigo).
Georges Renoleau
Georges Renoleau
- Georges Renoleau, francês, fotógrafo de profissão, esteve
estabelecido em 1870, em Porto Alegre com
um estúdio fotográfico na Rua Marechal
Floriano (Rua de Bragança) nº 196.
- Por volta de 1890, muda-se para São Paulo onde monta um estúdio e se casa com a filha de
outro fotógrafo, o francês Jules Martin.
Imprensa
Em 10 de novembro de 1896, o jornal A República traz notícias somente das exibições do Sr.
Renouleau. Valor do ingresso, sendo 1 mil reis (1$000) por pessoa.
Brazil – Pelotas
Em 26 de novembro de 1896, após alguns
dias em Porto Alegre Francisco de Paola S. Xavier segue para a
cidade de Pelotas, onde faz apresentações com seu "Cinematógrafo".
Brazil – Porto Alegre
Biógrafo
Aperfeiçoado
Herman Casler
Em 1896, o aparelho denominado “Biógrafo Aperfeiçoado”, foi desenvolvido originalmente por Herman Casler e
trabalhava com filmes de bitola 60mm.
___Foi
largamente utilizado durante alguns anos sendo que alguns exibidores o
trouxeram a Porto Alegre por volta de 1900.
CIRCO ou PRAÇA DE TOUROS
Campos da Várzea – Cidade Baixa
Cinematographo
A partir de 1896, a arena de touros, nos Campos
da Várzea
(Parque Farroupilha)
foi também palco para apresentação de “Cinematógraphos”
em sessões noturnas.
___O cinema, por
sinal, que de imediato ao chegar naquele ano caiu nas graças dos
portoalegrenses, foi um dos responsáveis pelo rápido declínio das “touradas”, tanto que em torno de 1910 o Circo de Touradas haveria de ser desativado, enquanto que as “Salas de Cinema” se multiplicavam.
1897
Brazil – Rio de Janeiro
Salão de Novidades Paris
Rua do Ouvidor
Paschoal Segreto e José R. Cunha Salles
Em 1897, um ano depois, já existia no Rio de Janeiro uma “sala fixa de cinema”, o Salão de Novidades Paris, na Rua do Ouvidor, propriedade de Paschoal Segreto e José R. Cunha Salles.
Registro da 1ª sessão de cinema de rua no Brasil
Estados Unidos
Kinetoscópio
___O Kinetoscópio,
foi o primeiro equipamento desenvolvido por Thomas Edison (EEUU) para
a visualização de filmes. Era equipamento de uso individual e não projetava as
imagens.
Thomas Edison
Kinetofone
___O Kinetofone
agregava a possibilidade de ouvir sons simultaneamente com o desenrolar do
filme. Era dotado de uma espécie de fone de ouvido.
Brazil – Porto Alegre
THEATRO SÃO PEDRO
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo
Faure Nicolay
Em 24 de julho de 1897, o ilusionista e
prestidigitador Faure Nicolay se apresenta no Theatro São Pedro, junto a Praça da Matriz vindo com a sua Companhia de Zarzuela.
___O "Cinematographo" exibido não era de boa qualidade.
Diaphorama
Universal
Em 26 de julho de 1897, o
jornal A Federação, comentando o
espetáculo, informa que o "Cinematographo" exibido não
era de boa qualidade e que o "Diaphorama Universal" também não
agradou.
Nota:
Brazil – Curithyba
- Faure Nicolay esteve também em Curitiba, de 25 a 30 de agosto de 1897, apresentando o seu "Diaphorama" e o seu "Cinematographo" e nessa capital, o espetáculo foi elogiado.
1898
Cinema
Mudo Brasil
Brazil – São Paulo
Affonso Segretto e Pascoal Segretto
Em 19 de junho de 1898, o cinema mudo no
Brasil, com os equipamentos e filmes trazidos para o Brasil pelos irmãos Affonso Segretto e Pascoal Segretto, que ao chegar no Rio de Janeiro imediatamente
iniciaram a fazer imagens, no próprio porto. Os Segrettos foram, portanto, os pioneiros na captação de imagens em
movimento no país, filmando eventos e cerimônias. Destaca-se, entre tais
documentos, a visita do Presidente Prudente
de Moraes, em 5
de julho de 1898. Em 13
de fevereiro de 1898, o médico José
Roberto de Cunha Sales realiza uma das primeiras exibições do cinematógrafo
em São Paulo. Em São Paulo, a primeira filmagem foi feita por Afonso Segretto em 20 de setembro de 1899, em uma
celebração da colônia de imigrantes italianos.
Brazil – Porto Alegre
Theatro São Pedro – Apresentação
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo Lumiére
Companhia de Variedades
Em 09 de abril de 1898, a Companhia de Variedades do Theatro
Lucinda, do Rio de Janeiro, estréia no Theatro São Pedro, apresentando o seu "Cinematographo Lumiére", como variedade ao espetáculo.
Theatro São Pedro -
1898
Imprensa
___O jornal A Reforma deste dia comunica que a Companhia de Variedades Dramáticas de Germano Alves vai
se apresentar "hoje" no Theatro São Pedro. Informa que o espetáculo agradou ao público e
que o "Cinematographo
Lumiére" foi muito aplaudido.
Brazil – São Leopoldo
Em 26 de abril de 1898, o Jornal
do Commércio informa que de Porto Alegre o "Cinematographo
Lumiére", referido seguiria para a cidade de São
Leopoldo.
Salas de Apresentação
Brazil – Porto Alegre
THEATRO POLYTHEAMA Porto-Alegrense
Caminho Novo – Centro
Em 1898, o Theatro Polytheama foi inaugurado nas esquinas do Caminho Novo (Rua Voluntários da
Pátria) e Rua Pinto Bandeira.
___Muitas exibições
de cinema ocorreram neste teatro.
___Em
1907, por volta, o Polytheama teve vida curta pois consta que foi condenado pelos engenheiros por
estar com as fundações de madeira apodrecidas.
___Em 1908, o prédio foi demolido.
Nota:
- Neste lugar, bastante modificado pelos sucessivos
aterros, encontra-se hoje o Edifício
Coliseu na Praça Oswaldo Cruz.
- Em
1910, em seu lugar foi erguido o primitivo Theatro
Colyseo (o antigo).
1899
Em 1899, a fotografia do fotógrafo amador Herr
Colembusch mostra o Theatro
Polytheama um ano após a sua construção que ocorreu em 1898.
Theatro Polytheama,
vista do Guaíba – 1899
Aparelhos de Imagens
Animadas
Em 1899, apareceram
outros aparelhos e modelos que projetavam "vistas animadas" nos locais:
·
Theatro São Pedro,
·
Theatro Polytheama Porto-Alegrense,
e
·
Café Guarany.
___Nestes primeiros anos do final
do século XIX, os principais lugares
identificados como aparente apresentações como: - Theatro São Pedro (espaço da elite que incorporou outras camadas
sociais quando passou a exibir filmes); Praça
da Alfândega, Praça de Touros, Theatro Parque, Theatro Polytheama e Campo da
Redenção. Casas de espetáculo que alternavam suas apresentações teatrais, musicais
ou reservavam locais para exibição de filmes e filmetes.
Século XX
Filme Mudo
– Cinema Sem Som
Tempo de
Projeção
Na primeira década do século XX,
o cinema ainda era uma forma de arte essencialmente visual. Os filmes nas salas
de exibição eram acompanhados por “músicos ao vivo” ou “trilhas sonoras” executadas em sincronia. Este período,
conhecido popularmente como a Era do
Cinema Mudo, testemunhou a ascensão de cineastas como D.W. Griffith, cujo épico “O Nascimento de uma Nação” (1915) revolucionou a narrativa
cinematográfica. O cinema mudo também viu o surgimento de grandes comediantes,
como Charlie Chaplin e Buster Keaton, que dominaram as telas
com sua habilidade física e timing cômico. Títulos icônicos continuam a ser
admirados até hoje, mostrando como o silêncio pode ser uma linguagem universal
e poderosa na sétima arte. Os filmes mudos eram mais lentos – normalmente com 16 a 20 quadros por segundo –, do que os filmes sonoros – com 24 quadros por segundo. Tal técnica era
utilizada para acelerar a ação, em especial nas comédias. A lenta projeção de
um filme a “base de nitrato” representava um risco de incêndio, pois como
cada quadro era exposto por mais tempo sob o intenso calor da lâmpada de
projeção; mas havia outros motivos para a projeção de um filme em um ritmo
maior. Muitas vezes projecionistas recebiam instruções de distribuidores e
diretores musicais sobre a velocidade particular com que as bobinas ou cenas
deveriam ser projetadas. Em casos raros, geralmente para maiores produções, era
providenciado para o projecionista um guia detalhado para a apresentação do
filme. Os cinemas também – para maximizar o lucro – às vezes variavam as
velocidades de projeção, dependendo da hora do dia ou da popularidade de um
filme, para que o mesmo coubesse em um intervalo de tempo prescrito.
Nota:
- No suporte em película, a projeção de
imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento terá de ser de
no mínimo 16 fotogramas (quadros)
por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são simples imagens
isoladas.
P&B e as Cores
___Com a falta de cor natural de processos disponíveis,
os filmes do cinema mudo foram
frequentemente mergulhados em corantes e tingidos de vários tons e matizes para
sinalizar um humor ou representar a hora do dia. Cenas noturnas eram
representadas em azul, enquanto amarelo ou âmbar significavam o dia. O fogo era
representado em vermelho e o verde representava uma atmosfera misteriosa. Da
mesma forma, a tonificação do filme (como era comum no cinema mudo a
tonificação sépia), com soluções especiais, substituía as partículas de prata
do filme com sais ou corantes de várias cores. Uma combinação de tingimento e
tonificação poderia ser usada como um efeito que poderia ser marcante. Alguns
filmes foram pintado à mão, como "Annabelle Serpentine Dance" (1894),
do Edison Studios. Nele, Annabelle Whitford, uma jovem dançarina
da Broadway, está vestida com véus brancos que parecem mudar de cor enquanto
ela dança. Esta técnica foi projetada para capturar o efeito de performances ao
vivo de Loie Fuller, a partir de 1891,
em que o palco iluminado com gel colorido refletia sobre as roupas brancas em
movimento artístico. Coloração à mão era usada frequentemente nos truques e
fantasias dos filmes da Europa, especialmente os de Georges Méliès. Méliès
começou seu trabalho mais cedo com tingimento a mão, em 1897,
tendo em “Cendrillon”,
de 1899,
um dos primeiros exemplos de filme pintado à mão, em que a cor era uma parte
crítica da cenografia ou mise an scene; para tonalizar era
usada a oficina de Elisabeth Thuillier,
em Paris, com equipes de artistas do sexo feminino adicionando camadas de cor
para cada quadro, à mão. Uma nova versão restaurada de “Le Voyage dans la
Lune”, de Méliès,
originalmente realizado em 1902, mostra o uso exuberante da cor para fazer a
textura da imagem.
Eletricidade
No início do século XX,
como no Mundo, em
Porto Alegre não foi diferente, a Intendência
decidiu partir para a alternativa da “Eletricidade”,
construindo uma “Usina Elétrica” para
substituir o serviço do “querosene”.
___Enquanto que na
zona Central ainda deveria permanecer atuando a Companhia Rio-Grandense de Iluminação a Gás.
1901
França
Lucifone
René e Maurice
De 1901, em diante, René
e Maurice, filhos de Edouard Lapierre (1891), dirigiram o negócio
das “lanternas”, lançando em 1903 o "Lucifone", que compunha-se
de uma “lanterna mágica” e de um fonógrafo
de cilindro, unindo imagem e som, fazendo “projeções
sonoras” acompanhadas
de cantos e risos.
Brazil – Porto Alegre
THEATRO DO PARQUE
Campo da Várzea – Cidade Baixa
Domingos Martins
Em 19 de janeiro de 1901, foi inaugurado o Theatro do Parque pelo Sr. Domingos Martins
Pereira e Souza no recinto idealizado da Exposição Estadual de
1901, realizada no Campo da Várzea (Parque da Redenção).
___O Theatro do Parque realizava espetáculos ao ar livre como se pode
observar pelas duas fotografias abaixo e muitas vezes eram montadas
apresentações com "Cinematographo".
Nota:
- Mesmo com o término da Exposição
Estadual o teatro continuou a promover espetáculos que, segundo registros,
foram até 1912.
Theatro do Parque –
Parque de Exposição – 1901
Exposição
Estadual – 1901
Em 24 de fevereiro de 1901, foi
inaugurada em grande pompa a Exposição
Agroindustrial, no Campo da Várzea (Redenção),
foi realizada nos terrenos que ficam atrás da antiga Faculdade de Engenharia, junto ao “espigão
central” e atualmente ocupados por alguns prédios do antigo Campus Central da
UFRGS.
Exposição Estadual realizada
ao lado da Escola de Engenharia – 1901
Tela de
Exibição
___Uma grande tela foi colocada nos fundos da Faculdade de
Engenharia, em algumas noites, eram apresentadas películas
cinematográficas.
___Era um ambiente muito aprazível principalmente nas noites de Verão e
os espetáculos tinham afluência de grande público.
Theatro São Pedro
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo
Em 26 de fevereiro de 1901, o jornal Correio
do Povo anuncia a estréia de um "Cinematographo" no Theatro São Pedro, com
exibições diárias, ao preço de 1$000
por pessoa. Nas galerias o preço era 500
réis.
Nota:
- As exibições de filmes neste teatro
foram realizadas até 1909 e sofreram protestos
por parte da elite conservadora e de alguns redatores de jornais.
- A fonte citada não especifica o motivo dos protestos. Essas
críticas eram devidas ao fato do Theatro São Pedro estar sendo
utilizado para projeção de filmes ao invés de apresentar peças teatrais.
1903
Theatro do Parque
Campos da Várzea
Cinematographo
Aperfeiçoado
José Barruci
Em 17 de março de 1903, estréia do "Grande Internacional
Biographo" ou "Cinematographo
Aperfeiçoado" por José Barrucci no Theatro Parque, este teatro ficava próximo da Escola de Engenharia junto ao Campo da Várzea (Parque da Redenção).
Vê-se o Velódromo, a
Praça de Touros, Exposição Estadual – 1901
Biógrapho Aperfeiçoado
José Barrucci
Em 16 de maio de 1903, anúncio no
jornal Correio do Povo:
- Apresentação do “Biógrapho Aperfeiçoado” trazido a Porto Alegre pelo empresário José
Barrucci.
Biógrapho Aperfeiçoado
1904
Cinematographo
Em 17 de janeiro de 1904, apresentação do “Cinematographo” na Praça da Alfândega (Rua da Praia), nº 311 (antigo), no Centro,
apresentação:
·
O Admirável.
CIRCO AMERICANO
Praça XV – Centro
Cinematographo Grand Prix
Em 14 de agosto de 1904, o "Cinematographo Grand Prix" começa a ser apresentado no Circo Americano, sem endereço anunciado (mas ficou
instalado durante anos no Largo do Mercado, na Praça XV em um pavilhão de madeira).
1907
SALÃO A BAILANTE
Praça da Matriz – Centro
Cinematographo
Empresa Guidot
Em 06 de outubro de 1907, o
jornal Correio do Povo anuncia que a
Empresa Guidot fará exibições do seu
“Cinematógrapho
Grand Prix” no Salão A Bailante, na Praça da Matriz (Praça Mal.
Deodoro).
Salão A Bailante – 1900
Praça de Touros
Rua da Concórdia – Cidade Baixa
Cinematographo
Parisiense
Empresa E. Degani
Em 24 de novembro de 1907, o Jornal
do Commercio reporta que a Empresa
E. Degani exibirá o seu "Cinematographo Parisiense", na Praça de Touros existente na Rua Concórdia (Rua da
Republica).
1908
Exibição
Mambembe
___Do período que se estendeu de 1896 até 1908, quando então, foi
inaugurada a primeira sala fixa da cidade, o cinema era exibido em feiras,
parques, prédios de comércio e theatros. Neste mesmo período, Fábio Steyer
(1998) identificou aproximadamente 20 diferentes exibidores em Porto
Alegre, compostos por empresas locais e nômades aventureiros, que faziam do
espaço público da cidade, seu ganha pão por alguns dias.
Consumo de Energia Aumenta
___O crescimento da indústria impôs maior demanda de
energia somada à iluminação dos lares. O aumento do consumo, impulsionou a “criação de
uma pequena nova usina elétrica”, de pequena capacidade.
Luz
Elétrica
___A implantação da “luz elétrica” – um dos símbolos mais fortes da modernidade – ao passo que substituiu
paulatinamente os antigos lampiões à gás, viabilizou o aparecimento das
primeiras salas fixas e, como não poderia deixar de ser, o Centro da cidade,
espaço hegemônico por excelência por abrigar o comércio e as instituições
públicas, foi privilegiado pela nova tecnologia e, consequentemente, pelas “primeiras
salas de exibição” contempladas. Existiam a “locomácquinas” à vapor que se encaixava a tudo que precisava energia ou movimento.
Usina Elétrica Municipal
Em
1908, entra em funcionamento a Usina Elétrica
Municipal na Rua Voluntários da Pátria com a Rua Cel. Vicente.
RECREIO INDEPENDÊNCIA
Centro
Cinematographo Pathé
Empresa Chatain
Em 11 de janeiro de 1908, estréia no Recreio Independência o "Cinematographo Pathé" da Empresa
Chatain.
Theatro São Pedro – Filmagem
Jacinto Ferrari
Em fevereiro de 1908, o carnaval deste ano é filmado
pelo fotógrafo Jacinto Ferrari, destacando a Sociedade Carnavalesca Esmeralda (sociedade da elite tradicional de Porto Alegre),
sendo que os filmes foram apresentados no Theatro São Pedro com bastante sucesso.
Primeira
Sala Fixa
SALA RECREIO IDEAL
Rua dos Andradas – Centro
Cinematographo
José Tours
Em 20 de maio de 1908, inaugura a Sala Recreio Ideal na Rua
dos Andradas, nº 321 (antigo) depois 313/315 (atual
Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça da Alfândega,
propriedade de José Tours, representante de uma fábrica espanhola
de “aparelhos Cinematográficos”.
___Esta
foi a “primeira sala fixa de cinema” da cidade e apresenta sua 1a. sessão, dedicada à
imprensa da capital.
___Conforme
Alice Dubina Trusz, em seu livro “Entre Lanternas Mágicas e
Cinematógrafos”, refere a primeira sala permanente para projeções,
o Recreio
Ideal,
onde houve uma pré-estreia para a imprensa.
___Os filmes
apresentados foram:
1. Chegada de Elliu Root ao Rio de
Janeiro,
2.
Trechos do Rio de Janeiro, e
3. Funerais do Rei Dom Carlos e do
Príncipe Real Dom Luis Felipe.
___Conforme
um jornal da época:
“O salão está muito
bem preparado e tem grande número de cadeiras, sendo os trabalhos de cenografia
executados pelo conhecido cenógrafo Alfredo Tubino.
O aparelho cinematográfico é, sem dúvida, o melhor que até agora veio a esta
capital, não se notando nas projeções a mínima trepidação.”
Nota:
- O cenógrafo, Tubino,
era o mesmo que pintava as bocas de pano do Theatro São Pedro, e que se tornara muito popular na cidade por seu
trabalho na decoração de salões e de carros alegóricos para o carnaval.
___E
eram dois os preços dos ingressos, conforme a escolha das acomodações de “primeira ou segunda classe”. Os espetáculos
eram sempre noturnos, entre 18h30 e 23 horas.
Sala Recreio Ideal – Aberta ao Público
Em 21 de maio de 1908, no dia seguinte,
a Sala Recreio Ideal abriu para o ansioso público porto-alegrense,
com seus 135 lugares colocados à
disposição, e apresentava uma programação mais definida, com horário fixos: as
sessões aconteciam às 15 e às 16 horas (matinês), e às 18h 30min e às 23 horas (soirées).
Imprensa
Em 21 de maio de 1908, conforme o jornal
Correio do Povo, a notícia sobre a
apresentação do dia 20 saiu no
diário do dia 21/05/1908. Coluna: - " ARTES E
ARTISTAS" (Texto do jornal Correio do Povo, grafia da
época):
"Recreio
Ideal – Como noticiamos, realisou-se
hontem, a funcção que o senhor Tous, proprietário do Recreio Ideal, dedicára á imprensa. O salão está muito
bem preparado e tem grande número de cadeiras. O apparelho cinematographico é, sem dúvida, o melhor que, até
agora, veiu a esta capital, não se notando nas projecções a minima trepidação.
Todas as fitas exhibidas agradaram, immensamente, sobretudo as que reproduziam
a chegada de Elihu Root, ao Rio de Janeiro, diversos lindos trechos dessa capital e os funerais
del-rei d.Carlos e do principe real d.Luiz Felippe.
Hoje, o público poderá gosar das diversões do Recreio Ideal, que funcciona á rua dos Andradas n.
321."
Sala Recreio Ideal – Matinês
A partir de 21 de maio de 1908, o Recreio Ideal passou a apresentar "sessões à
tarde" (matinês) para o público.
Sala Recreio Ideal – Novo
Proprietário
Eduardo Hirtz e Cia
Em julho
de 1908, o Sala Recreio Ideal passou a ser
propriedade de Eduardo Hirtz e Cia.
de Francisco Damasceno Ferreira e Eduardo Hirtz.
Francisco
Damasceno Ferreira
___Este adquiriu,
juntamente com Eduardo Hirtz, o Recreio Ideal pouco tempo depois de sua inauguração.
Meia-entrada – Estudantes
___ Eduardo Hirtz tornou-se uma figura
muito popular na cidade principalmente entre os estudantes pois instituiu
a “meia-entrada” e consta que foi “carregado nos
braços” na Rua da Praia.
Emma
Augusta Barth Besseler
Nota:
- Após aberta a primeira sala Recreio Ideal, no mesmo ano ainda apareceram as salas Variedades, Recreio
Familiar, Smart-Salão, Berlim, Recreio
Moderno e
Rio Branco. Todos na Rua
da Praia, com exceção do Recreio Moderno, que localizava-se na
Rua Demétrio Ribeiro.
Imprensa
___A
imprensa registrava:
“Com aparelhagem
cinematográfica de feitura moderna e engenhosa, possuindo uma coleção de vistas
novas, de belos e surpreendentes efeitos. Os espetáculos serão diários, das 7
às 11 horas da noite, e as entradas serão facultadas somente a cavalheiros e
famílias.”
___A
localização dos primeiros cinemas no Centro de Porto Alegre – e,
particularmente na Rua da Praia,
junto à Praça da Alfândega – irá
marcar esse espaço. No início do século
XX,
os theatros, cine-theatros e cinemas compunham, nesta localização, o contexto
social porto-alegrense. As conversas dos amigos, na rua, passaram a fazer parte
do cenário local. Antes ou depois do cinema, a passagem pela “café ou confeitaria” era obrigatória.
Filmes Mudos
Emma Augusta Barth Besseler
___Nascida
na Alemanha, lecionava aulas de piano, era a pianista do Recreio Ideal, pois nesta época os “filmes eram mudos” e tinham a “música ao vivo”, como acompanhamento
da exibição.
Nota:
- Francisco Damasceno (proprietário
da sala) e Emma
Augusta Besseler se casaram, alguns de seus descendentes vivem em
Porto Alegre (2012).
CINEMA RECREIO FAMILIAR
Rua da Praia – Centro
Empresa Filizio
Em 16 de agosto de 1908, o jornal Correio do Povo
noticia a abertura do Cinema Recreio Familiar, na Rua
dos Andradas, nº 327 (antigo), atual
Rua dos Andradas, 1097.
Nota:
- Segundo, ainda em 1908, esse cinema se mudou para a Rua
Voluntários da Pátria.
CINEMA RECREIO FAMILIAR
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Empresa Filizio
Em 05 de setembro de 1908, foi inaugurado o Cinema Recreio Familiar, da Empresa Filizio, na Rua Voluntários da Pátria, nº 98, no Centro.
CINEMA RECREIO MODERNO
Rua Demétrio Ribeiro – Centro
Em 17 de outubro de 1908, ocorre a abertura do Cinema Recreio Moderno, na Rua Demétrio Ribeiro, nº 267 (atual 1151), no prédio onde funcionava o Café
Aliança.
Cinematographo Rio Branco
Rua dos Andradas – Centro
Em 18 de outubro de 1908, exibição do "Cinematographo Rio Branco", na Rua dos Andradas, nº 477 (atual
Rua dos Andradas, 1449).
Cinematographo Berlim
Rua dos Andradas – Centro
Em 08 de novembro de 1908, estréia do "Cinematographo Berlim", na Rua dos Andradas, nº 305 (antigo), atual Rua dos Andradas 1041.
CINEMA VARIEDADES
Rua dos Andradas – Centro
Empresa Lumiere
Em 26 de novembro de 1908, inauguração do Cinema Variedades, em “sessão fechada” para experiência, da Empresa Lumiere, na Rua dos Andradas, nº 343 (antigo), (atual rua dos Andradas, 1152).
Cine Variedades, Largo
dos Medeiros
Nota:
- Neste prédio em 1921, será
instalado o Cinema Central, “grande ícone” do Centro
em sua época.
1909
Estados Unidos
Entre
1909 e 1912, a indústria nascente do
cinema estava sob o controle de um “trust”, do monopólio
estadunidense, a MPPC (Motion Pictures Patents Company), formado pelos
principais produtores. Esse grupo estipulou a duração dos filmes a um ou dois
rolos ou bobinas e negou aos atores que aparecessem seus nomes nos créditos.
Brazil – Porto Alegre
CINEMA SMART SALÃO
Rua dos Andradas – Centro
Em 02 de março de 1909, entra
em operação o Cinema
Smart Salão, localizada na Rua
dos Andradas, nº 327 (antigo), perto da
esquina com a Rua Paissandu (Rua
Caldas Junior), no térreo do prédio do antigo Hotel Brasil, que ficava de
frente para a Praça da Alfândega (ou
Praça. Senador Florêncio), depois foi construído
no mesmo local o Grande Hotel.
___Uma
curiosidade: - seus freqüentadores poderiam escolher entre ingressos na primeira ou
na segunda classe. Da primeira, os primeiros, assistiriam o “film” da maneira tradicional; quem optasse pela segunda
classe, sentaria atrás da tela, ou seja, veria as imagens com os movimentos
invertidos. Por esta razão, pagaria pelo ingresso metade do valor.
Em 06 de março de 1909, o jornal Correio do Povo, traz
notícias sobre a inauguração do Cinema Smart Salão.
Filme: – Ranchinho do Sertão
Primeira Película Gaúcha de Ficção
No dia 27
de março de 1909, “data oficial do Cinema Gaúcho”, foi exibido o
primeiro filme de ficção no Rio Grande do Sul, cujo título é “Ranchinho do Sertão”.
___O pioneirismo do Cinema Gaúcho,
no Estado do Rio Grande do Sul, remete-nos aos nomes de:
·
Eduardo Hirtz, Francisco Santos, Carlos Comelli, Laffayete Cunha, Emílio
Guimarães, entre outros.
Em 19 de agosto de 1909, segundo o
jornal Correio do Povo:
a)
O Hotel Brasil (localizado
na Rua General Câmara) mudou de nome para Grande Hotel em 1908;
b)
O outro prédio que também se chamou Grande
Hotel, na esquina da Rua dos
Andradas com a Rua Paissandu
(Rua Caldas Junior), foi construído em 1924.
Nota:
- Nos anos 1970, o prédio
do Hotel Central após o grande
incêndio anos antes, foi demolido, no seu lugar construiu-se o Rua da Praia Shopping.
Filme
Gaúcho de Ficção
Cinema Recreio Ideal
Filme: – Ranchinho de Palha
Em 27 de março de 1909, estréia no Cinema Recreio Ideal o filme de “curta metragem” (duração de 4 min), um drama
chamado "Ranchinho de
Palha", diretor Eduardo Hirtz.
Notas:
1.Segundo, este foi o primeiro filme gaúcho de ficção, a abordar o “homem do campo”. É baseado em um conto
do escritor rio-grandense Lobo da Costa.
2.Segundo, os atores foram: Carlos de Araújo Cavaco e
sua esposa Alcides Luppi, o Sr. Machado e Ernesto
Weyrauch.
Cinema Recreio Ideal – Novo Endereço
Em 28 de maio de 1909, conforme o jornal Correio do Povo, o Recreio Ideal
havia passado a funcionar na Rua dos Andradas, nº 309, desde 27/05/1909.
Cinema Smart Salão
Filme: – FootBall Desastrado
Em 24 de novembro de 1909, se anuncia o filme “FootBall Desastrado”, na sala de Cinema Smart Salão.
Investimento
___No tocante a
investimento, instalar uma “sala
cinematográfica”, antes dos anos 1910, supunha um certo arrojo, um certo
capital:
“Para instalar uma
sala dessas seriam necessários, no mínimo, um equipamento de geração de
energia, porque a rede elétrica surgiu em Porto Alegre apenas em 1907.
Então, a iluminação das salas teria que ser assumida pelo empresário, com um
gerador próprio. Além disso, precisaria ter um equipamento para ventilar – ao
menos no verão – como parte da infraestrutura necessária.”
1910
Incipiência do Mercado
___Nas primeiras
décadas de cinema em Porto Alegre, viu-se uma grande “rotatividade
de salas”. Este fato vem a demonstrar a incipiência de um mercado que,
embora muito promissor, renovava-se incessantemente devido às constantes
descobertas tecnológicas que tornavam obsoletas salas recém inauguradas. Por
outro lado, o cinema ainda não havia encontrado um público fiel; por este
motivo, grande parte dos espaços de exibição funcionavam como cine-theatro,
prática que se estenderá, com menor intensidade, seguindo até a década de 1960.
Na
década de 1910, multiplicam-se
as salas e os novos pontos de exibição passam a apresentar características
arquitetônicas mais específicas à função “cinematográfica”.
As casas não abandonam, entretanto, a sua condição de teatros, apresentando da
óperas às variedades, entre um filme e outro. Surgem como salas exibidoras o Odeon, o
Colyseu,
o Avenida (Rua General Câmara), o Íris (mais tarde Cine Selecto), o Cine-Theatro Apollo, o Colombo, o Guarany, o Petit Cassino – mais tarde Cine-Theatro Rex. As novas casas mostram que nem a
Primeira Guerra Mundial atrapalharia
a expansão da indústria cinematográfica. O conflito europeu atinge mais
profundamente a incipiente produção local, já que dificulta a importação de
filme virgem.
Cinema Recreio Ideal – Único Aberto
Em 1910, no início
deste ano, apenas o Cinema
Recreio Ideal permanecia em atividade no Centro de Porto Alegre.
___Os demais haviam
fechado suas portas.
ROYAL CINEMA
Rua dos Andradas – Centro
Em
1910, foi aberto
o Royal Cinema,
na Rua da Praia (Rua dos Andradas), nº 230, sem mais informações.
Recreio Ideal – Reforma
No final
de 1910, o Recreio
Ideal fechou por alguns
meses para reforma.
CINEMA ODEON
Rua dos Andradas – Centro
A. Lewis e Cia
Em 06 de outubro de 1910, a tarde, inauguração do Cinema Odeon, na Rua dos Andradas, nº 447-449 (antigo), atual Rua dos Andradas 1383 e 1389, de propriedade de A. Lewis e Cia.
Numa sessão para convidados, que
brindaram ao evento com champanha. A noite, a casa abriu para o público em
geral. A sala possuía 170 poltronas
(1a. classe) e 100 cadeiras de palha
(2a. classe). Na segunda classe, o
ingresso era significativamente mais barato. Independentemente do local, todos
desfrutavam da selecionada orquestra de dez ou doze “professores”
que sonorizava as sessões, “eletrizando as passagens ou dando dimensão as
imagens”, sob direção do professor Angelo Tagnin. O Odeon era conhecido na cidade porque, após às onze horas, apresentava
sessões só para homens, “certamente com os na época denominados ‘fortes’ ou ‘livres’, com ‘nus
artísticos’ ou temas científicos sobre doenças venéreas.”
___Os filmes
apresentados nessa sessão inaugural foram:
·
Fucino,
·
A Vingança de um Taverneiro,
·
Guilherme Rattcliff, e
·
Os Óculos da Bruxa.
___A imprensa, no dia seguinte, relatava: “O Odeon está
magnificamente instalado, em vasto e elegante salão guarnecido de grande número
de ventiladores, bem iluminado e bem mobiliado, com 170
confortáveis poltronas, para espectadores de primeira classe, e 100
cadeiras de palhinha para os de segunda.”
Nota:
- O Odeon sucumbiu com a abertura da nova Avenida Borges de Medeiros.
Theatro Polytheama – THEATRO COLYSEO
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Irmãos Petrelli
Em 17 de outubro de 1910, inauguração do Theatro Colyseo (o antigo), propriedade dos Irmãos
Petrelli, na Rua Voluntários da Pátria, nº 430, esquina Rua Pinto Bandeira, em frente ao Largo Oswaldo Cruz, no Centro.
O primeiro prédio do Theatro Colyseo “(...) um grande e
belo barracão, fantasiosamente enfeitado” – no mesmo local, a construção de forma sextavada com
teto em abóboda, misto de madeira e alvenaria, o Colyseo segundo o historiador Olynto Sanmartin, em que funcionava o Theatro
Polytheama.
Fotografia: Virgílio
Calegari. Theatro Coliseu, década de 1910. Acervo do MJJF. Foto 177f.
Cine-Theatro Colyseo
___ Criado para “Polytheama”, a programação da casa
logo mesclava a exibição de espetáculo ao vivo com a do “cinematógrafo”, funcionando como theatro, logo a casa era conhecida como “cine-theatro”, com seus 1.410 lugares.
Cinema Colyseo
Nota:
- As salas de cinema de 1910, Odeon, Royal
e o Colyseo como cinematógrapho, fecharam um ano após a abertura ou inauguração.
1911
Empreendedores
Em 1911,
se destaca entre os novos empreendedores dos cinemas: - Eduardo Hirtz que a partir de 1911, em associação com Damasceno Ferreira e Cia, participa do
maior complexo regional de distribuição, que envolve cinemas na cidades: - Pelotas,
Bagé, Santa Maria, Rio Grande e Rio Pardo. Além de distribuidor e exibidor, ele
associa um terceiro e importante papel: - o de “produtor cinematográfico”.
Pioneiro na produção local, ele iniciou registrando em película festas
familiares e quermesses, e acabou envolvido em projetos bem mais ambiciosos.
Cinema Recreio Ideal – Reabre
Em fevereiro de 1911, Cinema Recreio Ideal, na Rua
dos Andradas, n°
(?), reabriu
após as obras, tornando a sala mais confortável. Destes pioneiros, o Recreio Ideal foi o que permaneceu por mais
tempo em funcionamento. Talvez sua sobrevivência se deva a sua ligação ao grupo
Pathé que “(...) além de fabricar o
cinematógrapho, com a industrialização de suas realidades reconstituídas, seus
dramas e comédias longos, passaria a dominar por vinte anos o mundo do cinema, alugando,
distribuindo seus filmes internacionalmente a preços módicos.”
PARISIENSE SALÃO
Rua dos Andradas – Centro
Em
25 de março de 1911,
é aberto o Parisiense
Salão, na Rua da Praia (Rua
dos Andradas), n° 393.
SALÃO COSMOPOLITA
Avenida Germania – Navegantes
Em 1911, inaugura o Salão Cosmopolita, Avenida Germania, n° (?), no Navegantes.
FAMILIAR
Rua da Azenha – Azenha
Em
1911, é aberto o Familiar, Rua da Azenha, n° 89, na Azenha, sem mais informações.
Valores Sociais
___Se a população
entregava-se de corpo e alma aos novos modos de vida burgueses e ao cinema,
alguns se preocupavam com a novidade. Como Achylles
Porto Alegre, em uma de suas crônicas sobre a cidade:
“O frio é intenso,
mas, de instante em instante, ouço vozes femininas e rumores de passos na rua;
são famílias que vão para o cinema, porque a ‘arte do silêncio’ é o hoje a cachaça de toda gente, e a loucura do
belo sexo. O cinema pode se dizer acabou de matar a vida em família, que há
muito tempo já vinha perdendo o seu encanto e desaparecendo. (...) A hora em que escrevo, muitos lares
estão desertos, porque as salas de cinema estão repletas.”
1912
Estados Unidos
Em
1912, o chamado “trust” de 1909, foi desfeito com êxito, com a “Lei Antitrust” do
governo do EUA, que permitiu aos produtores independentes terem suas próprias
companhias de distribuição e exibição, dando ao público obras de qualidade,
tais como "Quo vadis?" (1912, de Enrico
Guazzoni), da Itália, e "La reina Isabel" (1912),
da França, protagonizada pela atriz Sarah Bernhardt.
Apresentação de Cinematógrapho
___Uma das
características mais importantes quanto o mercado exibidor é que não se
restringia as salas de cinema. Seguidamente o “cinematrographo”
era parte importante dos programas de festas e comemorações civis e
religiosas. Nas festas em homenagem ao Divino
Espírito Santo, por exemplo, ele era um dos pontos culminantes dos festejos
populares. De manhã e à tarde, aconteciam as celebrações religiosas. À noite,
na Praça d Matriz, havia um espécie
de feira, como uma quermesse, com a venda de comidas e bebidas, jogos,
carrossel, roleta, etc., terminando com a exibição de filmes e depois fogos de
artifício (um preferência em Porto Alegre. Sobre a Festa de Navegantes, o jornal “Echo Povo” anunciava
o seguinte, em 1913: “Com
desusado brilho e imponência, realisou-se hontem a festa dos Navegantes. Às 10
horas foi transladada por via fluvial a margem da padroeira que estava na
egreja do Rosario, para egreja do Navegantes. (...) À noite, houve leilão,
cinematographo, fogos de artificio, etc. A concurrencia foi enorme.”
Em
1912, o cinema
também fez parte das comemorações de 15
de novembro. (Echo do Povo, Noticiário, 18/11/1912). Os exibidores permaneciam
enquanto houvesse platéia. O cinema era uma atividade complementar e convivia
com outras atividades comerciais. Nos teatros, o “cinematrographo”
fazia parte da programação das companhias de variedades, das companhias de
revistas.
Brazil – Porto Alegre
Theatro
Em 1912, os theatros existentes
em Porto Alegre estavam deficientes:
·
Theatro São Pedro na Praça da Matriz,
·
Theatro Eldorado, endereço (?) estavam
em situação precária,
·
Theatro América, endereço (?) era um barracão de
madeira.
Cine-Theatro
Em 1912, surgem os “primeiros cine-theatros” que eram prédios e salas mais
requintadas e suntuosas, grande hall, camarotes, balcões ou galerias, cadeiras
no térreo.
SALÃO DEMOCRATA
Navegantes
Em 1912, inaugura o Salão Democrata, Rua São Pedro, esquina Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt) n° (?),
no São Geraldo.
Nota:
- Em 19
de fevereiro de 1914, o cinema promoveu em seus ambientes
uma festa para a Rainha da Sociedade
Carnavalesca Filhos das Ondas, venceu a senhorita Hercilia de Gerone.
SALÃO NOLLET
Rua da Margem – Arrabalde do Riacho
Em
1912, foi aberto
o Nollet,
na Rua da Margem
(Rua João
Alfredo), n° 178,
próximo à Rua Luiz Afonso, na Cidade Baixa.
CINEMA FORÇA E LUZ
Avenida Eduardo – Navegantes
Barth & Cia.
Em 1912, inaugura o Cinema Força e Luz, propriedade da Barth & Cia., na Avenida Eduardo (Av. Presidente Roosevelt), n° 54, no Navegantes (mesmo nome do Time de Foot-Ball da cidade).
Filme: Documentário de Eduardo Hirtz
Em
10 de fevereiro de 1912,
destacando a exibição do documentário porto-alegrense de Eduardo Hirtz: - “Recepção do Senador
Pinheiro Machado”, no Cine-Theatro Odeon (O
Diário, 10/02/1912).
THEATRO PETIT CASSINO
Rua dos Andradas – Centro
Antônio Ferreira Tavares
___Em 1910, a planta do edifício provocou muita
controvérsia, já que uns afirmavam ter sido ela de autoria de Jesus Corona, arquiteto que há pouco
havia chegado ao Brasil, enquanto outros diziam ter sido a planta encomendada pelo
proprietário Antônio Ferreira Tavares (rico
estancieiro) diretamente de Paris. A construção do prédio do Petit Cassino levou exatamente dois
anos. Segundo o pesquisador Todeschini,
o Petit Cassino, possuía
características semelhantes ao Cine-Theatro
Guarany, mas sua fachada era
neoclássica. De Francesco relata que
em torno de 1918 – o Petit
Cassino já fechado como cinema – o pintor paulista Torquato Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra
que teria agradado ou público e resultado em ótimas vendas. Em 1937 transforma-se em Cine Theatro Rex, num “simulacro da cultura
francesa para a americana”.
Theatro Petit Cassino – Inauguração
Em 04 de agosto de 1912,
tendo sido inaugurado o Petit Cassino,
na Rua da Praia (Rua dos
Andradas), n° 343, com a presença de duas companhias
teatrais famosas em seu tempo. Uma delas era constituída por um elenco dirigido
por Abigail Maia, que coroou de
extraordinário êxito sua temporada no Petit
Cassino que desde logo, se tornou um centro artístico e social dos mais
procurados pela elite porto-alegrense.
Theatro Petit Cassino – Imprensa
___Sua inauguração provocou manchetes nos jornais e, pode
se afirmar, que foi o acontecimento artístico de maior repercussão em 1912.
Nota:
- De Francesco
relata que em torno de 1918 – o Petit
Cassino já fechado como cinema – o pintor paulista Torquato Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra
que teria agradado ou público e resultado em ótimas vendas. Em 1937 transforma-se em Cine Theatro Rex, num “simulacro da cultura francesa para a americana”.
CINEMA AVENIDA
Rua da Ladeira – Centro
Eduardo Victotino
Em
09 de novembro de 1912,
é aberto o Cinema
Avenida, propriedade de Eduardo
Victorino, Rua
da Ladeira (Rua General Câmara), n°
(?), no Centro.
COSMOPOLITA
Avenida Germania
Em 19 de novembro de 1912,
surge o Cosmopolita,
na Avenida Germânia (Rua Cairú), n° (?), no arrabalde operário
dos Navegantes.
1913
Empregabilidade da Época
___Os cinemas
empregavam muito mais pessoas que na atualidade.
Em
1913, trabalhava
no Recreio Ideal pelo menos 15
pessoas:1 gerente, 2 operadores, 1 ajudante de operador, 1 bilheteiro, 2
porteiros, 1 maestro e o músicos da orquestra (O Independente, 07/06/1913).
Nota:
-
Em 1999, o
Sindicato das Empresas Cinematográficas de Porto Alegre, cada sala
gera 5 empregos diretos. Na década de 1910,
havia mais despesas com funcionários e também maior público. Todos os programas
eram impressos e distribuídos às pessoas na rua.
Músicos e Orquestras
___Embora gerando
muitas palavras e conversas entre os seus aficionados, os filmes ainda eram
mudos. Um ou dois músicos – ou até pequenas orquestras – encarregavam-se da
tarefa de construir o clima sonoro; os músicos deveriam eletrizar as passagens
tensas ou construir a atmosfera romântica para as cenas de paixão. Foram
importantíssimos nas suas funções e a atividade passou a significar um
importante mercado de trabalho para os instrumentistas.
- Casas pequenas, como o Recreio Ideal,
possuíam pianista, às vezes acompanhado por um violinista.
- Casa maiores, como o Odeon,
tinham orquestra composta por um grande número de “professores”,
palavra utilizada na época para reforçar o gabarito dos profissionais.
___Para alguns filmes
havia uma partitura própria, que os acompanhava; em outros casos, os músicos
improvisavam. Não raro, as partituras se perdiam no circuito do filme, e a
responsabilidade da sonorização voltava a ser entregue aos instrumentistas. Os
profissionais sabiam do que a plateia gostava e cuidavam de atendê-la,
provocando lágrimas ou risos. Era um prazer ouvir as orquestras. Os professores
perdiam horas selecionando os repertórios, de acordo com os argumentos dos
filmes. Conforme relato: - “Recordome que, quando foi
exibido o filme de Francesca Bertini, Assunta Spina, encaixaram a partitura ‘Sordatto
Innamo-rato’, cujo trecho, embora o filme fosse
mudo, figurava no enredo como se ‘Assunta’ o cantasse – Oi vitta,
oi vitta mia, oi cuore de chuesto core, sei stato oprimo amore, oprimo e
l’último sarai per me.”
Nollet – CINE-THEATRO BRAZIL
Rua João Alfredo – Riacho
Projetor Brasil
F. Mattos & Cia.
Em 1913, foi aberto o Brazil, propriedade F.
Mattos & Cia., na Rua João Alfredo, n° 178, Cidade
Baixa, este cinema foi o primeiro a funcionar com um projetor “produzido
em Porto Alegre”, feito pela Firma Hirtz e Rehn;
esse projetor recebeu o nome de "Brasil".
Cinematógrafo Hirtz
Eduardo Hirtz
Em
1913, surge o Cinematógrafo
Hirtz, na Avenida Independência, n° (?).
Cine-Theatro Colyseo – Novo Prédio
___Segundo o historiador Olynto Sanmartin explica que o sucesso das salas de projeção na década de 1910, teria “(...) induzido os Irmãos
Petrelli a construir, no mesmo local, um novo prédio para o Theatro
Colyseo, bem maior, de imponente arquitetura eclética, no estilo de
construções buenairenses, e características do final do século XIX.”
___O prédio concebido como teatro, foi construído, projeto
dos arquitetos Richard Wriedt, Mariani, Willy Paul e Agnello Nilo de
Lucca. Implantado num terreno com três frentes, o acesso à sala se faz pela “porte cochère” (estrutura arquitetônica de proteção,
como um telhado prolongado ou uma marquise, localizada na entrada de um
edifício, que permite a parada de veículos para o embarque e desembarque de
pessoas), de configuração cilíndrica, situada na esquina principal, à qual se
sobrepunham diversos balcões, coroados por um domo de cobertura de um
mirante. Tinha 3.000 lugares, distribuídas numa grande plateia em ferradura,
contornada por um conjunto de frisas (camarotes térreos), e dois pavimentos
periféricos comportando camarotes superiores e galerias. A fachada eclética era
estruturada segundo princípios de composição neoclássicos, diferenciando-se o
embasamento, o corpo central, marcado pela simetria e ritmo das aberturas em
dois pavimentos e o coroamento. Emoldurando o acesso principal junto à esquina,
um torreão, e nas extremidades do corpo principal, dois volumes de maior altura
são coroados por frontões ecléticos, misturando referências ao neoclássico e ao
barroco. Se a proposta de fachada do Colyseo era austera e majestosa, a decoração da plateia
era bastante despojada, com guarda-corpos de balcões e galerias construídos com
simples painéis de madeira, sem elementos decorativos aplicados. Até mesmo o
grande lustre da plateia, ícone característico dos grandes teatros, era aqui
muito simples e inferior àquele de seu rival, o Theatro São Pedro.
CINEMA IRIS
Rua dos Andradas – Centro
Silva Irmãos
Em 16 de abril de 1913, passa a funcionar o Cinema Iris, propriedade de Silva Irmãos, na Rua dos Andradas, nº 230 (antigo), sua tela era uma pintura branca na
parede. O Íris se localizava onde por muito tempo
esteve a Casa Sloper – loja que, nos
anos noventa, virou casa de bingo – com uma saída para a Rua Uruguai. Sua tela era uma pintura branca na parede.
Filme: – Foot-Ball
Em agosto de 1913, no Cinema Iris, é anunciado um filme chamado
simplesmente de “Foot-Ball”. Classificado como “natural”, tratava-se de uma partida filmada, sobre a qual, infelizmente, não
consta nenhum outro dado, se era local, nacional, estrangeiro.
Cinema Iris – CINEMA SELECTO
Rua da Praia – Centro
___O prédio do Cinema Iris,
no mesmo endereço Rua da Praia (Rua dos Andradas), nº 230, no Centro, passou a chamar-se Cinema Selecto.
CINE-THEATRO GUARANY
Rua dos Andradas – Centro
Em 29 de novembro de 1913, é inaugurado o Cine-Theatro Guarany, na Rua da Praia, nº 307 (Rua dos
Andradas, atual 1409 ou 1035) em frente à Praça da Alfândega.
O prédio tinha fachada projetada por Theo
Wiedersphan, arquiteto responsável pelos principais prédios de Porto Alegre
nas décadas de 1910/1920. O prédio é um trabalho de vários
escultores, entre eles o representante do “barroco alemão”, Jesus Maria Corona.
Na inauguração a sala
possuía 958 lugares sentados. A sala de exibição tinha camarote no primeiro
andar, balcões ou galerias no segundo, e a geral no terceiro andar, a exemplo
de outras casa da cidade, ainda uma reminiscência dos cine-teatros inspirados
no Theatro Scala de Milão (Itália).
À esquerda o belíssimo
prédio original do Cinema Guarany (prédio
mais alto), à direita o prédio da conhecida Farmácia Carvalho
Cine-Theatro Guarany – O Nome
___O nome “Guarany”, é que seu nome foi escolhido por um concurso
popular, patrocinado pelo jornal Correio
do Povo.
Arquitetura de Cine-Theatro
___As sala de cinema eram
cada vez mais projetadas com uma arquitetura visando também a nova forma de
espetáculo, embora nos seus palcos desfilassem espetáculos de óperas, operetas,
de revistas e de companhias dramáticas. Todeschini
utiliza a palavra “eloqüente”
para denominar esta
arquitetura, talvez um termo adequado para caracterizar a estética construtiva
da época. Segundo o pesquisador Todeschini:
- “(...) pelos nomes das salas de espetáculos se vê que
havia uma influência dos grandes centros. Era o Roxy,
era o Colyseo. Muitas salas eram americanas, nova
iorquinas, a exemplo de Rio de Janeiro e São Paulo, e acabavam utilizando,
aqui, o mesmo tipo de denominação e arquitetura: - fachadas com incidência
neoclássicas, algumas ecléticas, algumas até barrocos – como no caso do Guarany. Ali tinha certamente uma atmosfera que se criava
em torno do cinema, havia um certo mistério, que de certa maneira permanece em torno
dos cultores e atores do cinema. Tudo isso exigia também coerentemente uma
grande eloqüência arquitetônica compatível.”
Nollet – Encerramento
Em
1913, o Nollet, na Rua da Margem (Rua
João Alfredo), n° 178, no Riacho (Cidade Baixa), encerrou as atividades.
1914
Cine-Theatros dos Arrabaldes (Bairros)
Em 1914, as salas de cinema começaram a chegar aos
arrabaldes (bairros) de Porto Alegre. Em abril foi inaugurado o Cine-Theatro
Apollo,
na Rua
da Independência, junto à Praça
Dom Feliciano. Em dezembro, iniciou suas atividades o Cinema
Garibaldi, na Rua Venâncio Aires, próximo à Praça Garibaldi. No mesmo ano, “ainda em construção de madeira” (FRANCO, Sérgio
da Costa. Porto Alegre, ano a ano. Porto Alegre, Letra & Vida, 2012, p.
175), surgiu o Cinema Colombo, na Cristóvão
Colombo, quase esquina da Rua 7 de Abril (segundo Ana Luiza Koeller, inaugurado em 1915). Para
além de indicativos de sua acelerada expansão econômica, urbana e populacional,
as três salas de cinema apontam para o fenômeno que foi o cinema na história do
lazer e dos novos espaços de sociabilidade de uma cidade que se modernizava
velozmente.
Primeira Guerra Mundial
___Durante
a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
a distribuição da produção cinematográfica europeia – hegemônica até então –,
inserida no processo de internacionalização, foi debilitada tendo como conseqüência
o fortalecimento dos Estados Unidos, que preencheu as lacunas deixadas pelas
concorrentes. É o tempo hegemônico, o tempo do mundo refletindo suas ações nas telas
de cinema em Porto Alegre. Apesar da interdependência internacional, o cinema
necessita do agir local.
Empreendedores
___Desde
o começo do século
XX,
haviam empreendedores que hegemonizaram o que se pode chamar campo de produções
cinematográficas da cidade. Temos como exemplo: - Francisco Damasceno Ferreira que teve como propriedade o Recreio
Ideal,
Democrata, São
João*, Força
e Luz,
além de cinemas no interior do estado. Outro nome expressivo do momento foi Eduardo Hirtz que foi sócio de vários cinemas,
entre eles Coliseu, Thalia e Apollo. Em 1911, Francisco
Damasceno Ferreira e Eduardo Hirtz
associaram-se e formaram o maior complexo de exibição do Estado, com cinemas em
Pelotas, Santa Maria, Rio Grande e Rio Pardo.
*Nota:
- O Cinema
São João apesar
de citado por vários autores, não há registro de sua época nem localização. Na década
de 1930 surge o Cinema Popular São João
mas não era propriedade de Francisco Damasceno Ferreira.
Recreio Ideal – Novo Proprietário
Empresa Baterlô
Em 1914, nesta época o Cinema
Recreio Ideal, na Rua
dos Andradas, nº 321 (antigo) depois 313/315 (atual
Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça da Alfândega,
pertencia a Empresa
Baterlô. A foto abaixo mostra o prédio de dois andares ao lado
do Cine Guarany (lê-se a palavra “CINEMA” na lateral da marquise
e "RECREIO
IDEAL" na frente).
Recreio Ideal – 1914
Cine-Theatro Colyseo – Projeto
___Segundo o historiador Olynto Sanmartin explica que o sucesso das salas de projeção na década de 1910, teria “(...) induzido os Irmãos
Petrelli a construir, no mesmo local, um novo prédio para o Theatro
Colyseo, bem maior, de imponente arquitetura eclética, no estilo de
construções buenairenses, e características do final do século XIX.”
___O prédio concebido como teatro, foi encomendado
por Umberto Petrelli, encomendou a Ricardo
Wriedt, Mariani, Willy Paul e Agnello Nilo de Lucca, o projeto e a construção do imponente prédio
na esquina das ruas Voluntários da Pátria e Pinto Bandeira. Implantado num terreno com três frentes.
CINE-THEATRO APOLLO
Rua da Independência – Moinhos de Vento
Januario Grecco e Eduardo Hirtz
Em 01 de abril de 1914, inauguração do Cine-Theatro Apollo, no início da Rua
da Independência, nº 18, em frente a Santa
Casa, junto à Praça Dom Feliciano
de propriedade de Januario Grecco e Eduardo Hirtz.
Tinha 1.554 lugares na primeira
classe e 450 na segunda classe
sentados, nasceu voltado para o cinema, mas também ele tinha um palco. A casa
não teria camarote ou balcões, apenas o mezanino.
___Na história do
cinema gaúcho, o Cine-Teatro Apollo foi um episódio de maior relevância, por sua localização, num bairro de
população de maior poder aquisitivo.
Cine-Theatro Apollo – Eduardo Hirtz
___Na pessoa de seu
co-proprietário Eduardo Hirtz, que
além de sócio do Theatro Colyseu (de 1910) e do Cine Thalia (de 1919), era também cinegrafista. Em parceria com Emilio Guimarães, produzia documentários e cinejornais (21 ao todo), cobrindo festas, corridas
de cavalo, jogos de futebol, desfiles, festas religiosas e particulares.
___O cinema Apollo, segundo De Roco – antigo proprietário do Cinema Gioconda – “era o maior cinema (...) do Brasil, também porque aquilo era um
enorme de um galpão, onde cabiam três mil pessoas lá dentro. E ele enchia”.
Cine-Theatro Apollo – Projetor Brasil
___A nova sala abre “(...) com
um projetor, protótipo inteiramente fabricado aqui, pela firma Hirtz e Rehn, que levou o nome de Projetor Brasil, conseguindo ‘a abolição completa da trepidação
nas projeções e fixidez absoluta das imagens’, pioneirismo que os projetores europeus até então
não haviam conseguido”, uma verdadeira
revolução no mundo do cinema! (…) O que até hoje, apesar de grandes esforços
não conseguiram os mecânicos europeus” (Revista Kodak, Ano II, n. 75, 28/3/1914. p. 10).
___O cinema Apollo, segundo o De Roco – antigo proprietário do Cinema Gioconda – “era o maior cinema (...) do Brasil, também porque aquilo era um
enorme de um galpão, onde cabiam três mil pessoas lá dentro. E ele enchia”.
___Conforme anúncio da época:
“O maior e mais freqüentado
desta capital, ponto de reunião da elite elegante e intelectual.”
Theatro Apollo – 1914
Cine-Theatro Apollo – Reforma
Nova Fachada Cine
Theatro Apollo – 1928
Nota:
- Posteriormente, em data desconhecida, o Theatro Apollo sofreu
uma reforma e teve a fachada alterada.
Harold
Lloyd
Filme: – O Caçula
Direção: Ted Wilde
Ano: 1927
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia
Duração: 84 min. /
p&b / mudo
Título Original: The
Kid Brother
Elenco: - Harold
Lloyd, Jobyna Ralston, Walter James, Leo Willis, Olin Francis, Constantine
Romanoff, Eddie Boland, Frank Lanning, Ralph Yearsley
Platéia no grande
Apollo
Nota:
- Depois
de fechado, no local do prédio foi construída uma grande garagem e nos fundos o
Edifício Santa Tecla.
Filme: – A Honra do Jogador de Foot-Ball
Em
novembro de 1914, o Cine-Theatro Apollo anunciava uma ficção chamada “A
Honra do Jogador de Foot-ball”.
___Das cinco sessões que
passariam a 2ª, 3ª e 4ª estavam
reservadas a este filme, cuja descrição diz ser um drama em “3 longas partes”.
CINEMA COLOMBO
Avenida Cristóvão Colombo – Floresta
Firma Schilling e Van der Halen
Em 24 de junho de 1914, inauguração do Cinema Colombo, sala de cinema com 1.300 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida
Christovam Colombo, nº 190 (atual nº 1386), Floresta.
Inicialmente era um prédio de madeira de propriedade da Firma Schilling e Van der
Halen.
___Funcionamento
diário – média anual 1.086 sessões –
380.969 espectadores.
Cinema Colombo
___O Cinema
Colombo
chegou a ser lançador
dos filmes da produtora Metro junto
com o Cine Avenida.
CINEMA GARIBALDI
Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa
Pedro S. Motta ou Hugo Sperb
Em 08 de dezembro de 1914, inauguração do Cinema Garibaldi, propriedade de Pedro S. Motta ou Hugo Sperb, na Rua Venâncio Aires, nº 77, na Cidade Baixa, o nome por estar localizado a duas quadras da Praça Garibaldi. A lotação original do cinema era de 1.054 lugares sentados.
Nota:
- Nos anos 1960, essa sala de
cinema passou por uma reforma e o cinema mudou de nome, passando a ser
chamado Cinema ABC.
Cinema Garibaldi – 1914
Cinematógrafo Noivo
Em
1914, surgiu o Cinematógrafo Noivo,
no endereço (?).
1915
Estados Unidos
Hollywood
Entre
1915 e 1920, as
grandes salas de cinema dos EUA cresceram através do território, mediante uma
indústria que se transferia da cidade de Nova Iorque para Hollywood, pequena
localidade californiana da cidade de Los
Angeles, e produtores independentes, como Thomas Harper Ince, Cecil B.
de Mille e Mack Sennett,
construíram seus próprios estúdios. Iniciou o sistema de unidades, em que se
trabalhava cada obra, separadamente, liderada por um chefe de unidade – o
produtor executivo –, de forma a se fazer vários filmes ao mesmo tempo.
Brazil – Porto Alegre
Cine-Theatro Colyseo – Obras
Somente em 1915, é que foi construído o edifício definitivo do Colyseo, o acesso à sala se faz pela “porte cochère” (estrutura arquitetônica de proteção,
como um telhado prolongado ou uma marquise, localizada na entrada de um
edifício, que permite a parada de veículos para o embarque e desembarque de
pessoas), de configuração cilíndrica, situada na esquina principal, à qual se
sobrepunham diversos balcões, coroados por um domo de cobertura de um
mirante. Tinha 3.000 lugares, distribuídas numa grande plateia em ferradura,
contornada por um conjunto de frisas (camarotes térreos), e dois pavimentos
periféricos comportando camarotes superiores e galerias. A fachada eclética era
estruturada segundo princípios de composição neoclássicos, diferenciando-se o
embasamento, o corpo central, marcado pela simetria e ritmo das aberturas em dois
pavimentos e o coroamento. Emoldurando o acesso principal junto à esquina, um
torreão, e nas extremidades do corpo principal, dois volumes de maior altura
são coroados por frontões ecléticos, misturando referências ao neoclássico e ao
barroco. Se a proposta de fachada do Colyseo era austera e majestosa, a decoração da plateia
era bastante despojada, com guarda-corpos de balcões e galerias construídos com
simples painéis de madeira, sem elementos decorativos aplicados. Até mesmo o
grande lustre da plateia, ícone característico dos grandes teatros, era aqui
muito simples e inferior àquele de seu rival, o Theatro São Pedro.
CINE-THEATRO COLYSEO
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Irmãos Petrelli
Em 1915, foi inaugurado o suntuoso Cine-Theatro Coliyeo, propriedade de Irmãos Petrelli, na Rua
Voluntários da Pátria,
nº 430, esquina Rua Pinto Bandeira junto à Praça Osvaldo Cruz ou “Praça
do Colyseu”.
Teatro Coliseu. Acervo
do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Coleção Dr. João Pinto Ribeiro
Netto, década 1920/30.
___O Theatro
Colyseo
durante as décadas de 1920/30. Inicialmente apresentava somente
peças teatrais, mas com o crescimento do cinema em Porto Alegre, após algumas
adaptações estruturais, passa a apresentar programação mista de teatro e
cinema.
___O deslocamento das
“salas de cinema” para além da Rua
da Praia
teve na inauguração
do Theatro
Colyseo, seu ponto máximo.
Cine-Teatro Coliseu,
1910. Fotógrafo Virgílio Calegar. Acervo Museu de Porto Alegre Joaquim José
Felizardo
CINEMA PONTO CHIC
Avenida Eduardo – Navegantes
Em 1915, entra em funcionamento o Cinema Ponto Chic, na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), nº (?), São Geraldo.
Nota:
- Diz-se que neste endereço, funcionará
o Cine Thalia.
1916
CINE-THEATRO HÉLIOS
Rua São Pedro – Navegantes
Entre 1915/1916, entra em funcionamento o Cine-Theatro Hélios, na Rua São
Pedro, nº 25 esquina Avenida Eduardo (Avenida Presidente
Roosevelt), Navegantes.
Nota:
- Em 30 de janeiro de 1918, a Sociedade
Carnavalesca Filhos das Ondas, promoveu um baile em benefício a Cruz Vermelha.
CINE ROYAL
Parthenon
Em 1916, entra em funcionamento o Cine Royal, endereço (?), no arrabalde do Parthenon.
___O cinema inaugura
com a apresentação de três filmes:
·
Coração e Sangue Azul (drama),
·
Casemiro e Sua Mulher (comédia), e
·
Luxor e Kanack (natural).
THEATRO IRMÃOS HIRTZ
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Em
1915, abriu o Theatro Irmãos
Hirtz, endereço (?), entre a Rua Triunfo e Rua Voluntários da
Pátria, nº (?).
CINE-THEATRO SELECTA
Rua da Praia – Centro
Em
1916, abriu o Cine-Theatro
Selecta, na Rua da Praia (Rua
dos Andradas), nº 230, no Centro.
1917
Em
1917, os jornais já falavam no cinema Rio Branco, do Caminho do Meio, no Garibaldi e do primeiro Carlos
Gomes, em local diverso do atual. Depois ainda vieram o Thalia, o República, o Força
e Luz, o Democrata, o Brasil, o Nollet
e o Eden, a maioria adaptando prédios já existentes para as novas finalidades,
outros investindo em instalações especialmente projetadas. Alguns têm vida
curta, permanecendo pouco tempo em atividade. Outros, como o Colombo,
sobrevivem até a década de 1970. Quase uma exceção, o Guarany,
fechado na década de 1960, troca de endereço e
passa a ocupar o mezanino do Imperial, mas, lato sensu, continua
abrindo as suas portas para a Praça da Alfândega.
Recreio Ideal – CINE-THEATRO
CARLOS GOMES
Rua dos Andradas – Centro
Edmundo Wolff
Em 1917, o Cinema Recreio Ideal, na Rua
da Praia, nº 321 (antigo) depois 313/315 (atual
Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça Senador Florêncio (Praça da Alfândega) passou a ser chamado de Cine Carlos Gomes, propriedade de Edmundo Wolff.
CINEMA CENTRO CATÓLICO
Endereço (?)
Em 1917, entra em funcionamento o Cinema Centro Católico, endereço (?).
CINEMA MARAVALHA
Balneário da Tristeza
Sócrates Gandolffi
Em 1917, entra em funcionamento o Cinema Maravalha, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/nº, no Balneário da Tristeza, era estritamente uma “empresa
familiar”, Sr. Dario Gontrã trazia as fitas da cidade,
Sr. Sócrates Gandolffi, o
proprietário do cinema, passava os filmes e sua esposa, Sra. Regina era a bilheteira, o valor da
entrada era trezentos réis. A máquina funcionava com arco voltaico, espalhando
chispas para todos os lados. Seu Sócrates
tinha como auxiliar o Sr. Josino Silva,
que se encarregava de tudo na sua ausência para as caçadas.
Nota:
- Quanto ao nome “Maravalha”
são aparas ou fragmentos finos e alongados de
madeira.
Cinema Força e Luz – Incêndio
Em
1917, o Cinema Força e Luz, na Avenida
Eduardo (Av.
Presidente Roosevelt), n.° (?), no Navegantes,
sofre grande incêndio.
Fim da Exclusividade da
Rua da Praia
Na década de 1910, é as salas de exibição deixam de ser exclusividade da Rua
da Praia. Há o Colyseo “lá” na Voluntários
da Pátria e o República “lá”
na Sete de Setembro, quase esquina com General Canabarro; o primeiro Avenida, na Rua General Câmara, ao lado da Confeitaria
Colombo; o Força e Luz na Avenida Eduardo (Avenida Presidente
Roosevelt); o Democrata na São Pedro; o Brasil e o Nollet na Rua da
Margem (Rua João Alfredo). Mesmo bairros distantes, na Zona Sul, ganharam
cinemas, como na Tristeza, surge o Maravalha em 1917. Se o instalar uma casa exibidora em frente à Praça da Alfândega era um risco, afastar-se um pouco desta quadra
seria mais temerário aos empresários locais. O República, por exemplo, nasceu da adaptação de
três prédios, obra realizada por um sócio do Cine-Theatro Thalia, chamado Carlos Faidrich, num terreno que ia da Rua da Praia até a Rua Sete
de Setembro, próximo ao quartel da Brigada
Militar. Segundo De Francesco, o
República
foi montado
“(...) tendo todo conforto para o público. Com uma ordem
de galerias, excelente serviço como nenhum cinema da época: pintei o pano de
boca. Nesse teatro estreou a Cia. de Comédias Silva Filho
(...). Lástima, o povo daquela época não saía
do Centro, e o theatro teve vida efêmera.”
1918
Programação e Exibição
___A programação
era composta basicamente pequenos filmetes de enredo simples e muitos
documentários, também de curta duração. Aos poucos foram introduzidos os
programas maiores, com a importação de muitos filmes europeus e
norte-americanos, destacando-se artistas como Francesca Bertini, Max
Linder, Theda Bara e Mary Pickford. Filmes da Cine, italiana, além de longa-metragens
franceses da Pathé, uma produtora
poderosa na época. Os filmes norte-americanos só chegaram com força a partir da
Primeira Guerra Mundial (1914/1918),
principalmente em 1916, quando foram exibidos os
primeiros filmes da Universal Pictures.
Em 1917, vieram os filmes da Fox Film Corporation. Em 1918,
vieram os filmes da Paramount Pictures
Corporation. Em Porto Alegre era quase nulo a exibição de filmes locais ou
nacionais.
___A grande maioria
dos filmes eram alugados pois o percentual de importação de Porto Alegre era
inexpressivo, atingindo a marca 0,24%
do mercado nacional em 1916. No mesmo ano, o Rio
de Janeiro era responsável por 61%
das importações, e São Paulo por 31%
(A Federação, 07/11/1917). As empresas distribuidoras, com sede no Rio e São
Paulo, formavam verdadeiros “trust`s”,
submetendo os exibidores a várias exigências, como altos preços e “vendas casadas”. Uma delas era a Companhia Cinematographica Brasileira,
com sede em São Paulo, que em 1912, adquiriu
vários cinemas no Rio de Janeiro e assinou contratos de exclusividade para todo
o Brasil com uma série de estúdios, como: - Cines, Milano Film, Ecalir, Pasquali e Savoia, entre
outros. Num jornal da época, saiu o seguinte:
“Essa
Companhia continuará a firmar outros contratos de exclusividade, prosseguindo
nas negociações para a compra de outros importantes cinematógrafos do Rio, empregando
fortes capitães e adquirindo outros cinemas nas capitães dos Estados
principaes”. (O
Diário, Informações do Dia, 19/05/1912)
___O sistema local organiza-se
e permite que as salas ganhem estrutura, com horários fixos em sessões noturnas
e matinês, que obrigaram inclusive a alterações urbanas, como a adequação do
horário dos Bondes para atender os
clientes ao final das sessões noturnas.
Cine-Theatro Petit Cassino – Exposição
Em 1918, segundo o
pesquisador Todeschini, outro cinema
da época, o Petit Cassino,
possuía características semelhantes ao Guarany,
mas sua fachada era neoclássica. De
Francesco relata que em – o Petit Cassino já
fechado como cinema – o pintor paulista Torquato
Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra que teria agradado
ou público e resultado em ótimas vendas.
Cine Carlos Gomes – Reputação
Em 1918, o Carlos Gomes, não parecia gozar de
muito boa reputação. Sobre ele De
Francesco assim se refere:
“(...) de teatro somente tinha
o nome, pois era uma espécie de `cabaret`, onde exploravam o jogo, e cujo gerente era o Oliveira, um moreno que era
compositor. Mandou-me pintar vários cenários, assim passei vário dias, porém o dinheiro
quase não via (...).”
CINEMA 1º DE MAIO
Navegantes
Em 1918, entra em funcionamento o Cinema 1º de Maio, endereço (?), no Navegantes.
CINEMA VÊNUS
Avenida Eduardo – Navegantes
Em
1918, abriu o Cinema Vênus,
na Avenida
Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt),
nº (?), no Navegantes.
Cinematographo Theresópolis
Em
1918, abriu o Cinematographo
Teresópolis, endereço (?), no arrabalde de Theresópolis.
CINEMA ORION
Avenida Bomfim – Bom Fim
Diederichs & Cia.
Em
13 de julho de 1918,
abria o Cinema
Orion, propriedade de Diederichs
& Cia., na Avenida Bonfim (Avenida
Osvaldo Aranha), nº 178, no Bom Fim.
CINEMA ÉDEN
Endereço Correto (?)
Em
191(?), abriu o Cinema Éden,
endereço (?).
Cidade de Porto Alegre
“Funcionavam então
cinco estabelecimentos bancários com elevado giro de capital, 2.294 casas de comércio, 154 fábricas e
149 oficinas. No decênio 1910-1920 iniciou-se a edificação do Cais do Porto, sendo
aterrado um vasto trecho da praia onde novas e importantes ruas comerciais
surgiram. O Estado, em próspera situação financeira, levantou o majestoso
edifício do Palácio do Governo, que é dos mais belos palácios do Brasil.”
___Conforme Sandra J. Pesavento, isto significa
que:
“Progressivamente,
consolidava-se uma ordem urbana-industrial, onde a cidade era o centro de
irradiação de padrões e valores burgueses, assim como era centro das operações
comerciais e financeiras e também o espaço onde se concentravam as fábricas e a
massa operária.”
___Aumenta,
na cidade, a presença italiana, “havendo
um relativo monopólio destes em determinadas atividades como açougues,
alfaiatarias, sapatarias, assim como no ramo de diversões públicas: cinemas,
restaurantes, cafés, confeitarias (...).”
Cinema
___O cinema,
incentivado ou não pelos italianos, torna-se uma forma de comunicação e de
diversão fundamental aquela sociedade, um dos pólos da vida social
porto-alegrense. As pessoas buscavam a Rua da Praia como centro de reunião, e os cinemas eram um dos pontos de
congraçamento, junto com os cafés e as confeitarias, parcerias indispensáveis
no antes ou no depois do assistir ao “film”, para conversar e comentar o que fora
visto na tela.
___As salas de espera
dos cinemas são outros locais de socialização. As pessoas se reuniam ali sem
pressa – afinal, era preciso ver e ser visto – numa atmosfera cosmopolita.
Lia-se Verlaine, Mallarmé, Baudelaire e, dizem os maldosos, muitos olhavam o Guaíba imaginando-se frente ao Sena (...) O star-system já projetava toda uma hierarquia entre as grandes
estrelas das telas, e era em torno disso que giravam muitas das discussões. No
topo do star-system estavam as divas.
___Os
que lembram, sempre fazem a mesma ressalva: - “eram lindas na tela, mas levavam uma eternidade
para atravessar uma sala, sempre envoltas em plumas e peles e trajando longos
vestidos. Apesar de os filmes serem projetados em uma velocidade mais rápida do
que os atuais – que giram a 24 quadros por segundo nos
projetores, simulando uma perfeita ilusão de realidade – as divas italianas
arrastavam-se pelos recamados cenários art déco das produções da época. Eleonora Duse, Pina Menichelli,
Lyda Borelli e Rina Ligouro são
algumas estrelas do cinema italiano que precederam as stars hollywoodianas,
popularizando o termo.”
Acontecido:
Em 1918, a influência do cinema a marcar comportamentos aparece num fato narrado
no livro de memórias de José De
Francesco, conforme um acontecido, no episódio:
- Uma senhora entra
na Confeitaria Central, na Rua Praia, senta-se e coloca sobre mesa
uma fina cigarreira. Toma um cigarro e começa a fumá-lo. O garçom vem alertá-la
que “nesta casa, senhoras
não fumam”.
- A freguesa protesta
e já começa a causar tumulto. Ofendida, brada: - “Nos Estados Unidos fuma-se, casa-se quantas vezes
se quer”.
- O proprietário, a
esta altura já envolvido no imbróglio, pergunta se ela já estivera nos Estados
Unidos. – “Ela, convicta
retruca: – Não! Mas os filmes no-lo mostram, não é preciso ir lá, pois o cinema
não mente (...).”
1919
Ponto Chic – CINE-THEATRO THALIA
Avenida Eduardo – São Geraldo
Esperança & Cia.
Em 20 de novembro de 1917, o Cine-Theatro Thalia, propriedade da empresa Esperança & Cia., passa a funcionar
na Avenida
Eduardo
(Rua Presidente
Roosevelt), nº 1362, no Navegantes
(atual bairro São Geraldo).
___Esta belíssima sala
de cinema era (ou foi) de propriedade de Eduardo Hirtz.
Nota:
- Segundo, essa sala ficava no mesmo local onde funcionou anteriormente
o Cinema Ponto Chic.
Cine Thalia – Av.
Eduardo (Av. Pres. Roosevelt), quase ao lado da Soc. Gondoleiros
Década de 1920
1920
Companhia Rio-Grandense
___No Rio Grande do
Sul se fez uma empresa do tipo “Companhia
Cnematográphica”, da qual faziam parte, em 1913,
os cinemas Recreio Ideal, Avenida, Força e Luz e Colyseu. A
Companhia Rio-Grandense, como foi
chamada, cujo superintendente era Francisco
Dasmaceno Ferreira, conhecido proprietário de cinemas em Porto Alegre,
tinha como objetivo instalar salas tanto na capital como no interior do Estado:
“(...) é
de prever o êxito da Companhia, pois conta ella como doso os `films` de
representação da Companhia (Cinematrographica) Brasileira, o que quer dizer,
com as 36 principais fabricas mundeaes”. (O Diario, Informações do Dia,
15/10/1913).
___A ação dos “trust`s” gerou conflitos. Em abril de 1912, por exemplo o Cine Theatro Apollo, dos irmãos Grecco, resolveu exibir filmes da Universal, recebendo os parabéns dos agentes da empresa na cidade
por “não aceitar imposições absurdas e descabidas das
outras agencias filiadas ao `trust`. Cada qual manda na sua casa e é livre de
agir e zelar pelos seus interesses”. (A Federação, anúncio,
13/01-4/1912).
___A resposta veio
em seguida: - a Junta do Commercio
Importador Cinematographico do Rio de Janeiro, publicou anúncio nos jornais
afirmando que seria “cortado o fornecimento de films,
por três mezes, ou mais, conforme os casos previstos no Estatuto, àquele
exhibidor que filmes ou programas da Universal, por ter esta Companhia sahido
da Junta (...)”. (A Federação, anúncio,
16/04/1920)
___O público, ao
que parece, não estava muito interessado nestes conflitos. Ele queria mesmo era
assistir ao maior número possível de filmes, das principais “fábricas” (termo da época) europeias e norte-americanas.
Afinal, o Cinema ainda era novidade, diverso mais concorrida da cidade, que
arrastava multidões para dentro das salas, onde todos ficavam, conforme Augusto Mehyer:
“Chumbados
aos assento, com toda a vida saindo pelos olhos (...) até a hora melancólica de
apear na realidade.”
Salas do Período
___Até a década de 1920 encontram-se relatos sobre as
dificuldade de sobrevivência dos cinemas que localizam-se fora do Centro, e mais especificamente fora da Rua da Praia (Rua dos Andradas).
___Do período
anterior o Recreio
Moderno, o Berlim, o Rio Branco e o Variedades,
já haviam fechado suas portas enquanto que o Recreio Ideal deu lugar ao Carlos
Gomes. Igualmente, no lugar do Theatro Polytheama (destruído
em 1907) foi reconstruído como Cine-Theatro Colyseu. Considerando que o Íris, o Variedades
e o Cine-Selecto funcionaram no mesmo lugar; assim como o Ponto Chic passou a chamar-se Thalia e o Nollet, Brasil e, excluindo os cinemas cuja
localização podem ser identificada 22
espaços distribuídos em 8 bairros.
Mesmo que as salas tenham deixado de ser exclusividade da Rua da Praia e do Centro,
da totalidade de espaços, 11 estavam
no Centro e 6 nos bairros vizinhos deste. Dos 5 espaços restantes, 4 dividiram-se
entre os bairros de tradição industrial – apesar de ser manufaturas na época – São Geraldo e Navegantes onde os cinemas seguiam as linhas de Bonde, principal meio público de
mobilidade da época, o espaço restante ficou por conta do arrabalde do Rio Branco. Porto Alegre iniciou a
década com mais de 172 mil habitantes.
Sob o manto “higienista”, a cidade precisava
ascender à condição de modernidade, mesmo que para isto, tivesse que destruir
boa parte dos objetos já existentes, inclusive algumas salas de cinemas como o Odeon.
___Ao longo da
década foram inauguradas 18 salas de
exibição: - Palácio,
em 1920; Central e Recreio, em 1921; Cine-Theatro
República, em 1922; Orpheu, Mont´Serra,
América,
Carlos Gomes,
Avenida
e Navegantes,
em 1923; Cine-Theatro Moderno, Glória e Pavilhão Elegante, em 1924; Gioconda, em 1925; Capitólio,
Ypiranga
e Rosário,
em 1928; Cine-Theatro Variedades. Em 1924 os jornais ainda noticiavam o funcionamento de 8 cinemas da década anterior: - Apollo, Guarany,
Colombo,
Thalia,
Orion,
Rio Branco,
Garibaldi
e Colyseu.
O Palais passou a chamar-se “Palácio”,
enquanto que o Cine
Selecto, antigo Íris, ressurgiu como Central. Arrabaldes (bairros) começam
a ganhar salas de cinema, progressivamente.
CINE PALAIS
Rua Cel. Genuíno – Centro
Emilio B. Adam
Em 11 de dezembro de 1920, houve a inauguração do Cine Palais (Palácio), fundado por Emilio B. Adam, localizado na Rua Cel. Genuíno,
nº 206,
no Centro.
Emilio B. Adam
Cine
Palais – década 1920
1921
Sonorização
___A
partir das tecnologias que permitiram a sonorização das películas
cinematográficas, o som pode ser usado para o tratamento conceitual e estético
das cenas. O suspense ou o drama, por exemplo, assim como a alteração sobre a
noção espaço-temporal das cenas, foram trabalhados a partir da ambiência sonora
criada pelo cineasta.
___O
diálogo sincronizado somente tornou-se uma prática na década de 1920 com a perfeição
dos amplificadores do som e a introdução do sistema Vitaphone. Após o
lançamento de “The
Jazz Singer” em 1927, a sonorização se
tornou mais comum a cada ano, e dentro de uma década, a produção de filmes
mudos já havia cessado.
Transição
___Apesar
de tentativas para criar sincronização de som e movimentos no laboratório de Thomas Edison em 1896, a tecnologia tornou-se bem desenvolvida apenas no
início de 1920. Os próximos anos
viram uma corrida para projetar e implementar projetos rivais de sistemas de
som em filme, como Photokinema (1921), Phonofilm (1923), Vitaphone (1926), Fox
Movietone
(1927)
e RCA
Photophone
(1928).
___Embora
o lançamento de "The
Jazz Singer" (1927) pela Warner
Brothers tenha marcado o primeiro filme sonoro comercialmente bem sucedido,
os filmes mudos ainda eram a maioria dos lançamentos em 1927 e 1928, juntamente com
filmes silenciosos com uma seção sonora inserida. Assim, a era do cinema sonoro
moderno só pode ser considerada dominante em 1929.
Cinema Variedades – CINEMA CENTRAL
Praça da Alfandega – Centro
Irmãos Sirângelo
Em 05 de março de 1921, inauguração do Cinema Central, sala
de 740 lugares, na Rua da Praia (Rua
dos Andradas), nº 343, atual
1162, na esquina entre a Praça da Alfandega e Largo
dos Medeiros, no Centro, de propriedade
dos Irmãos Sirângelo. Este cinema apresentava também sessões à
tarde.
Nota:
- Funcionava no mesmo local do antigo Cinema
Variedades (1908). No prédio em cima era o Café Central e
atrás a Loja Miscelânia.
Cine Central – 1921
1939
Platéia - 1940
1950
CINEMA RECREIO
Rua Nunes Machado – Menino Deus
Em 22 de outubro de 1921, inauguração do Cinema Recreio ou “Cine Recreio” na esquina das ruas Nunes Machado e Barão do Triunfo, no Menino
Deus.
1922
Theatro Independência –
Projeto
Em
1922, surge o
projeto publicado do Theatro Independência, esquina das avenidas da Remdepção ou da Azenha (Avenida
João Pessoa) e Rua
Venâncio Aires, mas não construído.
CINEMA MONT SERRAT
Floresta
Em 1922, passa a funcionar o Cinema Mont Serrat, endereço (?), na Floresta.
CINE-THEATRO VARIEDADES
Rua 13 de Maio – Menino Deus
Em
28 de janeiro de 1922,
abre o Cine-Theatro
Variedades, no Jardim
Zoológico Diamela (ao ar livre), na Rua 13 de Maio (Avenida
Getúlio Vargas), no Menino Deus.
Cine Theatro Thalia – Carnaval
Em 17 de abril de 1922, o Cine Theatro Thalia, na Avenida
Eduardo, no Navegantes, foi palco de um festival promovido pelo
Bloco Carnavalesco Democráticos,
dedicado o mesmo para os arrabaldes do São
João.
CINEMA NAVEGANTES
Avenida Germânia – Navegantes
Cines Reunidos Ltda
Em 29 de abril de 1922, o grande Cinema Navegantes, propriedade da Cines Reunidos Ltda, sala de cinema com
1.100 lugares, na zona Norte, iniciou suas atividades, localizado na Avenida
Germânia
(Avenida Cairú), nº 187, esquina Rua Rio Grande (Avenida Rio
Grande),
Bairro Navegantes
___O Navegantes era um arrabalde onde
predominava a população operária, muitos alemães e poloneses, tinha como
principal público esse segmento que aproveitava as sessões para descansar da
árdua jornada de trabalho, essa
população era o público do cinema.
Nota:
- Em 14 de abril de 1925, na programação do Navegantes exibia:
"A Filha de Tarzan" e "O Homem do Deserto".
Cinema Navegantes
___O Cinema
Navegantes
ultrapassou os
anos 1960 em funcionamento.
Cinema Navegantes – O Prédio
___Atualmente o
prédio é utilizado para atividades industriais (depósito frigorífico) e está
levemente descaracterizado. A Prefeitura
Municipal já incluiu o prédio no inventário de bens culturais do município,
fato que gera proteção a edificação.
Prédio Cinema
Navegantes – 2012
CINE THEATRO REPÚBLICA
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 01 de agosto de 1922, inauguração do Cinema República, na Rua Sete de Setembro, nº 12, no Centro.
Nota:
- Em 31 de julho de 1922, segunda-feira, conforme, o Cinema República teve uma sessão inaugural destinada a autoridades, imprensa e pessoas
convidadas; estava localizado na Rua dos
Andradas, nº. 12, defronte ao Quartel
General do Exército.
Cinema ao Ar Livre
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Alberto do Valle
Em 1922, abriu o Salão 7 de Setembro, na Estrada
da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/nº, propriedade do Sr. Alberto do Valle, que tinha um armazém na Tristeza resolveu fazer um “cinema ao ar livre”, o pano estendido ficava onde era o antigo Supermercado Real, depois Nacional (atual Condomínio Praça MW).
Cinema Maravalha – Nova Sociedade
___O arrabalde da Tristeza crescia rapidamente e já
estava merecendo uma casa destinada a ser só “cinema”, mesmo que este ainda fosse mudo e preto e branco. Formou-se a
sociedade: José Dariano irmãos e
Filipini.
SALÃO 7 DE SETEMBRO
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Alberto do Valle
___O negócio prosperou e Sr. Alberto Valle, passou o “cinema ao ar livre” para dentro de um “Salão”,
com o mesmo nome.
Cinema Maravalha – O Terreno e o Prédio
___Na Tristeza a nova sociedade do Cinema
Maravalha
adquiriu um terreno
do Sr. Francisco Kral e construíram um
prédio, na época era de madeira, mas com uma linda fachada de alvenaria
trabalhada pelo escultor alemão Germano
Dressler. O prédio foi projetado e construído pelo saudoso Seu Sócrates Gandolfi.
Nota:
- Sócrates Gandolfi, foi um
pioneiro da película (o que chamamos de audiovisual), o cinema exibia as
sessões matinês, muitas vezes com bilheterias esgotadas. Conforme Thyago Castanho Escandiel, o Sr. Arquinto Gandolfi, filho de Sócrates, morava onde atualmente se
encontra o Cemitério da Tristeza.
1923
CINEMA AMÉRICA
Avenida Redempção – Cidade Baixa
Em 1923, entra em operação o Cinema América, na Avenida
Redempção (Avenida
João Pessoa), nº 1105,
esquina Rua
Venâncio Aires, na Cidade Baixa.
CINE-THEATRO CARLOS GOMES
Rua do Rosário – Centro
Lourenço Romero e Augusto Sendzich
Em Abril de 1923, entra em operação o Cine-Theatro Carlos Gomes, na Rua do Rosário (Rua Vigário José Inácio), nº 47 (antigo), (atual nº 355), proximidades da Rua 24 de Maio (Avenida Otávio Rocha), no Centro, por Lourenço Romero
e Augusto Sendzich.
___No
mesmo ano o controle passou para Pasqual,
Francisco e Salvador Sirângelo, irmãos que controlavam vários outros cinemas da
cidade. O Carlos Gomes oferecia uma
programação diversificada, com filmes, montagens dramáticas, apresentações de
orquestras, números de mágica e espetáculos de variedades, que atendiam,
conforme o caso, as expectativas do público culto ou do popular. Por décadas
foi um dos estabelecimentos mais concorridos da cidade.
Década de 1990
Carlos Gomes como Loja
Pompéia – 2012
CINE-THEATRO ORPHEU
Rua Benjamin Constant – Floresta
Mendelski e Irmãos
Em 03 de outubro de 1923, inauguração do Cine-Theatro Orpheu, na Rua Benjamin Constant, nº 1891 (atual 1191), quase esquina com a Rua Cristóvão Colombo, na Floresta. Era de propriedade da Empresa Mendelski e Irmãos. O
prédio foi projetado por Eduardo Pufal e construído por seu
irmão, o engenheiro-construtor João Luiz Pufal (1892-1957), a
pedido de Miguel e Vitor Alexandre Mendelski, o
cinema possuía 1.395 assentos.
Cine Theatro Orpheu
CINE-THEATRO CENTENÁRIO
Rua Vigário José Ignácio – Centro
Em
1923, abriu o Cine-Theatro
Centenário, na Rua Vigário José Ignácio, nº (?).
1924
CINE THEATRO MODERNO
Rua das Flores – Centro
Em 08 de junho de 1924, inauguração do Cinema Moderno, na Rua das Flores (Rua Siqueira Campos), nº (?), no Centro.
CINEMA PAVILHÃO ELEGANTE
Em 05 de agosto de 1924, inauguração
do Cinema
Pavilhão Elegante, em endereço desconhecido.
PAVILHÃO ELEGANTE
Endereço Correto (?)
Em
05 de agosto de 1924,
abriu o Pavilhão
Elegante, endereço (?).
1925
Salas Fixas de Exibição
Brazil – Porto Alegre
Rua da
Praia
___A Rua dos
Andradas junto à Praça da Alfândega, apresentada em duas imagens que mostram a mesma rua de dois ângulos
opostos:
·
A esquerda: - mostra a vista para Nordeste (o
prédio claro à esquerda junto à praça é o do Cine Central).
·
A direita: - a vista para Sudoeste (em foto
tirada de cima do Cine Central).
Rua da Praia - 1925
___Foi nesse trecho da Rua dos
Andradas que se iniciaram as projeções de filmes em 1896 e onde
ficava localizada a primeira sala fixa de cinema, o Recreio Ideal em 1908.
Rua da Praia - 1925
Cinema Maravalha – CINEMA TRISTEZA
Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Família Dariano
Em 1925, inauguração do novo prédio, onde foi instalado o Cinema Tristeza, mesmo nome do bairro, construído pela
Família Dariano, na Estrada
da Tristeza
(Avenida Wenceslau
Escobar), atual nº 2826, no Balneário
da Tristeza, na zona Sul.
Notas:
- Ficava na proximidade da atual Rua Armando Barbedo.
___Com o passar do
tempo, alguns integrantes da Família
Dariano, os responsáveis pela construção do moderno Cinema
Tristeza, que depois passou a se chamar “Gioconda”. É importante salientar que foi no “Gioconda” que iniciaram as primeiras atividades sociais de alguns clubes da Tristeza, entre eles o famoso Jocotó.
“Na segunda década
deste século a Família Dariano,
principalmente os irmãos Miguel e Leonardo construíram um moderno cinema
de alvenaria na Tristeza: o Cine Gioconda” (FLORES, 1979, p. 45).
Cinema Tristeza – CINE
GIOCONDA
Rua Wenceslau Escobar – Tristeza
José Dariano, Irmãos e Filipini
___O Cinema Tristeza, passou a chamar-se Cine Gioconda, como um bom nome italiano de “La Gioconda” de Da
Vinci. Era propriedade da Sociedade José Dariano, Irmãos e Filipini,
na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/ nº, na Tristeza. O Gioconda, na época, era tido como local de grandes saraus e
festas da sociedade porto alegrense, ao lado do Theatro São Pedro, Theatro
Apolo, Theatro Coliseu e Clube Caixeral Porto-alegrense.
Cine Gioconda – Na
Inauguração
___No dia em que
estava marcada a inauguração, no Verão de 1925, um mecânico que projetaria o filme,
tomou um porre, resultado, os personagens do filme apareceram de cabeça para
baixo, até pegar fogo na fita. Nova sessão de inauguração foi marcada, agora
com um técnico vindo da cidade e totalmente gratuita.
Cine Gioconda – Concorrência
___O Sr. Alberto Valle, que continuava com o Salão
7 de Setembro
ofereceu, neste dia de
inauguração do Gioconda, entrada grátis para as senhoras e as
crianças.
Cine Gioconda
– Segundo Proprietário
___Após alguns anos o
cinema foi adquirido por José Gomes,
dono de chácara e próspero padeiro na Tristeza.
Cine Gioconda
– Terceiro Proprietário
___O Cinema Gioconda,
mais tarde adquirido pelo concorrente Alberto
do Valle, comerciante e proprietário do Salão 7 de Setembro, formou a Empresa Cinematográfica Valle Ltda, na Estrada da Tristeza (Avenida
Wenceslau Escobar), atual nº 2826.
Cinema Palais – CINEMA
PALÁCIO
Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa
Emilio B. Adam
Em 1925, Emilio B. Adam vende
o Cinema Palais, da Rua Cel. Genuíno, nº 206, na Cidade Baixa, e os compradores passam a
denominá-lo Cinema
Palácio.
Cinema Palácio – 1928
Cinema Gioconda – Reuniões Operárias
___Nos anos 1920, o Cine Gioconda, da Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/nº, além de ser um local de entretenimento,
também foi palco de diversas reuniões da classe trabalhadora.
Em 1925, foi neste local, que a Federação
Operária organizou uma grande reunião de trabalhadores das pedreiras, com a
presença de um representante do Syndicato
dos Canteiros de Capão do Leão, para reorganizar o Syndicato dos Canteiros da Tristeza. Em 1927, os anarquistas do Grupo Arte e
Natura apresentaram neste local uma peça de Pietro Gori, dedicada aos operários e operárias do arrabalde da Tristeza. Outra categoria que utilizou
o Gioconda como espaço de reuniões e bailes foram
os padeiros vinculados à União Padeiral
da Tristeza. Como a União, que era uma sociedade
recreativa, era vinculada à José Gomes,
dono da maior padaria da Tristeza e
também do Gioconda, a associação utilizava o cinema como sede social, promovendo grandes
bailes de carnaval que ficaram na memória do bairro.
Cine Gioconda
– Terceiro Proprietário
___O Cinema Gioconda, Alberto do Valle mais tarde comprou o empreendimento, formou a Empresa Cinematográfica Valle Ltda, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), atual nº 2826.
Nota:
- Bailes dos clubes sociais como o Filosofia
e o Club Jocotó, formado por
veranistas, e o Padeiral, cujo corpo
social compunha-se de pessoas ligadas ao ramo de panificação, e que não teve
sede própria faziam festas no Gioconda (FLORES, 1979, p. 45).
Cinema
Gioconda, a pessoa junto ao portão, é um distinto senhor, vestindo pijama
- A foto inusitada está na loja de decoração de Cláudia Wentzel,
neta de Valle, no café aos fundos da
loja, que ocupa o antigo imóvel dos avós, ela mantém um quadro com cópias de
fotos do cinema.
___Para Alberto
Martins do Valle, a sala de exibição do Cinema Gioconda era a extensão de sua casa, situada ao lado do cinema, na Avenida Wenceslau Escobar.
Cine-Theatro Guarany – Reabre
Manoel Rodrigues Filho e Cia
Em 25 de fevereiro de 1925, o
jornal Diário de Notícias reporta
que o Cine-Theatro Guarany está reabrindo suas
portas, depois de sofrer uma reforma em suas dependências.
___No anúncio da
reabertura; verifica-se que essa sala de cinema pertencia a Manoel Rodrigues Filho e Cia.
Cinemas de Porto Alegre
Em 22 de março de 1925, o jornal
Diário de Notícias reporta as
seguintes salas de cinema em funcionamento:
·
Central,
·
Carlos Gomes,
·
Apollo,
·
Coliseu,
·
Orion,
·
Thalia,
·
Rio Branco, e
·
Navegantes.
Nota:
1) Na edição de 09 de abril de 1925, o mesmo jornal reporta
ainda os cinemas Guarany e Palácio.
Cinema América – CINE
AVENIDA
___O Cine
América
na Avenida
da Redempção
(Avenida João
Pessoa), passou a ser chamado Cine Avenida (o primeiro).
1926
Cine Avenida – Incidente
Meteorológico
Em 1926, segundo noticiado, no Cine Avenida uma ventania ocorrida durante a exibição do filme do cinema mudo
(silencioso) "O Barqueiro do Volga", de 1926, gerou a queda do telhado, a sala ficou bastante danificada, resultando
o incidente em um morto e 5 feridos.
O prédio que foi inaugurado como América em 1923.
Nota:
- A foto abaixo retrate o prédio do cinema depois da ventania, pois
nota-se que há peças de madeira sustentando as paredes. No
mesmo local será construído o novo prédio agora do Cine-Theatro Avenida em 1929.
Cine Avenida – 1926, Museu
de Comunicação Social (Hipólito José da Costa)
Filme: O Barqueiro do
Volga
Em 04 de abril de 1926, é lançados nos
EUA “The Volga Boatman” (O Barqueiro do
Volga), um filme de drama mudo americano, dirigido por Cecil B. DeMille, que teria dito que o filme foi "sua maior conquista na produção
cinematográfica". O orçamento do filme foi de US$ 479.000 e arrecadou US$ 1,27 milhão. O filme foi um grande
sucesso, transformando William Boyd em
ídolo de matinê da noite para o dia.
1927
Recreio Ideal – Demolição
Em 1927, o prédio do antigo Cinema Recreio Ideal na
Rua dos Andradas, foi demolido para a
construção do Edifício do Cinema Imperial.
SALÃO GLÓRIA
Estrada do Belém – Glória
Paróquia de Nossa Senhora da Glória
Em
1927, começa a
funcionar o Salão
Glória, na Estrada do Belém (Avenida
Oscar Pereira), 2851
(atual), na Glória, de
propriedade da Paróquia de Nossa Senhora
da Glória, no salão paroquial, junto a casa canônica, zona Sul. A sala
tinha 300 lugares.
Cine-Theatro Apollo – Incêndio
Em
28 de maio de 1927,
o pioneiro Cine-Theatro
Apollo, na Rua da Independência, foi vítima de um sinistro – “com gente pulando pelas janelas, a fim de se livrar das
labaredas”, conforme lembrou o médico e cronista Francisco Michielin em um texto publicado no jornal Pioneiro em 31
de março de 2006.
___Conforme detalhado
no livro Cinemas: Lembranças, de Kenia
Pozenato e Loraine Slomp Giron, publicado em 2007. Segundo as autoras, “o
sinistro começou no vestiário, onde uma camareira distraída esqueceu-se de um
ferro à brasa sobre uma roupa que passava. As roupas pertenciam à Companhia de Revista Sarah Nobre, que há uma semana se apresentava na cidade. Para completar
a confusão, enquanto ocorria o incêndio, foi roubado o projetor, que havia sido
retirado do prédio e posto a salvo”.
1928
Filme
Sonoro Estados Unidos
___A transição do cinema sem som sincronizado para o
falado, conhecido como “talkies”, marcou uma revolução na forma como as
histórias eram contadas. O primeiro filme com som totalmente sincronizado foi “The Lights of New
York”, de Bryan Foy,
em 1928.
A aceitação do som em Hollywood foi
rápida, tanto que no final de 1929 quase todos os filmes já eram falados. CINE-THEATRO
REAL
Estrada do Passo d`Areia
Em
1928, começa a
funcionar o Cine-Theatro
Real, na Estrada do Passo d’Areia (Avenida
Assis Brasil), nº 3107,
esquina com Rua da Hortícula (Rua
Adão Baino).
Cine Rosário – Prédio
Em 1928, inicia as obras do prédio do Cine Rosário, na Rua Benjamin Constant, nº 305, no São João.
Cine Rosário
CINE THEATRO YPIRANGA
Rua Cristóvão Colombo – Floresta
Dante Pianca
Em 1928, começa a funcionar o Cine-Theatro Ypiranga, propriedade de Dante Pianca, com 923
lugares, na Rua Christovam Colombo, nº 772, na Floresta.
Cine Theatro Ypiranga
CINE THEATRO PETERSEN
Caminho do Meio
Em
1928, abre o Cine-Theatro
Petersen, no Caminho do Meio (Avenida
Protásio Alves), nº (?).
Cine-Theatro Glória – Novo Prédio
Em
1928, tem início
as obras de construção do novo prédio do agora Cine Theatro Glória, em frente à Igreja Nossa Senhora da Glória, na Estrada do Belém (Avenida Oscar Pereira), nº 2834 (atual), na Glória.
CINEMA ORION
Avenida Bom Fim – Bom Fim
Em julho de 1928, conforme o jornal Diário de Notícias o Cinema
Orion ficava na Avenida Bom Fim, no bairro Bom Fim.
Nota:
- Segundo, o prédio
onde funcionava esse cinema ficava no mesmo local onde depois foi construído
o Cine Baltimore.
Cine Theatro Orion
Cinemas de Porto Alegre
Em julho de 1928, o jornal Correio do Povo anuncia que as
seguintes salas de cinema (um total de 14)
estão em funcionamento:
Centro: Guarany, Central e Carlos Gomes.
Cidade Baixa: Palácio, Garibaldi e Avenida
Independência: Apollo
Floresta: Colombo, Orpheu e Mont Serrat
São João: Thalia
Navegantes: Navegantes
Menino Deus: Recreio
Bom Fim: Orion
CINE-THEATRO CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Centro
José Luiz Failace
Em 12 de outubro de 1928, entra em operação o Cine-Theatro Capitólio na esquina da Rua
Demétrio Ribeiro, nº 1085 e Avenida Borges de
Medeiros, no Centro, de propriedade do alfaiate José Luiz Failace.
O prédio tinha uma lotação de 1.295
lugares.
___O
filme de estréia foi "Casanova, o Príncipe dos Amantes".
Cine Capitólio – 1928
Cine Capitólio – Camarotes
___Conforme C.
A. O. de Souza, os "camarotes" nas laterais do andar superior eram inicialmente guarnecidos por
proteções metálicas em ricos trabalhos em forma de arabescos; posteriormente
esses gradeados foram substituídos por balcões de alvenaria e nos anos 1970, foram retirados.
Nota:
- No final dos anos 1960 o prédio
passou por uma reforma e funcionou com o nome de Cinema Premier.
Cine Capitólio – Platéia
1929
Desde 1929, juntamente
com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no Mundo
inteiro foram padronizadas em 24 quadros
por segundo. O cinema digital alterou este padrão. Em vídeo digital é comum
o uso de 25 quadros por segundo e de
30 nos EUA.
Filme Sonoro – Vitaphone
___As apresentações em teste de projeção de filmes sonoros, usava um dos sistemas,
este conhecido como "Vitaphone".
CINE-THEATRO RIO BRANCO
Avenida Protásio Alves – Rio Branco
Petersen e Cia
Em 14 de fevereiro de 1929, inauguração
do Cine-Theatro Rio Branco, propriedade de Petersen & Cia. Ltda, sala de cinema com 1.200 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, no Caminho do Meio (Avenida
Protásio Alves), nº 40, atual nº 210, próximo à atual Avenida Silva Só, no Rio Branco. A sala possuía 1.200 lugares. O primeiro filme apresentado foi o "Monstro do Circo".
Nota:
- Este cinema ficava em frente ao atual Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Cine Theatro Rio Branco
– 1934
CINE-THEATRO AVENIDA
Avenida Redempção – Cidade Baixa
Atilio Tedesco
Em 06 de junho de 1929, inauguração do “novo prédio” onde passou a funcionar o Cine-Theatro Avenida, na Avenida da Redempção (Avenida João Pessoa), nº 1105, esquina com a então a Rua Venâncio
Aires, na Cidade Baixa, de propriedade de Atilio Los Tedesco. O cinema
possuía 1.500 lugares no pavimento térreo e 520
no balcão (mezanino). A sala de cinema com 1.500
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m,
uma grande sala de cinema, não tinha desnível no assoalho, as cadeiras eram
todas na mesma altura o que dificultava a visão da tela.
“O preferido
da elite Porto-Alegrense”
Conforto – Luxo – Elegancia, anunciava
suas atracções no jornal.
Notas:
- Nesta esquina desde 1923 já funcionava o chamado
Cine América, mas o prédio danificado em uma tempestade em 1926, foi totalmente reformado.
Imprensa
___Conforme
noticiado sobre o Cine-Theatro Avenida:
Mais
uma artística noitada
“Este
centro de diversões não faz bombasticos reclames, porque o maior deles é não
poupar esforços de bem servir o generoso e culto publico conhecedor da
verdadeira arte, que lhe honra diariamente com seu valioso concurso.”
1ª,
2 ª, 3 ª, 4 ª e 5 ª partes
Um
acorde em nota menor
“Mimoso
e fino drama do qual é protagonista a Duze do cinematographo
Maria Carmi.”
(Grafia da época)
CINE-THEATRO VARIEDADES
Rua Andrade Neves – Centro
Em 10 de agosto de 1929, inauguração do Cine-Theatro Variedades, na Rua Andrade Neves, nº 40, bairro Centro.
Filme
Sonoro Porto Alegre
Cinema Central – Primeiro Filme
Sonoro
Em 08 de setembro de 1929, é apresentado em “Grand Premier”, no Cinema Central, no Largo dos Medeiros (Praça da Alfândega) o “primeiro filme sonoro”.
Filme Musical Semi-colorido
___O nome do filme apresentado
era o musical "Broadway Melody", um filme preto e branco com algumas cenas coloridas.
Consequências do Filme Sonoro
___Com a novidade das cores e som
para o cinema, no entanto, o grande número de analfabetos da época não era
capaz de acompanhar as línguas estrangeiras nem as legendas; esse fato veio a
refletir na freqüência das salas. Para os proprietários a “nova tecnologia exigia altos custos”, fazendo com
que algumas salas não pudessem acompanhar a evolução tecnológica, vindo a
fechar, posteriormente.
___O cinema sonoro ainda
ocasionou a “demissão em massa dos músicos” criando
uma crise que exigiu até mesmo a intervenção do setor público.
Agentes
___Se Francisco Damasceno e Eduardo Hirtz foram os agentes das
décadas anteriores, agora serão os Irmãos
Sirângelo que, além de introduzir o “sistema
de som” na cidade, serão
proprietários do mais requintado cinema da cidade, o Central, com 1.351 lugares.
Nota:
- Neste cinema localizado na Rua
da Praia e frequentado pelas elites, só podia se entrar de gravata.
Horário Castello
___Destaca-se no
período Horário Castello, que
participará da propriedade do Imperial,
Castello, Ritz, Rosário, Marrocos, Marabá.
Cinema Colombo – Remodelado
Em outubro de 1929, o Cinema Colombo, fundado em 1914 e
localizado na Rua Cristhovam Colombo, nº
190 (atual 1370), na Floresta, é remodelado.
___Foi
construído um prédio de alvenaria por fora da edificação de madeira. A
sala possuía 1.400 lugares.
Prédio que substitui o
antigo prédio de madeira de 1915
1930
___
Nesta década surgiram
salas, Popular
São João, em 1930; Imperial e Baltimore, em 1931; Rex, em 1936;
Roxy, em 1938;
Castello, em 1939.
Apesar desta humilde quantia, temos uma relato da época que enaltece
a excelente infraestrutura que a cidade oferecia aos gaúchos.
Eixo – Centro – Bairro
___Apesar da
evolutiva democratização do espaço, por ampliarem-se os bairros com cinema, a
utilização do mesmo era segmentada, uma vez que as melhores, mais requintadas e
consequentemente, mais caras salas localizavam-se no espaço hegemônico da
cidade, identificado como a Rua da Praia
e seus arredores. Assim sendo, os melhores filmes primeiro eram exibidos nas
salas centrais para, posteriormente, seguir para a periferia da cidade, onde
encontravam-se os cinemas populares, com ingressos mais baratos.
CINEMA ROSÁRIO
Rua Benjamin Constant – São João
Irmãos Py Dias
Em
1930, é inaugurado o Cinema Rosário,
propriedade de Irmãos Py Dias Ltda, com sala de cinema com 1.200
lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Rua Benjamin Constant, nº 305, no São João.
CINEMA POPULAR SÃO JOÃO
Avenida Benjamin Constant
Em
17 de julho de 1930,
abre o Cinema
Popular São João, na Avenida Benjamin Constant, esquina com Rua Gravataí, nº (?).
1931
CINEMA IMPERIAL
Rua dos Andradas – Centro
Empresa Cine Teatro Imperial Ltda
Em 18 de abril de 1931, inaugura o
novo prédio que passou a ser chamado Cinema Imperial, na Rua dos Andradas, nº 1051, no Centro, pertencia a Empresa
Cine Teatro Imperial Ltda.
___Conforme, o
administrador desta e de outras salas de cinema (Roxy, Rival, Rosário e Ritz)
era Darcy Bitencourt; como curiosidade, todas as salas que ele administrava
começavam com a letra "R". O Imperial tinha acomodações para 1.632 pessoas.
___O filme de
inauguração foi "Romance" da Metro Goldwyn Meyer
estrelado por Greta Garbo.
Hall de Entrada – 1931
Cinema Imperial – Clube Haydn
Em agosto de 1931, o Cinema Imperial, na Rua dos Andradas, durante um concerto do Clube Haydn de Porto Alegre; a
parte superior da foto mostra a orquestra no palco e a inferior a platéia,
vendo-se o mezanino ao fundo.
___Essa foto foi
publicada na Revista do Globo, e
foi cedida por Celso Schmitz.
1954
Imprensa
Nota:
- Em 04 de fevereiro de 1943, um
anúncio publicado no jornal Diário de
Notícias a exibição de "O Lobisomen" com Bella
Lugosi e Lon Chaney.
CINEMA BALTIMORE
Avenida Bom Fim – Bom Fim
Emilio B. Adam
Em 03 de setembro de 1931, inaugurado o Cinema Baltimore, na Avenida Bom Fim (Avenida Osvaldo Aranha), atuais nºs. 1048-1058, bairro Bom Fim. O Baltimore foi um dos maiores ícones culturais do Bom Fim. O prédio, com fachada em
estilo “Art Déco”, foi projetado por Willi Paul, a sala de cinema com sua
gigantesca tela em curva, tinha capacidade para receber 1.848 espectadores. Também tinha um “Salão de Baile” no pavimento superior. Segundo, essa sala de cinema
pertencia a Empresa Cinematográfica
Saidenberg Ltda, proprietário de outras salas de cinema na cidade.
Cinema Baltimore
Platéia do Baltimore
(Revista do Globo Fev/1950), foto cedida por Celso Schmitz.
CINE-THEATRO VILA NOVA
Estrada da Vila Nova
___No
atual Campo do Periquito na atual Avenida
Vicente Monteggia, na Villa
Nova d’Itália, na zona Sul, funcionou o Clube, com “salão
de baile e restaurante”, construído numa área de 2 hectares e meio, onde ainda hoje á o campo de futebol e mato
natural, no meio dos quais passa o Arroio
Cavalhada (antigo “rio”). Neste local havia mesas ao ar livre para atender
os visitantes.
___O
prédio do Clube também funcionou
como cinema, com o nome de Cine Theatro Vila Nova, com 150 cadeiras, a cargo do Sr. João Rocha.
Cine-Theatro Vila Nova – CINE VILA NOVA
-
Mais tarde, o Cine Vila Nova funcionou no antigo prédio da Cooperativa.
Nota:
- Na década de 1970, onde depois de alguns anos, vitimado pela
televisão, o Cine
Vila Nova parou
de funcionar definitivamente.
1935
Em
1935, quando a
população urbana andava em torno de 250
mil habitantes, a cidade possuía na faixa de 22 cinemas, que juntas somavam 26.518
lugares (Franco apud Becker, 1996 p.10). A maior delas, o Apollo,
somava 2.100 poltronas enquanto a
menor, o Recreio,
135 lugares. Estes números oferecem
uma surpreendente proporção média de 1 lugar
para cada 10 habitantes.
Irmãos Sirângelo
Até
1935, quando os Irmãos Sirângelo
desfazem a sociedade e apenas um deles continua no negócio, com o Central,
mas ainda serão proprietários do Carlos Gomes, Guarany, Colombo, Palácio, Garibaldi e Coliseu.
Cinema Colombo – Arrendamento
Firma Petersen e Cia
Em 01
de outubro de 1935, o prédio do Cinema Colombo, na Rua Cristovão Colombo, nº
1370, é arrendado para a Firma Petersen e Cia.
___A primeira sessão apresentou um programa
duplo com os filmes:
"Maridos
Infieis", e
"A Celebre
Miss Lang".
Nota:
- Em 1938, a Firma Petersen e Cia. comprou o prédio.
Cinemas de Porto Alegre
Em 1935, neste ano a cidade contava com as
seguintes salas de cinemas (total de 22):
Centro: Imperial (1.615 lugares), Guarany (958 lugares), Central (911
lugares), Colyseu (1.410 lugares).
Cidade Baixa: Palácio (com 980 lugares), Garibaldi (1.054 lugares),
Avenida (2.000 lugares), Capitólio (1.295 lugares).
Independência: Apollo (2.100 lugares)
Bom Fim: Baltimore (1.848 lugares)
Petrópolis: Rio Branco (1.450 lugares)
Glória: Glória (rua Oscar Pereira, no. (?) com 300 lugares)
Floresta: Ypiranga
(1.159 lugares), Colombo (1.414 lugares), Orpheu (1.395 lugares), Rosário
(1.180 lugares)
São João: Thalia
(1.645 lugares)
Navegantes: Navegantes
(1.089 lugares)
Menino Deus: Recreio
(135 lugares)
Tristeza: Gioconda
(600 lugares)
Outros Arrabaldes (Bairros): Villa
Nova d’Itália (Estrada da Villa Nova,
no. (?), com 150 lugares.
1936
Theatro Petit Cassino – CINEMA REX
Rua dos Andradas – Centro
Darcy Bittencourt
Em 05 de março de 1936, foi inaugurado o Cinema Rex, propriedade de Darcy Bittencourt, cine theatro com 470 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Rua dos Andradas, atual nº 1137, quase esquina com a Rua Gal. Câmara (ou Rua da Ladeira), no
Centro. Possuía 600 poltronas. O filme de estréia foi "A Mascote do Regimento", filme de 1935.
___Essa sala ficava
no lugar do antigo Teatro
Petit Cassino. O Cinema Rex ficava de frente para o Cinema Central.
Cinema Rex – 1935
1937
Studio Cinematográfico LEOPOLDIS FILMS
Avenida Praia de Belas – Menino Deus
Ítalo Manjeroni
Em 1937, a Leopoldis Films, na Rua Gonçalves Dias, nº 342, no Menino Deus, passou do cinema mudo, e virou, Leopoldis-Som, quando introduziu áudio nos filmes,
propriedade de Ítalo Manjeroni que
usava o pseudônimo “Leopoldis”
em homenagem ao ídolo
Leopoldo Fregoli no transformismo, a
arte de interpretar múltiplos personagens em cena. A história do italiano foi
contada em reportagem da Revista do
Globo em 1945. O único auxiliar na época era Fleury Bianchi. Leopoldis também fazia os próprios equipamentos para filmagem, com
ajuda do amigo Erni Peixoto,
engenheiro da VARIG.
___Com afastamento de
Leopoldis, em meados dos anos 1950, Bianchi e
Derly Martinez ficaram à frente da
empresa, que adotaria o nome Cinegráfica
Leopoldis-Som.
___Em 1965, incêndio destruiu boa parte do acervo em depósito na Rua Gonçalves Dias, no bairro Menino
Deus.
1938
Cine-Theatro Guarany – Reforma
Rua dos Andradas – Centro
Darcy Bitencourt
Em 1938, a sala do Cine-Theatro
Guarany, propriedade de Darcy Bitencourt, na Rua
dos Andradas,
nº 1045, sofreu reformas – visando adequá-lo melhor às condições
de cinema,
antes de trocar o nome para Cine Rio.
CINE ROXY
Rua dos Andradas – Centro
Em 09 de maio de 1938, foi inaugurado o Cinema Roxy, na Rua dos Andradas, nº (?), próximo da esquina com a Rua
Uruguai, no Centro.
Cine Roxy
Cinemas de Porto Alegre
Em 25 de maio de 1938, o jornal Correio do Povo anuncia filmes das
seguintes salas de cinemas (total de 20):
Centro: Imperial, Guarany, Central, Colyseo, Roxy, Rex e Carlos Gomes
Cidade Baixa: Palácio, Garibaldi, Avenida e Capithólio
Independência: Apollo
Bom Fim: Baltimore
Petrópolis: Rio Branco
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu e Rosário
São João: Thalia
Navegantes: Navegantes
1939
CINE-THEATRO CASTELLO
Avenida da Azenha – Azenha
Em 27 de abril de 1939, inauguração do Cine-Theatro Castello, com sala de 2.570 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, de propriedade da Sociedade
Cine Castello Ltda, na Avenida da Azenha, nº 666, na Azenha.
___Funcionamento
diário – média anual 566 sessões – 3.617.430 espectadores.
Cine Castello – 1939
1940
Darcy Bittencourt
Nos anos 1940,
o maior empreendedor
foi Darcy Bittencourt, que atuando
na área desde o final dos anos 1920, acumulou a
propriedade dos cinemas Roxy, Rex, Colyseu, Garibaldi, Thalia, Guarany (Guarany, quando de propriedade de Bittencourt
passou a chamar-se Cine Rio), Avenida e América. Nesta, como nas décadas
anteriores, outros agentes, embora com menos poder no campo cinematográfico,
agiam em Porto Alegre. As empresas, na sua maioria, eram locais e até mesmo
familiares, embora muitas delas representassem interesses internacionais das
distribuidoras estrangeiras; um bom exemplo eram os grandes estúdios americanos
que atuavam na cidade desde a década de 1910, no
entanto, a maioria deles já tinha escritórios próprios nos anos 1940.
Cine Palais – Encerramento
Em
194 (?), na década, o Cine Palais (Palácio), na Rua Coronel Genuíno,
nº 206, encerrou suas atividades.
CINEMA PETRÓPOLIS
Rua Carazinho – Petrópolis
Stefan Fricher
Em 01 de janeiro de 1940, inauguração do Cinema Petrópolis, arrendatário Stefan Fricher, sala de cinema com 500 lugares, na esquina da Rua Carazinho, nº 222, quase esquina Rua João Abbott, Petrópolis.
Era uma pequena sala arrendada da Igreja
São Sebastião pelo Sr. Stefan
Fricher.
VERA CRUZ CINE-THEATRO
Rua Andrade Neves – Centro
Irmãos Pianca
Em 04 de setembro de 1940, foi inaugurado o Vera Cruz Cine-Theatro, nome do prédio que o abriga, na
esquina das Rua Andrade Neves e Avenida Borges de Medeiros, nº 475, Centro,
com mais de 1.050 assentos. Bradava um anúncio de quase uma
página inteira publicado na edição do jornal Correio do Povo – “O maior acontecimento
da cidade”, chamando para a inauguração do Vera Cruz Cine-Theatro. Em um
momento em que o progresso era a tônica de uma capital em desenvolvimento
acelerado, o Centro de Porto Alegre ganhava um cinema no térreo do imponente Edifício Vera Cruz.
___Na inauguração a avant
premiere “para as altas autoridades e imprensa” foi realizada uma sessão especial para
convidados, o filme apresentado foi a obra
prima de Frank Capra: "A Mulher Faz o
Homem" (1939), com James
Stewart e Jean Arthur.
Em 05 de setembro de 1940, o Vera Cruz abria as portas ao grande público aquele que viria
a ser um dos mais tradicionais cinemas de calçada de Porto Alegre. Na edição do
jornal Folha da Tarde abordava a
inauguração da “luxuosa casa de diversão” dos Irmãos Pianca com a presença do então intendente
(prefeito) Loureiro da Silva e do
diretor da Columbia Pictures, Werner Gentzer.
Av. Borges de Medeiros
Vista da av. Salgado Filho, década de 1940
Interior do Vera Cruz
1941
Cinemas de Porto Alegre
Em janeiro de 1941, o jornal Correio do Povo
anuncia as seguintes salas de cinema (total de 23):
Centro: Apollo,
Central, Roxy, Vera Cruz, Rex, Colyseo, Imperial, Guarany e Carlos Gomes
Cidade Baixa: Capithólio e Palácio
Venâncio Aires: Garibaldi
Azenha: Avenida e Castello
Bom Fim: Baltimore
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu e Rosário
Petrópolis: Rio Branco e Petrópolis
Navegantes: Navegantes
São João: Thalia
Cine-Theatro Guarany – CINE-THEATRO RIO
Rua dos Andradas – Centro
Cia. Nacional de Cinemas
Em 1941, o tradicional Cinema
Guarany, “cine
teatro”,
utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua dos Andradas, nº 1049, em frente à Praça da Alfandega, no Centro, passou a se chamar Cine-Theatro Rio, de propriedade
da Cia. Nacional de Cinemas, com
capacidade para 750 lugares.
Nota:
- A nova denominação durou até os anos 1950.
1942
CINEMA CRUZEIRO
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Em
1942, surge o Cinema Cruzeiro,
na Avenida
Benjamin Constant esquina com Rua Ernesto da
Fontoura, nº 1011 (antigo) atual 1013,
na Floresta.
Cine Theatro Carlos Gomes – Nova Gestão
Entre
1942 e 1971, no Cine Theatro Carlos
Gomes, na Rua Vigário José Inácio, nº
355, Horácio Castello, na Empresa Cine Carlos Gomes Ltda que tornou-se
o sócio majoritário e principal administrador, passando a privilegiar o cinema.
Ele tinha contatos com importantes distribuidoras, mas não cedia exclusividade
para nenhuma, o que possibilitava a apresentação de uma ampla gama de
películas, além de introduzir inovações como sessões duplas ao preço de uma. A
sala de cinema com 1.570 lugares,
utilizava Aparelho 35 m/m.
___Funcionamento
diário – média anual 1.134 sessões –
702.520 espectadores.
1943
Cine-Theatro Thalia – CINE-THEATRO RIVIERA
Avenida Eduardo – Navegantes
Em
1943, surge o Cine-Theatro
Riviera, na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), nº 1362, no Navegantes (atual bairro São Geraldo), quarto distrito, no mesmo
prédio do Cine
Thalia.
Filme Exibição
Em 02 de abril de 1943, anúncio
publicado no jornal Diário de Notícias,
o filme clássico: "O Lobisomen", filme
de terror contava em seu elenco com Bella Lugosi e Lon
Chaney.
___Na época um dos cinemas que apresentaram este clássico foi o Imperial.
CINEMA BRASIL
Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Empresa Cinematográfica Brasil Ltda
Em 19 de fevereiro de 1943, inauguração do Cinema Brasil, propriedade da Empresa Cinematográfica Brasil Ltda, sala de cinema com 988 lugares, utilizado Aparelho
35 m/m, na Avenida Bento Gonçalves, nº 1960, esquina Rua Cel. Vilagran
Cabrita, próximo ao Partenon Tennis
Clube, bairro Parthenon.
___Funcionamento
diário – média anual – 790 sessões –
204.436 espectadores.
Cinema Cruzeiro – CINEMA
ELDORADO
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Idel Russonsky Sobrinho
Em 31 de julho de 1943, inauguração do Cinema Eldorado (ou El Dorado), propriedade de Idel Russonsky Sobrinho, na Avenida Benjamin
Constant, nº 1011 (antigo) atual 1013, esquina Rua Ernesto da Fontoura, na Floresta, propriedade
de Idel Russonsky Sobrinho, no mesmo prédio do Cinema Cruzeiro.
Capacidade de 1.400 lugares,
utilizava Aparelho 35 m/m.
___Funcionamento
diário – média anual 365 sessões – 327.702 espectadores.
1944
CINEMA RIVAL
Avenida 24 de Outubro – Auxiliadora
Gastão Jaeger Hennemann
Em 09 de julho de 1944, inauguração do Cinema Rival, propriedade de Gastão Jaeger Hennemann, sala de cinema com 1.000 lugares, utilizado Aparelho
35 m/m, na Avenida 24 de Outubro, nº 1600, na Auxiliadora.
___Funcionamento
diário – média anual 777 sessões – 120.923 espectadores.
1945
Segunda Guerra Mundial
___Da mesma maneira
que a “Primeira”, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) contribuiu para a expansão do
cinema americano, que neste momento perpetuou sua “hegemonia” nas telas do país.
Cine-Theatro Thalia – Administração
Em 1945, o Cine-Theatro Thalia, propriedade Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda, cine theatro com 1.500
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.
___Funcionamento
diário – média anual 428 sessões – 52.362 espectadores.
1946
Cine-Theatro Rio – Encerramento
Em 1946, o Cine
Rio, na Rua dos Andradas, nº 1049, em frente à Praça da Alfandega, no Centro, encerrou suas atividades,
retornando ao nome anterior Cine Theatro Guarany.
Cinemas de Porto Alegre
Em 19 de outubro de 1946, o
jornal Correio do Povo anuncia
filmes das seguintes salas de cinema (total de 26):
Centro: Apollo, Central, Roxy, Vera Cruz, Rex, Coliyeo, Imperial, Rio (ex-Guarany) e
Carlos Gomes
Cidade Baixa: Avenida, Garibaldi e Capithólio
Bom Fim: Baltimore
Azenha: Castello
Glória: Glória
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu, Rosário e Eldorado
Auxiliadora: Rival
Petrópolis: Rio Branco e Petrópolis
Navegantes: Navegantes
Partenon: Brasil
São João: Thalia
1947
CINEMA BALUARTE
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira
Em 1947, entra em operação o Cinema Baluarte, na Estrada do Passo da
Mangueira
(Avenida
Assis Brasil), nº 3094, no Passo da Mangueira.
___Segundo, essa sala de cinema funcionava nas dependências da Sociedade
Baluarte, prédio em madeira, cuja
sede ficava localizada no endereço acima.
Nota:
- Nos anos 1950, o prédio de madeira da Sociedade Baluarte na Estrada do Passo da Mangueira
(Avenida Assis Brasil), nº 3094, esquina atual Avenida Bernardi,
foi demolido e em seu lugar foi erigida a atual igreja do Cristo
Redentor, a sociedade foi transferida para o outro lado da Estrada na Rua da Hortícula (Rua Adão Baino).
Cinema Palácio – CINEMA MARABÁ
Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa
Firma Seidenberg e Cia. Ltda
Em 1947, no mesmo local do prédio do Cinema Palácio (anterior Palais), na Rua Cel. Genuíno, nº 206,
no Centro, sofreria uma reforma.
Em 19 de março de 1947, mudou de nome, passando a
funcionar o Cinema
Marabá, a sala tinha 1.800
lugares sentados. Propriedade da Firma Seidenberg e Cia. Ltda.
Nota:
___Mais
tarde neste cinema o político Leonel de
Moura Brizola fez diversos discursos.
CINEMA AMÉRICA
Avenida Assis Brasil – São João
Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda
Em 02 de julho de 1947, inauguração do Cinema América, de propriedade
da Empresa Cinematográfica Porto
Alegrense Ltda, na Avenida Assis Brasil, atual nº 363, no São João, logo depois da Igreja
São João na curva. A sala era um cinema enorme
sempre com programas duplos, sala de cinema com 1.500 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m.
___Funcionamento
diário – média anual 428 sessões – 68.794 espectadores.
Nota:
- O prédio foi um estacionamento, mas ainda se pode ver o formato do
antigo mezanino.
1948
Cinema Baluarte – CINEMA
CRISTO REDENTOR
Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor
Em 1948, o Cinema Baluarte na Avenida Assis Brasil, mudou o nome
para Cinema
Cristo Redentor, em homenagem a igreja de mesmo nome em frente.
CINEMA ANCHIETA
Avenida Brasil – Navegantes
Em 1948, entra em operação o Cinema Anchieta, essa sala de cinema que era um “prédio de madeira”, ficava na Avenida Brasil, nº 493, quase esquina com a Avenida
Eduardo
(Avenida Presidente
Roosevelt), no Navegantes.
CLUBE DE CINEMA
Em
1948, como
espaço alternativo, a cidade passou a contar com o Clube de Cinema. O Clube era uma associação que exibia
para seus sócios filmes de arte excluídos dos circuitos comerciais, para isso,
contava com a solidariedade dos empresários da época que cediam seus cinemas
nos horários ociosos, como domingo pela manhã. Sua atuação de estenderá até os
anos 1970.
CINEMA RITZ
Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 06 de setembro de 1948, inauguração
do Cinema
Ritz, sala de cinema com 1.078 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida
Protásio Alves, nº 2557, no Rio
Branco. O primeiro filme exibido no Cinema Ritz foi “A
Dama de Shangai”, de Orson Welles. As
novidades do Ritz, quando passava um filme “3ª dimensão”, comprava-se a entrada e o porteiro
fornecia um óculo em papel, todo colorido, com o qual se assistia o filme.
Cine Ritz – 1980
Nota:
- O filme anunciado na foto, "O Beijo no Asfalto", de Bruno
Barreto, é uma produção do cinema brasileiro de 1980.
1950
___Porto Alegre
entra na década de 1950 com 394.141 habitantes. Era o começo de uma fase de enorme processo de
urbanização causado pelo “boom industrial” iniciado
na década anterior, decorrente da falência de um modelo agro-exportador e do
forte incentivo do Estado para o fortalecimento de uma indústria nacional que
buscava auto-suficiência, contrapondo-se à forte escassez enfrentada no período
das duas Grandes Guerras.
Eixo – Bairro – Centro
Na
década de 1950,
a relação Centro/Bairro será
modificada quando os cinemas de bairro, com um público fiel e garantido, passam
a ter a mesma importância das “salas centrais”,
sendo inclusive, lançadores de filmes. A distribuição das salas nos bairros
seguiram as radiais ao longo das linhas de mobilidade urbana, abrangendo tanto
bairros com vocação industrial - que abrigaram vilas operárias - (Navegantes,
Floresta, São João) como aqueles que eram vivenda das classes mais abastadas da
cidade (Centro, Independência e Rio Branco) e que se poderia considerar de
classe média para a época (Bom Fim, Azenha, Cidade Baixa). Também muitos
arrabaldes (subúrbios) – posteriormente bairros – que, afastados do Centro, buscavam a auto-suficiência,
foram agraciados com salas de exibição (Passo da Areia, Cavalhada, Sarandi,
Vila Jardim, Vila Ipiranga, Medianeira e Belém Novo).
A Época de Ouro em Porto Alegre
___Pode-se dizer que
o período que compreende o final dos anos 1940 e
início dos 1950 se instituiu como o “apogeu do cinema na cidade”. Neste período, segundo Paulo Norling (1997), distribuidor de
filmes naquela época, a cidade contava com aproximadamente 50 salas de exibição. Apesar disto, apenas 9 novas salas surgiram nos anos 1940, e um bairro, o Petrópolis, passou a oferecer cinema,
entre eles: - Vera
Cruz e Cine Teresópolis, em 1940; Brasil e Eldorado, em 1943; Rival,
em 1944; América e Baluarte; em 1947; Anchieta e Ritz, em 1948.
Cinelândia
Footing
___O
‘Footing’ era o lugar dos encontros,
dos olhares apaixonados, da conversa descontraída. Naquela época, esse era o
jeito mais fácil de rapazes e moças se encontrarem, e nenhum lugar era mais
aprazível que o Centro entre a Rua da Praia e o Largo do Mercado na Praça XV,
com seus Bondes “amarelo” descendo a Borges.
Momento da Paquera
Entre os anos 1950 até 1960, a Paquera era sinônimo de caminhar pelas
ruas e, claro, flertar quando pudesse.
___Em
Porto Alegre, na época não havia mais nenhum aviso que determinava normas para
o Footing. Mas havia uma “separação de classes sociais” que todos
respeitavam:
·
Elite e
Burguesia,
na calçada beirando aos prédios da Cinelândia, circulavam as
moças, um verdadeiro desfile de modas.
___Lindas
jovens, bem vestidas.
·
Classe C, no calçadão do
Largo do Mercado, mal iluminado,
circulavam as empregadas domésticas, negros e pardos.
·
Classe Média, principalmente,
na rua, lugar do estacionamento dos carros, rapazes e moças.
Nos
anos 1950, em Porto Alegre, os chamados "Anos
Dourados", com sua efervescência cultural, com os famosos Bailes da Reitoria da UFRGS, as
lambretas da "Juventude", o crescimento econômico, a estabilidade social e os novos
hábitos de consumo e entretenimento, geralmente não leva em conta o
aprofundamento das diferenças sociais entre as classes e a segregação que
aconteceu neste período, fato revelado pela rápida expansão das favelas e pela "Higienização"
dos bairros nobres para uso exclusivo das
elites.
___Em 1955, a Praça
da Alfandega na época dos anos dourados o local de Paquera da juventude porto-alegrense que freqüentava aquele
local e desfrutava de momentos de alegria e descontração.
___Nessa
praça se praticava o “Footing” seguindo
até o período noturno pelas 22:00 horas, quando as moças andavam pela parte
inferior das calçadas e os rapazes ficavam parados junto ao meio fio assistindo
ao desfile e nessa passagem aconteciam os “flertes”,
os olhares, os sorrisos, os galanteios e daí o começo de namoros e tantos
casamentos.
___Na
Rua da Praia, haviam as impaciências, “voltas e voltas” de homens e moças, em um vai e vem
desenfreado, como sempre.
___Até
algo acontecer.
___A
iniciativa!
___Fingir
ver as vitrines dos “grandes magazines” ali
instalados, mas o interesse era no reflexo.
Futebol
___Aos Domingos,
os mais acesos vão enfrentar um “estádio de futebol”.
Fofoca
___Aqueles que não gostam da esbórnia se ligam na televisão, ou vão para o bar, comentar ou falar de si e dos
outros, acompanhados por uma gelada, porque ninguém continua sendo de ferro.
Rotina
___Cada um fazia sua rotina, ou a rotina
obrigatória determinada pela Família.
Televisão no Brasil
Brazil – São Paulo
TV TUPI
Em 18 de
setembro de 1950, a Televisão chega no Brasil, com a inauguração da TV
TUPI, Canal 6 de São
Paulo.
Aparelhos de TV P/B
___Este fato inicia
a queda gradativa de público nos cinemas em todo o Brasil.
___O Brasil é o
terceiro país do Mundo a ter sinal de televisão instalado.
Cinema Rex – Encerramento
Em 195(?), na década,
o Cinema Rex,
de propriedade de Darcy Bittencourt,
na Rua dos
Andradas, nº 1137,
quase esquina Rua da Ladeira, no Centro, encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 1.275 sessões –
353.852 espectadores.
Nota:
- Atualmente no local fica o Edificio
Galeria Di Primio Beck.
Cinema Roxy – Encerramento
Em 195(?), na década, o Cinema Roxy, na Rua dos
Andradas, quase esquina Rua Uruguai,
encerrou suas atividades.
Cine Gioconda – Reforma
Em 1950, o Cine Gioconda, na Avenida
Wenceslau Escobar, na Tristeza,
passou por uma reforma geral, equipando-o com “cadeiras
removíveis”, sendo adaptado às exigências da época, o que serviu também para teatro e salão
de bailes dos clubes sociais. Após a reforma o salão era alugado também
para bailes de carnaval, peças de teatro, encerramento de ano letivo do “3 de Outubro”,
quem fica na tríade atual Praça
Comendador Souza Gomes, Igreja Nossa
Senhora das Graças a Escola 3 de
Outubro. e reformou, equipando-o com “cadeiras
removíveis”, com o que serviu também para teatro e salão de bailes dos clubes
sociais.
___O imigrante
português Alberto do Valle, foi
proprietário do Cinema Gioconda entre as décadas
de 1930 e 1960.
1951
Filmes – Quebra de Monopólio
Em 1951, o jornal Correio do Povo registrou que durante o
ano, foram exibidos 118 filmes
americanos, 17 italianos, 16 brasileiros, 14 franceses, 14 ingleses,
3 argentinos e 1 mexicano. A lacuna decorrente da quebra de
produção fílmica européia deu espaço para a produção nacional e
latino-americana, que por sua vez, mesmo que por pouco tempo, invadiu
sistematicamente as telas da cidade. Este fato suscitou ações locais e
nacionais para se implementar uma indústria nacional equiparada aos moldes da americana.
A Companhia Vera Cruz, a Maristela e até mesmo a Horizontes Filmes, de iniciativa local são ricos
exemplos.
Cinema Roxy – CINE ÓPERA
Rua dos Andradas – Centro
Paulo Geraldo M. Oliveira
Em 1951, a sala do Cinema
Roxy na Rua
dos Andradas, nº 1272, no Centro,
foi remodelada e passou a se chamar Cinema Ópera, propriedade de Paulo
Geraldo M. Oliveira, sala de cinema com 600 lugares, utilizado aparelho
35 m/m.
Cinema Ópera – Sessões de Arte
___O cinema
apresentava suas "Sessões de
Arte",
como os filmes “I Compagni” com Marcelo Mastroiani.
Nota:
- Acredita-se que essa disposição interna
(alguma coisa de cunho futurístico) ocorreu depois que essa sala passou a se
chamar Cinema Ópera, um cinema com espaço interno de
muito bom gosto, confortável (assim como o Cinema Vitória).
CINEMA CONTINENTE
Avenida João Pessoa – Cidade Baixa
Em 07 de dezembro de 1951, inauguração do Cinema Continente, na Avenida João Pessoa, nº 623 (atual), em frente ao Parque Farroupilha, na Cidade Baixa.
Nota:
- Segundo, esse cinema ficava entre as ruas da República e Luiz Afonso, no local onde hoje tem um posto de gasolina e o Touring Club, era enorme.
Cinema Continente – Cinema de Verão
___Foi o “primeiro cinema de Verão” de Porto Alegre. De acordo com S. G.
Cardoso, esse cinema tinha uma “cobertura
de lona” tal qual um circo.
Nota:
- No seu lugar depois houve um restaurante chamado de "Ao antigo Continente do Petry".
1952
Cinema Continente – Incêndio
Em 03 de janeiro de 1954, o jornal Correio do Povo, traz a notícia que
havia ocorrido um incêndio no Teatro Babilônia, no local do
antigo Cinema Continente, na Avenida João Pessoa.
___Possivelmente esse fato tenha acontecido dia 1º de janeiro.
CINEMA VILA JARDIM
Estrada do Forte – Vila Jardim
Em 1952, inauguração do Cinema Vila Jardim, na Estrada do Forte, nº (?), na Vila Ipiranga.
CINEMA MIRAMAR
Rua Aparício Borges – Partenon
Joaquim Alvas da Silva
Em 04 de outubro de 1952, inauguração do Cinema Miramar, proprietário Joaquim A. da Silva, na Rua
Aparício Borges, nº 2730, quase esquina com Avenida Bento Gonçalves, no Partenon,
com aparelhos de som e projeção da empresa Gaumont
Kalee. O proprietário era o Sr. Joaquim Alvas da Silva, natural
do Ceará, com capacidade de 1.413 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.
___Em homenagem a seus ancestrais, colocou na
sala de espera uma cabeça de Índio
esculpida, na época seu slogam era: "A sala de
cinema mais moderna da Capital", um marco para o bairro Partenon.
Vera Cruz Cine-Teatro – Encerramento
Em 1952, no fim, o Vera Cruz Cine-Theatro, na Avenida
Borges de Medeiros esquina
com Rua Andrade
Neves, nº 475, no Centro, encerrou suas
atividades.
1953
CINE BELGRANO
Rua Heitor Vieira – Belém Novo
Em 1953, entra em funcionamento o Cine Belgrano, na
Praça do Belém Novo (Rua Heitor Vieira), s/n, no Balneário do Belém Novo. Sala de cinema com 500 lugares, utilizava a Aparelho
16 m/m.
Cine Teatro Vera Cruz – Obras
Em 1953, na sala do Cine
Teatro Vera Cruz, na Avenida Borges de Medeiros, nº 475, esquina Rua
Andrade Neves,
no
Centro, entrou em obras e foi remodelado.
Cinema Recreio – CINEMA
OÁSIS
Nunes Machado – Menino Deus
Domingos Pegorini
Em 27 de fevereiro de 1953, inauguração do Cinema Oásis, de propriedade de Domingos Pegorini, com cinema de 420 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua
Barão do Triunfo, nº 665, esquina com Rua Nunes Machado,
no Menino Deus.
Nota:
- Ficava no mesmo local do Cinema Recreio
(1921).
CINE TEATRO DE BOLSO – CTB
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 17 de julho de 1953, inauguração do Cine-Teatro de Bolso (CTB) na Rua Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro.
Nota:
- Conforme referido, em dezembro
de 1952, nesse mês já eram anunciados filmes no Teatro de Bolso.
Cine-Teatro de Bolso – CINE PALERMO
Rua Sete de Setembro – Centro
David Intechmin
Em 09
de novembro de 1953, à sala do Cine-Teatro de Bolso, propriedade de David
Intechmin, sala com 340
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m,
na Rua
Sete de Setembro, nº 767, no Centro,
passou a se chamar Cine Palermo. O Cinema Palermo, em frente ao Cinema Rex que funcionava no
mesmo prédio do jornal Última Hora.
___Funcionamento
diário do CTB – média anual 1.095 sessões – 40.233 espectadores.
Cine Palermo – Diferenciado
Notas Explicativa:
1.No Cinema Palermo foi exibido todo o ciclo de filmes de Ingmar Bergman, além
de outros grandes filmes de arte do cinema europeu.
2.O Cinema
Palermo em alguns momentos serviu de palco para o chamado “Teatro de Revista ou Rebolado”, comum no Rio de Janeiro.
___Algumas companhias, como a de Colé e Silva Filho,
com as “Certinhas do
Lalau”, faziam temporadas,
ao vivo e a cores, sempre casa cheia.
3.Os primeiros filmes “pornôs”, que hoje passam em horário nobre, de tão
ingênuos, mas na época sempre “rigorosamente proibidos para menores de 18 anos”, mas nas matinês das
três da tarde, logo depois das duas primeiras aulas do turno da tarde no Julinho (Colégio Júlio de Castilhos),
que ficava perto, na Rua Riachuelo
esquina Rua Caldas Júnior, o
porteiro deixava todo mundo entrar desde que não usasse a carteira de estudante
e pagasse inteira.
Cine-Teatro Vera Cruz – CINE VICTÓRIA
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Victor Kessler
Em 12 de setembro de 1953, foi inaugurado o Cine Victória, no mesmo local antes ocupado
pelo Cine-Teatro
Vera Cruz, propriedade Ed. Reunidos S/A,
sala de cinema com 1.050 lugares,
utilizava Aparelho 35 m/m.
___Funcionamento
diário – média anual 1.720 sessões –
1.002.587 espectadores.
Cine Victória – Nome
___Sobre
o nome do cinema, as
lembranças retornam com um tom um pouco diferente para uma pessoa em especial:
- Maria Vitória Kessler, neta de Victor Kessler, antigo dono do cinema e
um dos proprietários do edifício. Foi a existência de Maria Vitória que inspirou o nome Cine Victória (Victor+Vitória).
“Meu avô
achava que Victor não ficava muito bem como nome de um cinema, então decidiu usar o
nome de Victoria porque tinha a mim
como neta”, conta.
Na infância e adolescência, Vitória sempre contou com muito orgulho a relação
entre seu nome e o cinema, até o dia em que recebeu uma resposta torta. “Eu achava o máximo! Até que um dia, eu já não era mais
adolescente… Lembro que fui ao banco fazer um depósito e o rapaz do caixa
comentou que o cinema também era Victória. E eu, com muito orgulho, falei – ele tem esse nome por
minha causa”. Ele me olhou com uma cara como quem diz: - “ah, você é tão velha assim”. Aí eu me dei conta de
que não era tão bacana ficar falando isso, brinca. (Coluna – JCP Memória)
___O filme de estréia
foi "A Dupla
do Barulho" com Oscarito e Grande Otelo.
Filme anunciado
"Psicose" de Alfred
Hitchcock, foi produzido em 1960
Foto cedida por Celso Schmitz
Fila na entrada na
Borges – 1970
CINE TEATRO MARROCOS
Avenida Getúlio Vargas – Menino Deus
Darcy Bittencourt & Cia. Ltda
Em 26 de setembro de 1953, inauguração do Cinema Marrocos, proprietário Darcy Bittencourt & Cia. Ltda, com 1.100 lugares, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 1714 (ou 1740), quase esquina com Avenida
José de Alencar, no Menino Deus. O Marrocos era
verdadeiramente “imenso,
azul” e absolutamente frio durante o Inverno.
Cine Marrocos – Década
1950
___As fotos abaixo
mostram o interior do cinema com seu teto em forma de concha acústica.
1953
Grande Platéia
CINE-TEATRO TERESÓPOLIS
Avenida Teresópolis – Teresópolis
Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 03 de dezembro de 1953, inauguração do Cine-Teatro Teresópolis, propriedade do Cine Teatro Teresópolis Ltda, cine teatro com 1.230 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Avenida Teresópolis, nº 3235, próximo à Praça Guia Lopes, no Teresópolis.
Nota:
- Segundo R. Hatzenberger,
seu pai - Rudy Hatzenberger - era um dos proprietários dessa
sala.
___Funcionamento
diário – média anual 422 sessões – 185.576 espectadores.
Cine Teeresópolis
– 1953
1954
CINEMA REY
Avenida Assis Brasil – Passo D'Areia
Ray Fortes & Cia. Ltda
Em 26 de junho de 1954, inauguração do grande Cinema Rey, propriedade de Ray Fortes & Cia. Ltda, cinema com 1.800 lugares, utilizava aparelho (Gaymont Kael) 35 m/m, na Avenida Assis Brasil, nº 1894, junto a famosa "Volta do Guerino", no Passo D'Areia.
___No Cine Rey, na sala, os dois lados da tela eram guarnecidos por
imensos murais, pintados por um artista espanhol – pinturas em “estilo surrealista” representando
o “cinema e o teatro”.
___Essas obras de
arte foram impiedosamente destruídas quando da demolição do prédio.
Década de 1980
CINEMA REX
Avenida Assis Brasil
Em 26 de junho de 1954, abriu o Cinema Rex, ou “Cine Rex”, na Avenida
Assis Brasil, nº (?), bairro (?).
1955
Cinema Rio – Encerramento
Em 1955, o Cinema Rio, na Rua
dos Andradas, nº 1049, em frente à Praça
da Alfandega, no Centro,
encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 1.440 sessões –
317.172 espectadores, utilizava Aparelho 35 m/m. Outra reforma modernizou as cadeiras e eliminou
uma parte do mezanino, e a denominação voltou a ser Guarani. O proprietário ou sócio do cinema era
Darcy Bitencourt.
Cinema Rio – CINE
GUARANI
Rua dos Andradas – Centro
Cia. Nacional de Cinemas
Em 1955, o prédio do Cinema
Rio, com 750 lugares, na Rua
dos Andradas, nº
1409, no Centro, voltou a se chamar Cine Guarani (agora com "i"
ao invés de “y” no final), propriedade da Cia. Nacional de Cinemas. O proprietário ou sócio do cinema era Darcy Bitencourt, desde a época do Cinema
Rio. Além do Guarani, Bitencourt
era proprietário, no período, do Rex, Roxy, Thalia, América, e Coliseu.
Platéia do Guarany
Filme: Os 10 Mandamentos
___No Cine
Guarani, o filme de 1956
de Cecil B. DeMille foi recorde de apresentações,
com mais de 50 semanas em
cartaz.
Filmes os Dez
Mandamentos, fachada do Guarani – 1957
CINEMA ESTRELA
Estrada do Forte – Passo da Mangueira
Atílio Fontinelli & Cia. Ltda
Em 1955, entra em operação o Cinema Estrela, propriedade de Atílio
Fontinelli & Cia. Ltda, sala de cinema com 500
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Estrada do Forte, nº 1754, no Passo da Mangueira (atual Vila Ipiranga).
___Funcionava
6 dias por semana – média anual 415 sessões – 30.000 espectadores.
Nota:
- Em 2012, o prédio como igreja evangélica.
Salão Glória – CINE-TEATRO GLÓRIA
Estrada do Belém – Glória
Paróquia Nossa Senhora da Glória
Em 1955, após anos em obras, o Cine-Teatro Glória foi inaugurado e aberto ao público em
substituição do Salão Glória, no salão paroquial, propriedade da Paróquia Nossa Senhora da Glória, na Avenida
Professor Oscar Pereira, nº 2.834, na Glória.
A sala com capacidade de 950 lugares,
com Aparelho 35 m/m.
Cine Theatro Real – CINEMA OK
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira
Ernani Dietrich
Em 1955, começa a operar o Cinema OK, propriedade
de Ernani Dietrich, sala de cinema com
1.300 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Assis Brasil, nº
3357 (ou 2511) esquina Rua da Hortícula (Rua Adão
Baino), no Passo da Mangueira (atual bairro Cristo
Redentor), localizado no mesmo local
do Cine Theatro Real, mas outro prédio. As matines eram filas imensas com
a exibição de até 3 filmes.
___Essa sala de cinema
ficava localizada em frente à Igreja do
Cristo Redentor.
1956
Filme: Manto Sagrado
Na década de 1950, os cinemas Marrocos, Imperial, Rosário e Ritz, foram responsáveis pelo lançamento do
“Cinemascope” em Porto Alegre com o filme o “Manto Sagrado”.
Cinemas – Melhorias
___Os três, com
exceção do Imperial, eram cinemas de
bairro, que de repente foram transformados em lançadores dos filmes da produtora
Fox, com tela grande e som
estereofônico, além de melhorias nas acomodações desses cinemas.
Cine-Teatro Coliseu – Encerramento
Em 23 de setembro de 1956, apesar de ter polarizado a vida social e cultural de Porto Alegre por
mais de quarenta anos, o Cine Theatro Colyseu entrou em decadência, e teve sua última sessão na noite, sendo logo em
seguida demolido.
CINE-ART
Praça Inácio A. da Silva – Belém Novo
Milton G. de Barros
Em 1956, entra em funcionamento o Cine-Art, de propriedade
de Milton G. de Barros, na atual Rua Heitor Vieira, nº 81, em frente à Praça Inácio Antonio da Silva, o “primeiro cinema” do Balneário do Belém Novo. A sala de cinema com 150 lugares, utilizada Aparelho
16 m/m.
___Funcionamento
3 dias por semana – média anual 218 sessões – 25.780 espectadores.
Cine Theatro Coliseu – Demolido
Em
1956, o
maravilhoso e maior casa de espetáculos da cidade o Cine Theatro Coliseu na Rua Voluntários da Pátria esquina
Rua Pinto
Bandeira, foi demolido, no seu lugar foi construído o Edifício
Coliseu, com o nome em homenagem ao “Theatro”
e a agência do banco Banrisul com mesmo nome; foi uma grande perda para a
cidade.
CINE-TEATRO CONTINENTE
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Cinematográfica Bittencourt Ltda
Em 12 de outubro de 1956, foi inaugurado o grande e
confortável Cine-Teatro
Continente, propriedade da Cinematográfica
Bittencourt Ltda, com 1.064 lugares,
utilizava Aparelho 35 m/m, suas poltronas vermelhas, na Avenida Borges de Medeiros, nº 475 (antigo) nº 629 (novo), no Centro.
___Funcionamento
diário – média anual 1.825 sessões –
678.992 espectadores.
Cinemascope
CINEMA POPULAR CINEMASCOTE
Rua Monsenhor Veras – Santana
Em 20 de outubro de 1956, inauguração do Cinema Popular Cinemascote, na Rua Monsenhor Veras, nº 480, na Santana. Sala de cinema com 542
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.
1957
Cinema Popular Cinemascote – Nota Imprensa
Em 01 de novembro de 1957, segundo o jornal Diário de Notícias, o Cinema Popular Cinemascote ficava localizado na Santana.
Cinema Popular – CINEMASCOTE
Rua Monsenhor Veras – Santana
___Depois
o Cinema Popular
Cinemascote passou a ser chamado somente de Cinemascote, conforme, esse cinema também era
conhecido por Mascote.
___Seu nome era uma
combinação de – “Cinema com Mascote”.
___De acordo com C. A. O. de Souza:
“Esta sala de cinema ficava localizada
na Santana, na Rua Monsenhor Veras, lado par, quase esquina com a Rua São Manoel; entre essa rua e a Avenida Ipiranga”.
___O prédio era bem
simples, tipo de um galpão ou hangar; possuía poltronas de madeira com assentos
giratórios e mais ao fundo cadeiras de madeira de palha trançada. O cinema
costumava apresentava seriados, filmes nacionais e épicos ítalo-americanos. Era
conhecido pelo apelido de "Pulguinha" pelos pessoal das redondezas.
Cinema Victória – Sistema de Ar Condicionado
Em 1957, em Porto Alegre o Cinema Victória, na Avenida
Borges de Medeiros,
inaugura o
seu “sistema de ar condicionado”. É o pioneiro no Rio Grande do Sul.
Cinema Victória – 5 Sessões Diárias
Em 1957, o Cinema Victória passa a oferecer 5 sessões diárias, um feito inusitado para a época.
Prédio do Cine Victória
– 1979
CINEMA PAQUETÁ
Rua Borborema – Vila São José
Em 1957, começa a funcionar o Cinema Paquetá, na Rua Borborema na esquina, nas proximidades da Rua
João Botelho, na Vila São José,
no Partenon.
CINEMA TAMOIO
Avenida Cavalhada – Cavalhada
Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 06 de junho de 1957, é inaugurado o Cinema Tamoio, cinema com 600 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Avenida Cavalhada, nº 2129, Passo da Cavalhada, o
cinema pertencia a Empresa Hatzen Berg e
Cia. Ltda.
___Segundo R.
Hatzenberger, esta sala de cinema pertencia a seu pai - Rudy Hatzenberger,
outro dos proprietários era David Yentchmin que também era
proprietário do Cinema
Palermo e co-proprietário do Cinema Eldorado (ou El Dorado).
___Conforme jornal Folha da Tarde da época, o filme de
estréia foi o nacional "Sai de Baixo".
___Funcionamento
diário – média anual 370 sessões – 27.750 espectadores.
Nota:
- Este prédio ainda resiste como loja comercial na Cavalhada.
CINEMA MEDIANEIRA
Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 18 de junho de 1957, inauguração
do Cinema
Medianeira, na Avenida Carlos Barbosa, em frente à Rua
Cel. Neves, bairro Medianeira, passando o Estádio Olímpico.
CINE CACIQUE
Rua dos Andradas – Centro
Taba Cine Teatro S/A
Em 02 de setembro de 1957, inaugurado o Cine Cacique, na propriedade da Taba Cine Teatro S/A, com 2.209 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua
dos Andradas, nº 933, no Centro.
Na época o "cinema mais luxuoso de Porto Alegre", incluindo pinturas dos Índios Guaranys em suas paredes, obra
do artista Glauco Rodrigues.
___O filme de
inauguração foi "O Rei Vagabundo" com Kathryn Grayson.
Interior do Cine
Cacique, nota-se a pintura do Guaraní na parede
Cinemas de Porto Alegre
Em 02 de outubro de 1957, o jornal Correio do Povo, relacionava salas de cinema:
Belgrano (Belém Novo),
Garibaldi (na Vila Niterói), e
Rex, ambos no município de Canoas.
___O Correio do
Povo coloca o Cinemascote como estando localizado no
Centro de Porto Alegre, porém ficava localizado na Santana.
CINE PIRAJÁ
Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Cine Pirajá Ltda
Em 16 de dezembro de 1957, foi inaugurado o Cinema Pirajá, propriedade do Cine Pirajá Ltda, sala de cinema com 920 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Avenida Bento Gonçalves, nº 1073, quase na esquina da Rua Teixeira de Freitas (segundo
prédio), na divisa dos bairros Partenon, Santo Antônio e Santana.
___O
primeiro filme a ser exibido nesse cinema foi "Quatro Garotas...Quatro Destinos".
Entrada do Cine Pirajá
___Uma loja de tintas
ocupava o espaço do extinto Cinema
Pirajá.
2012
CINE BELGRANO
Rua Heitor Vieira – Belém Novo
Em 1957, entra
em funcionamento o Cine Belgrano, na Rua
Heitor Vieira, nº (?), bairro Belém Novo.
___Ficava próximo
a Igreja Nossa Senhora do Belém.
___Seu prédio foi demolido.
Nota:
- As casas de espetáculo (Cine Belgrano e Cine Art) no bairro Belém Novo apresentavam peças teatrais e a "Hora do
Pato", um concurso de calouros que acontecia sempre aos
domingos após a missa das 10h.
1958
CINEMA SARANDI
Avenida Assis Brasil – Sarandi
Em dezembro de 1958, entra em funcionamento o Cinema Sarandi, na Avenida Assis Brasil, nº 6664, no Sarandi,
na zona Norte, área operária de grande crescimento.
Nota:
- Em 27
de dezembro de 1958, o jornal Correio do Povo, a
edição já traz a programação dessa sala de cinema. Conforme Cesar Vargas o
Sarandi, tinha matines com 3 filmes no domingo.
Cinemas de Porto Alegre
Em 04 de janeiro de 1958, o jornal Correio do Povo
traz a programação das seguintes salas de cinema:
Centro: Ópera
, Victória, Rex, Central, Imperial, Guarany, Carlos Gomes, Continente, Cacique,
Palermo e Cinemascote.
Cidade Baixa: Avenida, Capitólio, Garibaldi, Brasil e Marabá
Bom Fim: Baltimore
Azenha: Castello e Oásis
Auxiliadora: Rival
Floresta: Ypiranga , Colombo, Orpheu, Eldorado, Rosário e América
São João: Thalia
Petrópolis: Rio Branco, Petrópolis e Ritz
Partenon: Pirajá e Miramar
Menino Deus: Marrocos
Glória: Glória
Teresópolis: Teresópolis
Passo da Areia: Rey
Passo da Mangueira (Assis Brasil): OK
Passo da Cavalhada: Tamoio
Vila Ipiranga: Estrela
Tristeza: Gioconda
___Além desses, o jornal Correio do Povo relacionava:
Cine Rio Branco (Vila Rio Branco) e Cine São
Luiz (Vila Niterói), ambos no município de Canoas.
CINEMA MÔNACO
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Hennemann & Nurchis
Em 21
de maio de 1958, é aberto o Cinema
Mônaco, propriedade de Hennemann
& Nurchis Ltda, sala de cinema com 404
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m,
na Avenida Osvaldo Aranha, nº 756, esquina da Rua
Santo Antônio, bairro Bom Fim.
Nota:
- Pela
primeira vez aparece nas páginas do jornal Correio
do Povo dentro de sua programação de cinema.
___O filme anunciado é "Corações em Angústia".
CINE-TEATRO PRESIDENTE
Avenida Benjamin Constant – Floresta
Em 16 de novembro de 1958, foi inaugurado o Cine-Teatro
Presidente, cinema com 1.100 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Avenida Benjamin Constant, nº 1773, no bairro Floresta.
Por trás da fachada
modernista coberta por pastilhas, um grande cinema, com mezanino, e suas poltronas
vermelhas.
___A
primeira exibição foi com o filme "A Mais Bela Mulher do Mundo", com Gina
Lollobrigida. O Presidente até fechar, funcionou
tanto como “Teatro e Cinema”.
CINE IPANEMA
Avenida Flamengo – Ipanema
Lívio Onori Di Rocco e +2
Em 28 de novembro de 1958, sexta-feira, foi inaugurado o Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, nº 381, no Balneário de Ipanema. Propriedade dos senhores Lívio
Onori Di Rocco (que possuía a maior parte na sociedade), Antônio
Carlos Porto Alegre, advogado, e Joseph Porto Alegre,
fotógrafo.
___Conforme anúncio
do jornal Correio do Povo:
"Mais um cinema deverá ser inaugurado, amanhã, dia 28, nesta
Capital. Trata-se do Cine Ipanema, localizado na Avenida Flamengo, 381, no
Balneário Ipanema, pertencente à Cinematográfica Ipanema Ltda. De
construção moderna, a nova casa de espetáculos deverá desempenhar importante
papel na vida social do populoso bairro do 6º Distrito. Dotado de moderna
aparelhagem, contará o Cine Ipanema com todos os últimos sistemas de projeção.
Na sessão inaugural, com seu início marcado para às 20 horas, será exibido o
belíssimo filme musical Serenata no México,
Mexiscope da Pelmez, em Eastmancolor."
Cine Ipanema – Bomboniere
___O Cine Ipanema, seguindo a linha dos demais cinemas
da cidade, também tinha uma bomboniere. O setor de guloseimas era administrado
pela senhora Yara Di Rocco, mulher de Lívio Onori Di Rocco.
Cine Ipanema – Anúncios
___O cinema, logo no
primeiro ano, foi um sucesso.
___Os freqüentadores,
utilizando ônibus ou carros, deslocavam-se de outros bairros, atraídos pela “moderna aparelhagem”.
Notas:
1.Um fato
interessante sobre o Cine
Ipanema se refere à forma de anunciar o filme,
a qual ocorria pelo “toque de uma sirene”.
___Eram três toques
chamando os moradores do bairro.
___Ao soar o terceiro
toque, significava que o filme já estava começando e era preciso se apressar
para não perder as primeiras cenas.
___Além do chamado
para a exibição, o Cine
Ipanema também tinha um divulgador motorizado
que circulava pelo bairro em uma camioneta com um microfone, informando qual
era o filme programado para aquela noite ou tarde.
2.Quando a crise
chegou aos cinemas de bairro, o valor dos ingressos baixou. Foi nesse período
que a bomboniere de Yara Di Rocco, rendia mais do que os ingressos vendidos, mesmo quando
havia promoções.
3.Em 2012, o prédio do Cine Ipanema ainda existe, porém, deteriorado pelo tempo e pela
falta de cuidados. Paredes, portas e janelas danificadas e pichadas traduzem o
abandono em que se encontra.
___Ainda assim,
permanece como testemunha da história de um tempo que vai bem longe. ___Quem
passa em frente ao local, não imagina que ali já foi cenário não só de “glamour” com as exibições noturnas, como também de diversão
juvenil com as matinés das tardes de domingo.
Fontes: Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa e Salas de
Cinema
Cenários Porto-Alegrenses de Susana Gastal
1959
Televisão
em Porto Alegre
TV PIRATINI
Em 20 de dezembro de 1959, a Televisão irá ter início
em Porto Alegre com a inauguração da TV Piratiní, Canal 5, do
Grupo Diários Associados, com
estúdios e antena instalados no Morro
Santa Tereza, no bairro Menino Deus.
Neste
momento a cidade viu aparecer um equipamento cultural que veio competir com o
monopólio audiovisual do cinema. A “Televisão”, equipamento
cultural uso privado, contrapõe-se a lógica pública que abrigava o cinema, a inserção da televisão foi percebida como um novo
campo, disputando na cidade o espaço que até então era do campo do cinema. Na disputa entre os dois
equipamentos os cinemas de bairro foram os primeiros a sair perdendo. A TV
Piratini, de Assis Chateaubriand,
mesmo proprietário da primeira emissora brasileira, veio para Porto Alegre com
uma estrutura já solidificada, pois a fase de incipiência do mercado televisivo
brasileiro (1950-1960) estava no final, o que acentuou a concorrência com o
cinema.
CINEMA NIRVANA
Rua Ceará – São João
Em 1959, entra em funcionamento o Cinema Nirvana, na Rua Ceará, nº (?), no bairro São João.
Cinemas de Porto Alegre
Em 06 de fevereiro de 1959, além da relação de salas de cinema
indicada em 04/Jan/1958, o jornal Correio do Povo relacionava também:
Ipanema (no bairro Ipanema), e
Sarandi (no bairro Sarandi).
___Além desses,
relacionava Imperial (no município de Esteio) e Metrópole (município
de Gravataí).
CINE VOGUE
Avenida Independência – Independência
Em 01 de agosto de 1959, inauguração do Cine Vogue, na Avenida Independência, nº 640, no bairro Independência.
___O filme de estréia
foi "O Velho e o
Mar", com Spencer
Tracy.
Cinemascope
___Na década de 1950, os cinemas Marrocos, Imperial, Rosário e Ritz, foram
responsáveis pelo lançamento do “Cinemascope” em Porto
Alegre com o filme o “Manto Sagrado”.
___Os três, com exceção do Imperial, eram cinemas de bairro, que de repente foram transformados em
lançadores dos filmes da Fox (20th
Century Fox), com “tela grande e som
estereofônico”, além de melhorias nas
acomodações desses cinemas.
1960
Auge e Decadência
___Se neste passado
recente até então voltava-se para inaugurações, nas décadas de 1960 à 1990, ele
volta-se para o fechamento das salas de exibição, que paulatinamente rendem-se
à especulação imobiliária.
Nota:
- Uma explicação
para esse processo foi a de que o público de cinema passou a ceder gradualmente
aos encantos da televisão. Para
demonstrá-lo, alguns autores indicam a existência de 46 salas em 1963, número que reduz
para 30 salas em 1966. Embora eles não citem nem as salas, muito menos
sua localização, fazendo um recorte temporal em 1966,
encontrou de fato 30 salas e, se
considerarmos que entre 1955 – quando então
havia 35 salas - e 1962 foram inauguradas 23 cinemas, pode-se perfeitamente considerar legítima a redução de 16 salas em apenas 3 anos.
___ Porém, mesmo
diante desta instabilidade, no decorrer da década ainda foram inauguradas na
média de 12 salas de exibição, como: - Ceára,
Alvorada, Rex, Roma,
Atlas, Piratini,
em 1960; Dom Bosco, Savic, Moinhos de Vento, Arco Íris, em 1961; São João, em 1968;
Real, em 1969.
Troca de Gibis
A partir dos anos 1960,
nos cinemas da capital Porto Alegre, havia a famosa “Troca de Gibis”
dominical, antes das sessões, eram praticamente em todos cinemas. Conforme
depoimentos adultos que foram criança, cada um teve a sua experiência em períodos
diferentes nos domingos de matinés. Era normal, ir às matinês de domingo para “trocar os gibis”,
para ler na semana.
___No Castelo a
sessão iniciava as 14 horas de
domingo, ao meio dia estávamos lá, trocando gibi. Eu ia no Rey,
no Eldorado com uma pilha de gibis para trocar. Roma, Alvorada,
Castelo, Marrocos,
locais em que se fazia a troca. Muito gibi trocado no Thalia, no quarto distrito, também porque eu
trocava gibis e se ouvia a frase: - Tenho, tenho, não tenho, não tenho (...) e
às vezes se descobria que no gibi faltava página (rsrs). As vezes só ia para
fazer a troca, outras assistia a matiné (geralmente dois filmes), e no
intervalo, mais uma troca rápida, antes de iniciar a segunda sessão! - Bons
tempos que não saem da lembrança! - Tinha troca de revistinha nos Rei, OK.
No Baltimore e Rio Branco participaram de troca de gibi. Lembro de
fazer isso no Estrela, chegava a passar três filmes no fim de semana. Quando
criança nos anos 1970 e cheguei a trocar gibis no Rosário. No Gioconda
sempre teve troca de gibis. Eu não fui em todos, mas nos que fui tinha troca de
gibis e paqueras nos intervalos. Os que mais frequentei foram Marrocos, Garibaldi e
Avenida. No Avenida
era distribuído gibis na entrada aos domingos. No Colombo também tinha. Eu era fã de carteirinha do Castelo, aos domingos tinha 2 sessões, era só Bang- Bang, não faltava a tradicional troca de
gibis. No Miramar muitas
pessoas trocavam gibis. Meus irmãos trocavam. No Capitólio, também tinha! - Nos cinemas do Partenon, Miramar, Brasil
e Pirajá era troca sempre. Ypiranga, Colombo,
Eldorado, Rosário,
América, Orpheu (Astor),
Presidente. Todos com troca de gibis. No Rio Branco com
certeza. No Ypiranga TB tinha. No Garibaldi
também!
- Aos domingos à tarde em todos, a minha
troca era no Marabá,
Capitólio e Avenida.
Isso era em todo o Brasil amigo, na minha terra extremo Sul do Brasil, fazíamos
isso todos os domingos nas matinés. Cine Brasil na Bento também.
- Até nos Chic! Imperial, Guarany,
Cacique, no Centro. Naquela época ia pro Gloria, levava uns 30 gibis pra trocar, hoje levo o celular (kkk). No Carlos Gomes nas
matinés de domingo 100% faroeste,
sessão dupla! - Trocação antes e no intervalo das duas sessões.
Marilene Schiavon da Silva, uma menina, no América, que ficava na Assis Brasil, na matinê, sempre
tinha o comércio de gibis.
Cine Central – Encerramento
Na 196(?), na década, o Cine Central, de propriedade Darcy Bittencourt, sala de cinema com 740
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m,
na Rua da Praia (Rua dos Andradas), nº 343, atual 1162, entre a Praça da Alfandega e Largo
dos Medeiros, no Centro, encerrou suas
atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 1.270 sessões –
441.915 espectadores.
Cine Central – 1960
Cinema Brasil – Encerramento
Em 196(?), na década,
o Cinema Brasil, na Avenida
Bento Gonçalves, nº 1960,
no bairro Partenon, encerrou suas
atividades.
Cinema Oásis – Encerramento
Em 1960, o Cinema Oásis, com cinema de 420 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Rua Barão do
Triunfo, nº 665, esquina com Rua Nunes Machado, bairro Menino Deus, encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 415 sessões – 37.445 espectadores.
Cinema Nirvana – Encerramento
Em 1960, o Cine Nirvana, na Rua Ceará,
nº (?), no bairro São João, já consta como fechado.
CINEMA REX
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 29 de janeiro de 1960, inauguração do Cinema Rex na Rua Sete de Setembro, nº (?), no bairro Centro.
Nota:
- Possivelmente este cinema funcionava na Rua Sete de Setembro, atual nº 772, onde fica a Garage Rex.
Cinema Nirvana – CINEMA CEARÁ
Rua Ceará – Navegantes
Em 03 de maio de 1960, o Cinema
Nirvana, na Rua Ceará, nº 142, esquina com a Rua
25 de Fevereiro, bairro Navegantes, após
fechar, mudou de nome para Cinema
Ceará.
CINEMA ATLAS
Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 11 de setembro de 1960, inauguração do Cinema Atlas em prédio localizado na esquina
da Avenida
Protásio Alves
e Rua
Alcides Cruz, bairro Petrópolis. Com o desenho do Atlas em neon que ficava na parede curva lateral. O Atlas era muito bonito por dentro, com
escadarias que levavam ao mezanino.
Nota:
- O medo dos proprietários do imóvel com o tombamento, levou mais um
cinema a ser substituído por um edifício.
Situação atual do
prédio – 1997
Interior do prédio
Local do prédio – 2012
CINE ROMA
Avenida Princesa Izabel – Azenha
Em 24 de setembro de 1960, inauguração do Cinema Roma ou “Cine Roma”, na Avenida Princesa Izabel, nº 15, bairro Azenha, em frente a Praça
Princesa Izabel.
___O cinema ficava em
um prédio defronte à Praça Princesa
Izabel, no trecho entre a Avenida
Bento Gonçalves e a Rua Oscar
Pereira.
___Neste local será
construído o prédio que no térreo funcionará o Cine Roma, com sua bela escadaria.
Nota:
- Após o encerramento do Cine Roma, a sala de cinema
foi um Bingo, muito concorrido pela
terceira idade.
Prédio do Cine Roma –
2012
Cinema Mônaco – Reforma
Em 10 de outubro de 1960, o jornal Correio do Povo em
sua edição notícia que essa sala do Cinema Mônaco estava em reforma e que iria reabrir
brevemente; portanto, à época, o cinema não estava funcionando, mas não voltou
a atividade.
CINEMA PIRATINI
Rua Vicente da Fontoura – Santana
Em 19 de outubro de 1960, o Cinema Piratini, na Rua Vicente da Fontoura, bairro Santana.
___Pela primeira vez o
Cinema Piratini aparece nas páginas do jornal Correio do Povo dentro de sua
programação de cinema.
Cinema Oásis – CINEMA
BRASÍLIA
Rua Barão do Triunfo – Menino Deus
Em 26 de novembro de 1960, o Cinema Oásis, na Rua Barão do Triunfo, nº 665, esquina com Rua Nunes Machado,
no Menino Deus, mudou o nome para Cinema
Brasília.
Cine Medianeira – CINE
ALVORADA
Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 26 de novembro de 1960,
o Cine Medianeira na Avenida Carlos Barbosa, em frente à Rua
Cel. Neves, bairro Medianeira, trocou de nome para Cine Alvorada, passando o campo do Grêmio FBPA.
1961
CINEMA ARCO IRIS
Em
1961, abre o Cinema Arco Iris,
endereço (?).
CINEMA SAVIC
Em
1961, abre o Cine Savic,
na Vila dos Comerciários, na Cruzeiro.
CINEMA DOM BOSCO
Em
29 de março de 1961,
abriu o Cinema
Dom Bosco, endereço (?).
Cine Palermo – CINE RIVOLI
Rua Sete de Setembro – Centro
Em 25
de abril de 1961, o Cinema Palermo (antigo Teatro de Bolso), na Rua Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro, recebeu o nome de Cine Rivoli.
CINE MOINHOS DE VENTOS
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Em 30 de outubro de 1961, inauguração do Cine Moinhos de Ventos, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome.
1963
Cine Orpheu – Encerramento
Em
1963, o Cine Orpheu,
na Rua Benjamin
Constant, nº 1891, na
Floresta, encerrou suas atividades.
Cine Theatro Orpheu – CINE ASTOR
Avenida Benjamin Constant – São João
Em 1963, o prédio do Cine Theatro Orpheu (1924), empresa
Cines Reunidos Ltda, sala de cinema com
1.600 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida Benjamin
Constant, nº
1891,
atual nº 1191, no São João, depois de ser remodelado, passou a
funcionar com o nome de Cine
Astor. Passou a contar com “som estereofônico, novo projetor e tela para
filmes de 70 mm”, e “poltronas” do tipo Pullman (reclináveis).
___Funcionamento
diário Cine Orpheu – média anual 787 sessões – 342.205 espectadores.
___Durante anos foi
considerado um dos maiores cine-teatros de Porto Alegre, servindo por décadas
como atração e divertimento aos moradores dos bairros Floresta, São João e São Geraldo.
1964
Golpe
Militar de 1964
Em 01.04.1964, é dado o Golpe Civil/Militar
no Brasil e com a ditadura o cinema no Brasil começa a perder o
interesse, pois existe o interesse do Estado, é um duro golpe nos cinemas de
calçada.
1965
Cine-Theatro Glória – Encerramento
Em
junho de 1965, foi
fechado o Cine Teatro
Glória, na Avenida Oscar
Pereira, nº 2834 (atual), bairro Glória, por
falta de condições da Paróquia para sustentá-lo.
___Funcionamento
diário – média anual 400 sessões – 130.262 espectadores
Cine-Theatro Glória – Terreno Vendido
Em
1972, o terreno
onde ficava o Cine
Teatro Glória e o campo de futebol, na Avenida Oscar Pereira, nº 2834, em
frente a Paróquia Nossa Senhora da
Glória, foi vendido. O dinheiro foi aplicado no término da construção do
salão paroquial e o restante aplicado na segunda reforma da igreja.
Nota:
-
O prédio do Cine
Glória, já foi um supermercado, atualmente (2024) parte da garagem
da Empresa Viação Presidente Vargas,
o prédio totalmente descaracterizado.
Foto
Julio Silva
1966
Cine Moinhos de Vento – CINE CORAL
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Em 23 de outubro de 1966, o Cine Moinhos de Ventos, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos, muda de nome para Cine Coral.
Cine-Theatro Capitólio – CINEMA PREMIER
Rua Demétrio Ribeiro –
Cidade Baixa
Em 1969, o prédio do Cinema
Capitólio, de propriedade de Romeo Pianca, sala de cinema com 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Demétrio Ribeiro, nº 1085,
esquina Avenida Borges de Medeiros, bairro Cidade Baixa, passou por uma reforma e
voltou a funcionar com o nome de Cinema Premier ou (Première).
___Funcionamento do Capitólio de
3 sessões diárias – média anual 1.095 sessões – 480.000 espectadores.
CINE SCALA
Rua dos Andradas – Centro
No final dos anos 1960, no “mezanino e confeitaria” do Cine Cacique, passou a funcionar o Cine Scala, na Rua dos Andradas, nº 921, bairro Centro.
Escadaria do Cine Scala
1968
Produção
Nacional
Em
1968, considerado o melhor ano em termos de quantidade de
“produções nacionais” de longa metragens, com 54
filmes.
CINE SÃO JOÃO
Avenida Salgado Filho – Centro
Em 09 de outubro de 1968, inaugura o Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, esquina Rua Vigário José Inácio, no bairro Centro. Sala moderna com grande
mezanino e ótima inclinação das poltronas.
Cine São João – 1975
Cine Central – Encerramento
Em 196(?), o Cinema Central, na Rua da Praia, n° 343 (atual rua dos
Andradas, 1162), encerrou suas atividades.
Cine Garibaldi – Encerramento
Em
1968, o Cine Garibaldi (1913), Avenida Venâncio Aires, n° 77 (antigo), encerrou suas
atividades.
Cine Pirajá – Encerramento
Em 196 (?), na década,
o Cine Pirajá, na Avenida
Bento Gonçalves, quase na esquina da Rua Teixeira de Freitas, no Partenon,
encerrou suas atividades.
1969
Cine Garibaldi – CINE ABC
Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa
Em 1º
de Janeiro de 1969, o antigo Cinema Garibaldi (1914), sala de cinema com 800 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Rua Venâncio Aires, nº 77, próximo à Praça Garibaldi, bairro Cidade Baixa, foi reinaugurado com o nome de Cine ABC.
___Funcionamento do Garibaldi, diário – média anual 435 sessões – 168.270 espectadores.
___Foi
apresentando o filme do ABC: "O Brinquedo
Louco".
Nota:
- O Cine ABC parecia o modelo do túnel do seriado "O Túnel
do Tempo", pela sua rampa, tanto que seu melhor
lugar era na primeira fila.
Cinema OK – CINE-TEATRO REAL
Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor
Em 02 de janeiro de 1969,
o Cine OK,
na Avenida Assis
Brasil, nº 3357, esquina com Rua da Hortícula (Rua
Adão Baino), mudou para seu primeiro nome Cine-Teatro Real, ou simplesmente “Cine Real”, sendo que os mais antigos sempre o
chamaram de “OK”.
___Funcionamento
diário do Cine OK – média anual 437 sessões – 118.690 espectadores.
Notas:
- Ao lado da porta de entrada do Real tinha uma máquina de sorvete das garrafas de vidro
coloridas (4 sabores) que saia o
sorvete de rosca, junto a máquina abelhas voavam sempre.
- Havia o tradicional Ponte de Táxi na esquina na Rua
Adão Baino.
- Na outra esquina da mesma quadra era o Armazém do FIROCA, na esquina do fundo
era o Club BALUARTE.
- A loja ao lado o CHARME CABELEREIRO, com o Mário,
este salão ficava na entrada ao lado da entrada do cinema.
- A lancheira ao lado da entrada do cinema, era
tudo, chamada de “esquina do pecado”, pessoal saia da Igreja do Cristo Redentor, e chegava na lancheira para tomar “umas”.
CINE REGENTE
Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970, abriu o Cine Regente, na Rua Dona Firmina, nº 528, esquina Rua 1º de Março, acima
da Avenida Bento Gonçalves, na
“grande São José”, bairro
Partenon. Era uma sala grande de
bairro, esteve aberto durante muito tempo. Aos domingos 2 filmes na matiné à tarde, primeiro
filme um bang bang, o segundo era um drama, romance ou aventura. Muito
frequentado por milicos do 18 BIMTZ.
Foto: Jesse James
Stringhini, Acervo Paulo Luís Barbosa
Nota:
- Na década de 1980, o Cine Regente ficou muito tempo em
reformas e nunca mais reabriu, conforme o jornal Correio do Povo.
Recordar
___Os que mais
frequentava eram o Coral (as filas se confundiam entre o Coral
1 e o Coral
2, e as vezes
entrávamos no filme errado); O cinema 1, sala Vogue (filmes de arte); o Baltimore
e seu filhote (o Bristol, com seus filmes underground); o Astor
e o Presidente; o Avenida (depois Avenida 1, 2 e 3); no Ritz
assisti um
maravilhoso "Festival
Hitchcock". Na infância do período, poderíamos assistir filmes do Mazzaropi e do Teixeirinha no Cine Rosário, no Cine Colombo assistir vesperais de filmes épicos (dois filmes pelo preço de um), no Cine
Thalia, “lutava com as pulgas” para se concentrar no filme, e no Cine Presidente, festivais de desenhos
do Tom e Jerry, Pernalonga e outros. Poder ouvir o “soar do gongo”, a sala escurecendo lentamente, as cortinas se abrindo
e a grande tela branca anunciando o início de mais uma grande história de
nossas vidas.
1970
Nos
anos 1970, onde
a forte crise no sistema produtivo mundial e até mesmo países desenvolvidos
passaram por grandes transformações que resultaram nas reordenação
principalmente da economia, que ocasionou a proliferação de multinacionais no
terceiro mundo, muitas delas no Brasil.
___Apesar disso,
Porto Alegre perdia seu parque industrial pois, abrigando 885.545 habitantes, já vivenciava um fenômeno de conurbação,
expulsando as novas indústrias para fora dos limites da cidade devido ao alto
preço de seu solo urbano em relação às cidades circunvizinhas da região
metropolitana.
___Porto Alegre passou
a caracterizar-se então por suas redes de comércio e de prestação de serviços
que se materializavam nos grandes supermercados (hipermercados), lojas de
departamento e a chegada do primeiro centro comercial, o Centro Comercial João Pessoa (1970), localizado no Bairro Azenha,
que a partir 1973 passou a oferecer um sala de
cinema, vindo a sinalizar a tendência hegemônica dos anos 1990, quando então grande parte dos cinemas migram
para áreas de consumo, os shoppings.
Multi-divisão de Salas
___Um processo que
principiou na década foi de duplicação das salas, vindo a responder uma
segmentação do público e otimização dos espaços ociosos das antigas salas, com
mais de 1.000 lugares. Exemplo disto
foi o Scala (1970),
que passou a funcionar no mezanino do Cacique e o MiniBaltimore (1970) no mezanino do Baltimore. Ainda foram
inauguradas 2 salas comerciais, 2 drive-in e 1 sala alternativ, como: - salas Regente (1970) e Açores
(1974); os drive-in Park Auto Cine (1970)
e Eucaliptus;
espaço alternativo, Cinema de Bolso, localizado nos fundos do Theatro São Pedro.
Cine Mônaco – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cine Mônaco propriedade Hennemann
& Nurchis Ltda, na Avenida
Osvaldo Aranha, nº 756, bairro Bom Fim,
encerrou suas atividades.
___Funcionamento diário – média anual 620 sessões
– 61.535 espectadores.
Cine Ópera – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cinema Ópera, na Rua
dos Andradas, nº 1272, no Centro, encerrou suas atividades.
___Funcionamento diário – média anual 1.839
sessões – 394.211 espectadores.
Cinema Rex – Encerramento
Em 197(?), na década, o
Cinema Rex, ou “Cine Rex”, na Rua Sete
de Setembro, nº 772, no Centro, encerrou suas atividades.
Jornal Folha da Tarde
___O
Cinema Rex foi retirado para dar
lugar a uma agência do Banco Itaú. A
página acima foi retirada do blog de Emílio
Pacheco e mostra o jornal Folha da Tarde anunciando a possibilidade de uma segunda reabertura
em “qualquer ponto da
cidade” ao
mesmo tempo que ostenta, ao lado, um anúncio do filme "Tubarão" (sem o artigo), no
Cine Victória.
___O
jornalista recebera a informação de outra garagem ou galeria. Não contava com o
Banco Itaú. É uma bela e longa
agência. O cinema pode ser pressentido em cada canto.
Atual Banco Itaú
Teatro de Bolso Palermo – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cine Palermo, na Rua 7 de
Setembro, nº 767, bairro Centro, encerrou suas atividades.
Cinema Marabá – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cinema Marabá, propriedade
da Empresa Cinematográfica Saidenberg
Ltda, sala de cinema com
1.483 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Cel. Genuíno, nº 206,
no Centro, encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 1.114 sessões –
444.814 espectadores.
Cinema Petrópolis – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cinema Petrópolis,
propriedade do arrendatário J. B. Macedo,
cinema com 500 lugares, na Rua Carazinho,
nº 222, esquina
com Avenida
Protásio Alves, no bairro Petrópolis,
encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 348 sessões – 61.598 espectadores.
Nota:
- O Cine
Petrópolis, ficou famoso pelos “morcegos”
que voavam dentro do cinema, durante as exibições. Tinha que ficar
ligado no filme e nos voo dos morcegos.
Cinema Eldorado – Encerramento
Em 197(?), na década,
o Cinema Eldorado, na Avenida
Benjamin Constant, nº 1011,
esquina Rua Ernesto da Fontoura,
encerrou suas atividades.
___Funcionamento diário – média anual 365 sessões – 327.702 espectadores.
Cine Navegantes – Encerramento
Em
197(?), na década,
o ex Cine Teatro
Navegantes, sala de cinema com 1.100
lugares, utilizava Aparelho 35 m/m,
na Rua Cairú,
nº 187, esquina Rua Rio Grande, encerrou suas
atividades. Atualmente o prédio está descaracterizado.
Nota:
-
O antigo CINE THEATRO NAVEGANTES apresentava
apenas uma sessão noturna e não tinha matiné. Às segundas feiras era o Dia da Moda, senhoras e moças não
pagavam ingresso. A programação era de três filmes, um faroeste, uma comédia e
um drama. Todas as noites o espetáculo começava com a música “Brasileirinho” (Waldir Azevedo ,1947).
___Funcionamento
diário – média anual 419 sessões – 78.158 espectadores.
Cine-Theatro Ypiranga – Encerramento
Em
197(?), na década,
o Cine Ypiranga,
sala de cinema com 923 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Cristovão Colombo,
nº 772, quase esquina com Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 797 sessões – 232.288 espectadores.
DRIVE IN EUCALÍPTOS
Rua Silvério – Menino Deus
Em
197(?), na década, o
Eucalíptos foi aberto na área do antigo Estádio dos Eucalíptos do S. C. Internacional, na Rua
Silveiro, nº 300,
no bairro Menino Deus.
CINEMA DE BOLSO
Centro
Em
197(?), na década,
foi criado o pequeno “espaço alternativo”, Cinema de Bolso, localizado nos fundos do Theatro São Pedro, no Centro.
Cine Vogue – CINEMA 1–SALA
VOGUE
Avenida Independência – Independência
Em 197(?), na década, o Cine
Vogue, na Avenida
Independência, nº 640, no bairro Independência,
mudou de nome para Cinema
1 – Sala
Vogue.
Na foto o filme "O
Gato", de Julien Bouin, é de 1971.
Foto de 1974, o
filme "Fanny e Alexandre", de Ingmar Bergman Na foto o
filme "O Gato", de Julien Bouin, é de 1971.
Prédio do Vogue – 2012
Cine Cacique – CINEMA SCALA
Rua dos Andradas – Centro
Em 14 de maio de 1970,
abriu o Cine Scala,
na Rua dos
Andradas, nº 943, no Centro, no mezanino do Cine Cacique,
com entrada separada pela Rua da Praia
(Rua dos Andradas).
Cinema Continente – Reforma
Em 17 de junho de 1970, o Cinema Continente na Avenida Borges de Medeiros, nº 624, bairro Centro, fechou para reforma.
Cine Teatro Continente – CINE LIDO
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 22 de junho de 1970, o Cine
Continente
na
Avenida
Borges de Medeiros, nº 624, bairro Centro,
reabriu com o nome de Cine Lido.
Cine Lido - década de
1980
Cine Baltimore – CINEMA
MINI BALTIMORE
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda.
Em 16 de setembro de 1970, foi inaugurado o Cinema Mini Baltimore, de propriedade da Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda, no piso superior do Cine
Baltimore
- sobre a sala de espera - frontal a Avenida Osvaldo Aranha, nº 1060, bairro Bom Fim.
___O funcionamento
diário do Cine Baltimore – média anual 789 sessões – 343.864 espectadores.
Cine Atlas – Encerramento
Em novembro de 1970,
o Cine Atlas, na Avenida
Protásio Alves, esquina com Rua
Alcides Cruz, encerrou suas atividades.
CINE REGENTE
Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970, abriu o Cine Regente, na Rua Dona Firmina, nº 528, esquina Rua 1º de Março, acima
da Avenida Bento Gonçalves, na
“grande São José”, bairro
Partenon. Era uma sala grande de
bairro, esteve aberto durante muito tempo. Aos domingos 2 filmes na matiné à tarde, primeiro
filme um bang bang, o segundo era um drama, romance ou aventura.
Foto: Jesse James
Stringhini, Acervo Paulo Luís Barbosa
Nota:
- Na década de 1980, o Cine Regente ficou muito tempo em reformas e nunca mais reabriu, conforme o jornal Correio do Povo.
PARK AUTO CINE
Avenida Cel. Marcos – Ipanema
Em 13 de novembro de 1970, inaugurou o Park
Auto Cine, na esquina das avenidas Coronel
Marcos e Arlindo Pasqualini, no Balneário de Ipanema, com capacidade
para receber 254 carros, numa área
de um hectare. Com uma tela que media 21m
x 9m, preparada para suportar a pressão de ventos com força de impacto
equivalente a 17 toneladas,
construída em madeira laminada revestida de plástico e com pintura em PVA, o
que assegurava plena nitidez.
___Conforme
edição do jornal Zero Hora de 10 de novembro de 1970, anunciava uma “novidade” como opção de
lazer para os moradores da Capital. Grande sucesso de comportamento nos Estados
Unidos nas décadas
de 1950 e
1960, quando atingiram
o máximo de sua popularidade, os cines drive-in, com quase 20 anos de atraso, finalmente chegavam a Porto Alegre.
Cinemas ao Ar Livre ou Drive-in
___O
“Cinema Drive-in” é uma opção de
cinema onde se assiste ao filme dentro do carro, em uma enorme tela externa, o
som através da banda (trilha) sonora normalmente transmitida através de uma
frequência de Rádio ou o estabelecimento disponibiliza caixas de som, junto aos
demais serviços, bilheteria, loja de lanches, banheiros.
___Inicialmente,
a ideia de “Cinemas
ao Ar Livre” surgiu na cidade de Las Cruces, no México, por
volta de 1915. Porém, só no
início dos anos 1930 nos Estado
Unidos, ganhou maior projeção quando passou a ser chamado de “drive-in” (em
estacionamentos), quando Richard M.
Hollingshead Jr. de acordo com a história, já cansado das queixas de sua
mãe que estava acima do peso e reclamava dos assentos dos cinemas regulares,
pois ela se sentia muito desconfortável, ao contrário dos assentos de seu
carro, ele resolveu inovar para agradá-la. Richard
começou a fazer várias experiências na garagem de sua casa. Ele pendurou dois
lençois entre duas árvores, usou um projetor
Kodak modelo 1928, e estacionou o
carro de frente para ela, alinhou outros carros para testar a logística,
ângulos e elevações de cada vaga de estacionamento. Ele experimentou por vários
anos e após vários testes criou um sistema de rampas para os carros
estacionarem com a frente elevada, e assim usufruírem de uma melhor
visualização da tela, sem serem bloqueados por outros veículos. Ele patenteou
seu plano de “cinema
drive-in” em
maio de 1933 e abriu as portas
de seu teatro no mês seguinte.
“Minha invenção se
refere a um novo e útil teatro ao ar livre e, mais particularmente, a uma nova
construção em teatros ao ar livre, em que os meios de transporte de e para o
teatro são feitos para constituir um elemento dos assentos do teatro (...) em que o desempenho, como um filme de
cinema ou semelhante, pode ser visto e ouvido de uma série de automóveis dispostos
em relação ao palco ou tela, de modo que os carros sucessivos um atrás do outro
não obstruam a visão.” (HOLLINGSHEAD, 1932)
___Esse
novo estilo de ver filme teve o seu auge nos anos 1950 e 1960, principalmente.
Nos EUA, nesse período, contou com mais de 4
mil espaços funcionando como Drive-in. (Wikipedia)
Centro Comercial
Centro Comercial João Pessoa
Em dezembro 1970, inaugura o primeiro Centro Comercial, o Centro Comercial João Pessoa, entre as avenidas João Pessoa e Bento Gonçalves, bairro Azenha,
primeiro grande centro comercial (futuro shopping) de Porto Alegre, pois a
expressão “Shopping” ainda era pouca conhecida no Brasil.
1971
Cine Victória
Filme: Um Certo Capitão Rodrigo
Em
1971, no lançamento
de "Um Certo Capitão Rodrigo" gerou imensas
filas que se seguiam pela Avenida Borges de Medeiros.
ARCO-ÍRIS CINEMAS
Mário Pintado
Em
1971, a empresa Arco-íris Cinemas do empresário catarinense Mário Leopoldo dos Santos (conhecido como Mário Pintado), começou a
atuar no mercado gaúcho chegando a administrar a maioria das salas de “cinema de rua” em Porto Alegre, entre elas: - Cine Cacique, Scala, Astor, Coral, Lido,
Ritz, ABC, Avenida e Victória. A
sede administrativa da empresa está localizada em Porto Alegre desde a década de 1970, em virtude dos grandes distribuidores
possuírem escritórios regionais naquela cidade.
Nota:
-
Por muito tempo a empresa utilizou a marca Arco-íris
Cinemas, mudando depois para Arcoplex
Cinemas, em virtude do padrão "Arcoplex
Stadium", salas que permitem total visibilidade da projeção em
todos os pontos do ambiente com padrão de qualidade e conforto.
Foto: CP
Memória
1972
Cine-Theatro Glória – Terreno Vendido
Em
1972, o terreno
onde ficava o Cine
Teatro Glória e o campo de futebol, na Avenida Oscar Pereira, nº 2834, em
frente a Paróquia Nossa Senhora da
Glória, foi vendido. O dinheiro foi aplicado no término da construção do
salão paroquial e o restante aplicado na segunda reforma da igreja.
Nota:
-
O prédio do Cine
Glória, já foi um supermercado, atualmente (2024) parte da garagem
da Empresa Viação Presidente Vargas,
o prédio totalmente descaracterizado.
Garagem
Viação Presidente Vargas – Foto Julio Silva
1973
Centro Comercial João Pessoa
CINE CENTER 1 E 2
Avenida João Pessoa – Azenha
Em 24 de março de 1973, as únicas salas de
cinema em um Centro Comercial “Shopping” em Porto Alegre,
na época Centro Comercial João Pessoa (Shopping
João Pessoa), na Avenida João Pessoa, nº 1831, bairro Azenha.
São abertas as salas de cinema:
Cine Center 1
Cine Center 2
CINEMA AÇORES
Avenida Protásio Alves – Chácara das Pedras
Em
1974, abre o Cine Açores,
na Avenida
Protásio Alves, nº
4854,
na Chácara das Pedras, no Alto Petrópolis.
Nota:
-
No local já foi ferragem, loja de escapamentos, Eskape Surdinas, próximo
do Supermercado Gecepel.
1975
Bilheteria
Em 1975, 250 milhões de ingressos vendidos, os cinemas estavam distribuídos pela
cidade da seguinte maneira: - Centro,
com 8 salas; Azenha, com 4; Cidade Baixa, 3; Bom Fim, Floresta, Menino Deus e Cristo
Redentor, 2; Independência, Moinhos de Vento, Navegantes,
Petrópolis, Teresópolis e Ipanema,
com 1 sala.
Cine-Teatro Presidente – Grandes Nomes
___O palco espaçoso do Cine-Teatro
Presidente, propriedade da Cinematográfica Darcy Ido, cine teatro com 1.100 lugares, utilizava Aparelho
35 m/m, na Avenida Benjamin
Constant, nº (?), no bairro Floresta,
recebeu grandes nomes do teatro e da música nacional e internacional, para mais
de mil pessoas atraídas aos espetáculos, graças à característica híbrida do Presidente de combinar cinema e ponto
de apresentações.
___Funcionamento diário – média anual 53 sessões – 53.868 espectadores.
___O grande palco do Cine-Teatro
Presidente teve papel importante na consolidação do “teatro gaúcho”.
Cine Guarany – Encerramento
Em 02 de fevereiro de 1975, o Cine Guarany, na Rua dos Andradas, nº
305
(antigo), atual nºs 1409 ou 1035, fechou as portas. O Cine Guarani, uma das salas de cinema mais históricas
de Porto Alegre, após 61 anos de
funcionamento. O cinema encerrou suas atividades com a exibição do filme Zardoz, em um domingo. A razão do
fechamento foi a venda do prédio, que seria demolido para a construção de um
arranha-céu.
___O cinema,
inaugurado em 1913, foi um importante ponto cultural da
cidade, e o edifício, projetado pelo arquiteto Theo Wiederspahn, foi preservado e, mais tarde, tombado como
patrimônio histórico (atual prédio da agencia do Banco Safra que preservou a fachada).
Nota:
- O Guarani
reabriu em 1987, mas fechou definitivamente em 2005, marcando o fim da “Cinelândia” da Praça da Alfândega.
Filme: Zardoz
___Filme britânico
de 1974, do gênero ficção científica, dirigido
por John Boorman. Com Sean Connery e Charlotte Rampling, o roteiro foi escrito por John Boorman. O filme foi distribuído pela Twentieth Century Fox e teve seu lançamento nos EUA em 6 de fevereiro de 1974.
Cinema Mini Baltimore – CINE
BRISTOL
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 01 de maio de 1975, a
sala do Cinema
Mini Baltimore na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1060, bairro Bom Fim, passou a se chamar Cine Bristol.
Cine Baltimore – Dividida em 2 Salas
___O Cinema
Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1022, ficou formadas por 2 salas no mesmo endereço (plateia e
sobreloja):
Cine Baltimore: - Sala 1, local da plateia.
Cine Bristol: - Sala 2, na sobreloja do Cine
Baltimore.
1976
Causas de Encerramento
Em
1976, para os
exibidores a causa principal dos fechamentos de salas de exibição, foi a
obrigatoriedade de “exibição filmes nacionais” que,
na sua maioria, eram de péssima qualidade, e em grande parte, pornochanchadas. Soma-se
a isso o fato de que a Prefeitura de Porto
Alegre tabelou o preço dos ingressos de acordo com a “qualidade das salas” – “sanitários, ar
condicionado, segurança” – segundo 4
categorias e “faixas de preço”. Muitos
cinemas tiveram que baixar o preço do ingresso.
Cinema Rio Branco – Encerramento
Em 01 de fevereiro de 1976,
o Cinema Rio Branco, na Avenida Protásio Alves, foi fechado,
passando o filme "O Vento e o Leão".
Nota:
- No local do Cinema
Rio Branco existe
o Edifício Rio Branco, construído
pela Eimol Empreendimentos Imobiliários
por volta de 1980.
Em 01/Fev/1976,
o Cinema Colombo encerrou suas atividades, apresentando o filme
"O Vento e o Leão", filme de 1975.
Cine Colombo
1977
Cine Gioconda – Encerramento
Em 1977, o Cine Gioconda, sala de cinema com
1.100 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida
Wenceslau Escobar, nº 2826, no bairro Tristeza,
encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 364 sessões – 96.368 espectadores.
Nota:
- Desde sua inauguração, em 1925, até o encerramento de suas atividades, o Cine Gioconda teve três donos: - Irmãos Dariano, José Gomes
e Alberto do Valle.
___Para Alberto
Martins do Valle, a sala de exibição do Cinema Gioconda era a extensão de sua casa, situada ao lado do cinema, na atual Avenida Wenceslau Escobar. Alberto
Valle, conhecido como "seu Betinho", que era um dos donos,
foi proprietário também de “Oficina Mecânica” após o
fechamento do cinema, que ele instalou no fim do corredor ao lado do prédio
do Gioconda.
___Conforme
Sr. Carlos Grinas que sente saudade
das muitas matinés nas tardes de domingos da minha adolescência. Era sempre
programa duplo, dois filmes. No intervalo havia troca de revistas em quadrinhos
“Gibis”
entre
a gurizada (revistas de história em quadrinhos de aventuras, Supermam,
Fantasma, Tio Patinhas, Zé Colmeia, Mickey, etc.).
___Após
o encerramento, foi estúdio de filmagem do cantor Teixeirinha, agência da Caixa
Federal, ainda podemos ver a parte de cima da fachada, embaixo da placa da
filial da Lojas Herval (atual Loja Taqi, em liquidação); inclusive há ali o
logradouro chamado "Beco do Cinema Gioconda".
Cine Gioconda – Alameda do Cinema Gioconda
___No
portão lateral do cinema, está a chamada Alameda
do Cinema Gioconda ou “Beco do Cinema
Gioconda”, Tristeza,
Porto Alegre - RS - CEP 91900-300, onde estão casinhas e a antiga oficina do
Sr. Alberto Valle, último
proprietário do Gioconda.
1978
Produção Nacional
Na
década de 1970, representou
a maturidade da “indústria cinematográfica” nacional,
tanto em relação à quantidade de venda de ingressos, de filmes produzidos e de
salas de exibição.
Em 1978, o volume de “produções nacional” aumenta
chegando a 100 filmes. (Ortiz
1991).
Estrangeira x Nacional
Em 1978, dos 100 longas produzidos representaram
apenas 29% dos filmes exibidos no
circuito nacional, os 71% restantes,
eram de origem estrangeira.
Cinema Rio Branco – Encerramento
Em
01 de fevereiro de 1978,
o Cinema Rio Branco,
sala de cinema com 1.200 lugares, na
Avenida Protásio
Alves, nº 210, próximo
à Rua Silva Só, encerrou suas
atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 808 sessões – 386.623 espectadores.
Cine Colombo
– Encerramento
Em fevereiro de 1978,
o Cine Colombo, na Avenida
Cristovão Colombo,
nº 1370, no bairro Floresta, encerrou as suas atividades.
Ponto de Cinema
Em 1978, Carlos Schmidt (Ponto
de Cinema) realizou o documentário poético “TERMINANDO”, obtendo diversas
premiações, sendo o primeiro filme gaúcho premiado em um festival nacional:
·
1º LUGAR no Festival de Cinema de Gramado-1978;
·
MELHOR FOTOGRAFIA no VI Super Festival Nacional do
Grife/SP-1978;
·
SELECIONADO para o Festival Internacional do Filme
Documentário de Hiroshima/Japão;
·
PRÊMIOS DESTAQUE em mais dois festivais nacionais.
Da participação em festivais nacionais surgiu o embrião para a criação do
CINEMA ITINERANTE.
Cinemas de Porto Alegre
Em 23 de outubro de 1978, o jornal Zero Hora traz a
programação das seguintes cinemas e salas de cinema:
Centro:
CACIQUE, Rua dos
Andradas, 903, Pânico em Munique, com Franco Nero, 14-16-18-20-22h, Cores,
18 anos.
SÃO JOÃO, Avenida
Salgado Filho, 335, fone 258534, Reformatório das Depravadas, com Lola
Brah, 14-16-18-20-22h, Cores, 18 anos.
CARLOS GOMES, O Dragão
do Kung Fu, com Wang Yu, 14-18-22h, A ÁGuia Pousou, com Michel Caine,
16-22h, Cores, 18 anos.
IMPERIAL, Rua dos
Andradas, 1105, fone: 214428, Piranha, com Bradford Diliman, 14-16-18-20-22h,
Cores, 16 anos, a modesta produção americana, em terceira semana.
LIDO, Avenida
Borges de Medeiros, 1121, Kung Fu na Caverna do Tigre, com Hui Tim,
14-18-22h, A Loja do Sexo, com Claude Berri, 16-20h, Cores, 18 anos, o
filme francês A Loja do Sexo teve seu lançamento em POA em cinema do arrabalde.
SCALA, Rua dos
Andradas, 923, fone: 242213, Laranja Mecânica, com Malcolm DcDowell, 14-16,45-19,30-22.10h,
Cores, 18 anos, em sexta semana.
VICTÓRIA, avenida
Borges de Medeiros, 475, fone: 241004, Encurralado para Morrer, com Yves
Montand, 13,45-15.50-17.55-20-22.10h, Cores, 16 anos.
Azenha:
CASTELO, Rua da Azenha, 66, fone: 231016, Os
Desvios do Sexo, duplo com A
Escuridão é Amiga da Morte, 14-20h, Cores, 18 anos.
STUDIO CENTER, Centro Comercial da Azenha, Avenida João Pessoa, 832, À Procura do Mr. Goodbar, com Diane
Keaton, 14.30-17-19.30-22h, Cores, 18 anos.
AVENIDA, Avenida João Pessoa esquina Avenida Venâncio Aires, Dersu Uzala, com Maxim Munzuk,
14.30-17-19.30-22h, Cores, Livre, filme extremamente lento na sua parte final,
bastante chato.
ABC, Avenida Venâncio Aires, 12, Um
Momento...Uma Vida, com Al Pacino, 19.45-22h, Cores, 16 anos, filme
devagar, quase parando.
ROMA, Praça Princesa Isabel, 15, fone: 234253, Pânico em Munique, com Willian Holden, 20-22h, Cores, 18 anos.
Bom Fim:
BALTIMORE, Avenida Osvaldo Aranha, 1059, fone: 240069, Tentáculos, com Shelley Winters, 14-16-20-22h, Cores, 10 anos.
BRISTOL, Avenida Osvaldo Aranha, 1059, Perfil
de um Ator, Robert de Niro: O Poderoso Chefão, Parte Dois, com Al Pacino,
14.30-20h, Cores, 18 anos, para ver e rever.
Cidade Baixa:
PREMIER (ex-Capitólio), Avenida Borges de Medeiros esquina Rua Demétrio Ribeiro
– Fechado para reformas.
Floresta:
ASTOR, Avenida Benjamin Constant, 1891, fone: 222140, Alta Ansiedade, com Mel Brooks, 15-20-22h, Cores, 16 anos.
ROSÁRIO, Avenida Benjamim Constant, 309, fone: 422707, O Selvagem, com Yves Montand, duplo com Nas Garras da Serpente, 14-20h, Cores, 18 anos.
Independência:
CINEMA UM – Sala Vogue, À Procura de Mr. Goodar,
com Diane Keaton, 14.30-17-19.30-22h, Cores, 18 anos.
Menino Deus:
MARROCOS, Avenida Getúlio Vargas, 171, fone: 233350, Alta Ansiedade, com Madeline Kahn, 20-22h, Cores, 16 anos.
Moinhos de Vento:
CORAL, Rua 24 de Outubro, 72, Tentáculos,
com Bo Hopkins, 20-22h, Cores, 10 anos.
Partenon:
MIRAMAR, Avenida Aparício Borges, 2730, fone: 233046, Pacto Sangrento do Karate, duplo com Tentáculos, com Delia Boccardo, 20h, Cores, 10 anos.
REGENTE, Rua Dona Firmina, 530, O Dragão
Nunca Morre, duplo com Aleluia e
Sartana, 20h, Cores, 14 anos.
Passo da Areia:
REAL, Avenida Assis Brasil, 2511, Piranha,
com Bradford Dillman, 20-22h, Cores, 16 anos.
REY, Embalos de Sábado à Noite,
com John Travolta, 19.30-21.45h, Cores, 16 anos, em décima-primeira semana.
Nota da coluna ZH:
- Picaretagem americana, investido no fenômeno discoteca e consequente
proposta de alienação. Baixo nível musical e interpretativo. Balconista
conhecido como “o Fred Astaire do Brooklin” trabalha toda a semana para rasgar a bandeira aos sábados na discoteca
de bairro. Os atores são péssimos. John
Badham dirige. (T. B.)
Petrópolis:
RITZ, Avenida Protásio Alves, fone: 318397, Tentáculos, com John Huston, 20-22h, Cores, 10 anos.
AÇORES, Avenida Protásio Alves, Eu
Faço-Elas Sentem, com Antonio Fagundes, duplo com A Fúria de Hap-Kido, Cores, 18 anos.
São João:
TALIA, Avenida Presidente Roosevelt, 1368, fone: 221106, Vida e Morte de Bruce Lee, duplo com Convento das Filhas Proscritas, com Femi Benussi, 19.30h, Cores, 18
anos.
Vila Ipiranga
ESTRELA, Estrada do Forte, 1754, fone: 411592, Terror na Montanha Russa, com George Segal, 20h, Cores, 14 anos.
Nota da coluna ZH:
- Mais um cine-desastre rodado por James Goldstone, Jovem paranoico
decide explodir uma montanha russa durante as festas pela comemoração da
inauguração de m parque de diversões. Tomothy Bottons, é o criminoso. No
elenco: Richard Widmark e Susan Strarberg. Apenas mais um título de
(financeiramente) bem sucedida série. (T. B.)
Cine Premier – CINEMA CAPITÓLIO
Rua Demétrio Ribeiro – Cidade Baixa
Em novembro de 1978, conforme o jornal Zero Hora,
depois de pouco mais de um mês de interrupção, volta às atividades, no próximo
domingo, um dos mais tradicionais cinemas da Capital: aquele que fica na
esquina da Rua Demétrio Ribeiro com
a Avenida Borges de Medeiros, que
muitas gerações conheceram como Capitólio e que, a cerca de dez anos, alguém
teve o mau gosto de rebatizar como “Premier”. Pois ele volta justamente com seu
primitivo e verdadeiro nome, “Capitólio”, depois de ter sido submetido a uma “recalchutagem” que inclusive lhe deu o aspecto
original. Teremos assim, em Porto Alegre, sala e exibições características
nostálgicas, livre da fórmica e do acrílico, quase sempre usados com mau gosto,
pelos chamados reformadores de nossos cinemas. Curiosamente, para reinaugurar o
Capitólio estará sendo exibido uma
fita de características nostálgicas, ou seja “Nos Tempos da Brilhantina” pretende evocar a música e os valores
preferidos pelos adolescentes dos anos
50.
Cinema Atlas – Encerramento
___O Cinema
Atlas na esquina da Rua
Alcides Cruz. O prédio foi demolido na década
de 1970 e construíram uma garagem (Garajão),
mantendo o acesso, na esquina.
Cinemas de Porto Alegre
Em 1978, o jornal Zero Hora traz a
programação em nova diagramação, das seguintes cinemas e salas de cinema, na “Coluna Filmes”:
Centro:
CACIQUE (Andradas,
903) - 14-16-18-20-22h, Amada Amante, de Cláudio Cunha. Comédia
dramática sobre os desajustes de uma família de classe média, que se transfere
do interior paulista para a permissiva megalópole carioca. Lideram o elenco a
bela Sandra Bréa, Luiz Gustavo, Rogério Froes e Neusa Amaral. (18 anos).
CARLOS GOMES, (Vig. José
Inácio, 335) – 14-18-22h. Kung Fu contra o Demônio do Fundo do Mar, de
autor ignorado. Karatê – Filme inédito, com elenco desconhecido, 16-20h. A
Possuída, de Mario Gariazzo, com Cris Avram. (18 anos).
IMPERIAL (Andradas,
1105) – 14-16-18-20-22h. O Cortiço, de Francisco Ramalho Jr. A (última)
e frustrada versão do clássico naturalista de Aluísio de Azevedo, sobre a vida
dos habitantes de um cortiço carioca, no final do século passado. Betty Faria,
Mário Gomes, Armando Bogus, Beatriz Segall e Ítala Nandi defendem os principais
papéis. (18 anos).
LIDO (Borges de
Medeiros, 512) – 14-18-22h. O Regresso do Renegado Kung Fu, de Kenji
Misuni. Violento drama japonês de samurais, inédito, com Tomisabur Wakayama.
16-20h. Uma Garota Nua Assassinada, de Alfonso Brescia, com Irina
Demick. (18 anos).
SÃO JOÃO (Salgado
Filho, 135) – 11-13.45-15.30-17.45-22-22.15h. Nos Tempos da Brilhantina
(Greese), de Randa Kleiser. Comédia musical americana, baseada em
sucesso da Broadway e desenrola num colégio secundário, na década de 50. John
Travolta é o líder de uma gang de adolescentes e Olivia Newton John e Stockhard
Channing são as principais atrizes em cena. (14 anos).
SCALA, (Andradas,
921) – 13.50-15.40-17.50-20-22.10h. Pai Patrão, de Paulo e Vittorio Taviani.
Elogiada versão do romance autobiográfico de Gavino Ledda, que conquistou a
Palma de Ouro e o prêmio da Crítica no Festival de Cannes77. Um pastor da
Sardenha permanece analfabeto e isolado até os 20 anos, por imposição paterna,
quando se rebela, vai estudar no continente e retorna para escrever o livro de
sua vida. Com severio Marconi, Omero Antonutti, Marcella Michelangeli e
Fabrisio Forte. Não Perca! (16 anos).
VICTÓRIA (Borges de
Medeiros, 512) – 13.30-15.40-17.50-20-22.10h. S.O.S. Submarino Nuclear,
de David Greene. Drama de desastre, sobre submarino nuclear que afunda após
colisão com um cargueiro e precisa ser resgatado em 48 horas, sob pena da
tripulação parecer asfixiada. No elenco Charlton Heston, Rosemary Forsyth,
David Carradine, Stacy Keach e Ned Beatty. (14 anos).
Bairros:
AVENIDA (João Pessoa, 1105) – 14-16-18-20-22h. Tudo Bem!, de Arnaldo Jabor. Obra prima do moderno cinema
brasileiro. Uma irônica visão do delirante e alienado universo da classe média,
através da reforma do apartamento do casal Barata (Paulo Gracindo e Fernanda
Montenegro), que sofre um revelador contato com a realidade, através dos
operários da obra. Ainda com Regina Casé, Zezé Motta e Maria Silvia. (18 anos).
BALTIMORE (Osvaldo Aranha, 1058) – 14-16.15-19.45-22h. S.O.S. Submarino Nuclear, com Charlton Heston e Rosemay Forsyth. (14
anos).
Bristol (Osvaldo Aranha, 1060) – 14-16-20-22h. Ciclo, o Cinema de Ken
Russell. Hoje – Tommy, de Ken Russell, Ópera rock, uma delirante visão
de uma história contemporânea, com Roger Daltrey e Ann Margret, mais Elton
John, Tina Turner e muitos outros. (18 anos).
CAPITÓLIO (Demétrio
Ribeiro, 1079) – 14-16-18-20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John
Travolta e Jeff Conway. (14 anos).
CINEMA 1 – Sala Vogue
(Independencia, 640) – 14.30-17-19.30-22h. À Procura de Mr. Goodbar, de
Richard Brooks. Excelente drama psicológico americano, versão da novela baseado
em fatos verídicos. Professora de crianças surdas (Diane Keaton) vagueia pelas
noites, de bar em bar, à procura de companhia masculina. Não perca! (18 anos).
CORAL (24 de
Outubro, 624) – 19.45-22h. Pai Patrão, com Omero Antonutti e Severio
Marconi. Não Perca! (16 anos).
MARROCOS (Getúlio
Vargas, 1740) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo.
(18 anos).
REY (Assis
Brasil, 1894) – 20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John Travolta e
Olivia Newton-John. (14 anos).
RITZ (Protásio
Alves, 2557) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo.
(18 anos).
STUDIO CENTER (Centro
Comercial Azenha) – 14-1618-20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John
Travolta e Olivia Newton-John. (14 anos).
Bairros (Outros):
ASTOR (Benjamin Constant, 1891) – 15-20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).
ABC (Venancio Aires, 12) – 20-22h. O
Cortiço, com Betty Faria e Maurício do Valle. (18 anos).
AÇORES (Protásio Alves, 4854) – 20.30h. Os
Mandarins do Kung Fu e Os Deuses do
Karatê contra Punhos de Aço. (18 anos).
CASTELO (Azenha, 666) – 14-20h. O
Telefone, com Charles Bronson e Embalos
de Sábado à Noite. (16 anos).
ESTRELA (Estrada do Forte, 1730) – 20h. Domingo
Negro e Praga Infernal. (18
anos).
MIRAMAR (Aparício Borges, 2730) – 19.45-21.45h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).
REAL (Assis Brasil, 2073) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).
REGENTE (Dona Firmina, 530) – Fechado
para Reforma.
ROMA (Praça Princesa Isabel, 15) – 20-22h. Piranha, de Joe Dante. Mediocre terror animal, com Bradford
Dillman. (14 anos).
ROSÁRIO (Benjamin Constant, 305) – 14-20h. Socorro,
Eu Não quero morrer Virgem e Vítimas
do Prazer. (18 anos).
TALIA (Presidente Roosevelt, 1362) – 19.30h. Kung-Fu – A Cidade dos Bárbaro e Dona Flor e Seus Dois Maridos, boa comédia de Bruno Barreto, com
Sonia Braga. (18 anos).
Nota:
- Algumas informações impressa “mesmo que erronia” seguem o texto original ZH.
1979
Cine Castello – Encerramento
Em 1979, o tradicional Cine Castello, na Avenida da Azenha, nº 666, no bairro Azenha encerrou as atividades, inaugurado no dia 27 de abril de 1939, a sala funcionou por cerca de 40 Anos.
Cine Castello – Década
de 1970
___ Era um imenso
cinema, grandes eventos foram realizados em suas dependências, como
programas da Rádio Farroupilha, destaca-se: - Maurício
Sirotisky e a cantora Elis Regina na juventude.
Depois, por mais de duas décadas, passou somente “Filmes B”.
Cine Castello – Década
de 1980
1980
Produção Nacional
Em 1980, um dos melhores
anos da “produção
nacional cinematográfica”, com 103
filmes. Cinema Rey – Encerramento
Em 198(?), na década, o grande Cinema Rey, sala de cinema com 1.800 lugares, na Avenida
Assis Brasil, nº 1894, na "Volta do Guerino", no Passo D'Areia, encerrou
suas atividades. O prédio vendido para a rede de lojas Empório de Tecidos que abriu o seu primeiro magazine o “EMPO”. O prédio foi internamente descaracterizado para
a montagem da loja.
___Funcionamento
diário – média anual 800 sessões – 292.289 espectadores.
Cinema Guarani – Prédio Vendido
Nos anos 1980, o prédio do Cinema Guaraní foi vendido para o Banco Safra que manteve a fachada do
cinema, restaurando-a, obedecendo a arquitetura original.
Cinema Guarani
Cine Coral – CINE CORAL
1 e 2
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Na década de 1980, o Cine
Coral, na Rua
24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos
de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi dividido em 2 salas:
Cine Coral 1, local da plateia,
Cine Coral 2, mezanino.
O Golpe Fatal aos Cinemas de Rua
Shopping
Center
Shopping Center
Iguatemi
Em 1980, inicia o projeto para construir o primeiro Shopping Center em grande área na Zona Norte de Porto
Alegre o Shopping
Iguatemi, na Avenida João Wallig.
___Isto será um “Golpe Fatal” para os cinemas de rua em Porto
Alegre, em pouco tempo todos irão desaparecer.
___Conforme Gastal:
"As sucessivas revoluções tecnológicas da Sétima Arte, a
introdução do som e da cor, por exemplo, ao longo do século XX, foram motivo
para que empresários sucumbissem".
___Da mesma forma, o
surgimento da Televisão e sua
demanda afetará o lucro dos empresários da área.
___Assim, muitos donos de Cinemas
quebraram, pondo fim principalmente às salas de bairro, afastadas do Centro da cidade.
Cinema Ritz – Encerramento
Em 198(?), na década, o Cinema Ritz, de propriedade da Empresa Cinematográfica Brasil Ltda, sala de cinema com 1.078 lugares, Avenida
Protásio Alves, nº 2557, bairro Rio
Branco.
___Funcionamento
diário - média anual 795 sessões – 325.239 espectadores.
Ponto de Cinema
Em 1980, o Ponto de Cinema realiza a versão
sonora com tradução de inter-títulos do clássico do expressionismo, “NOSFERATU” de F.W. Murnau.
___Participaram
do trabalho Wilson Spohr e Claudio Ott.
___O
filme viria a ser exibido em Porto Alegre para centenas de pessoas e
foram realizadas duas sessões no Cine Clube
Bixiga/SP (1982).
___Lançou com sucesso filmes gaúchos; estreou nacionalmente “MISSA DA TERRA SEM MALES”.
___Revelou ao público gaúcho que a apresentação de mestres do
cinema e filmes do cinema gaúcho interessavam, e podiam fazer sucesso.
___Depois de um ano no Centro Municipal de Cultura, passamos outro ano no Teatro de Câmara agregando além do sábado e domingo,
também as segundas. Tudo de modo a não perturbar as peças de teatro que eram
encenadas antes e depois das sessões de cinema.
___Nos anos subseqüentes passou-se a exibir filmes nos mais
inusitados locais de Porto Alegre:
ASSEMBLÉIA LEGISTATIVA,
INTITUTO GOETHE,
SENAC,
INSTITUTO DE ARTES, entre outros.
Cinema Premier – CINEMA
CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
No início nos anos 1980, o Cinema
Premier
sofreu nova
remodelação, sendo colocada um toldo de lona em frente a porta de entrada
(talvez para simbolizar os anos 1930) e o cinema voltou a se chamar Cinema Capitólio.
PONTO DE CINEMA
Avenida Alberto Bins - Floresta
SESC
Em
15 de março de 1980,
é aberta o Ponto
de Cinema SESC,
na Avenida
Alberto Bins, nº 665, no
bairro Floresta.
Cine Rosário – Encerramento
Em 27 de abril de 1980, o Cine Rosário, na Avenida Benjamim
Constant, nº 305, que ficava abaixo do nível da rua, com sua
calçada rebaixada, encerrou suas atividades. O prédio ficou por algum anos
vazio, até ser adquirido pela CEF e
ser demolido, no início do anos
2000, cercado ainda em 2024 baldio. O prédio foi demolido para não
ser tombado.
Cine Rey – Encerramento
Em fins de agosto de 1980, o Cine Rey na Avenida Assis Brasil,
na Volta do Guerino, deixou de
funcionar.
Nota:
- No seu lugar foi construído a loja Empo (magazine),
que pertencia a Rede Empório de Tecidos.
Cinema Imperial – Exibição – Bilheteria
na Calçada
Cine Imperial – 1980
Filme: Império dos
Sentidos
___O filme "Império dos Sentidos", de Nagisa Oshima ficou em exibição no Avenida entre 1980 e 1981 mais de 30
semanas, um sucesso de público.
O
filme foi alvo de censura e polêmica no Brasil, especialmente durante a Ditadura Militar (1964/1985), mas foi
lançado oficialmente em 1980. Lançado em 1976, causou
controvérsia não só no Brasil. Tivemos notícias de polêmicas na França, na
Argentina. Ainda era um período de censura no país, e um filme como esse tinha
todos os elementos para provocar uma movimentação muito grande, dada a situação
da nossa cultura. Tinha
uma estética subversiva, que chocava os padrões da “moralidade comum, mais conservadora”. Ao mesmo tempo,
era uma referência de possibilidades de abertura, do ponto de vista estético e
também político. Discutia questões consideradas tabus. A ideia de que o homem
goza com mais intensidade quando está asfixiado passou a ser uma fantasia
recorrente em outros filmes. Trata da experiência de um gozo que possa
transcender a forma de prazer comum. Esse gozo tem como horizonte, como limite,
a morte. O ambiente em Porto Alegre,
na segunda metade da década
de 1970,
era de uma retomada de movimentação política e cultural. A retomada de um
movimento cultural sempre tem uma implicação política. Foi o momento em que as
pessoas começaram a ocupar o espaço público - por exemplo, tomando “chimarrão” na Redenção, o que hoje é normal. O Império dos Sentidos ficou bastante
tempo em cartaz em Porto Alegre
porque respondia a esse anseio de liberdade e porque sua temática trata de
questões fundamentais para a condição humana, que são as questões relacionadas
ao sexo, à sexualidade.
1982
Ponto de Cinema
Em 1982, passa a trabalhar de forma
itinerante, o Ponto de Cinema promove ciclos e mostras lança
com sucesso em diversas capitais (em SP no MASP, reunindo mais de 2 mil pessoas) e cidades do RS e SC o
documentário “STAMPING GROUND” sobre o Festival de Rock de Rotterdam que reuniu bandas como Pink Floyd, Santana, T. Rex, Jefferson Airplane, entre outros. O
filme foi visto por mais de 20 mil
pessoas.
Cine Miramar – Encerramento
Em 14 de fevereiro de 1982, o tradicional Cine
Miramar, de propriedade de Joaquim A. da
Silva, na Avenida Aparício
Borges, nº 2730, encerrou as atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 459 sessões – 260.978 espectadores.
Situação do prédio do Cine
Miramar na 3ª Perimetral
CINE CORAL 1 e 2
Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento
Na década de 1980, o Cine
Coral, na Rua
24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos
de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi dividido em 2 salas:
Cine Coral 1, local da plateia,
Cine Coral 2, mezanino.
Década 1980
1983
Ponto de Cinema
Em 1983, é criado o PONTO DE CINEMA-CINEMATECA GAÚCHA, que é a primeira cinemateca do Rio Grande do Sul e um dos maiores acervos
privados do Brasil com mais de 2 mil
exemplares.
___Filmes sem
registro em vários países fazem parte deste acervo como alguns exemplares:
·
Argentina, SONO FILM, “TANGO”, o primeiro filme sonoro daquele país;
·
Japão, o primeiro filme colorido, “A VOLTA DE CARMEN” de Keisuke
Kinoshita,
·
EEUU, o primeiro filme realizado por Orson Welles, “HEARTS
OF AGE”;
___Além
de clássicos filmes de Ingmar Bergman, Visconti, Robert Wise, Fritz
Lang, Masaki Kobayashi, Heinoske Gosho, Kaneto Shindo, Irmãos Taviani, Claude
Lelauch, Jacques Becker, William Wyler, Nicholas Ray, Alfred Hitchcock, Max
Ophüls, Roman Polanski, Costa-Gavras, Irmãos Lumière entre outros.
Shopping
Center Iguatemi
Em 13 de abril de 1983, inaugura o Shopping Center Iguatemi, o primeiro grande shopping
center de Porto Alegre, com 110 lojas e 1.500 vagas
de estacionamento. Assim começava uma nova etapa para os cinemas em Porto Alegre, o fim
dos Cinemas
de Calçada (Rua) e o início das Salas
de Cinema menores em endereço fechado, dentro da
tática de marketing, os “shoppings”, – mas ainda não!
Shopping Sem
Sala de Cinema
___Mas Porto Alegre
teve sorte, o Shopping Iguatemi
inaugurou sem “sala de cinema”, somente em
1993, foram instaladas
as primeiras 4 Salas de Cinema.
Inauguração do Iguatemi
– 1983
___Porto
Alegre refletiu esta realidade, e sua vocação para o comércio e serviços
acentuou-se com a inauguração do Shopping
Iguatemi. Para acompanhar os novos tempos, o Centro Comercial João Pessoa e passou a chamar-se “shopping”. Por outro lado, o Centro da cidade, ao passo que
aglutinou as atividades financeiras e administrativas, passou a dividir com
esses novos objetos – espaços hegemônicos da “nova” modernidade – a centralidade do consumo. A euforia
vivenciada pelo cinema nos anos 1970 cessou abruptamente. Das 3.276 salas existentes no Brasil em 1975 restaram apenas 1.428 salas, em 1985 (Ramalho, 1994). Entretanto, em Porto Alegre
abriram mais cinemas do que fecharam, sendo fechadas os tradicionais
cinemas Rosário e Castello. Mas o que ocorreu de fato foi a duplicação de
muitas salas já existentes e a intervenção do poder público no setor. Excluídos
desta lógica estava o Cine Áurea, no Centro, que se especializou em “filmes pornográficos”.
Domingo à Noite
___Ir
no Centro sozinho ou em turma, curtir
um filme a escolha no Victória, São João, Capitólio, Imperial, Guarani, Cacique, Scala e depois
dar uma passada no Fliper do Chinês
e na saideira, pegar um “Kurtz
Dog” com
3 salsichas quando ainda era uma van
na esquina da Borges. Ou então,
pegar um "Morte Lenta"
com
caldo de cana ali na Praça XV. Para os fortes, ainda tinham
os filmes “pornôs” no Carlos Gomes e no Lido. __Estes foram bons tempos!
1984
Cinema Um–Sala Vogue – Encerramento
Em
1984, o Cine Um – Sala
Vogue, na Avenida Independência, nº 646, na Independência, encerrou suas atividades.
Cine Astor – Encerramento
Em 1984, o tradicional Cine Astor, na Avenida
Benjamin Constant,
nº 1891 (atual 1191), quase esquina Avenida Cristovão Colombo, não bairro Floresta, encerrou suas atividades.
SALA DE CINEMA
Rua dos Andradas – Centro
Hotel Majestic
Em 11 de dezembro de 1984, terça-feira, no
prédio do ainda antigo Hotel Majestic
(nesta época já destinado à cultura pelo Governo do Estado), foi inaugurada a Sala
de Cinema, com entrada pela Rua dos Andradas (espaço onde hoje
funciona a livraria da CCMQ). A iniciativa foi do então subsecretário de Estado
da Cultura, Paulo Amorim
(1930-1986), que convidou Romeu Grimaldi
(1934-1996) para assumir a programação da nova sala. Antes disso, qualquer
promoção cinematográfica da cultura do Estado era apresentada pelo Setor de Cinema e Fotografia do Museu de Comunicação Social Hipólito José
da Costa.
1985
Cine-Theatro Thalia – Demolido
Em
1985, o
tradicional e maravilho prédio eclético do
Cine Theatro Thalia, na Avenida Presidente Roosevelt (Avenida Eduardo, no Quarto Distrito), foi vendido e demolido para a construção de uma
agencia bancário (Itaú), que aprovou um projeto nada significante pala
importância do Thalia
e poderia ter preservado somente sua fachada (atual estacionamento do banco).
SALA DE CINEMA MARIO QUINTANA
A partir de 04 de novembro de 1985, o espaço da Sala de Cinema no antigo Hotel Majestic começa a ser chamado de Sala de Cinema Mario Quintana, sendo
ele o último morador do hotel.
Mario Quintana – O Homenageado
Mario de Miranda Quintana (Alegrete, 30/07/1906
— Porto Alegre, 05/05/1994), foi um poeta, jornalista e tradutor, considerado
um dos expoentes do modernismo brasileiro, que se tornou ícone de Porto Alegre
após mudar-se da cidade natal, Alegrete. Conhecido pela sua poesia simples e
coloquial. Quintana viveu no Hotel Majestic, por doze anos, entre 1968 e 1980. Esse hotel, que
foi transformado na atual Casa de
Cultura Mário Quintana, é um espaço que homenageia a sua obra e seu modo de
vida, abrigando programação cultural variada. Sua obra é marcada pela
simplicidade, humor e profundidade, abordando temas do cotidiano e refletindo
sobre a experiência de um homem do interior na cidade grande. Além de poeta, Quintana foi tradutor de obras de
autores renomados como Marcel Proust
e Virginia Woolf, e atuou como
jornalista, publicando a crônica "Caderno
H",
do jornal Zero Hora. Com a morte de Mário Quintana, aos 87 anos, após problemas respiratórios e
cardíacos. É lembrado como um "poeta
das coisas simples", um homem que caminhava pelas ruas de Porto Alegre
em busca de poesia. A Casa de Cultura
Mário Quintana é o principal local que celebra seu legado, mas sua figura
também é lembrada com uma estátua na Praça
da Alfândega, um local frequentemente visitado pelos apreciadores de sua
obra.
Sala de Cinema Mario Quintana – Programação
Em 1985, a “Cinemateca” são marcados
apenas por mostras especiais, pois muitas destas temáticas matrizes vão
retornar sempre nos anos seguintes, ficando clara a opção pelo cinema autoral,
pelas retrospectivas, pelo cinema brasileiro e latino-americano:
•
Mostra de filmes premiados em Gramado (21 mar-7 maio + 12-17 maio), apoio:
Embrafilme; catálogo 12p, com texto "Doze anos do melhor cinema
brasileiro" por Luiz César Cozzatti
•
III Mostra Internacional de Cinema de Porto Alegre (18 maio-2 jun), promoção:
Clube de Cinema de Porto Alegre
•
Retrospectiva Werner Herzog (8-19 jun), apoio: Goethe-Institut, catálogo 12p,
com os textos "Um universo em convulsão" por Regis Müller + "O
cinema de Werner Herzog, o Murnau do Novo Cinema Alemão" por Luiz César
Cozzatti
•
Pequena mostra de Hector Babenco (20-23 jun)
•
Mostra de filmes brasileiros (24-30 jun)
•
6 filmes de Robert van Ackeren (1º-7 jul), promoção: Goethe-Institut
•
Clássicos do cinema francês (8-28 jul), apoio: Bureau d'Action Linguistique de
Porto Alegre e Samrig
•
Clássicos do cinema soviético (29 jul-4 ago), apoio: Samrig
•
Clássicos do cinema francês – As obras-primas retornam (5-11 ago), apoio:
Bureau d'Action Linguistique de Porto Alegre e Samrig
•
A Segunda Guerra Mundial no cinema (12-18 ago), apoio: Samrig
•
Retrospectiva Wim Wenders (19-25 ago), apoio: Goethe-Institut e Samrig
•
Panorama do cinema italiano (26 ago-8 set), apoio: Samrig
•
Quatro filmes de Fellini (9-15 set), apoio: Samrig
•
Retrospectiva cinema gaúcho (16 set-6 out), promoção: APTC-ABD-RS Associação
Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul, patrocínio:
Banco Europeu para a América Latina S.A.; folheto 4p. com programação + folheto
4p. sobre Vento Norte, com texto "Um lugar na história" por Antonio
Jesus Pfeil
•
O Cinema anti-colonialista (7-13 out), apoio: Samrig
•
O Cinema soviético da década de 50 a 70 (14-27 out), apoio: Samrig
•
Monty Python no cinema (28 out-3 nov), apoio: Samrig
•
Cinema e literatura (4-10 nov), apoio: Samrig
•
Dois filmes de Alain Tanner (11-17 nov), apoio: Samrig
•
Semana da Consciência Negra – Religião e liberdade (18-24 nov), promoção:
Fundação Leopold Sedar Senghor, apoio: Samrig
•
A Ópera no cinema (25 nov-1º dez), promoção: Goethe-Institut, apoio: Samrig
•
O Novo cinema alemão [Cinema alemão – Mostra 1985] (9-19 dez), apoio:
Goethe-Institut e Samrig
•
2ª Semana do Cinema Argentino (20-30 dez), promoção: Consulado Geral da
República Argentina, apoio: Samrig; catálogo 16p. com os textos "Cinema
argentino: tão longe, tão perto" por Luiz César Cozzatti + "Dar-se
conta, a esperança" por Tuio Becker // Exposição de fotografias Imágenes
argentinas, de Pedro Luis Raota
1986
Sala de Cinema Mario Quintana –
CINEMATECA PAULO AMORIM
Rua dos Andradas – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em 06 de agosto de 1986, é criada a “Sala Paulo Amorim”, oficialmente
segundo Decreto publicado no Diário Oficial do Estado.
Em 01 de setembro de 1986, a Sala
de Cinema Mario Quintana, na Rua dos Andradas, nº 736, no Centro Histórico, foi rebatizada com o seu nome (uma vez que Mario Quintana seria o patrono de todo
o complexo cultural que iria ocupar o Hotel
Majestic). É criada oficialmente a Cinemateca Paulo Amorim, segundo decreto
publicado no Diário Oficial do
Estado. As salas de exibição estão localizadas no térreo da Casa de Cultura Mario Quintana. Cinemateca Paulo Amorim (Espaço
Banrisul de Cinema), Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico, Porto Alegre, RS,
Brasil.
Paulo Amorim – O Homenageado
___Jornalista
e advogado, Joaquim Paulo de Almeida
Amorim (*(?) +12/01/1986), trabalhou nos jornais Zero Hora e Correio do Povo,
onde permaneceu até o fim de sua carreira. Em 1964, passou a dirigir a Divisão de Cultura da hoje extinta Secretaria de Educação e Cultura
(SEC) do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro subsecretário de Cultura do Estado,
entre 1975 e 1979, respondendo pelo Departamento de Assuntos Culturais da SEC. De 1983 a 1986, exerce pela
segunda vez o cargo de subsecretário de Cultura. A reconstrução do Theatro São Pedro foi encaminhada
durante sua gestão, assim como a criação do Museu Antropológico e a abertura do Salão Mourisco da Biblioteca
Pública do Estado para concertos e recitais. Paulo Amorim também criou uma coordenadoria específica para o Patrimônio Histórico e Cultural do
Estado e promoveu espetáculos abertos ao público, por meio de projetos como Música ao Meio-Dia, Música nos Bairros e O Choro é Livre. Em 1986, recebeu da Câmara Municipal o título de “Cidadão Emérito de Porto Alegre”. Homenageado
postumamente em 11
de abril de 1986 com uma placa de bronze no saguão do Palácio dos Festivais "pelo incentivo ao Festival de
Gramado".
Paulo Amorim – Pré-estreias
___Mostras de filmes
e seminários em promoção do Goethe-Institut / ICBA Instituto Cultural
Brasileiro Alemão: • Brecht no
cinema / Seminário por Hans-Joachin Schlegel (SPA, 22 à 26 set 1986).
Ponto de Cinema – SESC
Em 1986, o Ponto de Cinema após um período itinerante fixou-se em
conjunto com o SESC - Serviço Social do Comércio de Porto Alegre cria o Ponto de Cinema SESC, com 300 lugares, na Avenida
Alberto Bins, nº 665. A sala do Ponto de Cinema funcionava semana sim semana não. Outra proposta alternativa, embora
independente da participação estatal, foi o Ponto de Cinema que após um período
itinerante fixou-se no SESC de 86 a 92.
Nota:
- Durante seis anos produziu eventos que marcaram a
vida cultural de Porto Alegre, tornando-se notícia nacional diversas vezes pelo
ineditismo como a apresentação de um filme inédito do acervo, “HEARTS OF AGE”,
de Orson Welles.
1987
Cine Avenida – CINE AVENIDA 1 e 2
Avenida João Pessoa – Cidade Baixa
Em 1987, o Cine Avenida, na Avenida
João Pessoa,
nº 1105, esquina Avenida Venâncio Aires, na Cidade Baixa, foi desdobrada em duas salas:
Cine Avenida 1, entrada original pela Avenida João Pessoa,
Cine Avenida 2, em mezanino, possuía
porta de entrada pela Avenida Venâncio Aires.
CINEMA GUARANI – Reabertura
Rua dos Andradas – Centro
Em 03 de abril de 1987, o Cinema Guarani (1975), na Rua dos Andradas, nº 1051, no Centro,
o nome tradicional foi reaberto em novo local, passando a funcionar no mezanino
do Cinema
Imperial, no prédio ao lado de sua sede anterior.
Rua da Praia – 1987, já
como 2 salas de cinema Imperial e Guarany
SALA REDENÇÃO
CINEMA UNIVERSITÁRIO
Campus Central – Centro
UFRGS
Em 22
de abril de 1987, inaugura a Sala Redenção – Cinema
Universitário no prédio da antiga Biblioteca Central da UFRGS, na Avenida Paulo Gama, nº
110,
no Centro, iniciativa voltada para
oferecer filmes fora dos circuitos comerciais.
___Com
uma programação constante de mostras e ciclos temáticos, a sala foi pensada
para ser um espaço alternativo de projeção de filmes aliados tanto à
reflexão como a debates e aprendizados através da integração entre cinema,
cultura, educação e artes. A sala se propõe também a resgatar os grandes
clássicos do cinema mundial, exibir produções realizadas em diferentes países,
além de reservar um espaço significativo para a projeção de filmes
brasileiros. A Sala Redenção é um espaço de
integração das diferentes áreas do conhecimento, buscando despertar no público
o gosto estético aliado ao enriquecimento cultural.
SALA EDUARDO HIRTZ
Rua dos Andradas – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em
03 de agosto de 1987,
é inaugurada para convidados a Sala Eduardo Hirtz, na Rua da Praia (Rua dos Andradas) local onde depois foi o Café dos Cataventos, com capacidade de 100 lugares. O programa daquela segunda-feira, às 21h, foi a Mostra Cinema de animação:
O
Natal do Burrinho
+ As Cobras (o filme) + Treiler (os
três da Otto Desenhos Animados) + Cineceu (Helena Lustosa) + Planeta Terra (vários diretores) + Frankenstein Punk (Eliana Fonseca, Cao
Hamburger).
- No dia seguinte (4
de agosto) a Sala
Eduardo Hirtz abre para o público com
a Mostra Totò, com seis longas
italianos dos anos 1950 em cópias 16 mm.
Nota:
-
Durante o primeiro ano, a Sala Eduardo Hirtz funcionou de maneira
intermitente apenas com 2 projetores 16
mm.
Sala Eduardo Hirtz – Homenagem ao Cine Cacique
___A sala presta uma
homenagem ao antigo Cinema Cacique, exibindo reproduções dos “Índios Guaranis” de Glauco Rodrigues.
___Os desenhos, criados
para a antiga sala cacique, foram reproduzidos pelo designer Leandro
Selister.
Eduardo Hirtz – O
Homenageado
Eduardo Hirtz (Duisburgo/Alemanha, 07/04/1878 –
Porto Alegre, 23/02/1951)
___O
cineasta veio para Porto Alegre em 1908, atuando na área
cinematográfica do Estado até a sua morte.
___Pioneiro
da cinematografia gaúcha, Eduardo Hirtz
é
o produtor e diretor de “O
Ranchinho do Sertão” (1909), considerado o primeiro filme de ficção do
Rio Grande do Sul. O curta, com o célebre Carlos
Cavaco, baseado no poema "Aquele
ranchinho" ou "Ranchinho
de palha", de Lobo da
Costa, é exibido no Recreio Ideal em 27
e
28 de março de 1909, sábado e
domingo, o que determinou a escolha do Dia
do Cinema Gaúcho.
___Francisco Hirtz e Eduardo Hirtz da firma Hirtz
& Irmão, casa fundada em 1897 em Porto Alegre,
especializada em litografia. Esta foi a principal atividade da Família.
Mantiveram estabelecimentos no Centro às ruas Andrade Neves (desde 1905 ou antes até 1919), São Raphael (Avenida Alberto Bina) (1911-1919), e Conceição (1919-1930), e na Floresta à Rua Almirante Barroso (1931-1936). Eduardo envolve-se com distribuição e
exibição de filmes quando torna-se sócio do Recreio Ideal entre agosto
de 1908 e
outubro de 1910. Depois faz parte
da construção de três salas: Coliseu (1910), Theatro Apollo (1914) e Theatro Thalia (1917), sendo esta última um projeto só seu. Ele
filma títulos como Recepção ao senador
Pinheiro Machado (1909), Procissão
dos Navegantes (1909) ou Festa das
Árvores no Menino Deus (em Porto Alegre) (1909). Todo o restante de sua
pequena produção é de atualidades ou institucionais.
Casa de Cinema
Em dezembro de 1987, é fundada a Casa de Cinema de Porto Alegre, uma “produtora de cinema independente”, com um grupo de onze cineastas
gaúchos na forma de uma cooperativa. Durante todos estes anos, a Casa produziu
dezenas de filmes e vídeos, além de programas de televisão (especiais e
séries), cursos de roteiro e de introdução à realização cinematográfica, fóruns
de debates e programas eleitorais para televisão.
1988
Cine Baltimore e Cine Bristol
CINE BALTIMORE 1, 2, 3, 4
Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 1988, o Cinema
Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1048 e
1058, bairro Bom Fim, outras salas de cinema foram
sendo formadas, chegando a ter 4 salas
no mesmo endereço. As lotações das 4
salas de cinema eram:
Baltimore 1 (600 lugares);
Baltimore 2 (264
lugares);
Baltimore 3, mezanino, ex Cine Bristol (184
lugares), e
Baltimore 4, (138 lugares).
Nota:
- Se tornando o primeiro conjunto como os atuais Multiplex em shopping center.
Década 1980
Cine Victória – Encerramento
Em fevereiro de 1988, o tradicional Cine
Victória, na Avenida Borges de Medeiros, encerrou as atividades.
Cinematográfica São João e Wermar
___A Cinematográfica
São João e da empresa Wermar que
juntas, oligopolizaram a oferta da cinema de Porto Alegre. Apenas o Victória, Presidente,
Imperial e o Guarani
fugiram desta condição, sendo de outros proprietários.
___A Cinematográfica
São João tinha cinemas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Em Porto
Alegre foi proprietária das 4 salas do Baltimore,
São João, Cinema 1,
Center e Capithólio.
___A empresa Wermar,
fundada em 1968, agia no Estado. Na cidade detinha os
cinemas Cacique, Scala, Ritz,
Avenida 1 e 2,
Coral 1 e 2,
ABC, Lido,
Astor, Real,
Roma e Marrocos.
Sala Paulo Amorim – Mostras
• A Vanguarda
cinematográfica clássica da Alemanha dos anos vinte / Seminário por Walter
Schobert - 1ª parte: Três pintores
descobrem o cinema (SEH, 7 maio 1988) / 2ª
parte: A vanguarda descobre a montagem (SEH, 8 maio) / 3ª parte: O som entra na imagem (SEH, 9 maio 1988).
• Destinos
individuais influenciados pelo contexto histórico-político / Seminário por Egon
Netenjakob (SEH, 6-15 ago 1988).
Sala Eduardo Hirtz
A
partir de 07 de setembro de 1988,
a Sala Eduardo
Hirtz passa a ter 2 projetores 35 mm marca Gaumont Kalee e novo equipamento de
som. Neste dia (7 de setembro) é descerrada "placa
em homenagem ao Banco Nacional, que tem emprestado seu apoio, desde o
princípio, a ambas as salas", como atesta a divulgação da época
(placa desaparecida).
___As duas salas (Sala e Cinemateca
Paulo Amorim e Sala Eduardo Hirtz) – somando 265 lugares – mantém programação até 13 de
agosto de 1989, quando encerram suas atividades nesta “primeira fase”.
CINE ÁUREA
Avenida Júlio de Castilhos – Centro
Fim década de 1980/1990, o Cine Áurea, na Avenida Júlio de
Castilhos, nº 76, no Centro,
a entrada do prédio mudou-se para a rua lateral, Rua Vigário José Inácio.
___Apresentação de
filmes pornográficos e shows de sexo ao vivo.
1990
Novos Shopping
Nos
anos 1990, surgem
novos “shopping-centers”, como templos do
consumo moderno, espaços cuja oferta segmentada também segmenta o consumo.
Estes novos espaços hegemônicos propiciaram a reordenação espacial e estrutural
das “salas de exibição” da cidade.
Hormar Castello
Na década de 1990, Hormar Castello, herdeiro de Horário Castello será sócio do GNC, empresa
proprietária de 7 salas de cinema em
shoppings na cidade.
Decadência: Cinema de Rua
Na década de 1990, os cinemas de calçada estavam em decadência, com a popularização do
videocassete, das locadoras e dos cinemas em shoppings centers.
Cine-Teatro Presidente – Encerramento
Em 199(?), na década, houve o encerramento do grande Teatro Presidente, na Avenida Benjamin
Constant, no bairro São João, encerrou suas atividades.
Nota:
- Após colocado em locação, primeiramente abrigou o Centro de Avivamento para as Nações, uma igreja evangélica. Não é
primeira igreja a alugar o prédio do velho Cine
Teatro.
Cine Victória
___Maria Vitória Kessler,
neta do fundador Victor Kessler, assumiu a direção do Cine
Victória
como uma forma de
tentar salvar o negócio. “Me
chamaram porque havia uma preocupação da minha geração de que os mais novos
entrassem e pusessem a perder o patrimònio da família, como ocorreu com o City
Hotel”, recorda. Dirigiu o
cinema ao lado de Walter Becker e José Luiz Cassal. Seu afastamento se
deu quando o cinema saiu da sala antiga. “Foi
um erro trocar o cinema para a Casa das Lâmpadas,
não tinha nada a ver. Mas eu sozinha não tinha mais como impedir, fui voto
vencido.”
CINE VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Na década de 1990, o Cine
Victória, na Avenida Borges de Medeiros, foi dividido em três (1 loja “Casa das Lâmpadas”) e 2 salas de cinema de médio porte:
Cine Vitória 1
Cine Vitória 2, com entrada na Travessa
Acilino de Carvalho.
Cine Real – Bingo
Na década de 1990, o prédio do Cine Real, na Avenida
Assis Brasil, funcionou como um Bingo, muito
concorrido.
CINE LIDO 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Nos anos 1990, o grande Cine Lido, na Avenida
Borges de Medeiros, nº 475, no Centro,
foi desdobrado em 2 salas:
Cine Lido 1
Cine Lido 2
Nota:
- Durante os anos 1980 e 1990, exibia
filmes pornográficos e shows eróticos ao vivo no Lido 2.
MULTICINE
Rua dos Andradas – Centro
Shopping Rua da Praia
Em
1990, com a
inauguração do Shopping Rua da Praia,
na Rua dos
Andradas, nº 1001, foram abertas 2 salas de cinema da Multicine.
Sala Multicine 1
Sala Multicine 1
Casa de Cultura Mário Quintana
Em 25 de setembro de 1990,
é inaugurada a obra
de transformação física do antigo Hotel
Majestic em “Casa de Cultura”, entre
elaboração do projeto e construção, que desenvolveu-se desde 1987.
___Com as reformas
que transformaram o antigo hotel na Casa
de Cultura Mario Quintana, as 2 “Salas de Cinema” mudam de lugar, passando a
funcionar uma em frente à outra, na Travessa
dos Cataventos, como estão desde então.
SALA PAULO AMORIM
Travessa dos Cataventos – Centro
CCMQ
Em
09 de dezembro de 1990,
a Sala Paulo
Amorim reabre, com 151 poltronas, a primeira das
duas salas antes instaladas na CCMQ.
SALA EDUARDO HIRTZ
Travessa dos Cataventos – Centro
CCMQ
A Sala Eduardo Hirtz é reinaugurada com a Mostra Mestre Mizoguchi – seleção dos mais belos filmes, com cinco
obras em 16 mm, em promoção do
Consulado Geral do Japão, em cartaz de 28 de maio a
02 de junho de 1991, com entrada franca.
___A partir de 1º de agosto, quinta-feira, inicia a programação
regular com dois inéditos:
A
Casa Assassinada
(La Maison assassinée, Georges Lautner, 1988, FR) às 14h30 e 16h30 e A Obra em Negro (L'Œuvre au noir, André
Delvaux, 1988, FR-BE), baseado no romance de Marguerite Yourcenar, às 18h30
e 20h30.
As novidades da Sala Eduardo Hirtz
eram um moderno sistema de projeção em 35
mm com projetor da marca italiana Cinemeccanica,
com rolo único para 150 minutos e
lâmpadas Xenon, de longa duração e
alta luminosidade. O custo de instalação, pago com recursos da Cinemateca Paulo Amorim e do apoio do Banco Nacional, foi de cerca de Cr$ 2 milhões e meio. A sala também
tinha projeção em 16 mm, equipada
com dois projetores da marca francesa Kalart.
Eram 100 poltronas.
1991
Em
1991, a capital
do Estado, Porto Alegre chega a mais de 1
milhão de habitantes enquanto que os 22
municípios restantes que compõem a região metropolitana, mostrando-se como
única alternativa de expansão já há algum tempo, chegavam a 3 milhões. Porto Alegre passou a
crescer menos que as cidades que a circundam e outras tantas de porte médio do
estado.
GNC Cinemas
Em
1991, é fundada a
GNC Cinemas pelo empresário gaúcho Ricardo Difini Leite, que anteriormente fora gerente geral da RBS TV, afiliada da Rede Globo no Sul do país. Surgiu como
a fusão de tradicionais empresas exibidoras do Rio Grande do Sul e foi
responsável pela implantação dos “primeiros cinemas de
shoppings” de Porto Alegre. Teve como sócio o administrador e advogado Hormar Castello Júnior, ex-bancário da Caixa Econômica Federal que tivera sua
experiência cinematográfica na década de 1970 nos
extintos cinemas Castello, Avenida e Marabá em Porto Alegre e também fora sócio Companhia Nacional de Cinemas,
proprietária dos cinemas Imperial e Guarani. Também participou da fundação o administrador
de empresas Eduardo Difini Leite,
que administrara junto com seu pai o tradicional cinema Carlos Gomes, e fora sócio-gerente
da empresa Leonforte Distribuidora de
Filmes.
Sala Eduardo Hirtz – Reinaugurada
CCMQ Travessa dos Cataventos – Centro
Em 24 de maio de 1991, foi reinaugurada
a nova Sala Eduardo Hirtz, Casa de Cultura Mario Quintana, Travessa dos Cataventos, ala leste, sala com 98 lugares.
GNC Bourbon Assis Brasil
Avenida Assis Brasil – São João
Em 11 de dezembro de 1991, inaugurou o GNC Bourbon Assis
Brasil, na Avenida Assis
Brasil, nº 4320, no Minuano, com 2 salas de cinema no novo Bourbon Shopping.
GNC Praia de Belas
Em
1991, é aberta 3 salas de cinema no Shopping Praia de Belas, na Avenida Praia de
Belas, nº
1181,
no Menino Deus.
1992
Ponto de Cinema/SESC – Incêndio
Em Abril de 1992, um incêndio destruiu totalmente
o Ponto de Cinema/SESC.
___Até esta data o Ponto de Cinema contabilizava
1.250 filmes exibidos, sendo que
destes, 40% eram inéditos, numa
média de 23 semanas ao ano chegou ao
recorde de 33 mil espectadores e um
mínimo de 25 mil.
1993
Concorrência
___A migração dos
cinemas para os shoppings, a exemplo do que já havia acontecido em outros
centros, obrigou os atores que movimentavam o campo da oferta de salas de exibição na cidade a
adequarem-se à nova realidade, pois estes novos objetos trariam consigo grandes
exibidoras nacionais e transnacionais, cujo tempo hegemônico lhes é superior.
SHOPPING IGUATEMI – 4 Cinemas
Avenida João Wallig – Passo d`Areia
GNC Cinemas
Em 1993, o Shopping Iguatemi após obra de
ampliação, ganhou 60 novas lojas e
as suas primeiras 4 salas de cinema,
administradas pela empresa gaúcha GNC
Cinemas, na Avenida João Wallig, nº 1800, no Passo
d`Areia.
Grupo Severiano Ribeiro
Em 1993, a iniciativa da GNC
Cinemas não cobria a demanda eminente de salas de exibição
o que abriu espaço em Porto Alegre ao Grupo
Severiano Ribeiro, do Ceará, maior rede de cinemas do país.
Sala Paulo Amorim – Mostras
• Identidade
política e cultural dos filmes no Leste e Oeste da Alemanha / Seminário por Peter Schumann - Filmes históricos
(SEH, 2, 3 jun 1993) / Filmes contemporâneos (SEH, 4, 5 jun 1993).
1994
Ponto de Cinema/SESC – Busca de Nova Sala
Em 1994, depois de dois anos após o incêndio do Ponto de Cinema/SESC, após a mudança de diretoria do SESC, o contrato não foi honrado.
___Tentou-se
em vão viabilizar a construção de um CENTRO
CULTURAL GUION em uma casa no bairro Auxiliadora
mas foi frustrado pela Secretaria
Municipal do Planejamento, que mesmo com o apoio dos moradores vetou o
projeto.
Cine Ritz – Encerramento
Em 1994, o Cine Ritz, na Avenida Protásio Alves, bairro Petrópolis, encerrou as atividades.
Nota:
- Em 2002, o prédio foi demolido, no lugar foi construído a agência da CEF.
Atual agência Itaú –
2012
Cine Astor – Encerramento
Em 1994, esta famosa sala do Cine
Astor, na Avenida
Benjamim Constant, bairro Floresta,
encerrou as atividades, no fechamento tinha 707 lugares.
Escultura da fachada
Cine Astor – E o Bairro
___Durante anos foi
considerado um dos maiores cine-teatros de Porto Alegre, servindo por décadas
como atração e divertimento aos moradores dos bairros Floresta e São Geraldo,
até o encerramento de suas atividades setenta anos após, em 1994. Tanto a arquitetura do prédio, como a
memória cultural incorporada à saudosa existência do Cine
Astor, constituem
verdadeiros símbolos desses bairros, assim como da própria história de Porto
Alegre.
Prédio desativado, só a
carcaça, década de 2000
___Diante do abandono
e suas conseqüências, a Equipe do
Patrimônio Histórico e Cultural e o Conselho
Municipal de Patrimônio Histórico estão analisando a viabilidade da
manutenção ou não da fachada, o que se dará por meio de audiência pública,
conforme anunciado há alguns meses pela mídia. Espera-se que a solução seja
pelo restabelecimento do prédio, não só como forma de manter a história do
bairro e da cidade, mas também para preservar a memória de seus construtores e
proprietários.
Prédio
desativado, só a carcaça, década de 2000
Cine Coral 1 e 2 – Encerramento
Em 1994, o Cine
Coral 1 e 2, na Rua 24 de Outubro, nº (?), bairro Moinhos de Ventos, encerrou as atividades.
GNC Lindóia Shopping
Avenida Assis Brasil – Lindóia
Em 29 de abril de 1994, o GNC Lindóia Shopping inaugurou com 2 salas no Lindóia Shopping, na Avenida Assis Brasil, nº
3522,
no Lindóia.
Fechamento de Cinemas
Em
30 de junho de 1994,
foi uma “Noite Melancólica” pelo fechamento de
três cinemas de Porto Alegre, dia que 3 salas
de cinema de rua realizaram últimas
sessões:
Cinema Capithólio – Encerramento
___O antigo Cinema
Capithólio, na Rua Demétrio Ribeiro, nº
1085,
esquina Avenida Borges de Medeiros, encerrou suas atividades, de forma
melancólica, com a presença de apenas 20
espectadores.
Antes da reforma na
década de 1990
Cine-Teatro Marrocos – Encerramento
___O grande Cine
Marrocos,
propriedade de Darcy Bittencourt & Cia. Ltda (Fama
Filmes), com capacidade de 1.100 lugares,
utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida
Getúlio Vargas, nº 1174, bairro Menino
Deus, fechou.
___Funcionamento
diário – média anual 788 sessões – 172.364 espectadores.
Nota:
- Em 2009, além da garagem, há
uma farmácia, pequenas lojas e, sobre o velho cinema, um restaurante.
Cine Marrocos, Garagem –
2009, Foto: Fernando Guimarães
Cine São João – Encerramento
___O moderno Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, encerrou suas atividades.
Em 10 de julho de
1994, a cidade perdia mais 3 salas de cinema de rua.
Cine ABC – Encerramento
___O Cine
ABC, na Avenida
Venâncio Aires, nº
77,
na Cidade Baixa, encerrou suas
atividades e fechou definitivamente suas portas.
Quando
do fechamento tinha 479 lugares. Inaugurado como Garibaldi em 8 de dezembro de 1914, reinaugurado em 1º de janeiro de 1969 como ABC. Fechou definitivamente suas portas no dia 10 de julho de 1994.
Cine Cacique – Encerramento
___O grande Cine Cacique, no
fechamento a sala de cinema possuía 1.600
poltronas modelo Pullman (reclináveis) bem como
projetores e tela para filmes de 70 mm;
som estereofônico.
___Tinha um funcionamento
diário – média anual 1.845 sessões –
1.051.064 espectadores.
Cine Scala – Encerramento
___O menor da
escadinha Cine Scala (instalado no balcão do Cacique), na Rua dos Andradas, nº 933, bairro Centro, encerrou suas atividades.
Entrada dos Cine
Cacique e Cine Scala
1995
Cine-Theatro Capitólio – Preservado
Em 1995, a Prefeitura de Porto Alegre adquiriu o
prédio do antigo Cine-Theatro Capitólio,
construído em 1928, visando a sua futura restauração. Por sua
relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto
Alegre (em 1995) e do Estado do Rio Grande do Sul (em 2007).
Sala Paulo Amorim – Sala Eduardo Hirtz – Equipamentos
Em
maio de 1995, no
final, são instalados dois novos projetores marca alemã Bauer B6, com lanternas Xenon
2.000 watts. Os aparelhos além de permitirem uma maior definição de imagem,
propiciada pelo tipo de lentes Schneider
Super-Cinelux, incluem um sistema sonoro de alta fidelidade.
Nota:
-
A partir de 1990 as salas passam a funcionar de
terça-feira a domingo; antes ofereciam programação todos os dias. Eventualmente
as salas ainda vão apresentar programação às segundas-feiras durante a década.
GUION CENTER CINEMAS
Rua Lima e Silva – Cidade Baixa
GUION Cinemas
Em 22 de junho de 1995, o Ponto de Cinema/SESC construiu com recursos próprios o GUION
CENTER CINEMAS, no Centro Comercial Nova Olaria,
na Rua
Gen. Lima e Silva, n° 776, bairro Cidade Baixa, complexo composto de 3 Salas de Exibição (+) o CAFÉ GUION e o GUION CD'S, loja especializada em
trilhas, jazz, world music, música popular gaúcha, enfim cd's selecionados,
tendo a sala Cine Gran Café.
Nome GUION
___O nome GUION, ao contrário do que muitos
imaginam não teve inspiração na palavra espanhola “Guión”, que é roteiro de cinema, mas sim uma homenagem a
um amigo japonês que faleceu no momento exato em que se concordava com a sua
sugestão ao Centro Cultural da
Auxiliadora.
“GION” é um bairro tradicional da cidade
japonesa de Kyoto, originalmente
desenvolvido na Idade Média, em frente ao Templo
Yasaka. O bairro foi construído para acomodar as necessidades dos turistas
e visitantes ao santuário.
___No bairro é famoso
o Gion Matsuri, um festival que
ocorre no mesmo período da inauguração do “Guión”.
GUION – Qualidade
___Qualificados, os Cinemas Guion logo atraíram a atenção
do público pela sua programação selecionada, notadamente de filmes da América
Latina:
·
(Argentina, Chile, México, Cuba, Peru, entre outros)
___Europeus:
·
(Franceses, italianos, espanhóis, alemães, ingleses, russos, etc.)
___E de
cinematografias menos conhecidas:
·
(Japão, Coréia do Sul, Índia, de países africanos, Austrália).
GUION – Salas de Cinema
___As salas inéditas
(no Brasil):
·
Pela utilização de tecido nas poltronas;
·
Pelo sistema inédito de som implantado em conjunto com a SELENIUM
(fábrica de alto-falantes) que é a construção de caixas de concreto para o
sub-woofer de 1300 litros cada, o que dá um grave surpreendente;
·
Pela reserva de ingressos por telefone;
·
Pela bilheteria aberta com comunicação direta;
·
Pela proibição de entrada na sala com bebida, pipoca ou comida e após 15
minutos do início do filme;
·
Pela projeção com lâmpadas de 2500 Watts ao contrário das fracas 2000
watts utilizadas até hoje o que garante a luminosidade ideal para o filme.
___Transformou em
sucesso filmes rejeitados, como:
“VÁ AONDE SEU
CORAÇÃO MANDAR” (Va Dove Ti Porta il Cuore) de Cristina
Comencini, filha do grande Luigi Comencini, literalmente um fracasso no
Brasil e que ficou 21 semanas em cartaz e fez 25 mil espectadores;
“O CARTEIRO E O
POETA” (Il Postino) de Michael Radford, seis meses em cartaz e
mais de 50 mil espectadores;
“DANÇA COMIGO” (Shall We Dance?) de Masayuki Suo, 27 semanas;
___E
o recorde de “TUDO SOBRE A MINHA MÃE” (Todo Sobre Mi Madre)
de Pedro Almodóvar, com 32 semanas
em cartaz.
SALA NORBERTO LUBISCO
Travessa dos Cataventos – Centro
Casa de Cultura Mario Quintana
Em
08 de novembro de 1995,
segunda-feira, é inaugurada a mais nova das três salas da CCMQ, a Sala Norberto
Lubisco, em uma sessão para convidados. Na sala
é possível a
experiência estética de uma sessão tradicional de cinema, em película, com o
algum barulho do projetor ao fundo. Possui as portas de saída para a calçada da Rua da Praia (Rua dos Andradas), neste dia a exibição de Deux ex-Machina (Carlos Gerbase, 1995, BR, 26 min) e Sábado (Ugo Giorgetti, 1995, BR) com a
presença dos diretores gaúcho e paulista.
___Este programa
estreia na Sala
Paulo Amorim de 09 a 19 de novembro e
retorna para a Sala
Norberto Lubisco de 21 a 26 novembro. A programação regular da Sala Norberto
Lubisco inicia em 09 de novembro com Carrossel da Esperança (Jour de fête,
Jacques Tati, 1949, FR), em cópia restaurada, ficando duas semanas em cartaz
(até 19 de novembro). A Sala Norberto Lubisco abre com 60 lugares, projetores 35 mm e 16 mm,
lentes “planas e scope”, lâmpada Xenon, som stereo, ar-condicionado
central.
Norberto Lubisco – O Homenageado
___O diretor de
fotografia Norberto Lubisco (Porto
Alegre, RS, Brasil, 18/02/1947), tem a sua marca na produção cinematográfica
gaúcha durante quatro décadas. Seu primeiro trabalho é com o diretor Antonio Carlos Textor com quem vai
firmar uma longeva parceria somando pelo menos 14 curtas. Analisar a obra de Textor
é perceber também o olhar de Lubisco
na escolha de enquadramentos, posição da câmera, iluminação. Desta geração ele
ainda trabalha muito com Alpheu Ney
Godinho e Sérgio Silva. É Sérgio o responsável pela sua única
incursão no longa-metragem, com Heimweh / Nostalgia (Sérgio Silva, Tuio Becker,
1990). Nos anos 1980 é abraçado pelos principais nomes do Super-8 que revolucionavam o cinema
gaúcho: Nelson Nadotti, Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil – com quem filma três curtas. Outros diretores
também queriam por perto o seu grande conhecimento técnico e cultural de
cinema: Fernando Mantelli, Beto Rodrigues e Renato Falcão. Este último promove o encontro com outro mestre da
luz – Iberê Camargo – em Presságio
(1993). "Poucas vezes,
como neste curta, o clima crepuscular e noturno de Porto Alegre foi fotografado
com tanta maestria, ressaltando a adequação do cenário arquitetônico do passado
com o contexto dramático de uma história ancorada no presente", escreveu Tuio Becker (Zero Hora, Porto Alegre, 4 set 1993). Embora conste em
diversas fontes que Lubisco foi
premiado com melhor fotografia por “Urbano”
no Festival de Gramado de 1983, esta informação não procede. O filme de Textor é premiado como melhor curta gaúcho e recebe uma menção
especial para o ator David Camargo.
Duas vezes ganha como
melhor fotografia o Prêmio Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul da Mostra Gaúcha que acontece no Festival
de Cinema de Gramado: em 1985 por “Carrossel, Madame Cartô e Ano novo, vida nova”; e postumamente em 1993 por “Presságio”. Norberto
Lubisco faleceu poucos dias antes do início daquele festival, aos 46 anos.
1996
3 Salas da CCMQ – Manutenção
___Desde então as
três salas funcionam ininterruptamente. Às vezes, há pequenas paradas para
manutenção ou troca de equipamentos. Por exemplo, a Sala Paulo Amorim e a Sala Eduardo Hirtz ficam
fechadas entre 12 e 26
de fevereiro de 1996 para melhorias. A divulgação da época diz:
"As
duas salas terão telas de projeção importadas. Através da forração das paredes
dos dois cinemas se obterá um perfeito isolamento acústico dos ruídos externos.
Na Sala Paulo Amorim haverá a troca parcial de carpetes e a instalação de som Dolby stéreo,
com a substituição do sistema de alto-falantes por outro mais potente. Também
se procederá a instalação de som stereo na Sala
Eduardo Hirtz, bem como uma nova configuração das atuais poltronas".
Ponto de Cinema – Carlos Schmidt
Em 26
de março de 1996, Carlos Schmidt do Ponto de Cinema recebe por relevantes
serviços prestados à comunidade de Porto Alegre a MEDALHA CIDADE DE PORTO
ALEGRE.
Cine Avenida 1 e 2 – Encerramento
Em 10 de abril de 1996, as duas salas do Cine
Avenida, na Avenida João Pessoa esquina Avenida Venancio Aires, deixaram de funcionar.
___Conforme, por
ocasião do fechamento:
Cine Avenida 1 tinha 400 lugares, e
Cine Avenida 2 tinha 300
lugares.
___Funcionamento
diário – média anual 1.159 sessões –
400.551 espectadores.
Década de 2000
___Após o fechamento
do Cine
Avenida, funcionou como Bingo.
Bingo Avenida
Ponto de Cinema – Carlos Schmidt
Em 26 de maio de 1997, Carlos
Schmidt do Ponto de Cinema recebe o TROFÉU DESTAQUE EM
CULTURA,
conferido pelo Jornal do Comércio de
Porto Alegre.
Cinema Cacique e Cine Scala – Incêndio
Em junho de 1996, um incêndio destruiu parcialmente
as 2 salas de cinema, incluindo-se
as pinturas dos Índios Guaranys, obra
do artista Glauco Rodrigues.
Nota:
- Em 2012, o prédio era utilizado como
garagem.
Guion Center 1 – Projetor
Em 28
de junho de 1996, dotou a sala
principal, Guion Center 1, na Rua Gen. Lima e Silva, n° 776, bairro Cidade Baixa, de “projetor importado”
dos
EUA.
1997
GNC Iguatemi
Avenida João Wallig – Três Figueiras
Em 1997, no Shopping Iguatemi, na Avenida João Wallig,
n° 1800,
foi
construída uma área anexa que acrescentou setenta e cinco novas lojas, uma nova
praça de alimentação, 5 salas GNC
Cinemas
(primeira
fase) e um prédio-garagem com 1.500
vagas - o que deixou o shopping com um total de 3.015 vagas para os consumidores. A partir de então, o Iguatemi
passou
a ser considerado o maior centro de compras da Região Sul do Brasil e um dos
maiores da América Latina.
GUION SOL
Avenida Cavalhada – Cavalhada
GUION Cinemas
Em 08 de agosto de 1997, inaugura
o Guion
Sol, na
Avenida Cavalhada,
n° 5005,
na
zona Sul, com 2 Salas
de Exibição:
Guion 1,
Guion 2.
___Dotadas de calefação, poltronas em tecido italiano,
equipamento de projeção importado dos EUA e som digital DTS, um cinema que se transformou em referência no País por seu
design e qualidade de som e projeção.
1998
Cinemark
Em
1998, chega a
Porto Alegre a rede Cinemark, terceira maior rede de exibição dos EUA,
que instalou 8 salas no Shopping Bourbon
Ipiranga, da Rede Zaffari.
Cine Victória 1 e 2 – Encerramento
Em
1998, o grande Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n° 475, no Centro, fechou
suas portas.
CINEMARK Bourbon Ipiranga
Avenida Ipiranga
– Jardim Botânico
Rede Cinemark
Em
16 de novembro de 1998,
inaugura o Bourbon Ipiranga com 8 salas de cinema Cinemark,
na Avenida
Ipiranga, n° 5200, no Jardim
Botânico.
1999
CINEMA VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 1999, inaugura o
Cine no prédio do antigo Cine Victória 1 e 2,
na Avenida Borges de Medeiros,
n° 475, no Centro, reabre transformado com as salas:
Cine Vitória 1 (198 lugares),
Cine Vitória 2 (146 lugares).
___As salas ocupam a
sobre loja do Cinema Victória, a nova entrada é pela nova “Galeria Vitória” que liga a Avenida Borges de
Medeiros
com a Rua 24 Horas (Travessa Acilino de
Carvalho).
Nota:
- Em 2009, o antigo cinema
é uma loja de material elétrico.
Cine Vitória 1 e 2
Antiga entrada
principal do Cine Vera Cruz e Cinema Victória
Guion – Programa de Fidelidade
Em março de 1999, dá início ao PROGRAMA DE FIDELIDADE CINE GUION, um processo inédito em cinemas, que deu prêmios e
brindes além de outras vantagens como viagens a PARIS, BUENOS AIRES, MADRID,
NOVA IORQUE, RIO DE JANEIRO.
CINE ATLAS
Avenida Júlio de Castilhos – Centro
Década de 1990, o Cine Atlas, na Avenida Júlio de
Castilhos, nº 450, bairro Centro.
___Apresentação de
filmes pornográficos e shows de sexo ao vivo.
Nota:
- Em 2009, estava em
funcionamento.
SALA P. F. GASTAL
Avenida Pres. João Goulart – Centro
Usina do Gasômetro
Em 25 de maio de 1999, inaugura a Sala P. F. Gastal, na Usina do Gasômetro,
na Avenida
Pres. João Goulart, nº 551, no Centro.
___É o primeiro cinema da Secretaria
Municipal da Cultura de Porto Alegre, localizada no terceiro andar da Usina
do Gasômetro, a sala tem 118
lugares e está equipada com um projetor de última geração, da marca alemã Kinoton, com capacidade de exibir
filmes tanto na bitola de 35mm
quanto na de 16mm. Contando ainda
com som Dolby Stéreo e ar
condicionado central. É um cinema que oferece ao espectador conforto e
qualidade de projeção, a sala possui poltrona de tamanho especial destinada a
obesos, funciona de terças a domingos.
___A programação da
sala é montada em torno de três linhas básicas de trabalho:
a) Lançamento de filmes brasileiros e produções de cinematografias
alternativas,
b) Realização de ciclos,
c) Programação infantil.
Sala P. F. Gastal
Século XXI
2000
CINE APOLO
Rua Voluntários da Pátria – Centro
Década de 2000, o Cine Apolo, na Rua Voluntários da
Pátria, nº 615, bairro Centro, quase ao lado do Viaduto
da Conceição.
___Apresentação de
filmes pornográficos.
Nota:
- Em 2009, o cinema estava fechado.
Ao lado da galeria
Santa Catarina
Atual Loja Galego
Cinemas de Porto Alegre
·
AeroGuion - primeiro
aeroporto do Brasil com salas de cinema (3 salas)
Aeroporto Internacional Salgado Filho - Fone: 51 3358.2620
·
Arcoíris Boulevar - Av. Assis
Brasil, 4320. Assis Brasil Strip Center - Fone: 51 3344.1483
·
Center - Av. João Pessoa,
1831. Shopping João Pessoa - Fone: 51 3223.4158
·
Cinemark - Bourbon
Shopping Ipiranga, Av, Ipiranga, 5200. Fone: 51 3299.0850
·
Cinemark – Barra Shopping
Sul
- Av. Diário de Notícias, 300. Fone: 51 4003.4171
·
Cinesystem -
Shopping Total - Av. Cristóvão Colombo, 545. Fone: 51
3314.7740
·
Arcoíris Bourbon
Assis Brasil - Av. Assis Brasil, 164. Fone: 51 3362.3608
·
GNC Lindóia - Av. Assis
Brasil, 3522. Fone: 3299.0505
·
GNC Moinhos -
Moinhos Shopping - Rua Olavo Barreto Viana, 36. Fone: 51 3299.0505
·
GNC Praia de Belas
- Shopping Praia de Belas - Av. Praia de Belas, 1181. Fone: 51 3299.0505
·
Cine Iguatemi - Av. João
Wallig, 1800 - Shopping Iguatemi. Fone: 51 3299.0033
·
Arcoíris Rua da
Praia Shopping - Rua dos Andradas, 1001. Fone: 51 3286.7701
·
Salas Paulo
Amorim, Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco - Rua dos Andradas, 736 - Casa de Cultura Mário Quintana. Fone:
51 3221.7147
·
Sala P. F. Gastal - Usina do
Gasômetro - Av. João Goulart, 551. Fone: 51 3212.5928
·
Sala Redenção - Campus Central
da UFRGS - Av. Paulo Gama, 110. Fone: 51 3316.3034
·
Cine Santander - Av. Sete de
Setembro, 1028. Fone: 51 3287.5500
·
Unibanco Arteplex - Av. Túlio de
Rose, 80 - Shopping Bourbon Country. Fone: 51 3299.0624
·
Arcoíris
Vitória - Av. Borges de Medeiros, 475.
Fone: 51 3212.3474
Cinéfilo – Homenagem
___Quando da construção do Shopping
Bourbon da Assis Brasil, foi sugerido por Jose Valmir da Costa que seus dois cinemas recebessem o nome:
·
Bourbon
América, e
·
Bourbon
Rosário.
___Em um resgate da memória do bairro, mas o pedido não foi atendido.
Cine Baltimore – Encerramento
Em 2000, a última das 4 salas do complexo Cine Baltimore, na Avenida
Osvaldo Aranha, bairro Bom
Fim, deixou de operar no
local.
Em exibição
"Segundas Intenções" – 1999
GNC Moinhos Shopping
Rua Olavo B. Viana – Moinhos
GNC
Em 31 de julho de 2000, inaugura no Moinhos Shopping, 4 salas de cinema, na Rua Olavo Barreto Viana, nº 36, Moinhos de Vento.
2001
CINE SANTANDER
Rua Sete de Setembro – Centro
Santander
Em 2001, inaugura o Cine Santander no prédio
tombado do Santander Cultural, Rua Sete de Setembro, nº 1028, bairro Centro.
Sala do Cofre
Guion –
Som
Em Março de 2001, o Cine Guion instala o sistema
inédito no Brasil de som
DOLBY DIGITAL 650.
ARTEPLEX Bourbon Country
Rua Túlio de Rose – Passo d’Areia
Arteplex
Em agosto de 2001, com a inauguração do Bourbon Shopping Country, na Rua Túlio de Rose, nº 80, foram instaladas 8 salas de cinema no Espaço
Itaú de Cinema, sendo uma com a tecnologia 3D da Arteplex.
Cinemas Shopping Iguatemi – Fechamento
Rede Severiano Ribeiro
Em 2002, a concorrência com o cinema Arteplex no Bourbon Country contribuiu
para que o Iguatemi fechasse suas 8 salas
de cinema da Rede Severiano Ribeiro gradualmente.
Dividida as 8 salas em dois setores
em lados extremos do shopping, a primeira secção, com 4 salas, foram fechadas em 2002 para dar lugar ao centro de saúde Moinhos de
Vento.
___A
segunda secção, com 5 modernas salas,
encerrou suas atividades em 2006.
2002
Cine Astor – Prédio Tombado
___Apesar de sua
fachada ter sido tombada como patrimônio cultural do município, além de firmado
um termo de ajustamento de conduta entre os seus atuais proprietários e o Ministério Público Estadual em 2002 – objetivando a preservação da fachada por meio de um trabalho de
escoramento – a estrutura ainda corre risco de desabamento. Diante do abandono
e suas conseqüências, a equipe do Patrimônio
Histórico e Cultural e o Conselho
Municipal de Patrimônio Histórico estão analisando a viabilidade da
manutenção ou não da fachada, o que se dará por meio de audiência pública,
conforme anunciado há alguns meses pela mídia. Espera-se que a solução seja
pelo restabelecimento do prédio, não só como forma de manter a história do
bairro e da cidade, mas também para preservar a memória de seus construtores e
proprietários.
Cine Ritz – Prédio Demolido
Em 2002, o Cine Ritz, na Avenida Protásio Alves, nº 2557, no bairro Petrópolis, foi demolido, dando lugar a um edifício sem maior
personalidade. O Ritz inaugurado em 6 de setembro de 1948, fechou em 1994.
2003
Cine Baltimore – Prédio Demolido
No início de 2003, o prédio do Cine Baltimore, na Avenida
Osvaldo Aranha,
foi demolido, deixando-se
intacta apenas a fachada; essa fachada acabou desabando no Natal do mesmo ano.
Fachada antes da
demolição do prédio – Maio 2003
Cine Baltimore – Prédio Comercial
___No local do Cine
Baltimore, foi construído centro comercial com dezesseis andares que ocupará toda
a extensão do prédio e do não menos lendário Bar do João.
___Tanto o cinema
quanto o bar representaram, por muito tempo, a cena cultural não apenas do Bom Fim, mas de boa parte dos
porto-alegrenses.
2004
AEROGUION 1, 2, 3
Em Novembro de 2004, inaugura o AeroGuion, no Aeroporto Internacional Salgado Filho,
na Avenida
Severo Dullius, nº 90010, bairro São
João
___O primeiro cinema de
Aeroporto do Brasil e da América
Latina.
Porto Alegre - RS -
90200-310
Telefone: 51 3358
2620
___São 3 salas de cinema:
AeroGuion 1 (165
lugares) dolby stereo
·
acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado
AeroGuion 2 (165 lugares) dolby stereo
·
acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado
AeroGuion 3 (126 lugares) dolby stereo
·
acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado
AeroGuion – Bomboniere
Café Guion - Bar e Cafeteria.
Guion Cd's - cd's de trilha e souvenirs de
cinema.
ESTACIONAMENTO:
·
Na compra de um ingresso 6 horas gratuitas.
___Uma visão de Porto Alegre em vôo de pássaro, tendo
como primeiro plano aviões clássicos como o Junkers e o DC-3, é o tema do
painel que o artista plástico gaúcho Eduardo Vieira da Cunha criou
para o novo cinema AeroGuion, do Aeroporto Salgado Filho. O artista diz
que escolheu certos modelos de avião importantes no salto qualitativo do
transporte de passageiros na história da aviação, e que se destacaram na
elegância das linhas. Tudo isso para mostrar uma pequena história da relação da
cidade de Porto Alegre com a aviação, história essa que já tem quase 80 anos.
Painel
___O artista diz
também que se sentiu completamente à vontade em pintar o painel, que tem 4,60m de comprimento. Isso porque os
aviões já eram temas recorrentes na iconografia de sua pintura há muito tempo,
caracterizada pelo uso de cores contrastadas. A escolha de uma visão aérea
associa as viagens e deslocamentos, chegadas e partidas.
___Para
o pintor, a idéia de trânsito, de renovação, de projeção e de simultaneidade de
imagens, une os conceitos de viagem e de cinema em um nível de aspiração e de
sonho, que procurou ser representada também na execução da pintura.
___A
arquiteta paulista Andréa Kanazawa, encarregada do projeto do Café
Guion, junto ao cinema, coube traduzir o charme dos cafés das esquinas
portenhas e que tem o mesmo cuidado e qualidade do já tradicional Café Guion do Centro Comercial Nova Olaria.
2005
Cinema Imperial – Encerramento
Em 2005, o Cinema Imperial, de propriedade da Cia. Nacional de Cinemas, com 1.390 lugares, na Rua
dos Andradas, n° 1051, na Praça
da Alfandega, encerrou suas atividades.
___Funcionamento
diário – média anual 1.593 sessões –
699.430 espectadores.
Cine Guarani – Encerramento
Em 2005, o novo Cine Guarani, na Rua dos Andradas, na sobreloja do Cinema
Imperial, fechou definitivamente suas portas, após abrir e fechar 4 vezes e dois nomes utilizados.
2008
GNC Shopping Iguatemi
Avenida João Wallig – Passo d’Areia
Em dezembro de 2008, foram inauguradas 6 salas, consideradas, as mais modernas
da capital, administradas pela Rede GNC Cinemas, na Avenida João Wallig, n° 1800, no Passo d’Areia, as salas contam com exibição 3D, venda de ingressos com lugar marcado, além de totens de
autoatendimento espalhados pelo shopping, som Dolby e THX e exibição digital em
alta definição. Estão localizadas ao lado da Loja Zara, no segundo piso.
2009
GNC Shopping Iguatemi – Novas Salas
Em dezembro de 2009, foram inauguradas no Shopping Iguatemi, na Avenida João Wallig,
n° 1800,
mais
6 novas salas de cinema.
Cine Atlas – Atividade
Em 2009, o Cine Atlas, na Avenida Júlio de
Castilhos, nº 76, no Centro,
estava em funcionamento.
Prédio Preservado
CINEMATECA CAPITÓLIO
Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
Em 2009, o antigo e desativado Cinema
Capitólio, foi transformado em Cinemateca
Capitólio, preservado a estrutura externa e aspectos internos. A parceria que
marca a história do espaço desde seu projeto inicial, em 2003, sendo resultante desta sólida parceria a realização do próprio
restauro do prédio, sua ocupação, a digitalização da sala de cinema e
manutenção nos anos de 2017 e 2019.
___A Cinemateca possui uma sala moderna de projeção de
188 lugares, neste prédio será guardado toda a História do Cinema Gaúcho.
Cine Teatro Presidente – Igreja Evangélica
Em 2009, o prédio do Cine Teatro Presidente, na Avenida Benjamin Constant, bairro Floresta,
depois de fechado, foi locado montado para uma igreja evangélica, a fachada permaneceu.
Cine Ipanema – Fechado
Em 2009, do prédio do Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, em Ipanema, só existe a carcaça do prédio sem telhado.
Cine São João – Banco do Brasil
Em 2009, o Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, continuava montado, só faltava o
projetor, o saguão de entrada está locado para uma agência do Banco do Brasil.
Banco do Brasil – 2012
Guion Sol – Encerramento
Em junho de 2009, encerra as
atividades do Guion Sol, no Strip
Center na zona Sul da capital, depois de 12 anos de atividades.
Guion Arte
Em junho de 2009, inaugura o Guion Arte com a exposição “14 ANOS, 14 AMIGOS”, uma espaço para apoiar as artes visuais gaúcha, nacional
e internacional.
Guion – MeM'S®
Em Setembro
de 2009, no Cine AeroGuion a tradicional
combinação cinema e M&M’S® da Mars passa
a ter ainda mais cor e diversão em Porto Alegre, o AeroGuion, localizado dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho recebe a nova sala MeM'S®, o
melhor lugar para quem quer curtir um filme enquanto aproveita todo o ambiente
de cores e diversão que só os chocolates mais famosos do mundo poderiam
proporcionar.
Platéia
MM
Guion Center 1 e 3 – Reforma
Em outubro de 2009, dá início a
reforma do Guion Center 1 e 3, introduzindo um inédito espaço de 2 metros entre um espaldar e outro,
além de proporcionar a locação de pufes para o descanso dos pés e poltronas com
73 cm de largura.
CINEBANCÁRIOS
Rua General Câmara – Centro
Em 15 de Outubro de 2009, em teste desde 2008, inaugura o CineBancários na Rua General Câmara, n° 424, sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
___Sala
equipada com ambiente com ar climatizado, 81
poltronas, dois lugares para cadeirantes, projetor Multimídia com sistema Blue
Ray, projeção 35mm, som Dolby Digital 5.1, palco Multiuso. F 51-34331200
Platéia
2010
AeroGuion – Encerramento
Em 22 de julho de 2010, uma péssima notícia para os
cinéfilos de Porto Alegre.
___Depois de seis
anos mais uma sala de cinema é fechada em Porto Alegre o AeroGuion, cinema instalado no Aeroporto
Internacional Salgado Filho.
___O diretor dos
cinemas, Carlos Schmidt, diz que a Infraero não se interessou em renovar contrato, pois instalará
salas no local.
___O superintendente
da Infraero, Jorge Erdina,
ressalta que há uma necessidade de aumentar a área de check-in, canais de
inspeção e salas de embarque para a ampliação do aeroporto.
___Segundo Carlos
Schmidt, o contrato inicial previa cinco mais cinco anos.
"Cumprimos os cincos anos e depois, sob
pretexto de ampliação, renovamos para um ano, renovável por mais quatro. Em
dezembro, a gerência comercial nos alertou do término do contrato em 22 de
julho de 2010".
2011
Cine Coral – Prédio em Teatro
Em 14 de julho de 2011, conforme
noticiado, moradores de Porto Alegre organizam movimento para transformar o
antigo Cine Coral, na Avenida 24 de Outubro, em “teatro”. A luta para recuperar o
prédio do antigo cinema começou nas redes socias. (Globoplay -https://globoplay.globo.com).
Casa de Cinema
Em setembro de 2011, na Casa de Cinema de Porto Alegre houve uma nova alteração na composição.
Os quatro sócios atuais são Ana Luiza
Azevedo, Giba Assis Brasil, Jorge Furtado e Nora Goulart. Durante todos estes anos, a Casa de Cinema (1987) produziu dezenas de filmes e vídeos, além de
programas de televisão (especiais e séries), cursos de roteiro e de introdução
à realização cinematográfica, fóruns de debates e programas eleitorais para
televisão.
2012
Cine Teresópolis – Prédio
Em 2012, Cinema Teresópolis, na Avenida Teresópolis, nº 3235, funciona uma agência da Caixa Econômica Federal.
Cine Lido – Fechado
Em 2012, o Cine Lido, na Avenida
Borges de Medeiros, Centro, permanece fechado, mas montado,
aguardando a venda.
Cine Tamoio – Fechado
Desde 2012, no local do Cine Tamoio, na Avenida Cavalhada, nº
2129, Cavalhada, funcionou a "Churrascaria e Pizzaria Kasarão I", quem entra na churrascaria, logo nota
o cinema que ali havia. Os proprietários da churrascaria “projetavam imagens” de TV na antiga tela do cinema.
Cinema Estrela – Fechado
Em 2012, o prédio do Cinema Estrela, na Estrada do Forte, nº (?), na Vila Ipiranga, no prédio do Cinema Baluarte (1947), o prédio foi transformado em igreja
evangélica.
Cine-Art – Fechado
Em 2012, o prédio do Cine-Art, na
Praça Inácio A. da Silva, bairro Belém Novo, serve atualmente de moradia.
Cine Rivoli – Fechado
Em 2012, o Cine
Rivoli, na Rua
Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro,
tem em seu lugar a Garagem Ceres.
Cine Real – Fechado
Em 2012, o Cine
Real, na Avenida
Assis Brasil, em frente à Igreja Cristo
Redentor, foi transformado em um
“estacionamento”, depois de ter funcionado como Bingo na década de 1990, e muito tempo
fechado.
Cinema Cacique e Cine Scala – Fechado
Em 2012, após o incêndio em 1994, o térreo do prédio do Cinema Cacique na
Rua dos Andradas, foi utilizado como estacionamento e o piso superior do Cine
Scala, alugado para comércio.
Nota:
- O térreo do Cinema
Cacique foi transformado em
uma filial do supermercado Zaffari,
a sobre loja do Cine
Scala é um restaurante.
Cine Ipanema – Prédio Fechado
Em 2012, o prédio do Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, em Ipanema, permanece como testemunha da história de um tempo que vai
bem longe.
___Quem passa em
frente ao local, não imagina que ali já foi cenário não só de Glamour com as exibições noturnas, como também de diversão juvenil com as
matinés das tardes de domingo.
Prédio
Cine Ipanema – 2012
Prédio Preservado
Cine Coral 1 e 2 – Centro de Eventos Coral
Em 2012, o Cine
Coral 1 e 2, na Rua 24 de Outubro, nº (?), bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi montado o Centro
de Eventos Coral, depois de
2009 ser locado para ser Shopping de Fábrica.
2000
2012
Cinema Mônaco – Encerramento
Em 2012, o Cine Mônaco, na esquina da Rua Santo Antônio com a Avenida
Oswaldo Aranha, no local uma loja de colchões.
GNC CINEMAS 1, 2, 3, 4,
5, 6
Avenida Praia de Belas – Praia de Belas
Em maio de 2012, no início do mês a
rede GNC Cinemas inaugurou moderno espaço de
entretenimento no Praia de Belas Shopping (Avenida Praia de Belas, nº 1181 – bairro Praia de Belas), em Porto Alegre.
___O empreendimento
foi o primeiro shopping a contar com salas de exibição no Rio Grande do Sul,
mantendo uma parceria com a GNC Cinemas desde a inauguração, em 1991.
___Agora, com o novo
complexo instalado no 3º piso,
coloca à disposição do público as últimas tecnologias na área do
entretenimento.
Sala modelo All Stadium
GNC – Tecnologia de Ponta
___As seis salas de
exibição, sendo duas com "Tecnologia 3D", foram construídas no modelo “All Stadium” (platéia com inclinação) e telas “Perlux” (importadas da Inglaterra), que refletem a imagem com maior
luminosidade.
___As salas têm som
dolby digital com bi-amplificação e sistema de antenas para captação de sinal
exclusivo, permitindo a exibição de outros conteúdos ao vivo, como óperas,
shows e eventos esportivos, inclusive em formato 3D.
___No total, são 1.700 poltronas com design europeu e
assentos e braços mais largos que garantem o conforto dos espectadores.
___O complexo tem
cinco salas com 250 lugares e uma
maior, com capacidade para acomodar 450
pessoas.
___O novo espaço
ocupa uma área de 5 mil metros
quadrados e oferece serviços diferenciados ao público, como totens de autoatendimento
que permitem o pagamento dos ingressos com cartão de crédito/débito, e
bilheterias informatizadas para a venda de bilhetes com lugares numerados.
___Além disso, o
foyer possui uma ampla e confortável área com Bomboniers.
___O complexo ainda é
totalmente adaptado para pessoas com necessidades especiais.
Priscila Barreto Consultoria em
Comunicação
Comentários
- Conforme comentário
de Pablo em 24
de junho de 2012:
___Que tristeza ver
cinemas se transformando em estacionamentos… e aquela agência feia do Banrisul?
que tristeza!
- Conforme comentário
de Artur Elias em 24 de junho de 2012:
___Um dia – já há
mais de 10 anos – entrei de carro
numa garagem da Getúlio Vargas (Avenida) pra comer um açaí ali ao lado. Alguma
coisa no local, talvez a luminosidade azulada, me fez olhar à volta e pra cima.
Não sem espanto e uma ponta de dor, constatei que havia estacionado dentro do Marrocos – o cinema mais confortável de
Porto Alegre (do ponto de vista de espaço para esticar as pernas).
___Continuando nessa
linha triste-realista: - vamos combinar, a decadência dos cinemas caminhou
passo a passo com a decadência arquitetônica da cidade. Se nem todos os antigos
cinemas eram lindos, certamente quase todos os prédios que os substituíram são
muito feios. E isso é “normal”.
___Eu me pergunto: -
foram só os cinemas que decaíram? não teríamos, todos nós, entrado em
decadência estética? - que talvez vá muito mais longe e mais fundo do que
imaginamos, muito além da arquitetura de cinemas e casas de espetáculo?
___Aliás, é notável
como os cinemas de então eram MAIS parecidos com um teatro (por dentro,
especialmente) do que todos os teatros construídos/reformados em Porto Alegre
nos últimos 30 anos.
2013
Cinemateca Paulo Amorim – Morre Luiz
Carlos Pighini
Em
22 de janeiro de 2013,
morre Luiz Carlos Pighini,
ex-diretor da Cinemateca
Paulo Amorim – ele faleceu na noite
desta terça-feira, por problemas cardíacos (Zero Hora, Porto Alegre, 23 jan
2013).
2015
Cinema de Rua
Em 2015, 107 Anos
depois da inauguração da Sala Recreio Ideal (1908), “primeira
sala fixa”,
Porto Alegre possui cerca de 70 salas de
cinema, unindo tanto as localizadas em shoppings quanto os cinemas de rua.
Segundo a Agência Nacional do Cinema
(Ancine), em 2010 apenas 17% das salas de cinema do Brasil não
funcionavam em shoppings, diferente do início da história cinematográfica no
País, quando shoppings nem mesmo existiam. O fechamento dos cinemas de rua
iniciou na década
de 1970 com
a chegada da televisão, do VHS e o crescimento das metrópoles, que trouxe a
ocupação dos antigos cinemas por igrejas evangélicas e empresas privadas. A
partir de então, os filmes invadiram os canais televisivos e assistir uma
sessão, para alguns, não era mais motivo para sair de casa. Uma pesquisa
recente, do Datafolha, concluiu que a maioria da população brasileira prefere
assistir filmes em DVD e na TV aberta. Mas, ainda assim o público frequentador
de cinema não foi extinto. Após uma queda no consumo do produto, hoje é
possível notar uma volta do hábito de frequentar as clássicas sessões. Porto
Alegre é uma das cidades que mostra claramente este contexto. Alguns dos
tradicionais cinemas de rua seguem em atividade na capital. Cinebancários, Cinemateca Capitólio, Cinemateca
Paulo Amorim, Cine Santander, Sala P.F. Gastal e Sala Redenção, oferecem suas sessões com opções de dias e horários
variados. A maioria destas salas ficam localizadas nas casas culturais de Porto
Alegre. A professora de jornalismo e
pesquisadora de cinema, Gabriela Almeida,
pensa que o cinema de rua além de não ter um foco comercial como critério para
escolha dos filmes exibidos, traz um modo econômico para ida da família até as
sessões.
“Ir ao
cinema no shopping hoje é um programa muito caro, se a gente pensar em um
casal, por exemplo, pagando dois ingressos inteiros, mais pipoca e
refrigerante, já se gasta quase 100 reais”, declarou a professora. Leonardo Bonfim, que é responsável pela programação do Cinemateca Capitólio, também destacou o
cinema de rua como uma importante opção de consumo cultural com um baixo custo
para ser praticada. Leonardo relatou, ainda, que o público frequentador destes
espaços é bem variado, “tem desde quem é muito fã de cinema, vê todos os filmes, logo que
estreia já está presente na sessão e tem, também, o público convencional do
cinema, que é o público de final de semana, aquele que busca as opções de filme
no jornal e vai até uma das sessões para assistir”. O circuito cultural dos cinemas de rua porto
alegrense é de fácil acesso. As salas ficam próximas ao centro da cidade e
costumam ter um bom número de expectadores. Para quem procura assistir a um
filme e fugir um pouco do agito consumista dos shoppings.
Sala Eduardo Hirtz – Sala Norberto Lubisco – F35 mm
Em
26 de agosto de 2015, quarta-feira,
foi a última sessão de cinema em 35 mm.
O último filme projetado em 35 mm é A Estrada 47 (Vicente Ferraz, 2013,
BR-IT-PT) nas salas Eduardo Hirtz (23-29,
30 jul-5 ago) e Norberto
Lubisco (6-12, 13-19, 20-26 ago).
Cine Victória 1 e 2 – Encerramento
Em 2015, o Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, bairro Centro, fechou novamente suas portas.
Arcoplex Cinemas
Em
2015, a empresa Arcoplex Cinemas com sede em Porto Alegre, encerrou
o ano no oitavo lugar entre as maiores “redes de
cinema” do Brasil por número de salas (market share de 3,2%), perdendo
apenas para as redes Cinemark, Cinépolis, Grupo Severiano Ribeiro, Cine
Araújo, Cinesystem, UCI Cinemas e Moviecom, respectivamente. É uma empresa familiar e seu atual
presidente, Mário Luiz Santos, filho
do fundador Mario Pintado.
2016
CINE VICTÓRIA 1 e 2 – Reabertura
Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 2016, as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida
Borges de Medeiros, bairro Centro,
reabriu novamente.
2017
Cine Teatro Presidente – O que Tinha Ainda
Uma Época
___Enquanto as
máquinas não chegam, no prédio com tapumes, o interior escuro e abandonado do Cine Teatro
Presidente, na Avenida Benjamin
Constant, ainda
esconde mobiliário, equipamentos de projeção e até restos de película do tempo
em que exibia lançamentos de Hollywood,
peças teatrais do centro do país e shows que ajudaram a formatar a dramaturgia
e a música do Estado.
___Fechado, abrigava
moradores de rua e era alvo de furtos de materiais e cabos de energia.
___Apesar disso,
para surpresa dos empreendedores que compraram a área para construir um
edifício de uso residencial e profissional, o interior do Presidente preserva resquícios da era de ouro dos cinemas de rua na
Capital.
___Antigos
projetores estão no lugar e apontam para tela que não existe mais, há dois
projetores Gaumont-Kalee, mesmo que
avariados e cobertos por fezes de pombos, duas décadas depois de iluminarem uma
película pela última vez.
- Foi incrível descobrir que ainda estavam aqui. Queremos
recuperar pelo menos um deles para exibir como decoração - conta o sócio da
Incorporadora Wikihaus, Alexandre
Almeida.
___Restaram também
um quadro de Charles Chaplin que
provavelmente servia de inspiração aos operadores e, curiosamente, um mictório
- indício de que nem mesmo a vontade de ir ao banheiro podia interromper o
manejo das máquinas.
___No chão, foram
localizados pelo menos dois rolos deteriorados de filme. Um deles foi
identificado como o clássico western O
Dólar Furado, de 1965, mesma época em que a
meninada de Porto Alegre se reunia diante das portas acolchoadas de acesso à
plateia, que também resistiram ao tempo, para trocar gibis de Zorro e Tarzan antes do início das matinês.
___Pelos camarins
localizados no subsolo, onde pedaços de forro caídos no chão, passaram Lilian Lemmertz, Glória Menezes, Egberto
Gismonti, Fafá de Belém.
___Cazuza fez seu último show em Porto
Alegre no Presidente.
O Fim
___Se aproxima a
hora do Cine
Teatro Presidente sair de cena em
definitivo e levar consigo para a posteridade os últimos resquícios do tempo em
que vivia na ribalta:
Ser
apenas uma Fachada.
Cine Teatro Presidente – Sua Fachada Pastilhada
Em 2017, quando o prédio do antigo Cine Teatro
Presidente, na Avenida Benjamin Constant, foi cercado por
tapumes.
___Uma pichação em
tom de desabafo chamou a atenção dos investidores do empreendimento prestes a
ser erguido no local.
— Alguém escreveu no
tapume:
"Deixem o Patrimônio Histórico em Paz!"
___Os empreendedores
viram que tinha gente que pensava que o prédio ia abaixo — recorda Enio Pricladnitzki, sócio-diretor da Wikihaus Inc.
___Ao contrário de
outras edificações antigas da Capital, o edifício histórico não corria risco de
ser demolido. É considerado patrimônio histórico pela Prefeitura.
2018
Cine Victória 1 e 2 – Encerramento
Em
28 novembro de 2018,
as salas de Cine
Victória 1 e 2, na Avenida Borges de Medeiros, bairro Centro,
n° 441, depois de atravessar décadas
e diferentes momentos do mercado cinematográfico, as salas deixaram de funcionar.
Com o valor do ingresso alto, acima dos R$
30,00 o cinema acabou virando uma espécie de “Luxo”
na rotina de quem pode pagar, limitando seu público.
2019
Prédio Preservado
Cine Teatro Presidente – Fachada Preservada
Em 15 de abril de 2019, em matéria da RBS, por Bruna Vargas, foi anunciado o empreendimento em construção no local
do ex-Cine
Teatro Presidente, na zona Norte de Porto Alegre, que deve ser
concluído no segundo semestre deste ano. O lugar padecia em situação degradante
até ser assumido pela incorporadora, que se apressou em esclarecer o
mal-entendido, afixando uma placa na fachada onde esclarecia que, na verdade,
ela passaria por uma restauração — um novo empreendimento seria construído
dentro do antigo imóvel. Os tapumes pichados foram substituídos por outros,
imaculados até o dia em que a reportagem visitou o local. Literalmente caindo
aos pedaços, a fachada colorida de um dos mais emblemáticos cinemas de rua de
Porto Alegre passou por processo de recuperação minucioso. Sem condições de
aproveitar o material original, os empreendedores fotografaram a estrutura e
enviaram a imagem digitalizada para uma empresa de São Paulo que ficou
responsável por reproduzir 600 mil
pastilhas idênticas às que costumavam adornar o exterior do local. As novas
foram agrupadas em pequenas placas e enviadas à Capital com as indicações para
a sua instalação.
Fachada
do antigo Presidente recebeu mais de 600 mil pastilhas coloridas
Omar
Freitas / Agencia RBS
___O que se seguiu
foi uma espécie de batalha naval ao contrário: - durante dois meses, operários
montaram os quebra-cabeças baseados em coordenadas. A principal diferença entre
o processo que se deu no edifício da década de 1950 e
o jogo famoso foi o resultado, que, em vez de submergir, trouxe à tona um
pedaço da história de Porto Alegre fadado a perder-se no tempo. O
empreendimento comercial na parte interna do terreno, foi feito para não ser
visto, conforme o engenheiro Alexandre
Almeida. Atrás da fachada repaginada do Cine Teatro Presidente encontra-se em fase final o empreendimento de mesmo
nome que deve ser concluído até setembro/2019.
Cine Teatro Presidente – Prédio Novo dentro do Antigo
___O prédio, com 58 apartamentos e um total de 13 pavimentos, será um “coliving”, um tipo de moradia com dimensões
modestas — cada unidade tem em torno de 35
metros quadrados — e foco nas áreas compartilhadas.
Coworking
– churrasqueira, lavanderia, academia, horta e bicicletas compartilhadas
Omar
Freitas / Agencia RBS
___Para realizar a
obra no imóvel inventariado, a Wikihaus
teve de atender algumas exigências específicas da Prefeitura, entre elas
preservar sua proporção e recuar em 10 metros
a nova construção, de modo que não atrapalhasse a vista do edifício protegido.
É preciso atravessar a rua para enxergar o prédio novo, cuja construção
transformou o empreendimento Cine Teatro Presidente em
objeto de estudos acadêmicos.
Construção
fica atrás da antiga fachada, Omar Freitas / Agencia RBS
Cine Teatro Presidente – Obras
___Sem ter como
acessar a área com caminhões e máquinas de grande porte, como ocorreria em uma
obra feita em terreno vazio — o Presidente
ocupa 100% da área —, o processo de
demolição teve de ser adaptado. Levou cerca de um ano, entre espaços que
tiveram de ser quebrados à mão e outros que contaram com o auxílio de guindaste
(como o telhado, que exigiu o içamento de uma máquina pela Avenida Benjamin Constant). Durante três meses, a obra foi
paralisada para a retirada de vigas que impediam o prédio de subir. Para
facilitar o acesso ao local e diminuir os transtornos na avenida, os
empreendedores alugaram um terreno localizado atrás do prédio antigo. A obra
iniciada há dois anos consistiu em, basicamente, implantar o novo dentro do
antigo. O pé direito imponente do cine teatro permitiu que a área fosse
dividida em cinco pavimentos, três deles destinados a vagas de estacionamento —
o térreo terá duas lojas, e o quinto andar algumas unidades dos apartamentos. Quem
deixar o carro no segundo pavimento deve deparar com a linha em diagonal da
plateia de onde se viu, entre outros famosos, o “último
show” de Cazuza na Capital. Na
parte interior do empreendimento serão poucos os vestígios do cinema
abandonado. Duas cadeiras e um projetor passaram por restauração e devem ficar
expostos no hall de entrada. Um par de ganchos cuja função é um mistério junto
à área que agora leva uma piscina também foram mantidos.
Cine Teatro Presidente – Wikihaus e Comunidade
___O Cine Teatro
Presidente é o primeiro projeto da Wikihaus com “conceito
retrofit”, como é chamada a modernização de prédios antigos.
Para concebê-lo, a incorporadora realizou dois workshops: um deles voltado ao
público-alvo do empreendimento — jovens entre 20 e 30 anos — e outro com
influenciadores. Todos conheceram um projeto prévio e deram opiniões sobre ele.
Os palpites foram desde a infraestrutura do coliving — que deverá contar com “coworking,
churrasqueira, lavanderia, academia, horta e bicicletas” compartilhadas,
entre outras áreas comuns — até a relação do prédio com o entorno. A
expectativa era de que o lugar abandonado, que teve fios elétricos e outros
objetos saqueados, e onde dormiam pessoas em situação de rua, voltasse a trazer
movimento e, consequentemente, segurança para a região. Conforme os
empreendedores, várias das sugestões foram levadas em consideração. Nem todas,
no entanto, mostraram-se viáveis da forma como alguns dos entrevistados
sonhavam. As pessoas queriam uma área verde. Era impraticável, porque o prédio
ocupa 100% do terreno e tínhamos de
manter a estrutura. No fim, foi utilizado parte do recuo e feito um terraço
gramado.
Sala Eduardo Hirtz – Reformas
Em 17 de abril de 2019, a Sala
Eduardo Hirtz, da Casa de
Cultura Mario Quintana, passou por três meses de reformas. A modernização
foi uma obra realizada pela Associação
dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim, com patrocínio do Banrisul, Icatu Seguros e Rio Grande
Seguros por meio da Lei Rouanet
do Ministério da Cidadania, e inclui
projeção digital, poltronas e revestimentos novos e um sistema de
ar-condicionado moderno. Também foram refeitas a sonorização e a parte elétrica
da sala, além de adequação às normas de PPCI.
Sala Eduardo Hirtz – Reabertura
Em 17 de abril de 2019, a nova Sala
Eduardo Hirtz, na Travessa dos Cataventos, da Casa de Cultura Mario Quintana, reabriu
ao público totalmente revitalizada, na sua terceira reinauguração.
2020
Pandemia de Covid-19
___Salas da CCMQ fechadas: 15
mar 2020 a 26 maio 2021
Tinham acabado de
estrear Fim de Festa (Hilton
Lacerda) em 05 de março, e Disforia (Lucas Cassales) em 12 de março.
Em
15 de março de 2020,
domingo, as atividades são suspensas atendendo a recomendação da Prefeitura de
Porto Alegre e do Decreto Estadual 55.115/2020,
da Secretaria de Educação do RS. O
cartazes destes dois filmes e seus simbólicos títulos ficaram expostos nas
vitrines durante 14 meses.
CINE DRIVE-IN
Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas
Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana
Em 09 de julho de 2020, conforme o jornal
Vale Notícias:
“O
Cine
Drive-In, Avenida Edvaldo Pereira Paiva, n°
1505, na Praia de Belas, primeiro drive-in
aberto desde que o formato estreou na Capital, há 50 anos, começa a funcionar no dia 11 de junho, quinta-feira (feriado de Corpus Christi), no
estacionamento da ADVB-RS, à beira
do Lago Guaíba, um dos mais
tradicionais cartões-postais da cidade”. Durante dez dias consecutivos, com
duas sessões por dia, serão exibidos filmes adultos e infantis, como “Meia-noite em Paris” e “Turma da Mônica”.
___A
iniciativa é das empresas de entretenimento Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana, com o apoio da ADVB-RS.
O Cine
Drive-In
contará
com uma estrutura ampla, de 10 mil
metros quadrados, com capacidade entre 60
e 100 carros – respeitando a
distância regulamentar em tempos pandêmicos indicada pelos órgãos de saúde, de 2 metros entre os veículos. Para
garantir o conforto e visibilidade dos espectadores, a tela tem aproximadamente
150 metros quadrados e o áudio será
sincronizado pelo rádio dos automóveis.
___Conforme
João Victor Castiel, diretor Comercial da Mezanino Produções e da Voga,
o modelo oferecido à plateia porto-alegrense é o tradicional, muito comum nos
Estados Unidos nas décadas de 1970, 1980 e 1990, mas com um toque
contemporâneo. “Acreditamos
muito que a experiência de conseguir assistir no meio de uma pandemia filmes
que têm valor afetivo faz as pessoas enxergarem o valor do entretenimento. Elas
praticamente não podem frequentar espaços públicos, então o espaço preenche
essa lacuna. O drive-in permite que a pessoa vá com algum amigo, companheiro ou
companheira, com família, viver uma experiência que mostra o cinema de outra
maneira, de uma forma vintage e contemporânea ao mesmo tempo. É um entretenimento
seguro. Poeticamente, é uma maneira das pessoas se sentirem livres no meio de
uma ‘obrigação’ de se sentirem ‘presas’”, explica.
Cine Drive-In – Curadoria
___A
escolha das películas, clássicos a partir dos anos 1960 e que vão até o
final dos anos 2000, ficou sob os
cuidados da Lora, com critérios
baseados na afetividade que os espectadores têm pelas obras. “A proposta central é expandir a
exibição cinematográfica para novos ambientes, ressignificando a experiência do
espectador e apresentando uma nova perspectiva de imersão pela janela da tela
grande”,
explica Manu Fetter, curadora da Lora e responsável pela escolha dos
títulos do drive-in.
___Sobre
a segurança do local, de acordo com o produtor da Gana, Giovani Bonin-Barbieri,
haverá funcionários protegidos e que irão orientar e garantir a segurança da
plateia. “Estamos prestando
bastante atenção na questão sanitária, pedindo que ninguém saia do carro, a não
ser para ir ao banheiro. Vamos ter uma equipe que vai coordenar tudo isso e
inclusive evitar aglomeração”.
___O
Cine
Drive-in
conta
com a apresentação da JOG Engenharia
e apoio da Panfácil, Leroy/Nhock, Uniagro, Fida e Estaq. O
projeto do espaço é da Gana, que
desenvolveu também o design de entretenimento e direção cenográfica.
Cine Drive-In – *Programação (sujeita
a alterações)
11 de junho (quinta-feira), 19h – Meia-noite
em Paris (2011)
11 de junho (quinta-feira), 22h – A Bela da
Tarde (1967)
12 de junho (sexta-feira) – 19h – La La Land:
Cantando Estações (2016)
12 de junho (sexta-feira) – 22h – A Primeira
Noite de um Homem (1967)
13 de junho (sábado) – 18h30 – Turma da
Mônica: Laços (2019)
13 de junho (sábado) – 21h30 – Bacurau (2019)
14 de junho (domingo) – 18h30 – Detetives do
Prédio Azul (D.P.A.) – O Filme (2017)
14 de junho (domingo) – 21h30 – Que Horas Ela
Volta? (2015)
*A programação após dia 14 será divulgada no
Instagram e Facebook de O Cine Drive-in
Cine Drive-In – Serviço
O que: O Cine Drive-In | Porto Alegre
Quando: De 11 a 21 de junho, com possibilidade de
prorrogação
Horário: Conforme programação acima, no Instagram e
Facebook de O Cine Drive-In e site de ingressos Uhuu!
Onde: Estacionamento da ADVB-RS (Av. Edvaldo Pereira
Paiva, 1505, bairro Praia de Belas, Porto Alegre)
Preço: No ingresso inteiro, o primeiro lote custa R$
80,00. O segundo lote R$ 100,00 e o terceiro lote R$ 120,00
Quem
optar pela categoria ingresso solidário deve levar 1 (um) quilo de alimento
não-perecível por carro, que será doado para uma iniciativa da Campanha do
Agasalho do RS. O primeiro lote custa R$ 65,00, o segundo lote R$ 80,00 e o
terceiro lote R$ 100,00
Nos
casos de meia-entrada, destinada a estudantes e maiores de 60 anos, o primeiro
lote custa R$ 40,00, o segundo lote R$ 50,00 e o terceiro lote R$ 60,00. Quem
optar por esta categoria deverá apresentar no momento do check-in carteira de
identidade, no caso de ser maior de 60 anos, e carteirinha de estudante, no
caso de ser estudante
O
valor é cobrado por veículo. Recomenda-se, para perfeita visualização do filme,
duas pessoas por carro (motorista e passageiro), mas a decisão fica à critério
dos espectadores
Bilheteria: Os ingressos estão à venda
online, no site da Uhuu! Também podem ser adquiridos na bilheteria física, na
sede da ADVB-RS (Rua Edvaldo Pereira Paiva, 1000), de segunda à sexta, das 14h
às 18h
Formas de pagamento: Cartão de crédito
e débito de todas as bandeiras e boleto bancário, na forma online. Por dinheiro
e cartão de crédito na bilheteria física
Segurança: O local contará com uma equipe de funcionários
para garantir a segurança da plateia. Um FAQ com respostas para dúvidas estará
disponível no Instagram e Facebook de O Cine Drive-in
Saúde: Todos os funcionários de O Cine Drive-in usarão
equipamentos de proteção, como máscaras e álcool em gel. Também será fornecido
álcool em gel para o público nos banheiros. É obrigatório que os espectadores
usem máscaras durante toda a sessão e só saiam dos carros para ir aos banheiros
Bar: No bar, todos os funcionários estarão de luvas e
máscaras, garantindo a segurança e higiene no manuseio de alimentos e bebidas.
A plateia é proibida de sair do carro enquanto estiver no evento, sendo
permitida a saída somente para ir ao banheiro, de acordo com licenciamento
concedido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre ao O Cine Drive-In.
A
comida e a bebida serão preparadas pela Mule Bule. O pedido será feito por
whatsapp e/ou com garçons devidamente paramentados com EPI’s. No cardápio,
constam hot-dog a R$ 10,00, mini churros a R$ 10,00, sanduíche vegetariano a R$
10,00, pipoca a R$ 8,00, refrigerante a R$ 6,00 e água a R$ 5,00
Banheiros: Haverá 4 banheiros químicos na área externa, sendo
dois deles adaptados para pessoas com deficiência. A higienização de ambos será
feita imediatamente após o uso do público
Classificação indicativa: Funcionará como
em uma sala de cinema fechada, tradicional. Os títulos com classificação livre
podem ser vistos por adultos e crianças. Os que não forem, os pais devem se
responsabilizar pelo menor, que deve sempre estar acompanhado de um adulto
Informações gerais: No Instagram e
Facebook de O Cine Drive-in. Também podem ser conferidas no site da Uhuu!
*Em
caso de chuva, as sessões do dia serão transferidas 24 horas antes, com
informações postadas no Instagram e no Facebook de O Cine Drive-In. Os
espectadores que tiverem adquirido seus ingressos antecipadamente serão
avisados pelo telefone e/ou e-mail cadastrado na plataforma Uhuu! – A
programação também será postada no Instagram e Facebook e site da Uhuu!
*Os
títulos são legendados em sua maioria. Em caso de filme nacional, não haverá
legenda.
2021
Cinemateca Paulo Amorim – Reaberta
Em
27 de maio de 2021,
quinta-feira, a Cinemateca
Paulo Amorim volta a receber o
público respeitando os “protocolos de higiene impostos
devido à Pandemia”: - redução nos horários das sessões; distanciamento
entre os frequentadores na compra de ingressos; poltronas separadas dentro da
sala de cinema; limite de ocupação de 40%
dos espectadores; disponibilidade de totens com álcool gel nos saguões e
banheiros. A reabertura conta com as estreias brasileiras de Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou (Bárbara Paz) e Legado
Italiano (Marcia Monteiro) na Paulo Amorim, às 15h e 18h30, e Raia 4 (Emiliano Cunha) e Alvorada (Anna Muylaert, Lô Politi) na Eduardo Hirtz,
às 15h30 e 19h.
Nota:
-
No período de paralisação, as três salas da CCMQ passaram por ajustes e adequações ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI).
2022
Ingressos Impresso em Gráfica – O Adeus
A
partir de 29 de abril de 2022,
sexta-feira, a bilheteria única para as três salas da CCMQ passa a ser informatizada.
Sala Norberto Lubisco – Reaberta
Em
05 de maio de 2022,
quinta-feira, a Sala
Norberto Lubisco da CCMQ reabre, depois de ficar fechada mais um ano em relação
as outras.
Sala Paulo Amorim – Reforma
Em
27 de outubro de 2022,
a Sala Paulo
Amorim da CCMQ, fecha
para período de reforma completa.
2023
Sala Eduardo Hirtz – Reforma
Em
24 de março de 2023,
houve a troca por tela plana na Sala Eduardo Hirtz.
Sala Paulo Amorim – Reinaugurada
Em 08 de março de 2023, depois de meses
de reformas, a Sala Paulo Amorim, na Travessa
dos Cataventos, com 146
lugares reabriu, na sua terceira inauguração, com várias melhorias: - reformulação
de todo o sistema elétrico da sala, troca dos carpetes, substituição da antiga
tela de projeção, aquisição de um novo equipamento de projeção digital e
atualização do sistema de sonorização. Também houve a substituição integral do
sistema de ar-condicionado. A reforma da Sala
Paulo Amorim foi realizada com recursos do programa Avançar na Cultura, do governo do RS, e também da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei
Rouanet), por meio de um projeto apresentado pela Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim (AACPA). As
empresas patrocinadoras são Gerdau, Icatu Seguros, Rio Grande Seguros, Banrisul
e Vero.
___Nesta
quarta-feira, 19h, com a pré-estreia
reabre em sessão para convidados A
Primeira Morte de Joana (Cristiane Oliveira, 2021, BR), inaugurando as
atividades do Mês da Mulher da
SEDAC. O pesquisador Glênio Póvoas,
atual presidente da Associação dos
Amigos da Cinemateca Paulo Amorim, salienta a importância das reformas: "A modernização das salas da Cinemateca Paulo Amorim é
fundamental para a difusão e preservação de um cinema voltado ao circuito de
arte e à produção brasileira e gaúcha, em particular. Só podemos agradecer o
apoio dos patrocinadores que estão conosco neste momento tão importante".
A secretária da Cultura, Beatriz Araujo,
destaca a importância desta parceria. "A
revitalização da Cinemateca Paulo Amorim é um bom exemplo de como a união entre
empresas privadas, organizações não-governamentais e Estado contribui para a
qualificação dos nossos espaços culturais".
___A noite contou
com a presença da secretária de Cultura Beatriz
Araujo, da diretora de Economia Criativa Ana Fagundes, dos ex-diretores do IECINE Ivo Czamanski, Liege Nardi,
Luiz Alberto Cassol e da atual
diretora Sofia Ferreira, da diretora
do MAC-RS Adriana Bof, da diretora
do Instituto Estadual de Música Adriana
Sperandir, das diretorias da AACPA e do Clube de Cinema de Porto Alegre
assim como de diversos cineastas e críticos, entre eles Fati Lunardelli, Ana Luiza
Azevedo, Otto Guerra, Gustavo Spolidoro, e parte da equipe de
“A Primeira morte de Joana”, de Okna Produções, que participou de um
bate-papo após a exibição: Aletéia
Selonk, Graziella Ferst, Gina O'Donnell, Bruno Polidoro, Lucas Heitor,
Adriana Nascimento Borba, Tula Anagnostopoulos, Marlise Aude, com mediação da
programadora Mônica Kanitz.
Sala Paulo Amorim – Programação
Em
09 de março de 2023,
no dia seguinte, a Sala Paulo Amorim recomeça
sua programação regular com Close
(Lukas Dhont, 2022, BE-FR-NL) e duas estreias, A Porta ao lado (Júlia Rezende, 2022, BR) e Belchior – Apenas um coração selvagem (Natália Dias, Camilo
Cavalcanti, 2022, BR), sendo este último uma proposta da Associação dos Amigos de lançar em sala este documentário destinado
ao streaming. No saguão, uma mostra de cartazes do arquivo da Cinemateca para homenagear Diretoras do
Cinema Gaúcho: O Cárcere e a rua
(Liliana Sulzbach, 2004), Walachai
(Rejane Zilles, 2009), Mulher do pai
(Cristiane Oliveira, 2016), Aos olhos de
Ernesto (Ana Luiza Azevedo, 2019), A
Nuvem rosa (Iuli Gerbase, 2021), Verona (Ane Siderman, 2021) e A Primeira morte de Joana (Cristiane
Oliveira, 2021).
Sala Norberto Lubisco – Reforma
Em 2023, a Sala Norberto Lubisco, da Casa de
Cultura Mario Quintana, na Travessa dos Cataventos teve a substituição
integral do sistema de ar-condicionado.
Cine Victória 1 e 2 – Reforma e Reestruturação
___Inaugurado em 1940 como Vera Cruz Cine Theatro, um dos “cinemas de rua” mais antigos de Porto Alegre, com
mais de 80 Anos, o Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, inicia uma reforma e reestruturação e será reaberto no mesmo
endereço, no Centro Histórico. Com
nova administração, o espaço passará a se chamar Cult Cinemas Victória. A reforma
teve início em uma das 2 salas onde
serão projetados os filmes. A Cult
Cinemas estará adicionando a modernidade e a qualidade de suas salas, que
incluem sistemas de exibição modernos, com projetores digitais, sistemas de som
Dolby 7.1 e exibição de grandes
lançamentos do cinema nacional e internacional, incluindo as versões em 3D.
Cine Cult – Proposta das Empresárias
___A Rede tem a
proposta de democratizar o acesso às produções cinematográficas. O aditivo da
modernidade deve ser acompanhado da manutenção da tradição deste cinema
popular, com preços acessíveis para cobrir a demanda da população que mora ou
transita pelo centro de Porto Alegre. A proposta casa também perfeitamente com
a reforma e revitalização do centro de Porto Alegre. Estaremos também abrindo
uma loja especial de “bomboniere” junto à Galeria Cine Victoria (sala 6), ao lado
das entradas das salas. Estaremos trazendo aquela “pipoca
de cinema” para o centro de Porto Alegre, além de muitas opções de
baldes de “filmes temáticos, doces, balas, café” e
outras novidades. A reinauguração está marcada para julho. Convidamos a todos
para seguir nossas páginas do Instagram (@cult.victoria) e Facebook (Cult
Cinemas Victoria) para acompanhar as novidades e atualizações das reformas.
CULT CINEMAS VICTÓRIA 1 e 2
Avenida Borges de Medeiros, 441 – Centro
Cristiane Brandolt & Diulia Rauber
Em
19 de julho de 2023,
foram inauguradas as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, no Centro
Histórico, fechou novamente. Administrado pela Rede Cult Cinemas, com unidades nas cidades de Alegrete, Ijuí e
Santiago. Cristiane de Souza Brandolt,
sócia administradora, largou a carreira de engenheira metalúrgica para abrir
cinemas.
Cine Cult – Valor Ingresso
___Na retomada do
espaço, o cinema terá ingressos com preços populares, sendo R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia. Na programação, o foco
serão os “blockbusters”.
Cine Cult – Funcionamento Sala 1
___Inicialmente
apenas uma das duas salas estará em funcionamento, a Sala 1 em atividade tem espaço para 190 pessoas.
Cine Cult – Sala 2
___A Sala 2 deverá estar em funcionamento
dentro de seis meses, para 150 pessoas.
Cine Cult – Coquetel
Em
22 de julho de 2023,
sábado, as empresárias Cristiane de
Souza Brandolt e Diulia Rauber
realizaram um coquetel para apresentar a nova proposta para o espaço, uma
parceria entre a Cult Cinemas com o Edifício Vera Cruz, proprietário da
marca Cine Victória,
que foi realizado no saguão para comemorar a abertura da nova casa de exibição.
Cine Cult – Comentários do Evento Inaugural
___O evento reuniu
representantes de vários segmentos sociais ligados à cultura que valorizaram a
nostálgica tradição das históricas salas de calçada. “Este
é um espaço de referência antiga para o Rio Grande do Sul, no centro da capital
gaúcha, que começa a instigar a memória para lembrar momentos. Como é
importante o cinema, a cultura, a possibilidade de pessoas mais simples terem
acesso às manifestações culturais", reforça o ex-prefeito de Porto
Alegre e ex-governador do Estado Olívio
Dutra. Para Olívio, o Cine Victória tem uma importância enorme ao estímulo à reflexão, no
pensar, no conhecer outras culturas, outras realidades. "Que bom que nós podemos ter de volta um cinema de rua. Uma
iniciativa que deve ser incentivada pelo governo nas três esferas, municipal,
estadual e federal, para garantir que tenha permanência e conteúdo.”
O
ex-governador Olívio Dutra recordou que frequentava o Cine Victória desde que
chegou a Porto Alegre / Vini Angeli/Divulgação
___A coordenadora do
Escritório Estadual do Ministério da
Cultura, Mari Martinez, reforçou
a importância simbólica da reabertura do Cine Victoria. “Um cinema
de bairro, um cinema do centro da cidade histórica e agora sendo reaberto neste
mesmo momento que tivemos essa retomada das políticas culturais, desse olhar
estratégico pro audiovisual como setor de desenvolvimento econômico social e,
também trazer qualidade de vida para que as pessoas tenham acesso à
cultura." Segundo ela, o Ministério
da Cultura e a Secretaria do
Audiovisual estão trabalhando para trazer de forma descentralizada o acesso
à cultura. "Um exemplo, é a Lei Paulo Gustavo que
destinou R$ 195 milhões para o estado, grande parte deste recurso que vai para todos
os municípios é para abertura de salas de cinema e outra substancial para
produções audiovisuais. Estamos vivenciando uma verdadeira primavera da cultura
e do audiovisual brasileiro, com produções e salas abrindo como pontos de cultura,
pontos de memória em todos os municípios”, afirmou.
A
coordenadora do MinC RS, Mari Martinez, reforçou a importância
simbólica da reabertura do Cine Victória / Vini Angeli/Divulgação
___Conforme destacou
a secretária de Cultura do Rio Grande do Sul, Beatriz Araújo, o Executivo estadual tem investido no Centro Histórico da capital
especialmente nas instituições ligadas à cultura. “E
no momento em que a gente percebe que o empreendimento também na área privada
acontece voltado à fruição da arte, como um cinema de calçada, um cinema que
está sendo devolvido para a sociedade, para a comunidade a gente fica muito
feliz. Nós acreditamos fortemente que a cultura na capital gaúcha transforma a
cidade. Porto Alegre pode ser a capital da cultura”, avalia Beatriz.
"Nós
acreditamos fortemente que a cultura na capital gaúcha transforma a cidade;
Porto Alegre pode ser a capital da cultura”, avalia Beatriz / Vini
Angeli/Divulgação
___Na avaliação da
secretária, Porto Alegre tem tantos equipamentos “bacanas”
que funcionam e funcionam muito bem. “Agora a
gente percebe que o centro histórico passa a ser povoado com essas iniciativas
que até um determinado momento eram isoladas, mas que aí tu percebe que é um
conjunto de ações que faz com que as pessoas circulem pelo centro histórico nos
finais de semana também”, pontua Beatriz.
“Em um
país que nós sabemos não trata a cultura com a dimensão e a relevância que
deveria ter historicamente, a abertura desse espaço é significativo. Quando nós
testemunhamos a abertura de um espaço cultural, seja qual for, mas em especial
uma sala de cinema como essa, com tanta tradição, com tanto significado, com
tanta história, isso deve receber de todos nós o aplauso entusiasmado e o apoio
indispensável para que tenha êxito”,
destacou o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Augusto Schirmer, que representou
o prefeito Sebastião Mello (MDB). Em
sua fala, destacou as ações culturais que estão sendo feitas pelo Executivo
municipal.
Diretor
de cinema Henrique Freitas / Vini Angeli/ Divulgação
___O diretor de
cinema Henrique Freitas de Lima
destacou a trajetória do cineasta, fotógrafo e jornalista Ivo Czamanski, falecido: - “Perdemos um
grande personagem, mas tenho certeza que ele está aqui conosco comemorando a reabertura
desse espaço”, afirmou. Henrique
ressaltou a importância do Cine Victória para
a cultura do Rio Grande do Sul. “É nesse cinema, na
época com mil lugares, que Vítor Matheus
Peixeira pagava seus filmes. O Teixerinha botava 600 mil pessoas no auditório”,
relembrou o cineasta.
Cinemas de Calçada
Em
2023, o Cult Cinemas
Victória vem se somar com os outros “cinemas de calçada” da capital gaúcha Porto Alegre. Estes
espaços exibem filmes fora do circuito comercial, com foco em filmes
independentes, estrangeiros, e clássicos, atraindo um público que busca
experiências cinematográficas mais diversas.
Cinema Alternativo
___Em busca de
destacar algo diferente, os chamados “cinemas
alternativos” de Porto Alegre reúnem o que há de melhor na produção
independente e evocam uma atmosfera intimista e original. Querer fugir da
rotina e encarar produções inovadoras, as 6
salas de cinema nada convencionais para você fugir do “mainstream!” - Opções de “Cinema de Rua” em
Porto Alegre:
1.CineBancários
___Um dos locais de “cinema alternativo” de Porto Alegre. Inaugurado em outubro de 2008, o CineBancários é uma iniciativa do Sindicato
dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e tem o intuito de
valorizar a produção cinematográfica do Rio Grande do Sul, do Brasil e do
Mercosul. Sua programação prevê ciclos e mostras de curtas e longas metragens,
dispondo um espaço para debates sobre grandes temas da humanidade, a partir da
criação audiovisual. O espaço foi construído com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Petrobras e do Banrisul. Está localizado na Rua da Ladeira (Rua Gal. Câmara), entre o Theatro São Pedro e o Museu
de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), é composto por um sala moderna, com “equipamentos de som e imagem” (projeção 35mm), ambiente climatizado e
capacidade de 83 pessoas, com assentos
acessíveis. Mais informações:
CineBancários
Rua
General Câmara, 424 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)
Terças
a domingos, com sessões às 15h, 17h e 19h
R$10
inteira | R$5 meia-entrada (Confira a programação completa no site do
CineBancários)
2.Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ)
___Um centro
cultural que possui 3 salas de
cinema, que por vezes exibem filmes alternativos. Sua história começa em 1980, com a compra do antigo Hotel Majestic pelo governo do Estado e sua classificação como
patrimônio histórico. A transformação em Casa
de Cultura – e o batismo com o nome do mais célebre morador do hotel, o
memorável poeta gaúcho Mário Quintana
– foi finalizada em 1990, quando o espaço foi
aberto ao público. A efetivação do espaço cultural previu, além de biblioteca,
museu e teatro, três salas de cinema, que homenageiam grandes nomes do cinema
gaúcho e mundial: - Sala Norberto Lubisco (1947-1993),
Sala Paulo
Amorim (1930-1986) e Sala Eduardo Hirtz (1878-1951). Com capacidade aproximada de 80 lugares, todas as salas contam com “climatização”, som Dolby Stereo e dois projetores Bauer-8
35mm. A programação privilegia obras independentes e alternativas, do cinema
nacional e internacional. Mais informações:
Casa
de Cultura Mário Quintana – Salas de cinema
Rua
dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)
Terças
a domingos, com sessões em horários variados
R$12
terças, quartas e quintas | R$14 de sexta a domingo e feriados | Meia-entrada
para estudantes, idosos e clientes Banrisul (Confira a programação completa no
site da CCMQ)
3.Cine Santander
___Um espaço que
também se dedica a uma programação alternativa em Porto Alegre. Estes locais
são ótimas opções para quem procura uma experiência cinematográfica fora do
circuito de grandes shoppings e que buscam um contato maior com a cultura
local. Um prédio de aproximadamente 5.600
m², tombado pelo Patrimônio
Histórico Estadual. O que hoje é um centro cultural, já serviu de sede para
os bancos da Província, Nacional do Comércio, Sul Brasileiro e Meridional. O Santander Cultural é um ponto icônico da capital
voltado especialmente à arte moderna e contemporânea. Já recebeu obras de
artistas como Miró, Picasso, Miguel Rio Branco, Vik Muniz
e Vasco Prado. Além de espaço para
exposições e shows musicais, o que muitas gente não sabe é que o Santander Cultural dispõe de uma sala de cinema, o Cine Santander. Sua intenção ser
referência no circuito artístico, destacando produções do cinema brasileiro e
mundial, com ênfase em mostras, festivais e sessões comentadas, com a presença
de elenco e realizadores. Com 85 lugares,
a sala é “climatizada” e conta com “equipamento moderno de áudio e vídeo”. Mais
informações:
Cine
Santander – Santander Cultural
Rua
Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)
Terças
a domingos, com sessões em horários variados
R$10
para todas as sessões (Confira a programação completa no site do Santander
Cultural)
4.Cinemateca Capitólio
___Um centro
histórico que abriga o cinema, prédio projetado pelo engenheiro Domingos Rocco e inaugurado em 1928. Da restauração do antigo Cine-Theatro Capitólio, nasceu o
projeto da Cinemateca
Capitólio, espaço cultural ligado à Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e inaugurado em março de 2015. Além da restauração de uma das salas de
cinema mais luxuosas da capital, a intenção era a preservar, armazenar e difundir
a memória do cinema gaúcho. E está dando muito certo! - Atualmente, o local é
amplamente frequentado e cenário de diversas mostras e festivais que enfatizam
produções locais e mundiais, com foco independente. A sala de exibição mantém
as características originais do espaço, preservando o amplo pé direito e a
arquitetura da tela. Conta com capacidade para 164 espectadores (além assentos acessíveis) e com cabine de
projeção equipada com dois projetores
35mm e projeções digitais em 2K.
Mais informações:
Cinemateca
Capitólio
Rua
Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)
Terças
a domingos, com sessões em horários variados
R$16
para sessões comerciais | R$10 para demais sessões | Meia-entrada para idosos e
estudantes (Confira a programação completa no site da Cinemateca Capitólio)
5.Sala Redenção
___Inaugurada em 1987, a Sala Redenção de “cinema universitário” se propõe a resgatar os
grandes clássicos do cinema mundial, exibir produções realizadas em diferentes
países, além de reservar um espaço significativo para o cinema nacional. É um
local de integração, disposto a despertar no público o gosto estético e o enriquecimento
cultural. É mantido pelo Departamento de
Difusão Cultural da UFRGS e o
mais interessante: mantém entrada gratuita. O espaço conta com 203 lugares e equipamentos para
projeção de filmes em blu-ray e
outros formatos de alta definição digital. Recentemente, passou por uma grande
reforma interna para melhoria em poltronas e carpete. Com programação constante
de mostras e ciclos temáticos, busca privilegiar produções alternativas. Mais
informações:
Sala
Redenção – Cinema Universitário
Campus
Central da UFRGS: Av. Paulo Gama, 110 – Farroupilha – Porto Alegre (RS)
Segunda
a sexta-feira, com sessões em horários variados
Entrada
gratuita (Confira a programação completa no site do DDC UFRGS)
6.Guion Cinemas
___Outro espaço que
se dedica a filmes alternativos, localizado no centro da cidade. Há mais de 20 anos, o Guion Cinemas se propõe a trazer para as telonas aquelas películas não tão
conhecidas do grande público. O complexo com três salas de exibição, café e
galeria de arte foi inaugurado em 1995 e
batizado com o nome de um tradicional bairro japonês de Kyoto, um verdadeiro
centro de artes. Com espaço médio de 100
lugares, as salas são climatizadas e contam com projetores de última
geração, além de confortáveis e espaçosos assentos – com espaço de dois metros
entre um espaldar e outro, e a possibilidade de locação de pufes para o
descanso dos pés. A programação do Guion Cinemas é
voltada para produções nacionais e internacionais independentes, além de
mostras, circuitos e festivais de cinema alternativo. Mais informações:
Guion
Center Cinemas
Rua
General Lima e Silva, 776 – Cidade Baixa – Porto Alegre (RS)
Todos
os dias, com sessões das 14h às 21h.
Segunda
a quarta, R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) | Quinta a domingo e feriados,
R$24 (inteira) e R$12 (meia-entrada)
Confira
a programação completa no site do Guion Cinemas
CINESESC – Projeto
___O projeto prevê
exibição de filmes com uma programação diversificada a todos os públicos,
contribuindo com a formação de plateias, aproximação com a linguagem do
audiovisual e o desenvolvimento artístico cultural. Pode ser realizado em “escolas, salas de cinema do Sesc, espaços culturais
parceiros” com infraestrutura adequada e de forma a valorizar a
linguagem e ainda ser exibido em formato de “cinema de
rua”, por meio de equipamentos de projeção e exibição fornecidos e
operacionalizados pelo SESC. Projeto
de realização nas cidades de Unidades
Operacionais e jurisdição.
2024
Arcoplex Cinemas – Rede
Em 2024, a rede Arcoplex Cinemas conta com 86 salas de cinema
em seis estados, totalizando 30 cinemas
em 25 cidades. No Rio Grande do Sul,
onde a sede administrativa está localizada desde a década de 1970, são 24 salas espalhadas pelo Interior. Na Capital, o grupo também
controla o Porto Alegre Strip Center (com duas salas em reforma), o Rua da Praia 1 e 2, Arcoíris
Bourbon Assis Brasil e administrava o Victoria 1 e 2.
CINEMATECA PAULO AMORIM – 40 ANOS
Mostras Especiais
___Em seus 40 Anos de atividades, a Cinemateca Paulo
Amorim programou centenas de mostras
especiais, esteve sintonizada com o melhor da produção fora do circuito
comercial, dando espaço ao cinema local. Vários filmes gaúchos ficaram semanas
em cartaz. Diversos diretores, atores, técnicos participaram de estreias,
sessões comentadas, eventos especiais.
Mostras
sobre Cinema Gaúcho
Retrospectiva
Cinema Gaúcho
(SPA, 16 set-6 out 1985)
Mostra
do Cinema Gaúcho
(SPA, 21-24 ago 1986)
Mostra
Fotogramas Gaúchos
/ XXX Semana de Porto Alegre (SPA,
27 mar-2 abr 1989)
Cinemateca Paulo Amorim – Parcerias
___Museu de Comunicação Social Hipólito José da
Costa; Embrafilme;
Clube
de Cinema de Porto Alegre (fundado em 1948): sessões em horários especiais pela
manhã aos sábados e/ou domingos; Goethe-Institut / ICBA Instituto Cultural
Brasileiro Alemão; Ponto de Cinema / Cinemateca Gaúcha; Bureau d'Action
Linguistique de Porto Alegre; SAMRIG; APTC-RS Associação Profissional de
Técnicos Cinematográficos do RS; Fundação Leopold Sedar Senghor; Consulado
Geral da República Argentina; Associação dos Amigos Professores de Francês do
RS; Aliança Francesa/Alliance Française / Centro Franco-brasileiro; II
Seminário Latino-americano de Família e Comunidade; Instituto Cultural
Brasil-URSS; IECINE Instituto Estadual de Cinema do RS; Consulado Geral do
Japão de Porto Alegre; Ministério de Relações Exteriores e Culto da República
Argentina / Direção Geral de Assuntos Culturais / Consulado Geral da Argentina;
Secretaria Extraordinária de Ciência e Tecnologia; Sovexportfilm; Cinemateca do
MAM; Estação Botafogo (Rio de Janeiro); Cinemateca Brasileira (São Paulo);
Comitê de Emigração Italiana / Divisão de Cultura; Escola Municipal Grande
Oriente (Rubem Berta); Cia. Carris; jornal Leia; Discoteca Pública Natho Henn;
Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 30 anos; Secretaria de
Ciência e Tecnologia; MAST Museu de Astronomia e Ciências Afins (Rio de
Janeiro); CIENTEC Fundação de Ciência e Tecnologia; BRDE; CNPq; AGAPAN
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural; TVE RS; Embaixada da
República Popular da China; Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do
Sul; Folha de S. Paulo; jornal Última Cena; Fundação do Cinema Brasileiro;
Agência Latina; Embaixada da Polônia; USIS Serviço de Divulgação e Relações
Culturais dos Estados Unidos; Departamento de História da PUCRS; LBA Legião
Brasileira de Assistência; ICAIC Instituto Cubano del Arte e Industria
Cinematográficos; Associação dos Professores de Francês do Rio Grande do Sul;
SMC-PMPA Secretaria Municipal da Cultura-Prefeitura Municipal de Porto Alegre /
XXX Semana de Porto Alegre; Cinemateca do Serviço Cultural do Consulado Geral
da França em São Paulo; Embaixada da França no Brasil; Coletivo de Produção;
Projeto Revivendo Mozart; Consulado Geral da Itália; Câmara de Comércio
Italiana para o Rio Grande do Sul; Instituto Cultural Judaico Marc Chagall;
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia; Barber Shop; Atlântida
Cinematográfica (Rio de Janeiro); Fundação Japão; Embaixada do Japão;
Ministério de Educação Nacional e Cultura / CNC Centro Nacional de
Cinematografia / Bureau de União das Indústrias Cinematográficas da França;
Cinemateca do Serviço do Consulado da França no Rio de Janeiro; Secretaria de
Turismo de Gramado; Consulado General de España; Centro Cultural
Brasil-Espanha; Cineclube Estação Botafogo (Rio de Janeiro); Editora Vozes;
Belas Artes Cinematográfica; Caribe Produções; Instituto Estadual de Artes
Cênicas; British Council; ACIRS Associazione Culturale Italiana del Rio Grande
do Sul; CECUNE Centro Ecumênico da Cultura Negra; Companhia Cinematográfica
Franco-brasileira; Cinecittà International; (...)
___APTC-ABD-RS
Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul:
mostras e atividades, tais como:
Retrospectiva cinema
gaúcho (SPA, 16 set-6 out 1985)
1º Prêmio APTC de
Cinema Gaúcho (SEH, 5-10 dez 2000)
2º Prêmio APTC de
Cinema Gaúcho – Exibição dos filmes produzidos em 2001 (SEH, 11-16 dez 2001)
3º Prêmio APTC de
Cinema Gaúcho (SEH, 1º-6 abr 2003)
4ª Mostra APTC de
Cinema Gaúcho (SEH, 1º-6 jun 2004)
Maratona de cinema
gaúcho – APTC 20 anos (SNL, 1º-14 ago 2005)
4º Festival do
Cinema Menor [super-8] (SEH, 2 set 1988)
Sessão ACCIRS
Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul
FANTASPOA Festival
Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre
Parceria desde a
primeira edição em outubro de 2005.
SMVC Santa Maria
Vídeo e Cinema
Apoio cultural:
Banco Nacional (abr 1986-dez 1995); Espaço Unibanco de Cinema (jan 1996-dez
2006); Espaço Banrisul de Cinema (out 2007-atual).
Cinemateca Paulo Amorim – Coleção
de Cartazes
Desde sua criação a Cinemateca
Paulo Amorim guarda os cartazes dos filmes e das mostras exibidos em suas três
salas. São c.4.000 cartazes indexados. A coleção possui 200 cartazes de filmes gaúchos. Entre
as preciosidades dos anos 1960-90 fazem parte da
coleção:
Pára, Pedro! (Pereira
Dias, 1969). Doação: Ivo Czamanski.
Motorista sem
limites (Milton Barragan, 1970).
Um é pouco, dois é
bom (Odilon Lopez, 1970). Arte: Lecy Gluer.
Teixeirinha a 7
provas (Milton Barragan, 1972).
A Morte não marca
tempo (Pereira Dias, 1973). Arte: João Mottini. Doação: Ivo Czamanski.
A Quadrilha do Perna
Dura (Pereira Dias, 1976). Arte: Benicio.
Carmem a cigana
(Pereira Dias, 1976). Arte: Benicio.
Tropeiro velho
(Milton Barragan, 1979). Arte: Benicio.
A Filha de Iemanjá
(Milton Barragan, 1981).
Verdes anos (Carlos
Gerbase, Giba Assis Brasil, 1984).
Rocky & Hudson
(Otto Guerra, 1994).
Lua de outubro
(Henrique de Freitas Lima, 1997).
Anahy de las
Misiones (Sérgio Silva, 1997).
Cinemateca Paulo Amorim – Diretores-Programadores
Romeu Grimaldi
___O cinema foi a
grande paixão do engenheiro civil Romeu
Grimaldi. Responsável pela programação do Cine Vogue (na
Av. Independência) e no início da década de 1980 do
Cine Bristol (mezanino do Cine Baltimore, na Av. Oswaldo Aranha), que se
destacaram pela diversidade de filmes e ciclos exibidos. Grimaldi ajudou a formar o imaginário de uma geração, com obras
pautadas pela inventividade, indagação e qualidade artística. Especialmente o Bristol
acabou se tornando referência de sensibilidade e formação crítica.
Em 1984, Romeu
Grimaldi é convidado pelo subsecretário de Cultura Paulo Amorim para ser o programador das salas da Cinemateca Estadual, que coordenou até
seu falecimento em 1996. Nestes 12
anos ele imprimiu e estabeleceu um padrão de cinema como arte, com ciclos,
relançamentos de clássicos, mostras internacionais (Irã, China, França,
Alemanha, Itália), lançamentos que não interessavam às salas do circuito comercial
e produções independentes. Dedicado e apaixonado pelo cinema, Grimaldi seguiu e acreditou na proposta
de uma programação alternativa. Responsável pela criação da Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo
Amorim, ele manteve boas relações com os exibidores e distribuidores locais
e os grandes distribuidores sediados no Rio de Janeiro e São Paulo. Além de
impulsionar as salas, também passou a lançar filmes exclusivos, consolidando um
padrão de qualidade.
Luiz Carlos Pighini
___Construiu sua
trajetória na área administrativa e foi, durante muitos anos, gerente de
recursos humanos da Pepsi Cola, com
passagens pelo Rio de Janeiro e Porto Alegre. Também era cinéfilo e, depois da
aposentadoria, começou a assessorar Romeu
Grimaldi na direção da Cinemateca Paulo Amorim. Com a morte de Grimaldi, em dezembro
de 1996, Pighini assume a
direção da Cinemateca ficando no cargo até 2007.
Ele também participava do Clube de
Cinema de Porto Alegre e da Associação
dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim. Ainda dirigiu em 8 mm o curta Os Bondes (1968), com fotografia de Norberto Lubisco. Apaixonado por cinema, Pighini enumerou alguns de seus filmes preferidos, dos quais
destacam-se os italianos dirigidos por Visconti
e Fellini, que tiveram muitas
mostras na Cinemateca.
Acordes
do coração
(Humoresque, Jean Negulesco, 1946, US), Vidas
amargas (East of Eden, Elia Kazan, 1955, US), Rocco e seus irmãos (Rocco e i suoi fratelli, Luchino Visconti,
1960, IT-FR) O Sol por testemunha
(Plein soleil, René Clément, 1960, FR-IT), Uma
Vida em pecado (Studs Lonigan, Irving Lerner, 1960, US), A Doce vida (La Dolce vita, Federico
Fellini, 1960, IT-FR), O Leopardo
(Il Gattopardo, Luchino Visconti, 1963, IT-FR), 8½ (Federico Fellini, 1963, IT-FR), Vagas estrelas da Ursa (Vaghe stelle dell'Orsa..., Luchino
Visconti, 1965, IT-FR).
Cinemateca Paulo Amorim – Funcionários
___Prestigiar
aqueles de dão o seu dia a dia para o bom desempenho do serviço de cinema:
Romeu Chaves
Grimaldi (1984-1996)
Luiz Carlos Pighini
(1996-2007)
Mônica Kanitz
(2011-atual)
Valdir Angelo Brugali
(projeção: 2 maio 1987-1º abr 1988)
Paulo Henrique
Hartmann (projeção: 1º maio 1991-30 nov 2024)
Lourenço Silva
Gonçalves (projeção: 1º ago 1991-3 out 1991)
Weygand Tramasolli
Soares (portaria: 1º ago 1991-3 dez 1991)
Raimundo Silva
Jardim (projeção: 1º ago 1991-5 jan 2010; falecido)
Paulo Cesar Mesquita
(portaria: 16 ago 1991-18 nov 1991)
Edmundo de Menezes
Paredes Junior (projeção: 10 set 1991-3 dez 1991)
Sandra Luciane da
Silva Hartmann (portaria: 10 set 1991-atual)
Marcos de Brito Paza
(projeção: 12 maio 1992-mar 1993 + 5 out 1993-3 jan 2002 + 1º jul 2002-28 mar
2006)
Leonardo Retamoso
Palma (portaria: 18 maio 1992-jul 1993?)
Fernando Paza
(projeção: 1º jun 1991-8 out 1993 + 18 fev 1994-1º jun 2001) [pai de Marcos]
Elaine de Oliveira
Fraga (bilheteria: 20 mar 1995-9 jan 2004)
Madalena Luiza John
(portaria > bilheteria: 20 mar 1995-atual)
Antonio Focchesatto
(portaria: 1º nov 1995-11 dez 2013)
Oswaldo de Souza
(projeção: 1º jun 1996-5 jan 2010)
Manoel Divino
Azevedo (portaria: 1º out 1996-1º abr 2002)
Sergio Kummel
Rodrigues Severo (assessoria adm> gerência: 1º out 1996-30 abr 2013)
Cirilo de Azevedo
Nunes (portaria: contrato de experiência: 6 jun 2000-5 jul 2000)
Pedro Mauricio Dias
da Silva (portaria: 22 set 2000-21 out 2000 + 18 nov 2000-2 maio 2002)
Eduardo Rodrigues da
Conceição (projeção: 1º jul 2001-5 jan 2010)
Adair José Severo de
Souza (portaria: 15 abr 2002-atual)
Tiago Domingues da
Silveira (portaria > projeção: 22 jan 2004-atual)
Marcelo Amarinho
Ortiz Filho (portaria > bilheteria: 1º mar 2013-31 mar 2025)
Renato Cabral de
Oliveira (gerência: 1º jun 2013-28 jan 2014)
Valeska Conti
(gerência: 5 mar 2014-27 mar 2015)
Valeria dos Santos
Nunes (gerência: 1º jun 2015-12 fev 2016)
[nomes, funções e
períodos acima cf. livro de registro dos empregados da firma]
Berenice de Oliveira
Fraga (secretaria: fev 1992-jul 1998)
Mariângela Ribeiro
Machado (técnica em assuntos culturais: dez 1992-out 1993)
Cristina Machado
Keunecke (agente administrativa: dez 1992-dez 1993)
Vítor Francisco
Fraga Antunes (portaria: dez 1992-abr 1996)
Ivan Rodrigues dos
Santos (mar 1993)
Rudimar Coromaldi
(mar-abr 1993)
[nomes, funções e
períodos acima cf. dois cadernos de livro-ponto do Arquivo da Cinemateca, com a
colaboração de Paulo Hartmann]
Iara Vieira
(assessoria de imprensa: 1986?-1996?)
Neusa Valejo
(gerência)
Vera Stracke
Daniel Soares
(projeção: 1985-1987)
Arthur Carravetta
(projeção)
Regina Lunkes Diehl
(assessoria de imprensa: maio-jun 1993)
Laís Chaffe
(assessoria de imprensa e criação e atualização do site: 1997-abr 2007)
Leonardo Nunes de
Freitas da Silva (estagiário de Publicidade e Propaganda: out 2012-nov 2014 +
produção cultural: 10 maio 2018-31 mar 2022)
Leonardo Bomfim
(gerência: maio 2013)
Adriane de Araujo
Rosa (gerência: 2 jan 2016-28 fev 2022)
Marizele Garcia
(produção cultural: 1º jul 2021-30 jun 2023)
Kevin Nicolai
(produção cultural: mar-abr 2022)
Fernanda Pucurull
(gerência: mar 2022-atual)
Jardel Machado
Hermes (produção cultural: 1º jun 2022-30 dez 2022)
Marina Pessato
(produção cultural: 2 ago 2022-10 mar 2023)
Bruna Haas
(assessoria cultural: 4 jul 2023-atual)
Rodrigo Figueiredo
Nunes (apoio ao Portal do Cinema Gaúcho: 2022-atual)
Lavinia Guerra
Samuria (estagiária: 10 out 2024-atual)
Ana Cristina
Schossler Carvalho (estagiária: 10 out 2024-atual)
Laísa Meireles
Goulart (apoio à produção: 1º abr 2025-atual)
Cine Victória 1 e 2 – Encerramento
Em 19 de junho de 2024,
as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, bairro Centro,
fechou suas portas. Tapume foi colocado na janela da bilheteria do
cinema e cartazes de filmes foram retirados. O cinema estava com baixo
movimento, mesmo antes da enchente (maio 2024). A sócia Cristiane de Souza Brandolt diz que o prejuízo chegou a R$ 300 mil, contando reforma e multa
rescisória paga ao deixar o espaço. A parte do letreiro onde estava escrito "By Cult Cinemas" foi retirada. Foi
prejuízo do início ao fim. Mesmo com muitas tentativas e ingresso a R$ 10, não tivemos um único mês "no verde". O aluguel em Porto Alegre é o
dobro (do Interior). Também é difícil competir com os shoppings — diz a
empresária. O imóvel ainda não tem novo interessado e a administração cogita
alugar para eventos. Cristiane usará
os equipamentos do Victória, como caixas de som e projetor, em outro
cinema que abrirá. A cidade ainda está sendo definida, mas será no interior do
Estado. (Giane Guerra – CZH)
Nota:
-
A rede na cidade de Santiago, onde entramos recentemente, a sala está "bombando" — diz Cristiane.
2025
Salas de Cinemas – Favoritos
Em 2025, os considerados 16 resultados ordenados por favoritos
dos cinéfilos de Porto Alegre:
1. Santander Cultural – De Museu, Galerias
de Arte, Shows, Historic City Center
___O prédio,
belíssimo, fora sede do banco Santander, e até hoje ostenta uma exposição
permanente de moedas históricas.
2. IMAX Porto Alegre – Shopping
___A qualidade de
som muito melhorada e uma sala com uma inclinação maior que te deixa bem próximo
a tela.
3. Cinemateca Capitólio – De Rua
Nestes tempos de
pandemia de Covid19, a Cinemateca está com atividade interrompida, mas foi
sempre um ótimo lugar.
4. Cinema GNC Lindoia – Shopping
___Lugar bom para ir
fim da tarde não muito movimentado e com boas lojas e espaço no estacionamento,
sempre tem vagas.
5. Guion Center Cinemas – Shopping
___Melhor espaço
cultural de Porto Alegre: excelentes filmes, Galeria de Artes, Café, ótimo
atendimento. Adoro!
6. Cine Bancários – De Rua
___É ótima em suas
instalações, passa sempre filmes que estão fora do grande circuito comercial e
de excelente.
7. Instituto NT de Cinema e Cultura – De Rua
___O Instituto NT
era um lugar excelente, com cafeteria, salas de cinemas, sala com piano e
exposição de arte.
8. Cinemark Bourbon Wallig – Shopping
___Assisti filme dia
31/05/2023, "Homem-Aranha: Através Do Aranhaverso", na Sala 5, dublado,
às 20:00 hrs.
9. Cinemark Barra Shopping Sul – Shopping
10. Cinepólis João Pessoa – Shopping
___Poltronas com boa
distribuição e com visual de localização excelente. Vale a pena ir assistir os
filmes.
11. GNC Cinemas – Shopping
___Cinema fica
próximo de uma das praças de alimentação onde também dispõe de sanitários.
12. Cinemark – Shopping
13. Cinemark – Shopping
14. Espaço Itaú De Cinema – De Rua
15. Casa De Cinema De Porto Alegre – De Rua
16. Cinemateca Paulo Amorim – De Rua
Alguns Prédios
____A situação de alguns prédios no decorrer, alguns fechados,
outros derrubados, outros reformados e reaproveitados.
Cine Teresópolis
___Alugado para o
Banco Banrisul.
Cine Gioconda
___Esteve como
filial da loja TAQI.
Cine Ipanema
___Este no mesmo
lugar, em ruínas. Nunca foi nada.
Cine Theatro Avenida
___Foi um grande Bingo, de mesmo nome, na década de
1990.
Cine São João
___Este agencia do Banco do Brasil, com parte do cinema
encarcerado atrás de paredes.
Cine Lido
___Este cinema
continua lacrado com sua rampa fechada.
Cine Tamoio
___Abriga a Churrascaria Kasarão. Quem entra na
churrascaria, logo nota o cinema que ali havia. Os atuais donos projetam
imagens de TV na antiga tela.
Cine Theatro Guarany
___Abriga agencia do
Banco Safra, prédio preservado.
Prédios Preservados
Cinema Imperial
___Praça da Alfandega, bairro Centro, Futuro Centro Cultural da CEF, Cine Teatro Imperial, também conhecido
como “Cinema Imperial”, é um prédio histórico
de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O prédio em
abril de 2004, foi tombado como patrimônio
histórico municipal, a partir de aprovação pelo Conselho Municipal do Patrimônio
Histórico e Cultural de Porto Alegre (COMPAHC).
Cine Astor
___Av. Benjamin Constant, bairro Floresta
Atual
Moov Hotel
Cine Teatro Presidente
___Av. Benjamin Constant, bairro Floresta.
Cine Capitólio
___Av. Borges de Medeiros, abriga sala de
cinema e arquivo documental do cinema gaúcho.
CINE CINCO
Avenida Ipiranga, 6681, Partenon – Prédio 5
PUCRS – FAMECOS
Em
09 de outubro de 2025,
quinta-feira, a PUCRS inaugurou “sala de cinema” Cine Cinco, com 200 lugares, no térreo do Prédio
5 – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Av. Ipiranga,
6681 – Porto Alegre), gratuita e aberta à comunidade por ordem de chegada.
___Um resgate do
espírito dos “Cinemas de Rua” e aproxima a
comunidade do universo audiovisual. Sala de cinema estará em funcionamento até 12 de dezembro de 2025, com retorno em março de 2026, no período escolar.
___No coração da PUCRS, um novo espaço cultural reacende
essa faísca: o Cine
Cinco.
“Este
espaço é mais do que um cinema, é um convite à reflexão, à sensibilidade e ao
diálogo. Queremos que este seja um lugar de encontro entre diferentes visões de
mundo, entre gerações, culturas e narrativas. Um espaço onde o cinema não seja
apenas assistido, mas debatido, sentido, contestado e celebrado”, afirmou o reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, durante a cerimônia de
inauguração do Cine
Cinco. O diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, relembrou a atmosfera dos antigos cinemas de rua
da Capital, como o Cine Marrocos, na Getúlio Vargas, e o Baltimore,
na Osvaldo Aranha. Ele contou que, sempre que entrava na sala que hoje é o Cine Cinco,
olhava para as cadeiras e pensava “isso aqui é um
pequeno cinema partilhado”.
“Me
orgulho de estar em uma Universidade que permite sonhar e coloca a cultura como
algo central em nossa sociedade. Hoje, celebramos mais um passo na consolidação
desse polo cultural e dessa Universidade que acredita na arte e na cultura como
cultivo da vida. A inteligência artificial veio para ficar, mas é essa outra
IA, a inteligência artística, que mantém viva a nossa humanidade”, pontuou Ricardo Barberena.
___A sala é fruto
de uma parceria entre o Instituto de
Cultura da PUCRS e a Escola de
Comunicação, Artes e Design – FAMECOS, o Cine Cinco terá
sessões nas quartas, quintas e sextas, às 17h,
divulgadas na programação mensal da PUCRS
Cultura e da FAMECOS. Serão exibidos filmes brasileiros e internacionais,
além de sessões especiais e mostras em outros horários.
“O Cine
Cinco nasce para ampliar esse diálogo entre universidade, cultura e comunidade.
Entre tantas coisas que poderíamos destacar neste momento, quero ressaltar
essa: a alegria de ver a PUCRS se consolidando como um polo cultural vivo e
pulsante”, destacou Rosângela Florcsack, decana da
FAMECOS.
Daniela
Mazzilli,
coordenadora de Cinema e Audiovisual da Secretaria
da Cultura de Porto Alegre, também esteve presente e marcou o simbolismo
deste momento “em tempos de expansão dos serviços de
streaming”.
“Este
espaço significa muito mais do que oferecer um lugar para exibir filmes,
significa reafirmar o valor do encontro, da troca e da vivência coletiva. Isso
transforma vidas, transforma a cidade e certamente transformará também este
campus e este bairro. Ter uma nova sala como esta abre possibilidades para que
as nossas histórias locais também ganhem visibilidade”, disse.
___A diretora de
Identidade Institucional, Simone Engler
Hahn, ressaltou em seu discurso: “O cinema tem a
rara capacidade de nos colocar diante do outro, de suas histórias, de suas
dores e de suas esperanças. Ele amplia o nosso olhar sobre o mundo e nos
convida a compreender de forma sensível e profunda aquilo que nos torna
humanos. E é exatamente o que queremos que o Cine CInco represente: encontro,
diálogo e de formação integral”.
___A ideia é que o
espaço seja um ponto de encontro para estudantes, professores, moradores da
cidade e amantes do cinema — um lugar onde se possa ver, discutir, sentir. Mais
do que uma programação, a proposta é criar um circuito de afeto e reflexão. A
curadoria pretende incluir produções brasileiras e internacionais, clássicos,
filmes independentes e títulos que raramente encontram espaço em salas
comerciais.
• Sessões regulares: quartas, quintas e
sextas, às 17h (programação sujeita à alteração, confira aqui eventuais
alterações e sessões especiais em outros horários).
Cine Cinco – Um Encontro com a Memória
___Produzido e
filmado em Porto Alegre, “Um é Pouco, Dois é Bom”
(1970), dirigido por Odilon Lopez,
foi o longa escolhido para “inaugurar a sala de
cinema” Cine
Cinco da PUCRS. A sessão de abertura
contou com a presença de Vanessa Lopez,
jornalista e filha do diretor, que falou sobre o processo de restauração do
filme. Ela explicou que a recuperação
envolveu diferentes acervos históricos e técnicos, e partiu da combinação de
uma cópia em 35 mm preservada na Cinemateca Capitólio, de uma versão
digitalizada pela Cinemateca do MAM,
no Rio de Janeiro, e dos negativos mantidos na Cinemateca Brasileira. A partir desse material, foi possível chegar
a um resultado de alta qualidade visual e sonora.
“Quando
assisti pela primeira vez, fiquei muito impressionada com as cores e com o som.
Parecia que o filme tinha sido feito há pouco tempo, embora seja evidente toda
a história que ele carrega. Vocês vão ver a Porto Alegre de 50 anos atrás, e
temas que continuam atuais”, afirmou.
Emocionada,
Vanessa destacou o orgulho que sente ao ver a obra do pai dialogando com novas
gerações: “Eu sempre penso que meu pai, onde quer que esteja, deve estar com
muito orgulho. Ele realmente conseguiu fazer um clássico. É um filme que
envelheceu muito bem e que traz recursos cinematográficos que hoje são
amplamente usados, mas que ele já explorava naquela época. Para mim, é muito
emocionante, porque, de certa forma, meu pai estará aqui esta noite, não apenas
comigo, mas também com todos vocês. Muito obrigada por estarem aqui.”
Fim
da Cronologia
Literatura
___No livro The End – Cinemas de calçada em Porto
Alegre analisa as causas e conseqüências do fim comercial das “salas de rua” na cidade de Porto Alegre. Na pauta –
um breve histórico das salas de cinema da capital gaúcha no início do século XX até as últimas sessões de cines como Capitólio e Imperial. Tudo bem parecido com o que acontece
no resto do país.
Porto
Alegre Resiste,
Com suas Salas de Cinema.
It's not The End.
Não é o Fim.
Do Fim sempre um Recomeço.
Obrigado.
Volte Sempre!
Leia sobre o Cinema em Porto Alegre.
Nota:
- Desculpe-nos pelas falhas, o principal motivo é de
não ser encontrado registros escritos ou fotográficos de algumas salas de
cinema e, em outros casos, há dúvidas até acerca de seus corretos dados e
endereços.
NOTAS, CONSULTAS E TEXTOS ADAPTADOS:
AS TELAS DA CIDADE, A trajetória das
salas de cinema em Porto Alegre, Rene Goellner, Fernanda Rechenberg, Sérgio
Capparelli
Blog Leal e Valerosa – O Maior Presente
Blog Mika Lima
Acervo Jaime Bauer Pires Larini von Muller
Referencias de José Valmir da Costa
Referencias CARLOS ADIB
Referencias Milton
Ribeiro
Jornal Independente
Jornal A Federação
Jornal Correio do Povo
Jornal do Comércio
GZH – Jornal Zero Hora
Arquivo Histórico Moysés
Vellinho
Museu Hipólito José
da Costa
Arquivo da
Cinemateca Paulo Amorim
Arquivo Cinemateca
Matinal Jornalismo – PORTO
ALEGRE 250 ANOS: HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES, por Arnoldo Walter, de 10
setembro 2022
IBGE - Censos
Demográficos de 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2010, 2022.
Cláudio Todeschini,
em entrevista aos pesquisadores.
Cf. VIEIRA, JL et
al. In: “Cinemas da Metro e a dominação ideológica”. Filme Cultura, n 47, ag/86
p. 59: “O cinema historicamente levou um certo tempo para constituir uma
arquitetura específica, com superfícies, planos e volumes próprios. Das
fotografias animadas ao cinema como experiência estética, o espaço que acolheu
essas imagens em movimento passou das pequenas salas improvisadas do final do
século para o requinte dos Roxys e Capitols disseminados pelo mundo inteiro”.
BECKER, Tuio, Zero
Hora, 4-12-95. Becker ainda destaca: “Em oposição aos dramas com as divas, o
cinema italiano desenvolveu uma série de filmes colossais, de grandes
espetáculos, que marcaram o advento do longa-metragem, Quo vadis?, de Enrico
Guazzoni (1913) e Cabiria, de Giovani Pastrone (1914) levaram meses para serem
filmados e exigiram um capital colossal. Serviram de inspiração para que W.
Griffith realizasse Intolerância (1916)”.
PELLIN, Roberto.
Revelando a Tristeza, s/d, e/editora.
TODESCHINI, no
jornal O Continente
Carlos SCLIAR, em
entrevista a autora em agosto de 1998.
VIEIRA, JL et al.
“Cinemas da Metro e a dominação ideológica. Filme Cultura, n 47, ag/86 p.
59-61. Os autores escrevem que: “A uma estandartização da linguagem do filme
corresponde também uma estandartização da linguagem da sala. Os cinemas da MGM,
embora projetados por arquitetos no Brasil (ainda que estrangeiros, vivendo no
Brasil), são completamente supervisionados por técnicos americanos. Em todos os
níveis, a Metro buscou definir junto ao público uma forma específica de
consumir filmes, identificada com sua própria marca. (...) Cedric Gibbons,
principal diretor de arte da companhia, já havia definido e caracterizado como
o visual da Metro: rico, aveludado, de sonhos”. Este não foi exatamente o caso
do Guarani, que ainda segui mais as estruturas arquitetônica do teatro, do que
do cinema.
TODESCHINI, em
entrevista aos pesquisadores.
De Roco, em
entrevista aos pesquisadores
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ASSEPESQ. O cinema em
Porto Alegre. 1997-1998.
AUGÉ, Marc.
Não-Lugares. Introdução a uma Antropologia da Supermodernidade. Campinas:
Papirus, 1994.
BECKER, Tuio (org).
Cinema no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial SMC, 1995.
BECKER, Tuio. A
história dos cinemas de Porto Alegre. Zero Hora. Porto Alegre nº 942, p.10-13,
21 de abril de 1996.
CANEZ, Ana Paula.
Fernando Corona e os caminhos da arquitetura moderna em Porto Alegre. Porto
Alegre: Unidade Editorial, SMC, 1998.
CORREIA, Silvio M.S.
Sexualidade e poder na Belle Époque de Porto Alegre. Santa Cruz do Sul: UNISC,
1994.
COSTA FRANCO,
Sérgio. Porto Alegre: guia histórico. Porto Alegre: UFRGS/PMPA, 1992.
DOBERSTEIN, A.
Estatuária e ideologia. Porto Alegre: SMC, 1992.
FERREIRA, Athos
Damaceno. Artes plásticas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1971.
FRANCESCO, José de.
Reminiscências de um artista. Porto Alegre: s/editora, 1961.
FORTINI, Archimedes.
Porto Alegre através dos tempos. Porto Alegre: Divisão de Cultura, 1962.
FORTINI, Archimedes.
Histórias da nossa história. Porto Alegre: Grafitel, 1966.
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Cinemas de rua em Porto Alegre - Lume UFRGS -
Olavo Amaro da Silveira Net - Dissertação para mestrado em Arquitetura - junho
de 2001.




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