domingo, 30 de novembro de 2025

 

CINEMA

Sala de Cinema

PORTO ALEGRE

Texto Longo

Saudade – estão acabando com as nossas Lembranças, em nome de um Progresso; em outros lugares no Mundo se mantém estas Lembranças de uma época, ao lado do Progresso, sem destruí-las na medida do Possível.

Em Porto Alegre não se preserva a memória. Os mesmos que destroem em nome desse “Progresso”, pagam altos valores (os olhos da cara) para ir ao exterior ou até ao Brasil, para apreciar a mesma arquitetura e ruínas antigas que muitas já possuíam ou possuíram em casa.

Companhia Atlântida

Companhia Vera Cruz

Cinema Gaúcho

Salas de Cinema – Assuntos de Cinema

CIDADE

___A cidade é multidão, caminham juntas e separadas na história do urbano, criando condições, possibilidades; o cinema prescinde, ganha vida, sobrevida, perpetuando sua história – noutra que até então não era sua – na história da cidade.

GONGO

___Lembrar do ouvir o “soar do gongo, a sala escurecendo lentamente, as cortinas se abrindo e a grande tela branca” anunciando o início de mais uma grande história de nossas vidas.

CINEMA

___Uma síntese de todas as artes, um espetáculo para as massas, uma unanimidade. Há mais de um século, o Cinema reflete política, moda e comportamento, sendo um reflexo da sociedade e uma das expressões artísticas mais populares da história.

___Foi justamente no início do século XX, pouco depois de seu surgimento, que a grande tela, a “telona” chegou a Porto Alegre e, desde então, permanece como uma das principais atrações voltadas à educação, atualização e, claro, entretenimento. Atualmente, são muitas as salas presentes na capital, ainda que aquelas disponíveis em shopping centers acabem atraindo maior público.

___ A evolução-queda-evolução da configuração espacial das Salas de Cinema de rua ou calçada em Porto Alegre, a partir da inauguração do Recreio Ideal em 1908, primeira sala fixa, até a abertura do Cinema Açores, em 1974, última “sala de rua” inaugurada na cidade.

VIOLENCIA

___A história vítima do escuso, da especulação e expansão urbana, violência na provinciana cidade, junto a modernidade da falta de estacionamento, concorrência com os cinemas de shopping e a televisão, diminuição natural de público, esta capital perdeu mais de centena de salas de cinema em um século de história, a maior parte demolidas, subutilizadas e recicladas, ou encontram-se em adiantado estado de deterioração. Não é somente a perda do cinema, mas sua sala, seu prédio, sua arquitetura, sua história e estórias nelas consagradas.

___A lembrança e saudade não substitui a espera em longas filas ao relento do Outono/Inverno sulino, com o "Minuano", ou em escaldantes salas apinhadas de gente no Verão úmido da cidade, pelo simples prazer de assistir os grandes lançamentos mundiais ou nacionais do cinema.

___O público de cinema mudou de hábito. Primeiro, muitos trocaram as tradicionais “salas de rua” pelas “salas instaladas em shoppings”. Depois, um número considerável de clientes acabou optando pelo conforto do sofá com a disponibilidade de “serviços de streaming” e o que mais venha.

___Os imóveis onde funcionavam antigos “cine-teatros, cinemas de rua” de Porto Alegre acabaram dando lugar a negócios variados, – o que não somos contrário, mas sim de sua preservação como ponto histórico de memória, agregado ao dia a dia da cidade.

Bem Vindo!

CINEMA E ENTRETENIMENTO

___A cidade de Porto Alegre sempre teve o privilégio de ser bem servida de salas de cinema, grandes e pequenas, garantindo diversão e entretenimento nos bons tempos, do improviso:

·         Em Casas residenciais;

·         No início das apresentações em Circos;

·         Dos Cafés;

·         Dos Cine Theatros;

·         Dos Cinemas de Rua (calçada);

·         Das grandes Plateias;

·         Do Cinema Bodeville que se espalhavam por toda a cidade, do “piano e da pequena orquestra”;

·         Do Cinema “mudo e falado”;

·         Das Bomboniere`s;

·         Das Festas;

·         Das Pessoas;

·         De nossa famosa Cinelândia (assim era chamada a Rua da Praia) pela quantidade de cinemas na região.

·         Do Drive-in;

·         Do início acanhado ao conforto das Salas em “Shopping”;

·         Do Ambiente e Conforto;

·         Dos Equipamentos;

·         3, 4, 5 D;

Nota:

3D (Visão): - Proporciona a percepção de profundidade e tridimensionalidade, fazendo com que as imagens "saiban" da tela.

4D (Movimento): - Acrescenta o movimento das cadeiras, sincronizado com a ação do filme, simulando o movimento dos personagens.

      5D (Efeitos sensoriais e interatividade): - Adiciona uma gama de efeitos especiais que envolvem os sentidos do público, como:  

CINEMA E TEATRO – EDIFÍCIO OU TEMPLO

___Na antigas salas de cinema, como grandes teatros foram elementos, ainda que apresentem variações morfológicas e de escala, estruturalmente e conceitualmente mantém-se permanentes e que por esta razão caracterizam o edifício tipo cinema. São eles: - a implantação no quarteirão e ocupação do lote; a fachada e seus elementos constitutivos (displays, marquises); instalações funcionais (bilheterias, quiosques de venda de balas), e interior e seus elementos constitutivos as relações espaciais entre platéia e tela que caracterizam e identificam o cinema junto ao público.

- Os cinemas, desde suas primeiras implantações, impuseram-se como marco e referencial urbano nas grandes cidades, a modernização e o crescimento das grandes capitais se fez também pela construção de grandes salas de cinema nos centros urbanos, que representaram monumentos e instituições significativas para a cultura e a vida social da cidade.

- O cinema conforma uma fachada urbana, separando o interior do exterior, o privado do público, fornecendo uma primeira imagem do edifício. Ao proceder à análise da fachada dos cinemas observamos elementos de utilização transitória na edificação, e elementos de permanência e mesmo de qualificação e sedimentação do tipo e do caráter do edifício de cinema. Inicialmente a fachada constitui envelope de um edifício integrado à escala urbana dos centros das cidades, onde predominam edificações de altura reduzida, onde o térreo tem função comercial, os pavimentos superiores, residenciais.

- O cinema apresenta-se então com dois pavimentos, o térreo permeável através de um conjunto de portas em arcos, o segundo pavimento, composto por janelas sobrepostas às portas térreas.

- O pavimento superior de fachada eventualmente poderia ser também utilizado para abrigar a sala de espera do balcão e camarotes, ou até mesmo um salão de festas.

- Cabe lembrar que nos grandes teatros europeus, este consistia no espaço nobre, o foyer de honra, ligado aos camarotes e às frisas de primeira linha, considerados os melhores lugares, onde se via e se era visto. Com o cinema este espaço passa a ser menos valorizada, devido à obscuridade da sala, e às melhores condições de visibilidade apresentadas pelas poltronas de platéia.

CINEMA – ATRAVÉS DO TEMPO

___Os Bons Tempos em que os Cinemas” ainda tinham os programas de tela, palco com shows ao vivo, cortinas de veludo e o grande som de gongo dando início a sessão, dados que se tem notícia das primeiras salas de exibição no Centro e Bairros de Porto Alegre. 

___Está faltando uma abordagem da Academia sobre o naufrágio do antigo modelo de “Cinemas”. As pessoas e empreendedores local viraram as costas para este fenômeno, ou não tinha “bala na agulha” para enfrentar o boom da TV (a partir de 1959) e a invasão dos grandes grupos mundiais de distribuição que impõem regras duras para a exibição.

___O investimento “produz e destrói coisas belas” é uma lei, não há muito espaço para lamentos, mas para a “reconstituição da memória” tanto quanto possível.

Para os que Vivenciaram, Reavivar a Memória, 

Para os que não Sabem, Viver a História.

DESABAFO DO AUTOR

___Como crônica das Salas de Cinema, Cine-Theatros, assuntos de cinema e do cotidiano da cidade de Porto Alegre, ve-se entre tantos motivos, a decadência dos cinemas de rua, caminhou passo a passo com a decadência arquitetônica urbana da cidade. Se nem todos os antigos cinemas eram bonitos, mas tinham o seu valor, atualmente principalmente memorial e histórico.

___Porto Alegre é uma das cidades do Brasil que mais “destruiram prédios de valor histórico”, para construir em seu lugar projetos de gosto duvidoso, acabando não só com a estrutura, mas tudo que estas representavam. Para quem não os viu, hoje o que está é o  naturalmente “normal”, mas eram maravilhosos, e serviam em seu entretenimento semanal como ponto de encontro.

___Pensamos: - foram só os cinemas que decaíram? - não teríamos, todos nós, entrado em uma decadência estética? que talvez vá muito mais longe e mais fundo do que imaginamos, muito além da arquitetura de cinemas e casas de espetáculo? - aliás, é notável como os cinemas de então, em sua grande maioria eram mais parecidos com um theatro do que todos os teatros construídos/reformados/restaurados em Porto Alegre, claro, sempre temos exceções.

___Tem coisas que tem que permanecer como são – PURAS, eternizadas, em algum formato, mas junto a nós.

Coisas de Cinema em Porto Alegre

Bomboniere, cabines telefônicas, toaletes, camarins, bar e se possível, uma gigantesca tela de 10mts por 20mts. 200 metros quadrados de projeção, para películas de até 70 milímetros, assim como: - Família, Amigos, Encontros, Namoro, Lanterninha, Sozinho – Acompanhado, Ser Cinéfilo, O Bater do Gongo, O Bater dos Pés no Assoalho, Balas de Coco, Balas Ruth (década de 1950), Carrinho de Pipoca, Pipoca Doce e Salgada, Bib’s (amendoim coberto com chocolate), Balas Azedinhas, Chicletes Ping e Pong, e Ploc (mesmo proibido, pois colavam no assento), Bala de Goma, Mirabel, Breck Mirabel, Bombom Amor Carioca, Beijo Africano, as inacessíveis barras de chocolate Estancia Velha da Neugebauer e outras marcas.

___Funções atuais mais comuns em Salas de Cinema:

Área Administrativa

Gerente de operações: - supervisiona todas as áreas do cinema. Comanda os funcionários e é responsável pelo relatório diário de atividades. Executa as atividades definidas pela área promocional e de marketing e deve coordenar o treinamento dos funcionários da área operacional

Gerente assistente/trainee: - auxilia o gerente de operações nas diversas atribuições

Área Operacional

Profissionais de Atendimento ao Cliente

Atendente: - ajuda os clientes a encontrar as salas dos filmes escolhidos e lugares em salas cheias. Fazem a manutenção e limpeza das salas

Atendente da área de alimentação: - serve os clientes

Bilheteiro: - vende os bilhetes, informa os clientes quando restam poucos lugares e os horários das próximas sessões

Porteiro: - controla a entrada dos clientes. Algumas salas já estão treinando seus funcionários para trabalhar com catracas eletrônicas

Operador de projeção e áudio: - opera os equipamentos de projeção. Deve conhecer sistemas de imagem e som.

LANTERNINHA

___Os chamados Lanterninhas ou “Vaga-lumes”, que trabalhavam nos cinemas, era um profissional que, munido de uma lanterna, tinha a função de acompanhar as pessoas que chegavam atrasadas na sessão de cinema quando as luzes já estavam apagadas. Por saber onde havia um lugar vago auxiliava a se direcionarem com segurança e rapidez ao melhor lugar disponível. Quando a cadeira era numerada a coluna e a fileira era prontamente indicada. O mesmo acontecia se alguém desejava ir ao banheiro ou a bomboniere ou lanchonete durante o filme. Tudo isso sem prejudicar a atenção aos demais clientes do cinema. Também eram muito úteis ao administrar questões como barulhos e conversas que estivessem atrapalhando a platéia.

___Contudo, eram criticados ou não muito bem vistos por casais de namorados mais animados ou por aqueles que queriam colocar os pés apoiados na poltrona da frente, por exemplo (questão dos costumes). Muitos eram alvo de xingamentos até levavam uma pipocadas, uma injustiça com quem estava ali para ajudar a plateia. Na verdade o desempenho do Lanterninha tanto podia ser de auxílio, como um transtorno, dependendo do seu estilo de atuação. Era comum a alguns destes profissionais tomarem uma postura mais policial do que de auxiliador e, o meio do filme, o seu facho de luz percorria as fileiras para que ele pudesse averiguar se estava correndo tudo bem. Durante um bom tempo os “Lanterninhas” tinham um estiloso e característico “uniforme” que dava certo glamour às chamadas sala de espetáculos.

Nota:

- Atualmente os Lanterninhas foram substituídos pela iluminação nos degraus que levam as poltronas dos cinemas e a “disciplina”, bem, esta ficou por conta do bom senso da própria plateia. Elvis Presley trabalhou como porteiro no Loew`s State Theatre (Memphis), em 1950, logo quando recebeu sua carteira de trabalho, Em 1952, voltou a trabalhar no mesmo local, por pouco tempo (o porteiro de cinema nos EUA tem a mesmas funções do nosso Lanterninha). (Por Sylvio Luiz Panza, Salas de Cinema de São Paulo). 

TECNOLOGIA DO CINEMA

___O termo Cinema é descrito como

“A técnica e a arte de fixar e de reproduzir imagens que suscitam impressão de movimento, assim como a indústria que produz estas imagens. As obras cinematográficas (mais conhecidas como filmes) são produzidas através da gravação de imagens do mundo com câmeras adequadas, ou pela sua criação utilizando técnicas de animação ou efeitos visuais específicos.”

___Cinema como conhecemos hoje é reflexo de uma série de transformações tecnológicas ao longo de séculos de trabalho, desde a invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière até a tecnologia 3D e mais a frente, a evolução de câmeras, técnicas de maquiagem, iluminação, efeitos visuais, entre outros recursos, tiveram a participação de milhares de pessoas e ramos do conhecimento que se uniram para recriar o mundo através das telas.

___A tecnologia do cinema evoluiu drasticamente da simples captura de imagens em movimento para experiências audiovisuais sofisticadas e imersivas, impulsionada por inovações em gravação, som, cor e efeitos visuais.

Principais Fases da Evolução Tecnológica do Cinema

Origens e Cinema Mudo (final do século XIX - 1920s): - A tecnologia inicial centrou-se na invenção de dispositivos para capturar e projetar uma série de imagens estáticas em rápida sucessão, criando a ilusão de movimento. Os irmãos Lumière, com o seu cinematógrafo, foram pioneiros na projeção pública, usando fitas de celuloide perfuradas. Os filmes eram em preto e branco e, claro, sem som sincronizado.

O Advento do Som (final dos anos 1920): - A grande revolução seguinte foi a introdução do som sincronizado. O filme "O Cantor de Jazz" (1927) popularizou o sistema Vitaphone, que gravava o áudio em discos separados. Isso transformou a produção cinematográfica e a experiência do público.

A Era da Cor (anos 1930 - 1950s): - Embora as primeiras experiências com cores tenham começado no início do século XX, foi o processo Technicolor de três tiras, popularizado em filmes como "O Mágico de Oz" e "E o Vento Levou", que trouxe a cor de forma eficaz e popular para as telas.

Widescreen e Som Multicanal (anos 1950): - Inovações como o Cinemascope e o Todd-AO, juntamente com sistemas de som estéreo e multicanal (pioneiro em "Fantasia" da Disney), procuraram oferecer uma experiência de cinema mais envolvente para competir com a crescente popularidade da televisão.

Efeitos Visuais e CGI (anos 1970 - 1990s): - A tecnologia de efeitos especiais deu um salto gigantesco. Filmes como "Guerra nas Estrelas" (1977) de George Lucas e "Blade Runner" (1982) usaram miniaturas, efeitos ópticos e, mais tarde, a computação gráfica (CGI) para criar mundos fantásticos.

Revolução Digital (anos 1990 - Presente): - A transição da película analógica para a captura e projeção digital mudou fundamentalmente a indústria. Câmeras digitais de alta resolução (como a Arriflex D-20), edição não linear, e a facilidade de distribuição digital permitiram maior flexibilidade e acessibilidade.

Experiências Imersivas e Futuro: - Tecnologias contemporâneas continuam a empurrar os limites, incluindo o cinema em 3D, Realidade Virtual (RV), filmagens em 360 graus, áudio imersivo, e o uso de motores de jogo em produção virtual (como Unreal Engine).

___Procure aqui na lista abaixo se a Sala ou Cinema que procura está citado, se estiver, é só seguir mais abaixo que achará alguma informação pertinente.

Índice – Salas e Cinemas

Século XIX

1833

Brazil

Hercule Florence

Em janeiro de 1833, o inventor Hercule Florence é considerado o “precursor brasileiro da fotografia”.

Primeira Apresentação Porto Alegre

Scenomotographo – Photographias Animadas

Francisco de Paola

Em 05 de novembro de 1896, apresentaram na Rua dos Andradas, nº 349 (antigo), 

Segunda Apresentação Porto Alegre

Cinematógrapho Lumière

Georges Renouleau

___Três dias após a primeira da exibição do “Scenomotographo”, em Porto Alegre, o fotógrafo francês Georges Renouleau apresentou o Cinematógrapho dos Irmãos Lumiére em plena Rua da Praia.

1897

Scinomatographo

Rua dos Andradas – Centro

Francisco de Paola

Em 06 de novembro de 1896, 

Cinematographo

Rua dos Andradas – Centro

Georges Renouleau

Em 07 de novembro de 1896, 

Biógrafo Aperfeiçoado

Herman Casler 

CIRCO ou PRAÇA DE TOUROS

Campos da Várzea – Cidade Baixa

Cinematographo

A partir de 1896,

1897

THEATRO SÃO PEDRO

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo
Faure Nicolay 

Em 24 de julho de 1897, 

Diaphorama Universal
Em 26 de julho de 1897, 

1898

Theatro São Pedro – Apresentação

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo Lumiére

Companhia de Variedades

Em 09 de abril de 1898, 

Salas de Apresentação
Brazil – Porto Alegre

THEATRO POLYTHEAMA Porto-Alegrense 

Caminho Novo – Centro

Em 1898, 

Século XX

1901

THEATRO DO PARQUE

Campo da Várzea – Cidade Baixa

Domingos Martins

Em 19 de janeiro de 1901, 

Theatro São Pedro

Cinematographo

Em 26 de fevereiro de 1901,

1903

Theatro do Parque

Cinematographo Aperfeiçoado

José Barruci

Em 17 de março de 1903, 

Biógrapho Aperfeiçoado

José Barrucci

Em 16 de maio de 1903, 

1904

Cinematographo

Em 17 de janeiro de 1904, 

CIRCO AMERICANO

Praça XV – Centro

Cinematographo Grand Prix

Em 14 de agosto de 1904, 

1907

SALÃO A BAILANTE

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo

Empresa Guidot

Em 06 de outubro de 1907, 

Praça de Touros 

Cinematographo Parisiense

Empresa E. Degani

Em 24 de novembro de 1907, 

1908

RECREIO INDEPENDÊNCIA 

Centro

Cinematographo Pathé

Empresa Chatain
Em 11 de janeiro de 1908, 

Theatro São Pedro Filmagem  

Praça da Matriz – Centro

Filmagem

Jacinto Ferrari
Em fevereiro de 1908, 

Salas Fixas

Primeira Sala Fixa

SALA RECREIO IDEAL 

Rua dos Andradas – Centro

Cinematographo

José Tours

Em 20 de maio de 1908, 

CINEMA RECREIO FAMILIAR

Rua da Praia – Centro

Empresa Filizio

Em 16 de agosto de 1908, 

CINEMA RECREIO FAMILIAR

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Empresa Filizio

Em 05 de setembro de 1908, 

CINEMA RECREIO MODERNO

Rua Demétrio Ribeiro – Centro
Em 17 de outubro de 1908,

Cinematographo Rio Branco
Em 18 de outubro de 1908,

Cinematographo Berlim
Em 08 de novembro de 1908, 

CINEMA VARIEDADES

Rua dos Andradas – Centro
Empresa Lumiere

Em 26 de novembro de 1908, 

1909
CINEMA SMART SALÃO

Rua dos Andradas – Centro
Em 02 de março de 1909, 

ROYAL CINEMA

Rua dos Andradas – Centro  

Em 1910,

CINEMA ODEON

Rua dos Andradas – Centro

A. Lewis e Cia

Em 06 de outubro de 1910, 

Theatro Polytheama – CINEMA COLYSEU 

Rua Voluntários da Pátria – Centro  

Em 17 de outubro de 1910, 

1911

PARISIENSE SALÃO

Rua dos Andradas – Centro  

Em 25 de março de 1911,

SALÃO COSMOPOLITA

Navegantes

Em 1911,

FAMILIAR

Rua da Azenha – Azenha

Em 1911,
1912

Cine-Theatro

SALÃO DEMOCRATA

Navegantes
Em 1912,
NOLLET

Rua da Margem – Arrabade do Riacho

Em 1912,

CINEMA FORÇA E LUZ

Navegantes
Em 1912, 

CINEMA AVENIDA

Rua da Ladeira – Centro  

Em 09 de novembro de 1912,

COSMOPOLITA

Avenida Germania - Navegantes 

THEATRO PETIT CASSINO

Em 04 de agosto de 1912,

1913

CINEMA IRIS

Rua dos Andradas – Centro 

Em 16 de abril de 1913, .

Cinema Iris CINEMA SELECTO

Rua da Praia – Centro 

CINE-THEATRO GUARANY

Rua dos Andradas – Centro
Em 29 de novembro de 1913,

Nollet – CINEMA BRAZIL

Rua João Alfredo – Riacho  

Projetor Brasil

Firma Hirtz e Rehn

Em 1913,

Cinematógrafo Hirtz

Eduardo Hirtz

Em 1913,

1914

CINE-THEATRO APOLLO

Rua da Independência – Moinhos de Vento

Januario Grecco e Eduardo Hirtz

Em 01 de abril de 1914, 

CINEMA COLOMBO

Avenida Cristóvão Colombo – Floresta

Firma Schilling e van der Halen

Em 24 de junho de 1914, 

CINEMA GARIBALDI

Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa

Pedro S. Motta

Em 08 de dezembro de 1914, 

Cinematógrafo Noivo

Em 1914,

1915

CINE-THEATRO COLISEU

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Em 1915, 

CINEMA PONTO CHIC

Avenida Eduardo – Navegantes

Em 1915, 1916

CINE-THEATRO HÉLIOS

Rua São Pedro – Navegantes

Entre 1915/1916,

CINE ROYAL

Parthenon
Em 1916,

THEATRO IRMÃOS HIRTZ

Endereço Correto (?)

Em 1915, CINE-THEATRO SELECTA

Rua da Praia – Centro

Em 1916,

1917

Recreio Ideal – CINE-THEATRO CARLOS GOMES

Rua dos Andradas – Centro   

Em 1917, 

CINEMA CENTRO CATÓLICO

Endereço (?)

Em 1917, 

CINEMA MARAVALHA

Balneário da Tristeza
Sócrates Gandolffi

Em 1917, 

Cinema Força e Luz – Incêndio  

Em 1917,
1918

CINEMA 1º DE MAIO

Navegantes

Em 1918, 

CINEMA VÊNUS 

Avenida Eduardo – Navegantes  

Em 1918,

Cinematographo Theresópolis

Em 1918,

CINEMA ORION

Avenida Bomfim – Bom Fim

Em 13 de julho de 1918,

CINEMA ÉDEN

Endereço Correto (?)

Em 191(?),
1919

Ponto Chic – CINE-THEATRO THALIA

Avenida Eduardo – São Geraldo

Eduardo Hirtz 
Em 20 de novembro de 1917,

1920

CINE PALAIS

Rua Cel. Genuíno – Centro  

Emilio B. Adam

Em 11 de dezembro de 1920,

1921

Cinema Variedades CINEMA CENTRAL

Praça da Alfandega – Centro

Irmãos Sirângelo

Em 05 de março de 1921, 

CINEMA RECREIO

Rua Nunes Machado – Menino Deus

Em 22 de outubro de 1921, 

 1922

Theatro Independência – Projeto 

Em 1922,

CINEMA MONT SERRAT

Floresta

Em 1922, 

CINE-THEATRO VARIEDADES

Rua 13 de Maio – Menino Deus

Em 28 de janeiro de 1922,

CINEMA NAVEGANTES 

Avenida Germânia – Navegantes

Cines Reunidos Ltda

Em 29 de abril de 1922,

CINE THEATRO REPÚBLICA

Rua Sete de Setembro – Centro 

Em 01 de agosto de 1922, 

Cinema ao Ar Livre

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza

Alberto do Valle

Em 1922,

SALÃO 7 DE SETEMBRO

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza

Alberto do Valle

1923

CINEMA AMÉRICA 

Avenida Redempção – Cidade Baixa

Em 1923, 

CINE-THEATRO CARLOS GOMES

Rua do Rosário – Centro 

Lourenço Romero e Augusto Sendzich

Em Abril de 1923, 

CINE-THEATRO ORPHEU

Rua Benjamin Constant – Floresta

Mendelski e Irmãos 

Em 03 de outubro de 1923, 

CINE-THEATRO CENTENÁRIO

Rua Vigário José Ignácio – Centro

Em 1923,

1924

CINE THEATRO MODERNO

Rua das Flores – Centro

Em 08 de junho de 1924,

CINEMA PAVILHÃO ELEGANTE
Em 05 de agosto de 1924, 

PAVILHÃO ELEGANTE

Endereço Correto (?)

Em 05 de agosto de 1924,

1925

Cinema Maravalha – CINEMA TRISTEZA

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Família Dariano

Em 1925, 

Cinema Tristeza – CINE GIOCONDA

Rua Wenceslau Escobar – Tristeza

José Dariano, Irmãos e Filipini

Cinema Palais – CINEMA PALÁCIO

Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa

Emilio B. Adam

Em 1925, 

1927

SALÃO GLÓRIA

Estrada do Belém – Glória

Paróquia de Nossa Senhora da Glória

Em 1927,
1928

CINE-THEATRO REAL

Estrada do Passo d`Areia

Em 1928,

CINE THEATRO YPIRANGA

Rua Cristóvão Colombo – Floresta

Dante Pianca

Em 1928, 

CINE THEATRO PETERSEN

Caminho do Meio

Em 1928,

CINEMA ORION

Avenida Bom Fim – Bom Fim  

Em julho de 1928,

CINE-THEATRO CAPITÓLIO 

Avenida Borges de Medeiros – Centro

José Luiz Failace

Em 12 de outubro de 1928, 

1929

CINE-THEATRO RIO BRANCO
Avenida Protásio Alves – Rio Branco

Petersen e Cia
Em 14 de fevereiro de 1929, 

 

Cinema América – CINE-THEATRO AVENIDA

Avenida Redempção – Cidade Baixa

Atilio Tedesco

Em 06 de junho de 1929, 

CINE-THEATRO VARIEDADES

Rua Andrade Neves – Centro

Em 10 de agosto de 1929, 

1930

CINEMA ROSÁRIO 

Rua Benjamin Constant – São João

Irmãos Py Dias

Em 1930,

CINEMA POPULAR SÃO JOÃO

Avenida Benjamin Constant

Em 17 de julho de 1930,

1931

CINEMA IMPERIAL

Rua dos Andradas – Centro

Empresa Cine Teatro Imperial Ltda

Em 18 de abril de 1931, 

CINEMA BALTIMORE

Avenida Bom Fim – Bom Fim

Emilio B. Adam

Em 03 de setembro de 1931, 

1935

Em 1935,

1936

Theatro Petit Cassino – CINEMA REX 

Rua dos Andradas – Centro

Darcy Bittencourt

Em 05 de março de 1936, 

1937

Studio Cinematográfico LEOPOLDIS FILMS

Avenida Praia de Belas – Menino Deus

Ítalo Manjeroni

Em 1937,

1938

Cine THEATRO Guarany – CINE RIO

Rua dos Andradas – Centro

Em 1938,

CINE ROXY

Rua dos Andradas – Centro

Em 09 de maio de 1938, 

1939

CINE-THEATRO CASTELLO

Avenida da Azenha – Azenha 

Em 27 de abril de 1939, 

1940

Darcy Bittencourt

Nos anos 1940,

CINEMA PETRÓPOLIS

Rua Carazinho – Petrópolis

Stefan Fricher

Em 01 de janeiro de 1940, 

VERA CRUZ CINE-THEATRO

Rua Andrade Neves – Centro
Irmãos Pianca

Em 04 de setembro de 1940, 

1941

Cinema Guarany – CINE-THEATRO RIO

Rua dos Andradas – Centro

Cia. Nacional de Cinemas

Em 1941, 

1942

CINEMA CRUZEIRO

Avenida Benjamin Constant – Floresta

Em 1942,

1943

Cine-Theatro Thalia – CINE-THEATRO RIVIERA

Avenida Eduardo – Navegantes  

Em 1943,

CINEMA BRASIL 

Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Empresa Cinematográfica Brasil Ltda

Em 19 de fevereiro de 1943, 

Cinema Cruzeiro – CINEMA ELDORADO 

Avenida Benjamin Constant – Floresta
Idel Russonsky Sobrinho

Em 31 de julho de 1943, 

1944
CINEMA RIVAL 

Avenida 24 de Outubro – Auxiliadora  

Gastão Jaeger Hennemann

Em 09 de julho de 1944, 

1947

CINEMA BALUARTE

Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira

Em 1947, 

Cinema Palácio – CINEMA MARABÁ

Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa

Firma Seidenberg e Cia. Ltda

Em 1947,

CINEMA AMÉRICA

Avenida Assis Brasil – São João

Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda

Em 02 de julho de 1947, 

1948

Cinema Baluarte – CINEMA CRISTO REDENTOR

Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor 

Em 1948, 

CINEMA ANCHIETA

Avenida Brasil – Navegantes

Em 1948, 

CLUBE DE CINEMA

Em 1948,

CINEMA RITZ

Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 06 de setembro de 1948, 

1951

Cinema Roxy – CINE ÓPERA

Rua dos Andradas – Centro

Paulo Geraldo M. Oliveira

Em 1951,

CINEMA CONTINENTE

Avenida João Pessoa – Cidade Baixa

Em 07 de dezembro de 1951, 

1952

CINEMA VILA JARDIM

Estrada do Forte – Vila Jardim

Em 1952, 

CINEMA MIRAMAR 

Rua Aparício Borges – Partenon
Joaquim Alvas da Silva

Em 04 de outubro de 1952, 

1953

CINE BELGRANO

Rua Heitor Vieira – Belém Novo

Em 1953,

Cinema Recreio – CINEMA OÁSIS 

Nunes Machado – Menino Deus

Domingos Pegorini

Em 27 de fevereiro de 1953, 

CINE TEATRO DE BOLSO – CTB

Rua Sete de Setembro – Centro

Em 17 de julho de 1953, 

Cine-Teatro de Bolso CINE PALERMO

Rua Sete de Setembro – Centro
David Intechmin

Em 09 de novembro de 1953, 

Cine-Teatro Vera Cruz – CINE VICTÓRIA

Avenida Borges de Medeiros – Centro 

Victor Kessler

Em 12 de setembro de 1953, 

CINE TEATRO MARROCOS 

Avenida Getúlio Vargas – Menino Deus

Darcy Bittencourt & Cia. Ltda

Em 26 de setembro de 1953, 

CINE-TEATRO TERESÓPOLIS

Avenida Teresópolis – Teresópolis

Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 03 de dezembro de 1953, 

1954

CINEMA REY

Avenida Assis Brasil – Passo D'Areia

Ray Fortes & Cia. Ltda

Em 26 de junho de 1954, 

CINEMA REX

Avenida Assis Brasil

Em 26 de junho de 1954,

1955

Cine Rio – CINE GUARANI

Em 1955,

CINEMA ESTRELA

Estrada do Forte – Passo da Mangueira

Atílio Fontinelli & Cia. Ltda

Em 1955, 

Salão Glória – CINE-TEATRO GLÓRIA

Estrada do Belém – Glória

Paróquia Nossa Senhora da Glória

Em 1955,

Cine Theatro Real – CINEMA OK 
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira

Ernani Dietrich

Em 1955, 

1956

CINE-ART

Praça Inácio A. da Silva – Belém Novo

Milton G. de Barros

Em 1956,

CINE-TEATRO CONTINENTE

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Cinematográfica Bittencourt Ltda

Em 12 de outubro de 1956, 

CINEMA POPULAR CINEMASCOTE

Rua Monsenhor Veras – Santana

Em 20 de outubro de 1956, 

 
1957

Cinema Popular – CINEMASCOTE

Rua Monsenhor Veras – Santana

CINEMA PAQUETÁ

Rua Borborema – Vila São José

Em 1957,

CINEMA TAMOIO

Avenida Cavalhada – Cavalhada

Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 06 de junho de 1957,

CINEMA MEDIANEIRA

Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 18 de junho de 1957,

CINE CACIQUE

Rua dos Andradas – Centro
Taba Cine Teatro S/A

Em 02 de setembro de 1957, 

CINE PIRAJÁ

Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Cine Pirajá Ltda

Em 16 de dezembro de 1957, 

CINE BELGRANO

Rua Heitor Vieira – Belém Novo

Em 1957, 

1958

CINEMA SARANDI

Avenida Assis Brasil – Sarandi

Em dezembro de 1958, 

CINEMA MÔNACO

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Hennemann & Nurchis

Em 21 de maio de 1958,

CINE-TEATRO PRESIDENTE
Avenida Benjamin Constant – Floresta

Em 16 de novembro de 1958, 

CINE IPANEMA
Avenida Flamengo – Ipanema

Lívio Onori Di Rocco e +2

Em 28 de novembro de 1958,

1959

CINEMA NIRVANA

Rua Ceará – São João

Em 1959,

CINE VOGUE

Avenida Independência – Independência
Em 01 de agosto de 1959, 

1960

CINEMA REX 

Rua Sete de Setembro – Centro
Em 29 de janeiro de 1960, 

Cinema Nirvana – CINEMA CEARÁ

Rua Ceará – Navegantes

Em 03 de maio de 1960,
CINEMA ATLAS 

Avenida Protásio Alves – Petrópolis

Em 11 de setembro de 1960, 

CINE ROMA

Avenida Princesa Izabel – Azenha

Em 24 de setembro de 1960, 

CINEMA PIRATINI 

Rua Vicente da Fontoura – Santana 

Em 19 de outubro de 1960, 
Cinema Oásis – CINEMA BRASÍLIA

Rua Barão do Triunfo – Menino Deus

Em 26 de novembro de 1960, 

Cine Medianeira – CINE ALVORADA

Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 26 de novembro de 1960,

1961

CINEMA ARCO IRIS

Em 1961,

CINEMA SAVIC

Em 1961,

CINEMA DOM BOSCO

Em 29 de março de 1961,

Cine Palermo – CINE RIVOLI

Rua Sete de Setembro – Centro  

Em 25 de abril de 1961, 

CINE MOINHOS DE VENTOS

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Em 30 de outubro de 1961,

1963

Cine Theatro Orpheu – CINE ASTOR

Avenida Benjamin Constant – São João

Em 1963, 

1966

Cine Moinhos de Vento – CINE CORAL

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Em 23 de outubro de 1966,

CINE SCALA

Rua dos Andradas – Centro 

No final dos anos 1960,

1968

CINE SÃO JOÃO

Avenida Salgado Filho – Centro

Em 09 de outubro de 1968, 

1969

Cine-Theatro Capitólio – CINEMA PREMIER

Rua Demétrio Ribeiro – Cidade Baixa

Em 1969,

Cine Garibaldi CINE ABC  

Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa

Em 1º de Janeiro de 1969, 

Cinema OK – CINE-TEATRO REAL

Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor

Em 02 de janeiro de 1969,

CINE REGENTE 

Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970,

1970

DRIVE IN EUCALÍPTOS

Rua Silvério – Menino Deus

Em 197(?), na década, no Estádio dos Eucalíptos

CINEMA DE BOLSO

Centro

Em 197(?),

Cine Vogue – CINEMA 1–SALA VOGUE

Avenida Independência – Independência

Nos anos 1970,

Cine Cacique – CINEMA SCALA

Rua dos Andradas – Centro

Em 14 de maio de 1970,

Cine Teatro Continente – CINE LIDO

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 22 de junho de 1970,

Cine Baltimore – CINEMA MINI BALTIMORE

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim

Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda.

Em 16 de setembro de 1970, 

CINE REGENTE 

Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970,

PARK AUTO CINE

Avenida Cel. Marcos – Ipanema

Em 13 de novembro de 1970,

1971

ARCO-ÍRIS CINEMAS

Mário Pintado

Em 1971,

1973

Centro Comercial João Pessoa

CINE CENTER 1 E 2

Avenida João Pessoa – Azenha 

Em 24 de março de 1973,

CINEMA AÇORES

Avenida Protásio Alves – Chácara das Pedras

Em 1974,

1975

Cinema Mini Baltimore CINE BRISTOL

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 01 de maio de 1975,

1980

Cine Coral – CINE CORAL 1 e 2

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Na década de 1980,

Cinema Premier – CINEMA CAPITÓLIO

Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
No início nos anos 1980,

PONTO DE CINEMA

Avenida Alberto Bins - Floresta

SESC

Em 15 de março de 1980,

1982

CINE CORAL 1 e 2

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Na década de 1980,

1984

SALA DE CINEMA MARIO QUINTANA

Rua dos Andradas – Centro  

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 1984,

1986

CINEMATECA PAULO AMORIM

Rua dos Andradas – Centro  

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 06 de agosto de 1986,

1987

Cine Avenida – CINE AVENIDA 1 e 2

Avenida João Pessoa – Cidade Baixa

Em 1987, 

CINEMA GUARANI – Reabertura 

Rua dos Andradas – Centro  

Em 03 de abril de 1987, 

SALA REDENÇÃO

CINEMA UNIVERSITÁRIO 

Campus Central – Centro

UFRGS

Em 22 de abril de 1987, 

SALA EDUARDO HIRTZ

Rua dos Andradas – Centro  

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 04 de agosto de 1987,

1988

Cine Baltimore e Cine Bristol

CINE BALTIMORE 1, 2, 3, 4

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 1988,

CINE ÁUREA

Avenida Júlio de Castilhos – Centro  

Fim década de 1980/1990,

1990

CINE VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Na década de 1990,

CINE LIDO 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Nos anos 1990, 

MULTICINE

Rua dos Andradas – Centro

Shopping Rua da Praia

Em 1990,

1991

GNC Bourbon Assis Brasil

Avenida Assis Brasil – São João

Em 11 de dezembro de 1991,

GNC Praia de Belas

Em 1991,

1993

SHOPPING IGUATEMI – 4 Cinemas

Avenida João Wallig – Passo d`Areia

GNC Cinemas

Em 1993,

1994

GNC Lindóia Shopping

Avenida Assis Brasil – Lindóia

Em 29 de abril de 1994,

1995

Cine-Theatro Capitólio – Preservado

Em 1995,

GUION CENTER CINEMAS

Rua Lima e Silva – Cidade Baixa

GUION Cinemas

Em 22 de junho de 1995, 

SALA NORBERTO LUBISCO

Travessa dos Cataventos – Centro

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 09 de novembro de 1995,

1997

GNC Iguatemi

Avenida João Wallig – Três Figueiras 

Em 1997,

GUION SOL

Avenida Cavalhada – Cavalhada  

GUION Cinemas

Em 08 de agosto de 1997, 

1998

CINEMARK Bourbon Ipiranga

Avenida Ipiranga – Jardim Botânico

Rede Cinemark

Em 16 de novembro de 1998,

1999

CINEMA VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 1999, 

CINE ATLAS

Avenida Júlio de Castilhos – Centro

Década de 1990,

SALA P. F. GASTAL

Avenida Pres. João Goulart – Centro 

Usina do Gasômetro

Em 25 de maio de 1999, 

Século XXI

2000

CINE APOLO

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Década de 2000,

GNC Moinhos Shopping

Rua Olavo B. Viana – Moinhos

GNC

Em 31 de julho de 2000,

2001

CINE SANTANDER

Rua Sete de Setembro – Centro  

Santander

Em 2001, 

ARTEPLEX Bourbon Country

Rua Túlio de Rose – Passo d’Areia  

Arteplex

Em agosto de 2001,

2004

AEROGUION 1, 2, 3

Em Novembro de 2004, 

Cinemas de Porto Alegre

·         AeroGuion - primeiro aeroporto do Brasil com salas de cinema (3 salas) 
Aeroporto Internacional Salgado Filho - Fone: 51 3358.2620

·         Arcoíris Boulevar - Av. Assis Brasil, 4320. Assis Brasil Strip Center - Fone: 51 3344.1483

·         Center - Av. João Pessoa, 1831. Shopping João Pessoa - Fone: 51 3223.4158

·         Cinemark - Bourbon Shopping Ipiranga, Av, Ipiranga, 5200. Fone: 51 3299.0850

·         Cinemark – Barra Shopping Sul - Av. Diário de Notícias, 300. Fone: 51 4003.4171

·         Cinesystem - Shopping Total - Av. Cristóvão Colombo, 545. Fone: 51 3314.7740

·         Arcoíris Bourbon Assis Brasil - Av. Assis Brasil, 164. Fone: 51 3362.3608

·         GNC Lindóia - Av. Assis Brasil, 3522. Fone: 3299.0505

·         GNC Moinhos - Moinhos Shopping - Rua Olavo Barreto Viana, 36. Fone: 51 3299.0505

·         GNC Praia de Belas - Shopping Praia de Belas - Av. Praia de Belas, 1181. Fone: 51 3299.0505

·         Cine Iguatemi - Av. João Wallig, 1800 - Shopping Iguatemi. Fone: 51 3299.0033

·         Arcoíris Rua da Praia Shopping - Rua dos Andradas, 1001. Fone: 51 3286.7701

·         Salas Paulo Amorim, Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco - Rua dos Andradas, 736 - Casa de Cultura Mário Quintana. Fone: 51 3221.7147

·         Sala P. F. Gastal - Usina do Gasômetro - Av. João Goulart, 551. Fone: 51 3212.5928

·         Sala Redenção - Campus Central da UFRGS - Av. Paulo Gama, 110. Fone: 51 3316.3034

·         Cine Santander - Av. Sete de Setembro, 1028. Fone: 51 3287.5500

·         Unibanco Arteplex - Av. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country. Fone: 51 3299.0624

·         Arcoíris Vitória - Av. Borges de Medeiros, 475. Fone: 51 3212.3474

2008

GNC Shopping Iguatemi

Avenida João Wallig – Passo d’Areia  

Em dezembro de 2008,

2009

CINEMATECA CAPITÓLIO

Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa

Em 2009, 

CINEBANCÁRIOS

Rua General Câmara – Centro
Em 15 de Outubro de 2009, 

2012

GNC CINEMAS 1, 2, 3, 4, 5, 6 

Avenida Praia de Belas – Praia de Belas

Em maio de 2012, 

2016

CINE VICTÓRIA 1 e 2 – Reabertura

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Em 2016,

2019

SALA EDUARDO HIRTZ

Travessa dos Cataventos – Centro

CCMQ

Em 17 de abril de 2019,

2020

CINE DRIVE-IN

Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas

Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana

Em 09 de junho de 2020,

2023

SALA PAULO AMORIM – CCMQ

Travessa dos Cataventos – Centro

Em 08 de março de 2023,

CULT CINEMAS VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros, 441 – Centro

Cristiane Brandolt & Diulia Rauber

Em 19 de julho de 2023,

CINESESC – Projeto ___O projeto prevê exibição de filmes com uma programação diversificada a todos os públicos.

Cinema Alternativo

1.CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

2.Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ)

___Um centro cultural que possui 3 salas de cinema, que por vezes exibem filmes alternativos. Sua história começa Sala Norberto Lubisco (1947-1993), Sala Paulo Amorim (1930-1986) e Sala Eduardo Hirtz (1878-1951).

Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

3.Cine Santander

Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

4.Cinemateca Capitólio

Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

5.Sala Redenção

Campus Central da UFRGS: Av. Paulo Gama, 110 – Farroupilha – Porto Alegre (RS)

6.Guion Cinemas

Rua General Lima e Silva, 776 – Cidade Baixa – Porto Alegre (RS)

CINESESC – Projeto

2024

Arcoplex Cinemas – Rede 

Na Capital, o grupo também controla o Porto Alegre Strip Center (com duas salas em reforma), o Rua da Praia 1 e 2, Arcoíris Bourbon Assis Brasil e administrava o Victoria 1 e 2.

2025

CINE CINCO

Avenida Ipiranga, 6681, Partenon – Prédio 5

PUCRS – FAMECOS

Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre

Porto Alegre Resiste, 2025

Ainda tem Cinema de Rua

Pesquisas, Consultas e Textos Adaptados

*Serão vários formatos de escrita da época para a mesma informação

*Somos sabedores – FALTA DADOS

Cronologia do Cinema

Porto Alegre
Apresentações, Locações, Salas de Apresentação, Theatros, Cine-Theatros, Cinemas, Cines, 3D, 4D, Assuntos de Cinema

Início

Século XVII

Prússia 

Lanterna Mágica

___É provável que a origem da Lanterna Mágica seja muito antiga, mas no século XVII o padre jesuíta alemão Athanasius Kircher foi quem a descreveu. Seu princípio é fazer aparecer, ampliado sobre uma parede branca ou tela estendida num lugar escuro, figuras pintadas em tamanho pequeno, em pedaços de vidro fino, com cores bem transparentes.

Século XIX

1833

Brazil

Photographie

Em janeiro de 1833, o fotógrafo, desenhista, tipógrafo e naturalista francês Antoine Hercule Romuald Florence (1804 – 1879) é considerado o “precursor brasileiro da fotografia”. Observando o descolorimento que sofriam os tecidos expostos à luz do sol e informado pelo jovem boticário (e futuro botânico) Joaquim Correia de Melo das propriedades do nitrato de prata, deu início às suas investigações sobre fotografia. Suas primeiras experiências com a câmera obscura encontram-se registradas no manuscrito “Livre d'Annotations et de Premier Matériaux”.

 

Hercule Florence (28.02.1804 (Nice/França) – 1879 (Campinas/Brazil), inventor de um dos primeiros métodos de fotografia do mundo, Coleção de Arnaldo Machado Florence

Hercule Florence

___Foi autor do mais antigo registro fotográfico existente nas Américas. Segundo seu biógrafo Estevão Leão Bourroul (1859 – 1914), a vida de Florence é a narração singela e comovente das peripécias, das descobertas, das viagens, que constituem uma das páginas mais interessantes dos anais contemporâneos.

‘De fato, o companheiro de Langsdorff e de Adriano Taunay, o continuador de Lacerda e Almeida, o êmulo dos bandeirantes paulistas, o inventor da poligrafia, do papel inimitável, da stereopintura, o descobridor, antes de Niépce e de Daguerre, da fotografia, o artista genial da zoofonia, e da nória hidropneumática ou hidrostática, é um desses vultos surpreendentes cuja originalidade, lhanesa e múltipla capacidade prendem e fixam de modo vivíssimo a atenção do historiador, despertando o entusiasmo do filósofo e do patriota, e são destinados , vencendo o mercantilismo da atualidade, a transpor os umbrais da severa e justa posteridade’ (Bourroul, 1900).

___Florence participou de 1825 a 1829 da Expedição Langsdorff e seus desenhos são considerados excelentes. Registrou a natureza e os Índios das regiões que atravessou. O diário minucioso que realizou da viagem traz algumas das mais importantes informações da expedição. A Expedição Langsdorff foi uma expedição russa, chefiada e organizada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff (1774 – 1852). Artistas e cientistas, percorreram, entre 1821 e 1829, mais de 17 mil quilômetros pelo interior do Brasil e realizaram um importante inventário do país. Alguns dos principais participantes foram, além do próprio Langsdorff e Florence, o artista francês Aimé-Adrien Taunay (1803 – 1828) e o alemão Johan Moritz Rugendas (1802 – 1858), os zoólogos francês Edouard Ménétriès (1802 – 1861) e o alemão Christian Friedrich Hasse (1771 – 1831), o astrônomo russo Néster Rubtsov (1799-1874) e o botânico alemão Ludwig Riedel (1790 – 1861).

 

Autorretrato de Hercule Flrence, 1855. Detalhe de um retrato de sua família, em Campinas

___O método fotográfico de Florence foi comprovado cientificamente pelo pesquisador brasileiro e emérito historiador da fotografia brasileira Boris Kossoy (1941 –), entre 1972 e 1976. Em meados de 1976, foi testado, com sucesso, nos laboratórios do Rochester Institute of Technology, nos Estados Unidos, sob a chefia do professor Thomas Hill. Em outubro de 1976, a pesquisa de Kossoy foi apresentada no III Simpósio da História da Fotografia, na George Eastman House, em Rochester. Foi a partir da pesquisa e do teste realizados por Kossoy, aos quais se seguiu a publicação, pelo pesquisador brasileiro, do livro: “1833: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil” (1980), que Hercule Florence tornou-se internacionalmente conhecido.

___Publicado nos Anais do Museu Paulista de dezembro de 2019 o artigo Revelando Hercule Florence, o Amigo das Artes: análises por fluorescência de raios X.  A física Márcia de Almeida Rizzutto, coordenadora do NAP-Faepah, atestou, com a ajuda do método conhecido como fluorescência de raios X por dispersão de energia (ED-XRF) para detectar a presença de elementos químicos que os manuscritos de Florence descrevem fielmente os processos de produção fotográfica por ele testados em 1833. Segundo Kossoy, foi a comprovação física daquilo que já se sabia do ponto de vista químico.

 

Hercule florence. “Epréuve Nº2 (photographie)”. Fotografia: Conjunto de rótulos para frascos farmacêuticos, 1833. Campinas, São Paulo / Acervo IMS

Expressão: Photographie

___Mais de 150 anos depois, o exame detalhado desse manuscrito por Boris Kossoy levou-o a comprovar o emprego pioneiro de Florence da palavra "Photographie", pelo menos cinco anos antes que o vocábulo fosse utilizado pela primeira vez na Europa.

1840

França – Paris 

Lanterna Quadrada

Auguste Lapierre

Em 1840, Auguste Lapierre, funileiro em Paris, fabricou a chamada Lanterna Mágica que consistia de uma lanterna de ferro estanhado, a "Lanterna Quadrada", que era comercializada desde 1843. 1888

Narrativa Filmada

Louis Le Prince

Em 1888, ocorreu a primeira narrativa filmada, criada por Louis Le Prince. Era um filme de dois segundos com pessoas andando no jardim de ruas de Oakwood, intitulado “Roundhay Garden Scene”.

1889

Brazil – São Paulo

Lanterna Mágica

Benjamin Schalch

Em 1889, chega a “Lanterna Mágica”, que ficou conhecida como “A Maravilha do Século”, trazida do exterior por Benjamin Schalch, que apresentava imagens com movimentos.

1891

França – Paris 

Lanterna de Projeção

Edouard Lapierre

Em 1891, seu filho Edouard Lapierre, criou um modelo para os adultos, a “Lanterna de Projeção", que permitia utilizar vistas fotográficas formato 8,5 X 10 cm.

Estados Unidos 

Cinetógrapho

Thomas Edison e William K. L. Dickson 

Em 1891, Thomas Edison inventou o Cinetógrapho e posteriormente o “Cinetoscópio”. Na realidade, foi William K. L. Dickson foi quem desenhou o sistema de engrenagens que permitia que o filme corresse dentro da câmera, sendo também o primeiro a obter, em 1889, uma rudimentar “imagem com som”.

Cinetoscópio

___O Cinetoscópio patenteado por Edison era uma caixa movida a eletricidade, que continha o filme inventado por Dickson, mas com funções limitadas, pois o “Cinetoscópio” não projetava o filme; tinha uns 15 metros de filme, e o espectador – individual – tinha que ver a imagem através de uma lente de aumento. O artefato, que funcionava depositando uma moeda, não pode ser considerado como um espetáculo público, mas apenas uma “curiosidade de salão”, que em 1894 se via em Nova Iorque (EUA), e antes do ano terminar, na Europa, em Londres, Berlim e Paris.

1895

França – Paris

Irmãos Lumiére

Em 1895, Paris, França, o cinema foi desenvolvido pelos Irmãos Lumiére, quando apresentaram o “Cinematógrapho”, e as bases do cinema como ele é ainda atualmente.

 

Auguste e Louis Lumière

Primeira Apresentação Paris

Cinematógrapho Lumière

Boulevard des Capucines

Em 28 de dezembro de 1895, a tarde, em Paris, França, a apresentação de cinema aconteceu no subsolo do Grand Café, do Boulevard des Capucines, em Paris, os Irmãos Lumière apresentaram seu invento apenas com “uma tela de tecido, uma centena de cadeiras, um aparelho de projeção colocado sobre um banco”, à entrada, uma faixa anunciando: - Cinematógrapho Lumière, valor de entrada 1 franco. O invento que era ao mesmo tempo “câmera, filmadora e projetor”, e na verdade é o primeiro equipamento que se pode chamar de “Cinema”, mediante a sua apresentação pública em Paris, o nome de seus inventores ficou conhecido internacionalmente como os pioneiros do cinema. Os irmãos Lumière produziram um grande número de curta-metragens documentais com êxito, com diversos elementos em movimento, tais como trabalhadores saindo de uma fábrica e um jardineiro regando plantas. Um dos seus mais efetivos exemplos de curta-metragem foi o que mostrava um trem correndo em direção ao espectador, que assustava o público. Quanto ao cinema de Edison, era mais teatral, apresentando números circenses, bailarinas e atores dramáticos que atuavam para as câmeras.

1896

França – Paris  

Georges Méliès

Em 1896, o ilusionista francês Georges Méliès demonstrou que o cinema não servia apenas para gravar a realidade, mas também para “criar a fantasia”. Com tais premissas, produziu filmes narrativos, dando início ao cinema de apenas uma bobina. Em um estúdio em Paris, Méliès rodou o primeiro grande filme encenado, com quase 15 minutos: "L’Affaire Dreyfus" (1899), e “Cendrillon”, com 20 cenas.

Primeira Apresentação Brazil

Brazil – Rio de Janeiro

Cinematógrapho

Rua do Ouvidor

Henri Paillie

Em 08 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, Brazil, as 14h00, “primeira exibição de cinema”, reduto das novidades urbanas no centro do Rio de Janeiro, no Brasil aconteceu, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, numa sala alugada do Jornal do Commercio, na Rua do Ouvidor, 57, foram projetados oito filmetes dos irmãos Lumière de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa, com um trem chegando à estação e trabalhadores saindo de uma fábrica. Entretanto, curiosamente, não se usou o “Cinematógrafo”, e sim o Omniographo, aparelho sobre o qual quase não há registros, mas que, provavelmente, era uma adaptação nacional de alguma das muitas máquinas que surgiram mundo afora na época do nascimento do cinema. Só a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos.

 

___Para a primeira projeção, utilizou-se de um Omniographo, mas por razões desconhecidas, os jornais da época anunciaram a novidade como sendo: - "aparelho que projeta sobre uma tela (...) diversos espetáculos e cenas animadas (...) série enorme de fotografias" de um Omniógrafo ou Omniographo ("abrasileiramento" do Cinematógrapho).

 

Omniographo

Brazil – Porto Alegre

Primeira Apresentação Porto Alegre

Scenomotographo – Photographias Animadas

Rua dos Andradas – Centro

Francisco de Paola

Em 05 de novembro de 1896, quatro meses depois da novidade chegar ao Brazil, é realizada a primeira apresentação de filmes ou filmetes, as chamadas “photographias animadas” ou “Vistas Alegre” em Porto Alegre por Francisco de Paola S. Xavier e Dewison.

 

Francisco de Paola S. Xavier

___Apresentaram na Rua dos Andradas, nº 349 (antigo), na antiga Pharmacia Jouvin, o Cinetoscópio ou "Scenomotographo", chamado por eles de "a última descoberta” de Thomas Edison.

 

Cinetoscópio

___Projetaram os filmes:

1.      O Bosque de Boulogne,

2.      A Dança Serpentina, e

3.      A Chegada do Trem na Estação de Lyon.

___O jornal Gazeta da Tarde informa que iniciam nesta data as apresentações do "Scinomatographo" de Francisco de Paola e S. Dawis as 16 horas e 30 minutos, na Rua dos Andradas (Rua da Praia),  349 (antigo).

Imprensa

Em 06 de novembro de 1896, o jornal A República reporta que Francisco de Paola e Dewison exibiram no dia anterior (05.11.1896) o "Scinomatographo" na Rua dos Andradas (Rua da Praia) em frente ao ponto dos Bondes, na Praça Senador Florencio.
Os filmes apresentados eram:
A Chegada de um Trem, O Bosque de Boulogne, e A Dança Serpentina, este último filme foi o que mais agradou ao público.

Segunda Apresentação Porto Alegre

Cinematographo Lumière

Rua dos Andradas – Centro

Georges Renouleau

___Três dias após a primeira da exibição do “Scenomotographo”, em Porto Alegre, o fotógrafo francês Georges Renouleau apresentou o Cinematógrapho dos Irmãos Lumiére em plena Rua da Praia. A história do cinema que principiou em Porto Alegre, teve como cenário uma cidade provinciana, com 52.421 habitantes em 1890, chegando a 73.647 em 1900 (IBGE, 1950).

Imprensa  

Em 07 de novembro de 1896, o jornal Gazeta da Tarde informa que a apresentação de fotografia animada, o "Cinematographo" de Georges Renouleau ocorrerá as 19 horas na Rua dos Andradas (Rua da Praia), 230 (antigo).

Em 08 de novembro de 1896, Georges Renouleau, volta a Porto Alegre como “empresário cinematográfico” e realiza a segunda exibição de cinema em Porto Alegre.

___Foram apresentados:

1.      O Carroção,

2.      Uma Criança Brincando com Cachorros, e

3.      Exercício de Equitação por Militares.

Nota:

- O jornal Correio do Povo reporta que recebeu convite de G. Renouleau para a exibição de seu aparelho de fotografia animada nesta data, as 19 horas na Rua dos Andradas, 230 (antigo).

 

Georges Renoleau

Georges Renoleau

- Georges Renoleau, francês, fotógrafo de profissão, esteve estabelecido em 1870, em Porto Alegre com um estúdio fotográfico na Rua Marechal Floriano (Rua de Bragança) nº 196.

- Por volta de 1890, muda-se para São Paulo onde monta um estúdio e se casa com a filha de outro fotógrafo, o francês Jules Martin.
Imprensa

Em 10 de novembro de 1896, o jornal A República traz notícias somente das exibições do Sr. Renouleau. Valor do ingresso, sendo 1 mil reis (1$000) por pessoa.
Brazil – Pelotas

Em 26 de novembro de 1896, após alguns dias em Porto Alegre Francisco de Paola S. Xavier segue para a cidade de Pelotas, onde faz apresentações com seu "Cinematógrafo".

Brazil – Porto Alegre

Biógrafo Aperfeiçoado

Herman Casler 

Em 1896, o aparelho denominado Biógrafo Aperfeiçoado”, foi desenvolvido originalmente por Herman Casler e trabalhava com filmes de bitola 60mm.

___Foi largamente utilizado durante alguns anos sendo que alguns exibidores o trouxeram a Porto Alegre por volta de 1900.

CIRCO ou PRAÇA DE TOUROS

Campos da Várzea – Cidade Baixa

Cinematographo

A partir de 1896, a arena de touros, nos Campos da Várzea (Parque Farroupilha) foi também palco para apresentação de “Cinematógraphos” em sessões noturnas.

___O cinema, por sinal, que de imediato ao chegar naquele ano caiu nas graças dos portoalegrenses, foi um dos responsáveis pelo rápido declínio das “touradas”, tanto que em torno de 1910 o Circo de Touradas haveria de ser desativado, enquanto que as “Salas de Cinema” se multiplicavam.
1897

Brazil – Rio de Janeiro

Salão de Novidades Paris

Rua do Ouvidor

Paschoal Segreto e José R. Cunha Salles

Em 1897, um ano depois, já existia no Rio de Janeiro uma “sala fixa de cinema”, o Salão de Novidades Paris, na Rua do Ouvidor, propriedade de Paschoal Segreto e José R. Cunha Salles.

Registro da 1ª sessão de cinema de rua no Brasil

Estados Unidos

Kinetoscópio

___O Kinetoscópio, foi o primeiro equipamento desenvolvido por Thomas Edison (EEUU) para a visualização de filmes. Era equipamento de uso individual e não projetava as imagens.

 

Thomas Edison

Kinetofone

___O Kinetofone agregava a possibilidade de ouvir sons simultaneamente com o desenrolar do filme. Era dotado de uma espécie de fone de ouvido.

Brazil – Porto Alegre

THEATRO SÃO PEDRO

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo
Faure Nicolay 

Em 24 de julho de 1897, o ilusionista e prestidigitador Faure Nicolay se apresenta no Theatro São Pedro, junto a Praça da Matriz vindo com a sua Companhia de Zarzuela.

___O "Cinematographo" exibido não era de boa qualidade.
Diaphorama Universal
Em 26 de julho de 1897, o jornal A Federação, comentando o espetáculo, informa que o
"Cinematographo" exibido não era de boa qualidade e que o "Diaphorama Universal" também não agradou.
Nota:
Brazil – Curithyba

- Faure Nicolay esteve também em Curitiba, de 25 a 30 de agosto de 1897, apresentando o seu "Diaphorama" e o seu "Cinematographo" e nessa capital, o espetáculo foi elogiado.

1898

Cinema Mudo Brasil

Brazil – São Paulo

Affonso Segretto e Pascoal Segretto

Em 19 de junho de 1898, o cinema mudo no Brasil, com os equipamentos e filmes trazidos para o Brasil pelos irmãos Affonso Segretto e Pascoal Segretto, que ao chegar no Rio de Janeiro imediatamente iniciaram a fazer imagens, no próprio porto. Os Segrettos foram, portanto, os pioneiros na captação de imagens em movimento no país, filmando eventos e cerimônias. Destaca-se, entre tais documentos, a visita do Presidente Prudente de Moraes, em 5 de julho de 1898. Em 13 de fevereiro de 1898, o médico José Roberto de Cunha Sales realiza uma das primeiras exibições do cinematógrafo em São Paulo. Em São Paulo, a primeira filmagem foi feita por Afonso Segretto em 20 de setembro de 1899, em uma celebração da colônia de imigrantes italianos.

Brazil – Porto Alegre

Theatro São Pedro – Apresentação

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo Lumiére

Companhia de Variedades

Em 09 de abril de 1898, a Companhia de Variedades do Theatro Lucinda, do Rio de Janeiro, estréia no Theatro São Pedro, apresentando o seu "Cinematographo Lumiére", como variedade ao espetáculo.

 

Theatro São Pedro - 1898

Imprensa

___O jornal A Reforma deste dia comunica que a Companhia de Variedades Dramáticas de Germano Alves vai se apresentar "hoje" no Theatro São Pedro. Informa que o espetáculo agradou ao público e que o "Cinematographo Lumiére" foi muito aplaudido.
Brazil – São Leopoldo

Em 26 de abril de 1898, o Jornal do Commércio informa que de Porto Alegre o "Cinematographo Lumiére", referido seguiria para a cidade de São Leopoldo.
Salas de Apresentação
Brazil – Porto Alegre

THEATRO POLYTHEAMA Porto-Alegrense 

Caminho Novo – Centro

Em 1898, Theatro Polytheama foi inaugurado nas esquinas do Caminho Novo (Rua Voluntários da Pátria) e Rua Pinto Bandeira.

___Muitas exibições de cinema ocorreram neste teatro.

___Em 1907, por volta, o Polytheama teve vida curta pois consta que foi condenado pelos engenheiros por estar com as fundações de madeira apodrecidas.

___Em 1908, o prédio foi demolido.
Nota:

- Neste lugar, bastante modificado pelos sucessivos aterros, encontra-se hoje o Edifício Coliseu na Praça Oswaldo Cruz.
- Em 1910, em seu lugar foi erguido o primitivo 
Theatro Colyseo (o antigo).

1899

Em 1899, a fotografia do fotógrafo amador Herr Colembusch mostra o Theatro Polytheama um ano após a sua construção que ocorreu em 1898.

 

Theatro Polytheama, vista do Guaíba – 1899

Aparelhos de Imagens Animadas

Em 1899, apareceram outros aparelhos e modelos que projetavam "vistas animadas" nos locais: 

·         Theatro São Pedro

·         Theatro Polytheama Porto-Alegrense,

·         Café Guarany.

___Nestes primeiros anos do final do século XIX, os principais lugares identificados como aparente apresentações como: - Theatro São Pedro (espaço da elite que incorporou outras camadas sociais quando passou a exibir filmes); Praça da Alfândega, Praça de Touros, Theatro Parque, Theatro Polytheama e Campo da Redenção. Casas de espetáculo que alternavam suas apresentações teatrais, musicais ou reservavam locais para exibição de filmes e filmetes.

Século XX

Filme Mudo – Cinema Sem Som

Tempo de Projeção

Na primeira década do século XX, o cinema ainda era uma forma de arte essencialmente visual. Os filmes nas salas de exibição eram acompanhados por “músicos ao vivo” ou “trilhas sonoras” executadas em sincronia. Este período, conhecido popularmente como a Era do Cinema Mudo, testemunhou a ascensão de cineastas como D.W. Griffith, cujo épico “O Nascimento de uma Nação” (1915) revolucionou a narrativa cinematográfica. O cinema mudo também viu o surgimento de grandes comediantes, como Charlie Chaplin e Buster Keaton, que dominaram as telas com sua habilidade física e timing cômico. Títulos icônicos continuam a ser admirados até hoje, mostrando como o silêncio pode ser uma linguagem universal e poderosa na sétima arte. Os filmes mudos eram mais lentos – normalmente com 16 a 20 quadros por segundo –, do que os filmes sonoros – com 24 quadros por segundo. Tal técnica era utilizada para acelerar a ação, em especial nas comédias. A lenta projeção de um filme a “base de nitrato” representava um risco de incêndio, pois como cada quadro era exposto por mais tempo sob o intenso calor da lâmpada de projeção; mas havia outros motivos para a projeção de um filme em um ritmo maior. Muitas vezes projecionistas recebiam instruções de distribuidores e diretores musicais sobre a velocidade particular com que as bobinas ou cenas deveriam ser projetadas. Em casos raros, geralmente para maiores produções, era providenciado para o projecionista um guia detalhado para a apresentação do filme. Os cinemas também – para maximizar o lucro – às vezes variavam as velocidades de projeção, dependendo da hora do dia ou da popularidade de um filme, para que o mesmo coubesse em um intervalo de tempo prescrito.

Nota:

- No suporte em película, a projeção de imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento terá de ser de no mínimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são simples imagens isoladas.

P&B e as Cores

___Com a falta de cor natural de processos disponíveis, os filmes do cinema mudo foram frequentemente mergulhados em corantes e tingidos de vários tons e matizes para sinalizar um humor ou representar a hora do dia. Cenas noturnas eram representadas em azul, enquanto amarelo ou âmbar significavam o dia. O fogo era representado em vermelho e o verde representava uma atmosfera misteriosa. Da mesma forma, a tonificação do filme (como era comum no cinema mudo a tonificação sépia), com soluções especiais, substituía as partículas de prata do filme com sais ou corantes de várias cores. Uma combinação de tingimento e tonificação poderia ser usada como um efeito que poderia ser marcante. Alguns filmes foram pintado à mão, como "Annabelle Serpentine Dance" (1894), do Edison Studios. Nele, Annabelle Whitford, uma jovem dançarina da Broadway, está vestida com véus brancos que parecem mudar de cor enquanto ela dança. Esta técnica foi projetada para capturar o efeito de performances ao vivo de Loie Fuller, a partir de 1891, em que o palco iluminado com gel colorido refletia sobre as roupas brancas em movimento artístico. Coloração à mão era usada frequentemente nos truques e fantasias dos filmes da Europa, especialmente os de Georges Méliès. Méliès começou seu trabalho mais cedo com tingimento a mão, em 1897, tendo em “Cendrillon”, de 1899, um dos primeiros exemplos de filme pintado à mão, em que a cor era uma parte crítica da cenografia ou mise an scene; para tonalizar era usada a oficina de Elisabeth Thuillier, em Paris, com equipes de artistas do sexo feminino adicionando camadas de cor para cada quadro, à mão. Uma nova versão restaurada de “Le Voyage dans la Lune”, de Méliès, originalmente realizado em 1902, mostra o uso exuberante da cor para fazer a textura da imagem.

Eletricidade

No início do século XX, como no Mundo, em Porto Alegre não foi diferente, a Intendência decidiu partir para a alternativa da “Eletricidade”, construindo uma “Usina Elétrica” para substituir o serviço do “querosene”.

___Enquanto que na zona Central ainda deveria permanecer atuando a Companhia Rio-Grandense de Iluminação a Gás.

1901

França

Lucifone

René e Maurice

De 1901, em diante, René e Maurice, filhos de Edouard Lapierre (1891), dirigiram o negócio das “lanternas”, lançando em 1903 o "Lucifone", que compunha-se de uma “lanterna mágica” e de um fonógrafo de cilindro, unindo imagem e som, fazendo “projeções sonoras” acompanhadas de cantos e risos.

Brazil – Porto Alegre

THEATRO DO PARQUE

Campo da Várzea – Cidade Baixa

Domingos Martins

Em 19 de janeiro de 1901, foi inaugurado o Theatro do Parque pelo Sr. Domingos Martins Pereira e Souza no recinto idealizado da Exposição Estadual de 1901, realizada no Campo da Várzea (Parque da Redenção).

___O Theatro do Parque realizava espetáculos ao ar livre como se pode observar pelas duas fotografias abaixo e muitas vezes eram montadas apresentações com "Cinematographo".

Nota:

- Mesmo com o término da Exposição Estadual o teatro continuou a promover espetáculos que, segundo registros, foram até 1912.

 

Theatro do Parque – Parque de Exposição – 1901

Exposição Estadual – 1901

Em 24 de fevereiro de 1901, foi inaugurada em grande pompa a Exposição Agroindustrial, no Campo da Várzea (Redenção), foi realizada nos terrenos que ficam atrás da antiga Faculdade de Engenharia, junto ao “espigão central” e atualmente ocupados por alguns prédios do antigo Campus Central da UFRGS.

 

Exposição Estadual realizada ao lado da Escola de Engenharia – 1901

Tela de Exibição

___Uma grande tela foi colocada nos fundos da Faculdade de Engenharia, em algumas noites, eram apresentadas películas cinematográficas.

___Era um ambiente muito aprazível principalmente nas noites de Verão e os espetáculos tinham afluência de grande público.
Theatro São Pedro

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo

Em 26 de fevereiro de 1901, o jornal Correio do Povo anuncia a estréia de um "Cinematographo" no Theatro São Pedro, com exibições diárias, ao preço de 1$000 por pessoa. Nas galerias o preço era 500 réis.
Nota:
- As exibições de filmes neste teatro foram realizadas
até 1909 e sofreram protestos por parte da elite conservadora e de alguns redatores de jornais.

- A fonte citada não especifica o motivo dos protestos. Essas críticas eram devidas ao fato do Theatro São Pedro estar sendo utilizado para projeção de filmes ao invés de apresentar peças teatrais.

1903

Theatro do Parque

Campos da Várzea

Cinematographo Aperfeiçoado

José Barruci

Em 17 de março de 1903, estréia do "Grande Internacional Biographo" ou "Cinematographo Aperfeiçoado" por José Barrucci no Theatro Parque, este teatro ficava próximo da Escola de Engenharia junto ao Campo da Várzea (Parque da Redenção).

 

Vê-se o Velódromo, a Praça de Touros, Exposição Estadual – 1901

Biógrapho Aperfeiçoado

José Barrucci

Em 16 de maio de 1903, anúncio no jornal Correio do Povo:

- Apresentação do “Biógrapho Aperfeiçoado” trazido a Porto Alegre pelo empresário José Barrucci.

 

Biógrapho Aperfeiçoado

1904

Cinematographo

Em 17 de janeiro de 1904, apresentação do “Cinematographo” na Praça da Alfândega (Rua da Praia), 311 (antigo), no Centro, apresentação:

·         O Admirável.

CIRCO AMERICANO

Praça XV – Centro

Cinematographo Grand Prix

Em 14 de agosto de 1904, o "Cinematographo Grand Prix" começa a ser apresentado no Circo Americano, sem endereço anunciado (mas ficou instalado durante anos no Largo do Mercado, na Praça XV em um pavilhão de madeira).

1907

SALÃO A BAILANTE

Praça da Matriz – Centro

Cinematographo

Empresa Guidot

Em 06 de outubro de 1907, o jornal Correio do Povo anuncia que a Empresa Guidot fará exibições do seu “Cinematógrapho Grand Prix” no Salão A Bailante, na Praça da Matriz (Praça Mal. Deodoro).

 

Salão A Bailante – 1900

Praça de Touros 

Rua da Concórdia – Cidade Baixa

Cinematographo Parisiense

Empresa E. Degani

Em 24 de novembro de 1907, o Jornal do Commercio reporta que a Empresa E. Degani exibirá o seu "Cinematographo Parisiense", na Praça de Touros existente na Rua Concórdia (Rua da Republica).

1908

Exibição Mambembe   

___Do período que se estendeu de 1896 até 1908, quando então, foi inaugurada a primeira sala fixa da cidade, o cinema era exibido em feiras, parques, prédios de comércio e theatros. Neste mesmo período, Fábio Steyer (1998) identificou aproximadamente 20 diferentes exibidores em Porto Alegre, compostos por empresas locais e nômades aventureiros, que faziam do espaço público da cidade, seu ganha pão por alguns dias.

Consumo de Energia Aumenta

___O crescimento da indústria impôs maior demanda de energia somada à iluminação dos lares. O aumento do consumo, impulsionou a “criação de uma pequena nova usina elétrica”, de pequena capacidade.

Luz Elétrica

___A implantação da “luz elétrica” – um dos símbolos mais fortes da modernidade – ao passo que substituiu paulatinamente os antigos lampiões à gás, viabilizou o aparecimento das primeiras salas fixas e, como não poderia deixar de ser, o Centro da cidade, espaço hegemônico por excelência por abrigar o comércio e as instituições públicas, foi privilegiado pela nova tecnologia e, consequentemente, pelas “primeiras salas de exibição” contempladas. Existiam a “locomácquinas” à vapor que se encaixava a tudo que precisava energia ou movimento.

Usina Elétrica Municipal

Em 1908, entra em funcionamento a Usina Elétrica Municipal na Rua Voluntários da Pátria com a Rua Cel. Vicente.

RECREIO INDEPENDÊNCIA 

Centro

Cinematographo Pathé

Empresa Chatain
Em 11 de janeiro de 1908, estréia no Recreio Independência o "Cinematographo Pathé" da Empresa Chatain.
Theatro São Pedro – Filmagem

Jacinto Ferrari
Em fevereiro de 1908, o carnaval deste ano é filmado pelo fotógrafo Jacinto Ferrari, destacando a Sociedade Carnavalesca Esmeralda (sociedade da elite tradicional de Porto Alegre), sendo que os filmes foram apresentados no Theatro São Pedro com bastante sucesso.

Primeira Sala Fixa

SALA RECREIO IDEAL 

Rua dos Andradas – Centro

Cinematographo

José Tours

Em 20 de maio de 1908, inaugura a Sala Recreio Ideal na Rua dos Andradas, nº 321 (antigo) depois 313/315 (atual Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça da Alfândega, propriedade de José Tours, representante de uma fábrica espanhola de “aparelhos Cinematográficos”.

___Esta foi a “primeira sala fixa de cinema” da cidade e apresenta sua 1a. sessão, dedicada à imprensa da capital.

___Conforme Alice Dubina Trusz, em seu livro “Entre Lanternas Mágicas e Cinematógrafos”, refere a primeira sala permanente para projeções, o Recreio Ideal, onde houve uma pré-estreia para a imprensa.

___Os filmes apresentados foram:

1.      Chegada de Elliu Root ao Rio de Janeiro,

2.      Trechos do Rio de Janeiro, e

3.      Funerais do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luis Felipe.

___Conforme um jornal da época:

“O salão está muito bem preparado e tem grande número de cadeiras, sendo os trabalhos de cenografia executados pelo conhecido cenógrafo Alfredo Tubino. O aparelho cinematográfico é, sem dúvida, o melhor que até agora veio a esta capital, não se notando nas projeções a mínima trepidação.”

Nota:

- O cenógrafo, Tubino, era o mesmo que pintava as bocas de pano do Theatro São Pedro, e que se tornara muito popular na cidade por seu trabalho na decoração de salões e de carros alegóricos para o carnaval.

___E eram dois os preços dos ingressos, conforme a escolha das acomodações de “primeira ou segunda classe”. Os espetáculos eram sempre noturnos, entre 18h30 e 23 horas.

Sala Recreio Ideal – Aberta ao Público 

Em 21 de maio de 1908, no dia seguinte, a Sala Recreio Ideal abriu para o ansioso público porto-alegrense, com seus 135 lugares colocados à disposição, e apresentava uma programação mais definida, com horário fixos: as sessões aconteciam às 15 e às 16 horas (matinês), e às 18h 30min e às 23 horas (soirées).  

Imprensa

Em 21 de maio de 1908, conforme o jornal Correio do Povo, a notícia sobre a apresentação do dia 20 saiu no diário do dia 21/05/1908. Coluna: - " ARTES E ARTISTAS" (Texto do jornal Correio do Povo, grafia da época):
"Recreio Ideal – Como noticiamos, realisou-se hontem, a funcção que o senhor Tous, proprietário do Recreio Ideal, dedicára á imprensa. O salão está muito bem preparado e tem grande número de cadeiras. O apparelho cinematographico é, sem dúvida, o melhor que, até agora, veiu a esta capital, não se notando nas projecções a minima trepidação. Todas as fitas exhibidas agradaram, immensamente, sobretudo as que reproduziam a chegada de Elihu Root, ao Rio de Janeiro, diversos lindos trechos dessa capital e os funerais del-rei d.Carlos e do principe real d.Luiz Felippe.
Hoje, o público poderá gosar das diversões do
Recreio Ideal, que funcciona á rua dos Andradas n. 321."

Sala Recreio Ideal – Matinês

A partir de 21 de maio de 1908, o Recreio Ideal passou a apresentar "sessões à tarde" (matinês) para o público.
Sala Recreio Ideal – Novo Proprietário

Eduardo Hirtz e Cia  

Em julho de 1908, o Sala Recreio Ideal passou a ser propriedade de Eduardo Hirtz e Cia. de Francisco Damasceno Ferreira e Eduardo Hirtz

 

Francisco Damasceno Ferreira

___Este adquiriu, juntamente com Eduardo Hirtz, o Recreio Ideal pouco tempo depois de sua inauguração.

Meia-entrada – Estudantes

___ Eduardo Hirtz tornou-se uma figura muito popular na cidade principalmente entre os estudantes pois instituiu a “meia-entrada” e consta que foi “carregado nos braços” na Rua da Praia.

 

Emma Augusta Barth Besseler

Nota:

- Após aberta a primeira sala Recreio Ideal, no mesmo ano ainda apareceram as salas Variedades, Recreio Familiar, Smart-Salão, Berlim, Recreio Moderno e Rio Branco. Todos na Rua da Praia, com exceção do Recreio Moderno, que localizava-se na Rua Demétrio Ribeiro.

Imprensa

___A imprensa registrava:

“Com aparelhagem cinematográfica de feitura moderna e engenhosa, possuindo uma coleção de vistas novas, de belos e surpreendentes efeitos. Os espetáculos serão diários, das 7 às 11 horas da noite, e as entradas serão facultadas somente a cavalheiros e famílias.”

___A localização dos primeiros cinemas no Centro de Porto Alegre – e, particularmente na Rua da Praia, junto à Praça da Alfândega – irá marcar esse espaço. No início do século XX, os theatros, cine-theatros e cinemas compunham, nesta localização, o contexto social porto-alegrense. As conversas dos amigos, na rua, passaram a fazer parte do cenário local. Antes ou depois do cinema, a passagem pela “café ou confeitaria” era obrigatória.

Filmes Mudos

Emma Augusta Barth Besseler

___Nascida na Alemanha, lecionava aulas de piano, era a pianista do Recreio Ideal, pois nesta época os “filmes eram mudos” e tinham a “música ao vivo”, como acompanhamento da exibição. 
Nota:

- Francisco Damasceno (proprietário da sala) e Emma Augusta Besseler se casaram, alguns de seus descendentes vivem em Porto Alegre (2012).

CINEMA RECREIO FAMILIAR

Rua da Praia – Centro

Empresa Filizio

Em 16 de agosto de 1908, o jornal Correio do Povo noticia a abertura do Cinema Recreio Familiar, na Rua dos Andradas, 327 (antigo), atual Rua dos Andradas, 1097.

Nota:
- Segundo, ainda em 
1908, esse cinema se mudou para a Rua Voluntários da Pátria.
CINEMA RECREIO FAMILIAR

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Empresa Filizio

Em 05 de setembro de 1908, foi inaugurado o Cinema Recreio Familiar, da Empresa Filizio, na Rua Voluntários da Pátria, nº 98, no Centro.
CINEMA RECREIO MODERNO

Rua Demétrio Ribeiro – Centro
Em 17 de outubro de 1908, ocorre a abertura do 
Cinema Recreio Moderno, na Rua Demétrio Ribeiro, nº 267 (atual 1151), no prédio onde funcionava o Café Aliança.
Cinematographo Rio Branco
Rua dos Andradas – Centro

Em 18 de outubro de 1908, exibição do "Cinematographo Rio Branco", na Rua dos Andradas, nº 477 (atual Rua dos Andradas, 1449).
Cinematographo Berlim
Rua dos Andradas – Centro

Em 08 de novembro de 1908, estréia do "Cinematographo Berlim", na Rua dos Andradas, nº 305 (antigo), atual Rua dos Andradas 1041.

CINEMA VARIEDADES

Rua dos Andradas – Centro
Empresa Lumiere

Em 26 de novembro de 1908, inauguração do Cinema Variedades, em “sessão fechada” para experiência, da Empresa Lumiere, na Rua dos Andradas, nº 343 (antigo), (atual rua dos Andradas, 1152).

 

Cine Variedades, Largo dos Medeiros

Nota:

- Neste prédio em 1921, será instalado o Cinema Central, “grande ícone” do Centro em sua época.
1909

Estados Unidos

Entre 1909 e 1912, a indústria nascente do cinema estava sob o controle de um “trust”, do monopólio estadunidense, a MPPC (Motion Pictures Patents Company), formado pelos principais produtores. Esse grupo estipulou a duração dos filmes a um ou dois rolos ou bobinas e negou aos atores que aparecessem seus nomes nos créditos.

Brazil – Porto Alegre
CINEMA SMART SALÃO

Rua dos Andradas – Centro
Em 02 de março de 1909, entra em operação o 
Cinema Smart Salão, localizada na Rua dos Andradas, 327 (antigo), perto da esquina com a Rua Paissandu (Rua Caldas Junior), no térreo do prédio do antigo Hotel Brasil, que ficava de frente para a Praça da Alfândega (ou Praça. Senador Florêncio), depois foi construído no mesmo local o Grande Hotel.

___Uma curiosidade: - seus freqüentadores poderiam escolher entre ingressos na primeira ou na segunda classe. Da primeira, os primeiros, assistiriam o “film” da maneira tradicional; quem optasse pela segunda classe, sentaria atrás da tela, ou seja, veria as imagens com os movimentos invertidos. Por esta razão, pagaria pelo ingresso metade do valor.

Em 06 de março de 1909, o jornal Correio do Povo, traz notícias sobre a inauguração do Cinema Smart Salão.

Filme: – Ranchinho do Sertão

Primeira Película Gaúcha de Ficção

No dia 27 de março de 1909, “data oficial do Cinema Gaúcho”, foi exibido o primeiro filme de ficção no Rio Grande do Sul, cujo título é “Ranchinho do Sertão”.

___O pioneirismo do Cinema Gaúcho, no Estado do Rio Grande do Sul, remete-nos aos nomes de:

·         Eduardo Hirtz, Francisco Santos, Carlos Comelli, Laffayete Cunha, Emílio Guimarães, entre outros.

Em 19 de agosto de 1909, segundo o jornal Correio do Povo:

a)      O Hotel Brasil (localizado na Rua General Câmara) mudou de nome para Grande Hotel em 1908;

b)      O outro prédio que também se chamou Grande Hotel, na esquina da Rua dos Andradas com a Rua Paissandu (Rua Caldas Junior), foi construído em 1924.

Nota:

- Nos anos 1970, o prédio do Hotel Central após o grande incêndio anos antes, foi demolido, no seu lugar construiu-se o Rua da Praia Shopping.

Filme Gaúcho de Ficção

Cinema Recreio Ideal

Filme: – Ranchinho de Palha
Em 27 de março de 1909, estréia no 
Cinema Recreio Ideal o filme de “curta metragem” (duração de 4 min), um drama chamado "Ranchinho de Palha", diretor Eduardo Hirtz.
Notas:

1.Segundo, este foi o primeiro filme gaúcho de ficção, a abordar o “homem do campo”. É baseado em um conto do escritor rio-grandense Lobo da Costa.

2.Segundo, os atores foram: Carlos de Araújo Cavaco e sua esposa Alcides Luppi, o Sr. Machado e Ernesto Weyrauch.

Cinema Recreio Ideal – Novo Endereço

Em 28 de maio de 1909, conforme o jornal Correio do Povo, o Recreio Ideal havia passado a funcionar na Rua dos Andradas, 309, desde 27/05/1909.

Cinema Smart Salão

Filme: – FootBall Desastrado

Em 24 de novembro de 1909, se anuncia o filme “FootBall Desastrado”, na sala de Cinema Smart Salão.

Investimento

___No tocante a investimento, instalar uma “sala cinematográfica”, antes dos anos 1910, supunha um certo arrojo, um certo capital:

“Para instalar uma sala dessas seriam necessários, no mínimo, um equipamento de geração de energia, porque a rede elétrica surgiu em Porto Alegre apenas em 1907. Então, a iluminação das salas teria que ser assumida pelo empresário, com um gerador próprio. Além disso, precisaria ter um equipamento para ventilar – ao menos no verão – como parte da infraestrutura necessária.”

1910

Incipiência do Mercado

___Nas primeiras décadas de cinema em Porto Alegre, viu-se uma grande “rotatividade de salas”. Este fato vem a demonstrar a incipiência de um mercado que, embora muito promissor, renovava-se incessantemente devido às constantes descobertas tecnológicas que tornavam obsoletas salas recém inauguradas. Por outro lado, o cinema ainda não havia encontrado um público fiel; por este motivo, grande parte dos espaços de exibição funcionavam como cine-theatro, prática que se estenderá, com menor intensidade, seguindo até a década de 1960.

Na década de 1910, multiplicam-se as salas e os novos pontos de exibição passam a apresentar características arquitetônicas mais específicas à função “cinematográfica”. As casas não abandonam, entretanto, a sua condição de teatros, apresentando da óperas às variedades, entre um filme e outro. Surgem como salas exibidoras o Odeon, o Colyseu, o Avenida (Rua General Câmara), o Íris (mais tarde Cine Selecto), o Cine-Theatro Apollo, o Colombo, o Guarany, o Petit Cassino – mais tarde Cine-Theatro Rex. As novas casas mostram que nem a Primeira Guerra Mundial atrapalharia a expansão da indústria cinematográfica. O conflito europeu atinge mais profundamente a incipiente produção local, já que dificulta a importação de filme virgem.

Cinema Recreio Ideal – Único Aberto
Em 1910, no início deste ano, apenas o 
Cinema Recreio Ideal permanecia em atividade no Centro de Porto Alegre.

___Os demais haviam fechado suas portas.

ROYAL CINEMA

Rua dos Andradas – Centro  

Em 1910, foi aberto o Royal Cinema, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), 230, sem mais informações.

Recreio Ideal – Reforma
No final de 1910, o
Recreio Ideal fechou por alguns meses para reforma.
CINEMA ODEON

Rua dos Andradas – Centro

A. Lewis e Cia

Em 06 de outubro de 1910, a tarde, inauguração do Cinema Odeon, na Rua dos Andradas, nº 447-449 (antigo), atual Rua dos Andradas 1383 e 1389, de propriedade de A. Lewis e Cia. Numa sessão para convidados, que brindaram ao evento com champanha. A noite, a casa abriu para o público em geral. A sala possuía 170 poltronas (1a. classe) e 100 cadeiras de palha (2a. classe). Na segunda classe, o ingresso era significativamente mais barato. Independentemente do local, todos desfrutavam da selecionada orquestra de dez ou doze “professores” que sonorizava as sessões, “eletrizando as passagens ou dando dimensão as imagens”, sob direção do professor Angelo Tagnin. O Odeon era conhecido na cidade porque, após às onze horas, apresentava sessões só para homens, “certamente com os na época denominados ‘fortes’ ou ‘livres’, com ‘nus artísticos’ ou temas científicos sobre doenças venéreas.”

___Os filmes apresentados nessa sessão inaugural foram:

·         Fucino,

·         A Vingança de um Taverneiro,

·         Guilherme Rattcliff, e

·         Os Óculos da Bruxa.

___A imprensa, no dia seguinte, relatava: “O Odeon está magnificamente instalado, em vasto e elegante salão guarnecido de grande número de ventiladores, bem iluminado e bem mobiliado, com 170 confortáveis poltronas, para espectadores de primeira classe, e 100 cadeiras de palhinha para os de segunda.”

Nota:

- O Odeon sucumbiu com a abertura da nova Avenida Borges de Medeiros.

Theatro Polytheama – THEATRO COLYSEO 

Rua Voluntários da Pátria – Centro  

Irmãos Petrelli

Em 17 de outubro de 1910, inauguração do Theatro Colyseo (o antigo), propriedade dos Irmãos Petrelli, na Rua Voluntários da Pátria, nº 430, esquina Rua Pinto Bandeira, em frente ao Largo Oswaldo Cruz, no Centro. O primeiro prédio do Theatro Colyseo (...) um grande e belo barracão, fantasiosamente enfeitado” – no mesmo local, a construção de forma sextavada com teto em abóboda, misto de madeira e alvenaria, o Colyseo segundo o historiador Olynto Sanmartin, em que funcionava o Theatro Polytheama.

 

Fotografia: Virgílio Calegari. Theatro Coliseu, década de 1910. Acervo do MJJF. Foto 177f.

Cine-Theatro Colyseo 

___ Criado para “Polytheama”, a programação da casa logo mesclava a exibição de espetáculo ao vivo com a do “cinematógrafo”, funcionando como theatro, logo a casa era conhecida como “cine-theatro”, com seus 1.410 lugares.

 

Cinema Colyseo

Nota:

- As salas de cinema de 1910, Odeon, Royal e o Colyseo como cinematógrapho, fecharam um ano após a abertura ou inauguração.

1911

Empreendedores

Em 1911, se destaca entre os novos empreendedores dos cinemas: - Eduardo Hirtz que a partir de 1911, em associação com Damasceno Ferreira e Cia, participa do maior complexo regional de distribuição, que envolve cinemas na cidades: - Pelotas, Bagé, Santa Maria, Rio Grande e Rio Pardo. Além de distribuidor e exibidor, ele associa um terceiro e importante papel: - o de “produtor cinematográfico”. Pioneiro na produção local, ele iniciou registrando em película festas familiares e quermesses, e acabou envolvido em projetos bem mais ambiciosos.

Cinema Recreio Ideal – Reabre  

Em fevereiro de 1911, Cinema Recreio Ideal, na Rua dos Andradas, n° (?), reabriu após as obras, tornando a sala mais confortável. Destes pioneiros, o Recreio Ideal foi o que permaneceu por mais tempo em funcionamento. Talvez sua sobrevivência se deva a sua ligação ao grupo Pathé que (...) além de fabricar o cinematógrapho, com a industrialização de suas realidades reconstituídas, seus dramas e comédias longos, passaria a dominar por vinte anos o mundo do cinema, alugando, distribuindo seus filmes internacionalmente a preços módicos.”

PARISIENSE SALÃO

Rua dos Andradas – Centro  

Em 25 de março de 1911, é aberto o Parisiense Salão, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), n° 393.

SALÃO COSMOPOLITA

Avenida Germania – Navegantes

Em 1911, inaugura o Salão Cosmopolita, Avenida Germania, (?), no Navegantes.

FAMILIAR

Rua da Azenha – Azenha

Em 1911, é aberto o Familiar, Rua da Azenha, n° 89, na Azenha, sem mais informações.

Valores Sociais

___Se a população entregava-se de corpo e alma aos novos modos de vida burgueses e ao cinema, alguns se preocupavam com a novidade. Como Achylles Porto Alegre, em uma de suas crônicas sobre a cidade:

“O frio é intenso, mas, de instante em instante, ouço vozes femininas e rumores de passos na rua; são famílias que vão para o cinema, porque a ‘arte do silêncio’ é o hoje a cachaça de toda gente, e a loucura do belo sexo. O cinema pode se dizer acabou de matar a vida em família, que há muito tempo já vinha perdendo o seu encanto e desaparecendo. (...) A hora em que escrevo, muitos lares estão desertos, porque as salas de cinema estão repletas.”
1912

Estados Unidos

Em 1912, o chamado “trust” de 1909, foi desfeito com êxito, com a “Lei Antitrust” do governo do EUA, que permitiu aos produtores independentes terem suas próprias companhias de distribuição e exibição, dando ao público obras de qualidade, tais como "Quo vadis?" (1912, de Enrico Guazzoni), da Itália, e "La reina Isabel" (1912), da França, protagonizada pela atriz Sarah Bernhardt.

Apresentação de Cinematógrapho

___Uma das características mais importantes quanto o mercado exibidor é que não se restringia as salas de cinema. Seguidamente o “cinematrographo” era parte importante dos programas de festas e comemorações civis e religiosas. Nas festas em homenagem ao Divino Espírito Santo, por exemplo, ele era um dos pontos culminantes dos festejos populares. De manhã e à tarde, aconteciam as celebrações religiosas. À noite, na Praça d Matriz, havia um espécie de feira, como uma quermesse, com a venda de comidas e bebidas, jogos, carrossel, roleta, etc., terminando com a exibição de filmes e depois fogos de artifício (um preferência em Porto Alegre. Sobre a Festa de Navegantes, o jornal “Echo Povo” anunciava o seguinte, em 1913: “Com desusado brilho e imponência, realisou-se hontem a festa dos Navegantes. Às 10 horas foi transladada por via fluvial a margem da padroeira que estava na egreja do Rosario, para egreja do Navegantes. (...) À noite, houve leilão, cinematographo, fogos de artificio, etc. A concurrencia foi enorme.”

Em 1912, o cinema também fez parte das comemorações de 15 de novembro. (Echo do Povo, Noticiário, 18/11/1912). Os exibidores permaneciam enquanto houvesse platéia. O cinema era uma atividade complementar e convivia com outras atividades comerciais. Nos teatros, o “cinematrographo” fazia parte da programação das companhias de variedades, das companhias de revistas.

Brazil – Porto Alegre

Theatro

Em 1912, os theatros existentes em Porto Alegre estavam deficientes: 

·         Theatro São Pedro na Praça da Matriz,

·         Theatro Eldorado, endereço (?) estavam em situação precária,

·         Theatro América, endereço (?) era um barracão de madeira.

Cine-Theatro

Em 1912, surgem os “primeiros cine-theatros” que eram prédios e salas mais requintadas e suntuosas, grande hall, camarotes, balcões ou galerias, cadeiras no térreo.

SALÃO DEMOCRATA

Navegantes
Em 1912, inaugura o
 Salão Democrata, Rua São Pedro, esquina Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt) n° (?), no São Geraldo.
Nota:
- Em 
19 de fevereiro de 1914, o cinema promoveu em seus ambientes uma festa para a Rainha da Sociedade Carnavalesca Filhos das Ondas, venceu a senhorita Hercilia de Gerone.
SALÃO NOLLET

Rua da Margem – Arrabalde do Riacho

Em 1912, foi aberto o Nollet, na Rua da Margem (Rua João Alfredo), 178, próximo à Rua Luiz Afonso, na Cidade Baixa.

CINEMA FORÇA E LUZ

Avenida Eduardo – Navegantes

Barth & Cia.
Em 1912, inaugura o 
Cinema Força e Luz, propriedade da Barth & Cia., na Avenida Eduardo (Av. Presidente Roosevelt),54, no Navegantes (mesmo nome do Time de Foot-Ball da cidade).

Filme: Documentário de Eduardo Hirtz

Em 10 de fevereiro de 1912, destacando a exibição do documentário porto-alegrense de Eduardo Hirtz: - “Recepção do Senador Pinheiro Machado”, no Cine-Theatro Odeon (O Diário, 10/02/1912).

THEATRO PETIT CASSINO

Rua dos Andradas – Centro

Antônio Ferreira Tavares

___Em 1910, a planta do edifício provocou muita controvérsia, já que uns afirmavam ter sido ela de autoria de Jesus Corona, arquiteto que há pouco havia chegado ao Brasil, enquanto outros diziam ter sido a planta encomendada pelo proprietário Antônio Ferreira Tavares (rico estancieiro) diretamente de Paris. A construção do prédio do Petit Cassino levou exatamente dois anos. Segundo o pesquisador Todeschini, o Petit Cassino, possuía características semelhantes ao Cine-Theatro Guarany, mas sua fachada era neoclássica. De Francesco relata que em torno de 1918 – o Petit Cassino já fechado como cinema – o pintor paulista Torquato Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra que teria agradado ou público e resultado em ótimas vendas. Em 1937 transforma-se em Cine Theatro Rex, num “simulacro da cultura francesa para a americana”.

Theatro Petit Cassino – Inauguração 

Em 04 de agosto de 1912, tendo sido inaugurado o Petit Cassino, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), 343, com a presença de duas companhias teatrais famosas em seu tempo. Uma delas era constituída por um elenco dirigido por Abigail Maia, que coroou de extraordinário êxito sua temporada no Petit Cassino que desde logo, se tornou um centro artístico e social dos mais procurados pela elite porto-alegrense.

Theatro Petit Cassino – Imprensa

___Sua inauguração provocou manchetes nos jornais e, pode se afirmar, que foi o acontecimento artístico de maior repercussão em 1912.

Nota:

- De Francesco relata que em torno de 1918 – o Petit Cassino já fechado como cinema – o pintor paulista Torquato Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra que teria agradado ou público e resultado em ótimas vendas. Em 1937 transforma-se em Cine Theatro Rex, num “simulacro da cultura francesa para a americana”.

CINEMA AVENIDA

Rua da Ladeira – Centro

Eduardo Victotino  

Em 09 de novembro de 1912, é aberto o Cinema Avenida, propriedade de Eduardo Victorino, Rua da Ladeira (Rua General Câmara), n° (?), no Centro.

COSMOPOLITA

Avenida Germania 

Em 19 de novembro de 1912, surge o Cosmopolita, na Avenida Germânia (Rua Cairú), n° (?), no arrabalde operário dos Navegantes.

1913

Empregabilidade da Época

___Os cinemas empregavam muito mais pessoas que na atualidade.

Em 1913, trabalhava no Recreio Ideal pelo menos 15 pessoas:1 gerente, 2 operadores, 1 ajudante de operador, 1 bilheteiro, 2 porteiros, 1 maestro e o músicos da orquestra (O Independente, 07/06/1913).

Nota:

- Em 1999, o Sindicato das Empresas Cinematográficas de Porto Alegre, cada sala gera 5 empregos diretos. Na década de 1910, havia mais despesas com funcionários e também maior público. Todos os programas eram impressos e distribuídos às pessoas na rua.

Músicos e Orquestras

___Embora gerando muitas palavras e conversas entre os seus aficionados, os filmes ainda eram mudos. Um ou dois músicos – ou até pequenas orquestras – encarregavam-se da tarefa de construir o clima sonoro; os músicos deveriam eletrizar as passagens tensas ou construir a atmosfera romântica para as cenas de paixão. Foram importantíssimos nas suas funções e a atividade passou a significar um importante mercado de trabalho para os instrumentistas.

- Casas pequenas, como o Recreio Ideal, possuíam pianista, às vezes acompanhado por um violinista.

- Casa maiores, como o Odeon, tinham orquestra composta por um grande número de “professores”, palavra utilizada na época para reforçar o gabarito dos profissionais.

___Para alguns filmes havia uma partitura própria, que os acompanhava; em outros casos, os músicos improvisavam. Não raro, as partituras se perdiam no circuito do filme, e a responsabilidade da sonorização voltava a ser entregue aos instrumentistas. Os profissionais sabiam do que a plateia gostava e cuidavam de atendê-la, provocando lágrimas ou risos. Era um prazer ouvir as orquestras. Os professores perdiam horas selecionando os repertórios, de acordo com os argumentos dos filmes. Conforme relato: - “Recordome que, quando foi exibido o filme de Francesca Bertini, Assunta Spina, encaixaram a partitura ‘Sordatto Innamo-rato’, cujo trecho, embora o filme fosse mudo, figurava no enredo como se ‘Assunta’ o cantasse – Oi vitta, oi vitta mia, oi cuore de chuesto core, sei stato oprimo amore, oprimo e l’último sarai per me.”

Nollet – CINE-THEATRO BRAZIL

Rua João Alfredo – Riacho  

Projetor Brasil

F. Mattos & Cia.

Em 1913, foi aberto o Brazil, propriedade F. Mattos & Cia., na Rua João Alfredo, n° 178, Cidade Baixa, este cinema foi o primeiro a funcionar com um projetor “produzido em Porto Alegre”, feito pela Firma Hirtz e Rehn; esse projetor recebeu o nome de "Brasil".

Cinematógrafo Hirtz

Eduardo Hirtz

Em 1913, surge o Cinematógrafo Hirtz, na Avenida Independência, n° (?).

Cine-Theatro Colyseo – Novo Prédio

___Segundo o historiador Olynto Sanmartin explica que o sucesso das salas de projeção na década de 1910, teria (...) induzido os Irmãos Petrelli a construir, no mesmo local, um novo prédio para o Theatro Colyseo, bem maior, de imponente arquitetura eclética, no estilo de construções buenairenses, e características do final do século XIX.”

___O prédio concebido como teatro, foi construído, projeto dos arquitetos Richard Wriedt, Mariani, Willy Paul e Agnello Nilo de Lucca. Implantado num terreno com três frentes, o acesso à sala se faz pela “porte cochère” (estrutura arquitetônica de proteção, como um telhado prolongado ou uma marquise, localizada na entrada de um edifício, que permite a parada de veículos para o embarque e desembarque de pessoas), de configuração cilíndrica, situada na esquina principal, à qual se sobrepunham diversos balcões, coroados por um domo de cobertura de um mirante.  Tinha 3.000 lugares, distribuídas numa grande plateia em ferradura, contornada por um conjunto de frisas (camarotes térreos), e dois pavimentos periféricos comportando camarotes superiores e galerias. A fachada eclética era estruturada segundo princípios de composição neoclássicos, diferenciando-se o embasamento, o corpo central, marcado pela simetria e ritmo das aberturas em dois pavimentos e o coroamento. Emoldurando o acesso principal junto à esquina, um torreão, e nas extremidades do corpo principal, dois volumes de maior altura são coroados por frontões ecléticos, misturando referências ao neoclássico e ao barroco. Se a proposta de fachada do Colyseo era austera e majestosa, a decoração da plateia era bastante despojada, com guarda-corpos de balcões e galerias construídos com simples painéis de madeira, sem elementos decorativos aplicados. Até mesmo o grande lustre da plateia, ícone característico dos grandes teatros, era aqui muito simples e inferior àquele de seu rival, o Theatro São Pedro.

CINEMA IRIS

Rua dos Andradas – Centro

Silva Irmãos

Em 16 de abril de 1913, passa a funcionar o Cinema Iris, propriedade de Silva Irmãos, na Rua dos Andradas, 230 (antigo), sua tela era uma pintura branca na parede. O Íris se localizava onde por muito tempo esteve a Casa Sloper – loja que, nos anos noventa, virou casa de bingo – com uma saída para a Rua Uruguai. Sua tela era uma pintura branca na parede.

Filme: – Foot-Ball

Em agosto de 1913, no Cinema Iris, é anunciado um filme chamado simplesmente de “Foot-Ball”. Classificado como “natural”, tratava-se de uma partida filmada, sobre a qual, infelizmente, não consta nenhum outro dado, se era local, nacional, estrangeiro.

Cinema Iris CINEMA SELECTO

Rua da Praia – Centro

___O prédio do Cinema Iris, no mesmo endereço Rua da Praia (Rua dos Andradas), 230, no Centro, passou a chamar-se Cinema Selecto.

CINE-THEATRO GUARANY

Rua dos Andradas – Centro
Em 29 de novembro de 1913, é inaugurado o 
Cine-Theatro Guarany, na Rua da Praia, 307 (Rua dos Andradas, atual 1409 ou 1035) em frente à Praça da Alfândega. O prédio tinha fachada projetada por Theo Wiedersphan, arquiteto responsável pelos principais prédios de Porto Alegre nas décadas de 1910/1920. O prédio é um trabalho de vários escultores, entre eles o representante do “barroco alemão”Jesus Maria Corona. Na inauguração a sala possuía 958 lugares sentados. A sala de exibição tinha camarote no primeiro andar, balcões ou galerias no segundo, e a geral no terceiro andar, a exemplo de outras casa da cidade, ainda uma reminiscência dos cine-teatros inspirados no Theatro Scala de Milão (Itália).

 

À esquerda o belíssimo prédio original do Cinema Guarany (prédio mais alto), à direita o prédio da conhecida Farmácia Carvalho

Cine-Theatro Guarany – O Nome

___O nome “Guarany”, é que seu nome foi escolhido por um concurso popular, patrocinado pelo jornal Correio do Povo.

Arquitetura de Cine-Theatro

___As sala de cinema eram cada vez mais projetadas com uma arquitetura visando também a nova forma de espetáculo, embora nos seus palcos desfilassem espetáculos de óperas, operetas, de revistas e de companhias dramáticas. Todeschini utiliza a palavra “eloqüente” para denominar esta arquitetura, talvez um termo adequado para caracterizar a estética construtiva da época. Segundo o pesquisador Todeschini: - (...) pelos nomes das salas de espetáculos se vê que havia uma influência dos grandes centros. Era o Roxy, era o Colyseo. Muitas salas eram americanas, nova iorquinas, a exemplo de Rio de Janeiro e São Paulo, e acabavam utilizando, aqui, o mesmo tipo de denominação e arquitetura: - fachadas com incidência neoclássicas, algumas ecléticas, algumas até barrocos – como no caso do Guarany. Ali tinha certamente uma atmosfera que se criava em torno do cinema, havia um certo mistério, que de certa maneira permanece em torno dos cultores e atores do cinema. Tudo isso exigia também coerentemente uma grande eloqüência arquitetônica compatível.”  

Nollet – Encerramento 

Em 1913, o Nollet, na Rua da Margem (Rua João Alfredo), 178, no Riacho (Cidade Baixa), encerrou as atividades.

1914

Cine-Theatros dos Arrabaldes (Bairros)

Em 1914, as salas de cinema começaram a chegar aos arrabaldes (bairros) de Porto Alegre. Em abril foi inaugurado o Cine-Theatro Apollo, na Rua da Independência, junto à Praça Dom Feliciano. Em dezembro, iniciou suas atividades o Cinema Garibaldi, na Rua Venâncio Aires, próximo à Praça Garibaldi. No mesmo ano, “ainda em construção de madeira” (FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre, ano a ano. Porto Alegre, Letra & Vida, 2012, p. 175), surgiu o Cinema Colombo, na Cristóvão Colombo, quase esquina da Rua 7 de Abril (segundo Ana Luiza Koeller, inaugurado em 1915). Para além de indicativos de sua acelerada expansão econômica, urbana e populacional, as três salas de cinema apontam para o fenômeno que foi o cinema na história do lazer e dos novos espaços de sociabilidade de uma cidade que se modernizava velozmente.

Primeira Guerra Mundial

___Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a distribuição da produção cinematográfica europeia – hegemônica até então –, inserida no processo de internacionalização, foi debilitada tendo como conseqüência o fortalecimento dos Estados Unidos, que preencheu as lacunas deixadas pelas concorrentes. É o tempo hegemônico, o tempo do mundo refletindo suas ações nas telas de cinema em Porto Alegre. Apesar da interdependência internacional, o cinema necessita do agir local.

Empreendedores

___Desde o começo do século XX, haviam empreendedores que hegemonizaram o que se pode chamar campo de produções cinematográficas da cidade. Temos como exemplo: - Francisco Damasceno Ferreira que teve como propriedade o Recreio Ideal, Democrata, São João*, Força e Luz, além de cinemas no interior do estado. Outro nome expressivo do momento foi Eduardo Hirtz que foi sócio de vários cinemas, entre eles Coliseu, Thalia e Apollo. Em 1911, Francisco Damasceno Ferreira e Eduardo Hirtz associaram-se e formaram o maior complexo de exibição do Estado, com cinemas em Pelotas, Santa Maria, Rio Grande e Rio Pardo.

*Nota:

- O Cinema São João apesar de citado por vários autores, não há registro de sua época nem localização. Na década de 1930 surge o Cinema Popular São João mas não era propriedade de Francisco Damasceno Ferreira.

Recreio Ideal – Novo Proprietário  

Empresa Baterlô
Em 1914, nesta época o
Cinema Recreio Ideal, na Rua dos Andradas, 321 (antigo) depois 313/315 (atual Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça da Alfândega, pertencia a Empresa Baterlô. A foto abaixo mostra o prédio de dois andares ao lado do Cine Guarany (lê-se a palavra “CINEMA” na lateral da marquise e "RECREIO IDEAL" na frente). 

 

Recreio Ideal – 1914

Cine-Theatro Colyseo – Projeto

___Segundo o historiador Olynto Sanmartin explica que o sucesso das salas de projeção na década de 1910, teria (...) induzido os Irmãos Petrelli a construir, no mesmo local, um novo prédio para o Theatro Colyseo, bem maior, de imponente arquitetura eclética, no estilo de construções buenairenses, e características do final do século XIX.”

___O prédio concebido como teatro, foi encomendado por Umberto Petrelli, encomendou a Ricardo Wriedt, Mariani, Willy Paul e Agnello Nilo de Lucca, o projeto e a construção do imponente prédio na esquina das ruas Voluntários da Pátria e Pinto Bandeira. Implantado num terreno com três frentes.

CINE-THEATRO APOLLO

Rua da Independência – Moinhos de Vento

Januario Grecco e Eduardo Hirtz

Em 01 de abril de 1914, inauguração do Cine-Theatro Apollo, no início da Rua da Independência, nº 18, em frente a Santa Casa, junto à Praça Dom Feliciano de propriedade de Januario Grecco e Eduardo Hirtz. Tinha 1.554 lugares na primeira classe e 450 na segunda classe sentados, nasceu voltado para o cinema, mas também ele tinha um palco. A casa não teria camarote ou balcões, apenas o mezanino. 

___Na história do cinema gaúcho, o Cine-Teatro Apollo foi um episódio de maior relevância, por sua localização, num bairro de população de maior poder aquisitivo. 

Cine-Theatro Apollo – Eduardo Hirtz

___Na pessoa de seu co-proprietário Eduardo Hirtz, que além de sócio do Theatro Colyseu (de 1910) e do Cine Thalia (de 1919), era também cinegrafista. Em parceria com Emilio Guimarães, produzia documentários e cinejornais (21 ao todo), cobrindo festas, corridas de cavalo, jogos de futebol, desfiles, festas religiosas e particulares.

___O cinema Apollo, segundo De Roco – antigo proprietário do Cinema Gioconda “era o maior cinema (...) do Brasil, também porque aquilo era um enorme de um galpão, onde cabiam três mil pessoas lá dentro. E ele enchia”.

Cine-Theatro Apollo – Projetor Brasil

___A nova sala abre (...) com um projetor, protótipo inteiramente fabricado aqui, pela firma Hirtz e Rehn, que levou o nome de Projetor Brasil, conseguindo ‘a abolição completa da trepidação nas projeções e fixidez absoluta das imagens’, pioneirismo que os projetores europeus até então não haviam conseguido”, uma verdadeira revolução no mundo do cinema!  (…) O que até hoje, apesar de grandes esforços não conseguiram os mecânicos europeus” (Revista Kodak, Ano II, n. 75, 28/3/1914. p. 10).

___O cinema Apollo, segundo o De Roco – antigo proprietário do Cinema Gioconda “era o maior cinema (...) do Brasil, também porque aquilo era um enorme de um galpão, onde cabiam três mil pessoas lá dentro. E ele enchia”.

___Conforme anúncio da época:

“O maior e mais freqüentado desta capital, ponto de reunião da elite elegante e intelectual.”

 

Theatro Apollo – 1914

Cine-Theatro Apollo – Reforma

 

Nova Fachada Cine Theatro Apollo – 1928

Nota:

- Posteriormente, em data desconhecida, o Theatro Apollo sofreu uma reforma e teve a fachada alterada.

 

Harold Lloyd

Filme: – O Caçula

Direção: Ted Wilde

Ano: 1927

País: Estados Unidos

Gênero: Comédia

Duração: 84 min. / p&b / mudo

Título Original: The Kid Brother

Elenco: - Harold Lloyd, Jobyna Ralston, Walter James, Leo Willis, Olin Francis, Constantine Romanoff, Eddie Boland, Frank Lanning, Ralph Yearsley   

 

Platéia no grande Apollo

Nota:
- Depois de fechado, no local do prédio foi construída uma grande garagem e nos fundos o Edifício Santa Tecla

Filme: – A Honra do Jogador de Foot-Ball

Em novembro de 1914, o Cine-Theatro Apollo anunciava uma ficção chamada “A Honra do Jogador de Foot-ball”.

___Das cinco sessões que passariam a , e estavam reservadas a este filme, cuja descrição diz ser um drama em “3 longas partes”.

CINEMA COLOMBO

Avenida Cristóvão Colombo – Floresta

Firma Schilling e Van der Halen

Em 24 de junho de 1914, inauguração do Cinema Colombo, sala de cinema com 1.300 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Christovam Colombo, 190 (atual nº 1386), Floresta. Inicialmente era um prédio de madeira de propriedade da Firma Schilling e Van der Halen.

___Funcionamento diário – média anual 1.086 sessões380.969 espectadores.

 

Cinema Colombo

___O Cinema Colombo chegou a ser lançador dos filmes da produtora Metro junto com o Cine Avenida.

CINEMA GARIBALDI

Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa

Pedro S. Motta ou Hugo Sperb

Em 08 de dezembro de 1914, inauguração do Cinema Garibaldi, propriedade de Pedro S. Motta ou Hugo Sperb, na Rua Venâncio Aires, nº 77, na Cidade Baixa, o nome por estar localizado a duas quadras da Praça Garibaldi. A lotação original do cinema era de 1.054 lugares sentados.
Nota:
- Nos
anos 1960, essa sala de cinema passou por uma reforma e o cinema mudou de nome, passando a ser chamado Cinema ABC.

 

Cinema Garibaldi – 1914

Cinematógrafo Noivo

Em 1914, surgiu o Cinematógrafo Noivo, no endereço (?).

1915

Estados Unidos

Hollywood

Entre 1915 e 1920, as grandes salas de cinema dos EUA cresceram através do território, mediante uma indústria que se transferia da cidade de Nova Iorque para Hollywood, pequena localidade californiana da cidade de Los Angeles, e produtores independentes, como Thomas Harper Ince, Cecil B. de Mille e Mack Sennett, construíram seus próprios estúdios. Iniciou o sistema de unidades, em que se trabalhava cada obra, separadamente, liderada por um chefe de unidade – o produtor executivo –, de forma a se fazer vários filmes ao mesmo tempo.

Brazil – Porto Alegre

Cine-Theatro Colyseo – Obras

Somente em 1915, é que foi construído o edifício definitivo do Colyseo, o acesso à sala se faz pela “porte cochère” (estrutura arquitetônica de proteção, como um telhado prolongado ou uma marquise, localizada na entrada de um edifício, que permite a parada de veículos para o embarque e desembarque de pessoas), de configuração cilíndrica, situada na esquina principal, à qual se sobrepunham diversos balcões, coroados por um domo de cobertura de um mirante.  Tinha 3.000 lugares, distribuídas numa grande plateia em ferradura, contornada por um conjunto de frisas (camarotes térreos), e dois pavimentos periféricos comportando camarotes superiores e galerias. A fachada eclética era estruturada segundo princípios de composição neoclássicos, diferenciando-se o embasamento, o corpo central, marcado pela simetria e ritmo das aberturas em dois pavimentos e o coroamento. Emoldurando o acesso principal junto à esquina, um torreão, e nas extremidades do corpo principal, dois volumes de maior altura são coroados por frontões ecléticos, misturando referências ao neoclássico e ao barroco. Se a proposta de fachada do Colyseo era austera e majestosa, a decoração da plateia era bastante despojada, com guarda-corpos de balcões e galerias construídos com simples painéis de madeira, sem elementos decorativos aplicados. Até mesmo o grande lustre da plateia, ícone característico dos grandes teatros, era aqui muito simples e inferior àquele de seu rival, o Theatro São Pedro.

CINE-THEATRO COLYSEO

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Irmãos Petrelli

Em 1915, foi inaugurado o suntuoso Cine-Theatro Coliyeopropriedade de Irmãos Petrelli, na Rua Voluntários da Pátria, 430, esquina Rua Pinto Bandeira junto à Praça Osvaldo Cruz ou “Praça do Colyseu”.

 

Teatro Coliseu. Acervo do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Coleção Dr. João Pinto Ribeiro Netto, década 1920/30.

___O Theatro Colyseo durante as décadas de 1920/30. Inicialmente apresentava somente peças teatrais, mas com o crescimento do cinema em Porto Alegre, após algumas adaptações estruturais, passa a apresentar programação mista de teatro e cinema.

___O deslocamento das “salas de cinema” para além da Rua da Praia teve na inauguração do Theatro Colyseo, seu ponto máximo.  

 

Cine-Teatro Coliseu, 1910. Fotógrafo Virgílio Calegar. Acervo Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo

CINEMA PONTO CHIC

Avenida Eduardo – Navegantes

Em 1915, entra em funcionamento o Cinema Ponto Chic, na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), (?), São Geraldo.
Nota:
- Diz-se que neste endereço, funcionará o 
Cine Thalia.
1916

CINE-THEATRO HÉLIOS

Rua São Pedro – Navegantes

Entre 1915/1916, entra em funcionamento o Cine-Theatro Hélios, na Rua São Pedro, 25 esquina Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), Navegantes.

Nota:
- Em 30 de janeiro de 1918, a Sociedade Carnavalesca Filhos das Ondas, promoveu um baile em benefício a Cruz Vermelha.

CINE ROYAL

Parthenon
Em 1916, entra em funcionamento o Cine Royal, endereço (?), no arrabalde do Parthenon.

___O cinema inaugura com a apresentação de três filmes:

·         Coração e Sangue Azul (drama),

·         Casemiro e Sua Mulher (comédia), e

·         Luxor e Kanack (natural).

THEATRO IRMÃOS HIRTZ

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Em 1915, abriu o Theatro Irmãos Hirtz, endereço (?), entre a Rua Triunfo e Rua Voluntários da Pátria, nº (?).

CINE-THEATRO SELECTA

Rua da Praia – Centro

Em 1916, abriu o Cine-Theatro Selecta, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), 230, no Centro.

1917

Em 1917, os jornais já falavam no cinema Rio Branco, do Caminho do Meio, no Garibaldi e do primeiro Carlos Gomes, em local diverso do atual. Depois ainda vieram o Thalia, o República, o Força e Luz, o Democrata, o Brasil, o Nollet e o Eden, a maioria adaptando prédios já existentes para as novas finalidades, outros investindo em instalações especialmente projetadas. Alguns têm vida curta, permanecendo pouco tempo em atividade. Outros, como o Colombo, sobrevivem até a década de 1970. Quase uma exceção, o Guarany, fechado na década de 1960, troca de endereço e passa a ocupar o mezanino do Imperial, mas, lato sensu, continua abrindo as suas portas para a Praça da Alfândega.

Recreio Ideal – CINE-THEATRO CARLOS GOMES

Rua dos Andradas – Centro

Edmundo Wolff   

Em 1917, o Cinema Recreio Ideal, na Rua da Praia, nº 321 (antigo) depois 313/315 (atual Rua dos Andradas, 1077), em frente à Praça Senador Florêncio (Praça da Alfândega) passou a ser chamado de Cine Carlos Gomes, propriedade de Edmundo Wolff.

CINEMA CENTRO CATÓLICO

Endereço (?)

Em 1917, entra em funcionamento o Cinema Centro Católicoendereço (?).

CINEMA MARAVALHA

Balneário da Tristeza
Sócrates Gandolffi

Em 1917, entra em funcionamento o Cinema Maravalha, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/nº, no Balneário da Tristeza, era estritamente uma “empresa familiar”, Sr. Dario Gontrã trazia as fitas da cidade, Sr. Sócrates Gandolffi, o proprietário do cinema, passava os filmes e sua esposa, Sra. Regina era a bilheteira, o valor da entrada era trezentos réis. A máquina funcionava com arco voltaico, espalhando chispas para todos os lados. Seu Sócrates tinha como auxiliar o Sr. Josino Silva, que se encarregava de tudo na sua ausência para as caçadas.

Nota:

- Quanto ao nome “Maravalha” são aparas ou fragmentos finos e alongados de madeira.

Cinema Força e Luz – Incêndio  

Em 1917, o Cinema Força e Luz, na Avenida Eduardo (Av. Presidente Roosevelt), n.° (?), no Navegantes, sofre grande incêndio.

Fim da Exclusividade da Rua da Praia

Na década de 1910, é as salas de exibição deixam de ser exclusividade da Rua da Praia. Há o Colyseo “lá” na Voluntários da Pátria e o República “lá” na Sete de Setembro, quase esquina com General Canabarro; o primeiro Avenida, na Rua General Câmara, ao lado da Confeitaria Colombo; o Força e Luz na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt); o Democrata na São Pedro; o Brasil e o Nollet na Rua da Margem (Rua João Alfredo). Mesmo bairros distantes, na Zona Sul, ganharam cinemas, como na Tristeza, surge o Maravalha em 1917. Se o instalar uma casa exibidora em frente à Praça da Alfândega era um risco, afastar-se um pouco desta quadra seria mais temerário aos empresários locais. O República, por exemplo, nasceu da adaptação de três prédios, obra realizada por um sócio do Cine-Theatro Thalia, chamado Carlos Faidrich, num terreno que ia da Rua da Praia até a Rua Sete de Setembro, próximo ao quartel da Brigada Militar. Segundo De Francesco, o República foi montado

(...) tendo todo conforto para o público. Com uma ordem de galerias, excelente serviço como nenhum cinema da época: pintei o pano de boca. Nesse teatro estreou a Cia. de Comédias Silva Filho (...). Lástima, o povo daquela época não saía do Centro, e o theatro teve vida efêmera.”
1918

Programação e Exibição

___A programação era composta basicamente pequenos filmetes de enredo simples e muitos documentários, também de curta duração. Aos poucos foram introduzidos os programas maiores, com a importação de muitos filmes europeus e norte-americanos, destacando-se artistas como Francesca Bertini, Max Linder, Theda Bara e Mary Pickford. Filmes da Cine, italiana, além de longa-metragens franceses da Pathé, uma produtora poderosa na época. Os filmes norte-americanos só chegaram com força a partir da Primeira Guerra Mundial (1914/1918), principalmente em 1916, quando foram exibidos os primeiros filmes da Universal Pictures.

Em 1917, vieram os filmes da Fox Film Corporation. Em 1918, vieram os filmes da Paramount Pictures Corporation. Em Porto Alegre era quase nulo a exibição de filmes locais ou nacionais.

___A grande maioria dos filmes eram alugados pois o percentual de importação de Porto Alegre era inexpressivo, atingindo a marca 0,24% do mercado nacional em 1916. No mesmo ano, o Rio de Janeiro era responsável por 61% das importações, e São Paulo por 31% (A Federação, 07/11/1917). As empresas distribuidoras, com sede no Rio e São Paulo, formavam verdadeiros “trust`s”, submetendo os exibidores a várias exigências, como altos preços e “vendas casadas”. Uma delas era a Companhia Cinematographica Brasileira, com sede em São Paulo, que em 1912, adquiriu vários cinemas no Rio de Janeiro e assinou contratos de exclusividade para todo o Brasil com uma série de estúdios, como: - Cines, Milano Film, Ecalir, Pasquali e Savoia, entre outros. Num jornal da época, saiu o seguinte:

“Essa Companhia continuará a firmar outros contratos de exclusividade, prosseguindo nas negociações para a compra de outros importantes cinematógrafos do Rio, empregando fortes capitães e adquirindo outros cinemas nas capitães dos Estados principaes”. (O Diário, Informações do Dia, 19/05/1912)

___O sistema local organiza-se e permite que as salas ganhem estrutura, com horários fixos em sessões noturnas e matinês, que obrigaram inclusive a alterações urbanas, como a adequação do horário dos Bondes para atender os clientes ao final das sessões noturnas.

Cine-Theatro Petit Cassino – Exposição

Em 1918, segundo o pesquisador Todeschini, outro cinema da época, o Petit Cassino, possuía características semelhantes ao Guarany, mas sua fachada era neoclássica. De Francesco relata que em – o Petit Cassino já fechado como cinema – o pintor paulista Torquato Bassi realizou uma exposição na sua sala de espera, mostra que teria agradado ou público e resultado em ótimas vendas.

Cine Carlos Gomes – Reputação   

Em 1918, o Carlos Gomes, não parecia gozar de muito boa reputação. Sobre ele De Francesco assim se refere:

(...) de teatro somente tinha o nome, pois era uma espécie de `cabaret`, onde exploravam o jogo, e cujo gerente era o Oliveira, um moreno que era compositor. Mandou-me pintar vários cenários, assim passei vário dias, porém o dinheiro quase não via (...).”

CINEMA 1º DE MAIO

Navegantes

Em 1918, entra em funcionamento o Cinema 1º de Maio, endereço (?), no Navegantes.

CINEMA VÊNUS  

Avenida Eduardo – Navegantes  

Em 1918, abriu o Cinema Vênus, na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), nº (?), no Navegantes.

Cinematographo Theresópolis

Em 1918, abriu o Cinematographo Teresópolis, endereço (?), no arrabalde de Theresópolis.

CINEMA ORION

Avenida Bomfim – Bom Fim

Diederichs & Cia.

Em 13 de julho de 1918, abria o Cinema Orion, propriedade de Diederichs & Cia., na Avenida Bonfim (Avenida Osvaldo Aranha), 178, no Bom Fim.

CINEMA ÉDEN

Endereço Correto (?)

Em 191(?), abriu o Cinema Éden, endereço (?).

Cidade de Porto Alegre

“Funcionavam então cinco estabelecimentos bancários com elevado giro de capital, 2.294 casas de comércio, 154 fábricas e 149 oficinas. No decênio 1910-1920 iniciou-se a edificação do Cais do Porto, sendo aterrado um vasto trecho da praia onde novas e importantes ruas comerciais surgiram. O Estado, em próspera situação financeira, levantou o majestoso edifício do Palácio do Governo, que é dos mais belos palácios do Brasil.”

___Conforme Sandra J. Pesavento, isto significa que:

“Progressivamente, consolidava-se uma ordem urbana-industrial, onde a cidade era o centro de irradiação de padrões e valores burgueses, assim como era centro das operações comerciais e financeiras e também o espaço onde se concentravam as fábricas e a massa operária.”

___Aumenta, na cidade, a presença italiana, “havendo um relativo monopólio destes em determinadas atividades como açougues, alfaiatarias, sapatarias, assim como no ramo de diversões públicas: cinemas, restaurantes, cafés, confeitarias (...).”

Cinema

___O cinema, incentivado ou não pelos italianos, torna-se uma forma de comunicação e de diversão fundamental aquela sociedade, um dos pólos da vida social porto-alegrense. As pessoas buscavam a Rua da Praia como centro de reunião, e os cinemas eram um dos pontos de congraçamento, junto com os cafés e as confeitarias, parcerias indispensáveis no antes ou no depois do assistir ao “film”, para conversar e comentar o que fora visto na tela.

___As salas de espera dos cinemas são outros locais de socialização. As pessoas se reuniam ali sem pressa – afinal, era preciso ver e ser visto – numa atmosfera cosmopolita. Lia-se Verlaine, Mallarmé, Baudelaire e, dizem os maldosos, muitos olhavam o Guaíba imaginando-se frente ao Sena (...) O star-system já projetava toda uma hierarquia entre as grandes estrelas das telas, e era em torno disso que giravam muitas das discussões. No topo do star-system estavam as divas.

___Os que lembram, sempre fazem a mesma ressalva: - “eram lindas na tela, mas levavam uma eternidade para atravessar uma sala, sempre envoltas em plumas e peles e trajando longos vestidos. Apesar de os filmes serem projetados em uma velocidade mais rápida do que os atuais – que giram a 24 quadros por segundo nos projetores, simulando uma perfeita ilusão de realidade – as divas italianas arrastavam-se pelos recamados cenários art déco das produções da época. Eleonora Duse, Pina Menichelli, Lyda Borelli e Rina Ligouro são algumas estrelas do cinema italiano que precederam as stars hollywoodianas, popularizando o termo.”

Acontecido:

Em 1918, a influência do cinema a marcar comportamentos aparece num fato narrado no livro de memórias de José De Francesco, conforme um acontecido, no episódio:

- Uma senhora entra na Confeitaria Central, na Rua Praia, senta-se e coloca sobre mesa uma fina cigarreira. Toma um cigarro e começa a fumá-lo. O garçom vem alertá-la que “nesta casa, senhoras não fumam”.

- A freguesa protesta e já começa a causar tumulto. Ofendida, brada: - “Nos Estados Unidos fuma-se, casa-se quantas vezes se quer”.

- O proprietário, a esta altura já envolvido no imbróglio, pergunta se ela já estivera nos Estados Unidos. – “Ela, convicta retruca: – Não! Mas os filmes no-lo mostram, não é preciso ir lá, pois o cinema não mente (...).”
1919

Ponto Chic – CINE-THEATRO THALIA

Avenida Eduardo – São Geraldo

Esperança & Cia. 
Em 20 de novembro de 1917,
Cine-Theatro Thalia, propriedade da empresa Esperança & Cia., passa a funcionar na Avenida Eduardo (Rua Presidente Roosevelt), nº 1362, no Navegantes (atual bairro São Geraldo).

___Esta belíssima sala de cinema era (ou foi) de propriedade de Eduardo Hirtz.

Nota:

- Segundo, essa sala ficava no mesmo local onde funcionou anteriormente o Cinema Ponto Chic.

 

 Cine Thalia – Av. Eduardo (Av. Pres. Roosevelt), quase ao lado da Soc. Gondoleiros

Década de 1920

1920

Companhia Rio-Grandense

___No Rio Grande do Sul se fez uma empresa do tipo “Companhia Cnematográphica”, da qual faziam parte, em 1913, os cinemas Recreio Ideal, Avenida, Força e Luz e Colyseu. A Companhia Rio-Grandense, como foi chamada, cujo superintendente era Francisco Dasmaceno Ferreira, conhecido proprietário de cinemas em Porto Alegre, tinha como objetivo instalar salas tanto na capital como no interior do Estado:

(...) é de prever o êxito da Companhia, pois conta ella como doso os `films` de representação da Companhia (Cinematrographica) Brasileira, o que quer dizer, com as 36 principais fabricas mundeaes”. (O Diario, Informações do Dia, 15/10/1913).

___A ação dos “trust`s” gerou conflitos. Em abril de 1912, por exemplo o Cine Theatro Apollo, dos irmãos Grecco, resolveu exibir filmes da Universal, recebendo os parabéns dos agentes da empresa na cidade por “não aceitar imposições absurdas e descabidas das outras agencias filiadas ao `trust`. Cada qual manda na sua casa e é livre de agir e zelar pelos seus interesses”. (A Federação, anúncio, 13/01-4/1912).

___A resposta veio em seguida: - a Junta do Commercio Importador Cinematographico do Rio de Janeiro, publicou anúncio nos jornais afirmando que seria “cortado o fornecimento de films, por três mezes, ou mais, conforme os casos previstos no Estatuto, àquele exhibidor que filmes ou programas da Universal, por ter esta Companhia sahido da Junta (...). (A Federação, anúncio, 16/04/1920)

___O público, ao que parece, não estava muito interessado nestes conflitos. Ele queria mesmo era assistir ao maior número possível de filmes, das principais “fábricas” (termo da época) europeias e norte-americanas. Afinal, o Cinema ainda era novidade, diverso mais concorrida da cidade, que arrastava multidões para dentro das salas, onde todos ficavam, conforme Augusto Mehyer:

“Chumbados aos assento, com toda a vida saindo pelos olhos (...) até a hora melancólica de apear na realidade.”

Salas do Período

___Até a década de 1920 encontram-se relatos sobre as dificuldade de sobrevivência dos cinemas que localizam-se fora do Centro, e mais especificamente fora da Rua da Praia (Rua dos Andradas).

___Do período anterior o Recreio Moderno, o Berlim, o Rio Branco e o Variedades, já haviam fechado suas portas enquanto que o Recreio Ideal deu lugar ao Carlos Gomes. Igualmente, no lugar do Theatro Polytheama (destruído em 1907) foi reconstruído como Cine-Theatro Colyseu. Considerando que o Íris, o Variedades e o Cine-Selecto funcionaram no mesmo lugar; assim como o Ponto Chic passou a chamar-se Thalia e o Nollet, Brasil e, excluindo os cinemas cuja localização podem ser identificada 22 espaços distribuídos em 8 bairros. Mesmo que as salas tenham deixado de ser exclusividade da Rua da Praia e do Centro, da totalidade de espaços, 11 estavam no Centro e 6 nos bairros vizinhos deste. Dos 5 espaços restantes, 4 dividiram-se entre os bairros de tradição industrial – apesar de ser manufaturas na época – São Geraldo e Navegantes onde os cinemas seguiam as linhas de Bonde, principal meio público de mobilidade da época, o espaço restante ficou por conta do arrabalde do Rio Branco. Porto Alegre iniciou a década com mais de 172 mil habitantes. Sob o manto “higienista”, a cidade precisava ascender à condição de modernidade, mesmo que para isto, tivesse que destruir boa parte dos objetos já existentes, inclusive algumas salas de cinemas como o Odeon.

___Ao longo da década foram inauguradas 18 salas de exibição: - Palácio, em 1920; Central e Recreio, em 1921; Cine-Theatro República, em 1922; Orpheu, Mont´Serra, América, Carlos Gomes, Avenida e Navegantes, em 1923; Cine-Theatro Moderno, Glória e Pavilhão Elegante, em 1924; Gioconda, em 1925; Capitólio, Ypiranga e Rosário, em 1928; Cine-Theatro Variedades. Em 1924 os jornais ainda noticiavam o funcionamento de 8 cinemas da década anterior: - Apollo, Guarany, Colombo, Thalia, Orion, Rio Branco, Garibaldi e Colyseu. O Palais passou a chamar-se “Palácio”, enquanto que o Cine Selecto, antigo Íris, ressurgiu como Central. Arrabaldes (bairros) começam a ganhar salas de cinema, progressivamente.

CINE PALAIS

Rua Cel. Genuíno – Centro  

Emilio B. Adam

Em 11 de dezembro de 1920, houve a inauguração do Cine Palais (Palácio), fundado por Emilio B. Adam, localizado na Rua Cel. Genuíno, nº 206, no Centro.

 

Emilio B. Adam

 

Cine Palais – década 1920

1921

Sonorização

___A partir das tecnologias que permitiram a sonorização das películas cinematográficas, o som pode ser usado para o tratamento conceitual e estético das cenas. O suspense ou o drama, por exemplo, assim como a alteração sobre a noção espaço-temporal das cenas, foram trabalhados a partir da ambiência sonora criada pelo cineasta.

___O diálogo sincronizado somente tornou-se uma prática na década de 1920 com a perfeição dos amplificadores do som e a introdução do sistema Vitaphone. Após o lançamento de “The Jazz Singer” em 1927, a sonorização se tornou mais comum a cada ano, e dentro de uma década, a produção de filmes mudos já havia cessado.

Transição

___Apesar de tentativas para criar sincronização de som e movimentos no laboratório de Thomas Edison em 1896, a tecnologia tornou-se bem desenvolvida apenas no início de 1920. Os próximos anos viram uma corrida para projetar e implementar projetos rivais de sistemas de som em filme, como Photokinema (1921), Phonofilm (1923), Vitaphone (1926), Fox Movietone (1927) e RCA Photophone (1928).

___Embora o lançamento de "The Jazz Singer" (1927) pela Warner Brothers tenha marcado o primeiro filme sonoro comercialmente bem sucedido, os filmes mudos ainda eram a maioria dos lançamentos em 1927 e 1928, juntamente com filmes silenciosos com uma seção sonora inserida. Assim, a era do cinema sonoro moderno só pode ser considerada dominante em 1929.

Cinema Variedades CINEMA CENTRAL

Praça da Alfandega – Centro

Irmãos Sirângelo

Em 05 de março de 1921, inauguração do Cinema Central, sala de 740 lugares, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), 343, atual 1162, na esquina entre a Praça da Alfandega e Largo dos Medeiros, no Centro, de propriedade dos Irmãos Sirângelo. Este cinema apresentava também sessões à tarde.

Nota:

- Funcionava no mesmo local do antigo Cinema Variedades (1908). No prédio em cima era o Café Central e atrás a Loja Miscelânia.

 

Cine Central – 1921

 

1939

 

Platéia - 1940

 

1950

CINEMA RECREIO

Rua Nunes Machado – Menino Deus

Em 22 de outubro de 1921, inauguração do Cinema Recreio ou “Cine Recreio” na esquina das ruas Nunes Machado e Barão do Triunfo, no Menino Deus.
1922

Theatro Independência – Projeto 

Em 1922, surge o projeto publicado do Theatro Independência, esquina das avenidas da Remdepção ou da Azenha (Avenida João Pessoa) e Rua Venâncio Aires, mas não construído.

CINEMA MONT SERRAT

Floresta

Em 1922, passa a funcionar o Cinema Mont Serrat, endereço (?), na Floresta.
CINE-THEATRO VARIEDADES

Rua 13 de Maio – Menino Deus

Em 28 de janeiro de 1922, abre o Cine-Theatro Variedades, no Jardim Zoológico Diamela (ao ar livre), na Rua 13 de Maio (Avenida Getúlio Vargas), no Menino Deus.

Cine Theatro Thalia – Carnaval  

Em 17 de abril de 1922, o Cine Theatro Thalia, na Avenida Eduardo, no Navegantes, foi palco de um festival promovido pelo Bloco Carnavalesco Democráticos, dedicado o mesmo para os arrabaldes do São João.
CINEMA NAVEGANTES 

Avenida Germânia – Navegantes

Cines Reunidos Ltda

Em 29 de abril de 1922, o grande Cinema Navegantes, propriedade da Cines Reunidos Ltda, sala de cinema com 1.100 lugares, na zona Norte, iniciou suas atividades, localizado na Avenida Germânia (Avenida Cairú), 187, esquina Rua Rio Grande (Avenida Rio Grande),

Bairro Navegantes

___O Navegantes era um arrabalde onde predominava a população operária, muitos alemães e poloneses, tinha como principal público esse segmento que aproveitava as sessões para descansar da árdua jornada de trabalho, essa população era o público do cinema.
Nota:

- Em 14 de abril de 1925, na programação do Navegantes exibia:
"A Filha de Tarzan" e "O Homem do Deserto".

 

Cinema Navegantes 

___O Cinema Navegantes ultrapassou os anos 1960 em funcionamento.

Cinema Navegantes – O Prédio

___Atualmente o prédio é utilizado para atividades industriais (depósito frigorífico) e está levemente descaracterizado. A Prefeitura Municipal já incluiu o prédio no inventário de bens culturais do município, fato que gera proteção a edificação.

 

Prédio Cinema Navegantes – 2012

CINE THEATRO REPÚBLICA

Rua Sete de Setembro – Centro 

Em 01 de agosto de 1922, inauguração do Cinema República, na Rua Sete de Setembro, nº 12, no Centro.

Nota:
- Em 
31 de julho de 1922, segunda-feira, conforme, o Cinema República teve uma sessão inaugural destinada a autoridades, imprensa e pessoas convidadas; estava localizado na Rua dos Andradas, nº. 12, defronte ao Quartel General do Exército.

Cinema ao Ar Livre

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza

Alberto do Valle

Em 1922, abriu o Salão 7 de Setembro, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/, propriedade do Sr. Alberto do Valle, que tinha um armazém na Tristeza resolveu fazer um “cinema ao ar livre”, o pano estendido ficava onde era o antigo Supermercado Real, depois Nacional (atual Condomínio Praça MW).

Cinema Maravalha – Nova Sociedade

___O arrabalde da Tristeza crescia rapidamente e já estava merecendo uma casa destinada a ser só “cinema”, mesmo que este ainda fosse mudo e preto e branco. Formou-se a sociedade: José Dariano irmãos e Filipini.

SALÃO 7 DE SETEMBRO

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza

Alberto do Valle

___O negócio prosperou e Sr. Alberto Valle, passou o “cinema ao ar livre” para dentro de um “Salão”, com o mesmo nome.

Cinema Maravalha – O Terreno e o Prédio

___Na Tristeza a nova sociedade do Cinema Maravalha adquiriu um terreno do Sr. Francisco Kral e construíram um prédio, na época era de madeira, mas com uma linda fachada de alvenaria trabalhada pelo escultor alemão Germano Dressler. O prédio foi projetado e construído pelo saudoso Seu Sócrates Gandolfi.

Nota:

- Sócrates Gandolfi, foi um pioneiro da película (o que chamamos de audiovisual), o cinema exibia as sessões matinês, muitas vezes com bilheterias esgotadas. Conforme Thyago Castanho Escandiel, o Sr. Arquinto Gandolfi, filho de Sócrates, morava onde atualmente se encontra o Cemitério da Tristeza.

1923

CINEMA AMÉRICA 

Avenida Redempção – Cidade Baixa

Em 1923, entra em operação o Cinema América, na Avenida Redempção (Avenida João Pessoa), 1105, esquina Rua Venâncio Aires, na Cidade Baixa.

CINE-THEATRO CARLOS GOMES

Rua do Rosário – Centro 

Lourenço Romero e Augusto Sendzich

Em Abril de 1923, entra em operação o Cine-Theatro Carlos Gomes, na Rua do Rosário (Rua Vigário José Inácio), nº 47 (antigo), (atual nº 355), proximidades da Rua 24 de Maio (Avenida Otávio Rocha), no Centro, por Lourenço Romero e Augusto Sendzich.

___No mesmo ano o controle passou para Pasqual, Francisco e Salvador Sirângelo, irmãos que controlavam vários outros cinemas da cidade. O Carlos Gomes oferecia uma programação diversificada, com filmes, montagens dramáticas, apresentações de orquestras, números de mágica e espetáculos de variedades, que atendiam, conforme o caso, as expectativas do público culto ou do popular. Por décadas foi um dos estabelecimentos mais concorridos da cidade.

 

Década de 1990

 

Carlos Gomes como Loja Pompéia – 2012

CINE-THEATRO ORPHEU

Rua Benjamin Constant – Floresta

Mendelski e Irmãos 

Em 03 de outubro de 1923, inauguração do Cine-Theatro Orpheu, na Rua Benjamin Constant, nº 1891 (atual 1191), quase esquina com a Rua Cristóvão Colombo, na Floresta. Era de propriedade da Empresa Mendelski e Irmãos. O prédio foi projetado por Eduardo Pufal e construído por seu irmão, o engenheiro-construtor João Luiz Pufal (1892-1957), a pedido de Miguel e Vitor Alexandre Mendelski, o cinema possuía 1.395 assentos.

 

Cine Theatro Orpheu

CINE-THEATRO CENTENÁRIO

Rua Vigário José Ignácio – Centro

Em 1923, abriu o Cine-Theatro Centenário, na Rua Vigário José Ignácio, nº (?). 

1924

CINE THEATRO MODERNO

Rua das Flores – Centro

Em 08 de junho de 1924, inauguração do Cinema Moderno, na Rua das Flores (Rua Siqueira Campos), nº (?), no Centro.
CINEMA PAVILHÃO ELEGANTE
Em 05 de agosto de 1924, inauguração do 
Cinema Pavilhão Elegante, em endereço desconhecido.

PAVILHÃO ELEGANTE

Endereço Correto (?)

Em 05 de agosto de 1924, abriu o Pavilhão Elegante, endereço (?).

1925

Salas Fixas de Exibição

Brazil – Porto Alegre

Rua da Praia

___A Rua dos Andradas junto à Praça da Alfândega, apresentada em duas imagens que mostram a mesma rua de dois ângulos opostos:

·         A esquerda: - mostra a vista para Nordeste (o prédio claro à esquerda junto à praça é o do Cine Central).

·         A direita: - a vista para Sudoeste (em foto tirada de cima do Cine Central).

 

Rua da Praia - 1925

___Foi nesse trecho da Rua dos Andradas que se iniciaram as projeções de filmes em 1896 e onde ficava localizada a primeira sala fixa de cinema, o Recreio Ideal em 1908.

 

 Rua da Praia - 1925

Cinema Maravalha – CINEMA TRISTEZA

Estrada da Tristeza – Balneário da Tristeza
Família Dariano

Em 1925, inauguração do novo prédio, onde foi instalado o Cinema Tristeza, mesmo nome do bairro, construído pela Família Dariano, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), atual nº 2826, no Balneário da Tristeza, na zona Sul.
Notas:
- Ficava na proximidade da atual Rua Armando Barbedo.

___Com o passar do tempo, alguns integrantes da Família Dariano, os responsáveis pela construção do moderno Cinema Tristeza, que depois passou a se chamar “Gioconda”. É importante salientar que foi no “Gioconda” que iniciaram as primeiras atividades sociais de alguns clubes da Tristeza, entre eles o famoso Jocotó.

“Na segunda década deste século a Família Dariano, principalmente os irmãos Miguel e Leonardo construíram um moderno cinema de alvenaria na Tristeza: o Cine Gioconda (FLORES, 1979, p. 45).

Cinema Tristeza – CINE GIOCONDA

Rua Wenceslau Escobar – Tristeza

José Dariano, Irmãos e Filipini

___O Cinema Tristeza, passou a chamar-se Cine Gioconda, como um bom nome italiano de “La Gioconda” de Da Vinci. Era propriedade da Sociedade José Dariano, Irmãos e Filipini, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/ nº, na Tristeza. O Gioconda, na época, era tido como local de grandes saraus e festas da sociedade porto alegrense, ao lado do Theatro São Pedro, Theatro Apolo, Theatro Coliseu e Clube Caixeral Porto-alegrense.

Cine Gioconda Na Inauguração

___No dia em que estava marcada a inauguração, no Verão de 1925, um mecânico que projetaria o filme, tomou um porre, resultado, os personagens do filme apareceram de cabeça para baixo, até pegar fogo na fita. Nova sessão de inauguração foi marcada, agora com um técnico vindo da cidade e totalmente gratuita.

Cine Gioconda Concorrência   

___O Sr. Alberto Valle, que continuava com o Salão 7 de Setembro ofereceu, neste dia de inauguração do Gioconda, entrada grátis para as senhoras e as crianças.

Cine GiocondaSegundo Proprietário

___Após alguns anos o cinema foi adquirido por José Gomes, dono de chácara e próspero padeiro na Tristeza.

Cine GiocondaTerceiro Proprietário

___O Cinema Gioconda, mais tarde adquirido pelo concorrente Alberto do Valle, comerciante e proprietário do Salão 7 de Setembro, formou a Empresa Cinematográfica Valle Ltda, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), atual nº 2826.

Cinema Palais – CINEMA PALÁCIO

Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa

Emilio B. Adam

Em 1925, Emilio B. Adam vende o Cinema Palais, da Rua Cel. Genuíno, nº 206, na Cidade Baixa, e os compradores passam a denominá-lo Cinema Palácio.

 

Cinema Palácio – 1928

Cinema Gioconda – Reuniões Operárias

___Nos anos 1920, o Cine Gioconda, da Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), s/nº, além de ser um local de entretenimento, também foi palco de diversas reuniões da classe trabalhadora.

Em 1925, foi neste local, que a Federação Operária organizou uma grande reunião de trabalhadores das pedreiras, com a presença de um representante do Syndicato dos Canteiros de Capão do Leão, para reorganizar o Syndicato dos Canteiros da Tristeza. Em 1927, os anarquistas do Grupo Arte e Natura apresentaram neste local uma peça de Pietro Gori, dedicada aos operários e operárias do arrabalde da Tristeza. Outra categoria que utilizou o Gioconda como espaço de reuniões e bailes foram os padeiros vinculados à União Padeiral da Tristeza. Como a União, que era uma sociedade recreativa, era vinculada à José Gomes, dono da maior padaria da Tristeza e também do Gioconda, a associação utilizava o cinema como sede social, promovendo grandes bailes de carnaval que ficaram na memória do bairro.

Cine GiocondaTerceiro Proprietário

___O Cinema Gioconda, Alberto do Valle mais tarde comprou o empreendimento, formou a Empresa Cinematográfica Valle Ltda, na Estrada da Tristeza (Avenida Wenceslau Escobar), atual nº 2826.

Nota:

- Bailes dos clubes sociais como o Filosofia e o Club Jocotó, formado por veranistas, e o Padeiral, cujo corpo social compunha-se de pessoas ligadas ao ramo de panificação, e que não teve sede própria faziam festas no Gioconda (FLORES, 1979, p. 45).

 

Cinema Gioconda, a pessoa junto ao portão, é um distinto senhor, vestindo pijama

- A foto inusitada está na loja de decoração de Cláudia Wentzel, neta de Valle, no café aos fundos da loja, que ocupa o antigo imóvel dos avós, ela mantém um quadro com cópias de fotos do cinema.

___Para Alberto Martins do Valle, a sala de exibição do Cinema Gioconda era a extensão de sua casa, situada ao lado do cinema, na Avenida Wenceslau Escobar.

Cine-Theatro Guarany – Reabre

Manoel Rodrigues Filho e Cia 

Em 25 de fevereiro de 1925, o jornal Diário de Notícias reporta que o Cine-Theatro Guarany está reabrindo suas portas, depois de sofrer uma reforma em suas dependências.

___No anúncio da reabertura; verifica-se que essa sala de cinema pertencia a Manoel Rodrigues Filho e Cia.
Cinemas de Porto Alegre

Em 22 de março de 1925, o jornal Diário de Notícias reporta as seguintes salas de cinema em funcionamento: 

·         Central

·         Carlos Gomes

·         Apollo

·         Coliseu,

·         Orion,

·         Thalia,

·         Rio Branco, e

·         Navegantes.

Nota:
1) Na edição de 09 de abril de 1925, o mesmo jornal reporta ainda os cinemas Guarany e Palácio.

Cinema América – CINE AVENIDA

___O Cine América na Avenida da Redempção (Avenida João Pessoa), passou a ser chamado Cine Avenida (o primeiro).

1926

Cine Avenida – Incidente Meteorológico 

Em 1926, segundo noticiado, no Cine Avenida uma ventania ocorrida durante a exibição do filme do cinema mudo (silencioso) "O Barqueiro do Volga", de 1926, gerou a queda do telhado, a sala ficou bastante danificada, resultando o incidente em um morto e 5 feridos. O prédio que foi inaugurado como América em 1923.

Nota:

- A foto abaixo retrate o prédio do cinema depois da ventania, pois nota-se que há peças de madeira sustentando as paredes. No mesmo local será construído o novo prédio agora do Cine-Theatro Avenida em 1929.

Cine Avenida – 1926, Museu de Comunicação Social (Hipólito José da Costa)

Filme: O Barqueiro do Volga

Em 04 de abril de 1926, é lançados nos EUA “The Volga Boatman” (O Barqueiro do Volga), um filme de drama mudo americano, dirigido por Cecil B. DeMille, que teria dito que o filme foi "sua maior conquista na produção cinematográfica". O orçamento do filme foi de US$ 479.000 e arrecadou US$ 1,27 milhão. O filme foi um grande sucesso, transformando William Boyd em ídolo de matinê da noite para o dia.

1927

Recreio Ideal – Demolição

Em 1927, o prédio do antigo Cinema Recreio Ideal na Rua dos Andradas, foi demolido para a construção do Edifício do Cinema Imperial.

SALÃO GLÓRIA

Estrada do Belém – Glória

Paróquia de Nossa Senhora da Glória

Em 1927, começa a funcionar o Salão Glória, na Estrada do Belém (Avenida Oscar Pereira), 2851 (atual), na Glória, de propriedade da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, no salão paroquial, junto a casa canônica, zona Sul. A sala tinha 300 lugares.

Cine-Theatro Apollo – Incêndio

Em 28 de maio de 1927, o pioneiro Cine-Theatro Apollo, na Rua da Independência, foi vítima de um sinistro – “com gente pulando pelas janelas, a fim de se livrar das labaredas”, conforme lembrou o médico e cronista Francisco Michielin em um texto publicado no jornal Pioneiro em 31 de março de 2006.

___Conforme detalhado no livro Cinemas: Lembranças, de Kenia Pozenato e Loraine Slomp Giron, publicado em 2007. Segundo as autoras, “o sinistro começou no vestiário, onde uma camareira distraída esqueceu-se de um ferro à brasa sobre uma roupa que passava. As roupas pertenciam à Companhia de Revista Sarah Nobre, que há uma semana se apresentava na cidade. Para completar a confusão, enquanto ocorria o incêndio, foi roubado o projetor, que havia sido retirado do prédio e posto a salvo”.
1928

Filme Sonoro Estados Unidos

___A transição do cinema sem som sincronizado para o falado, conhecido como “talkies”, marcou uma revolução na forma como as histórias eram contadas. O primeiro filme com som totalmente sincronizado foi “The Lights of New York”, de Bryan Foy, em 1928. A aceitação do som em Hollywood foi rápida, tanto que no final de 1929 quase todos os filmes já eram falados. CINE-THEATRO REAL

Estrada do Passo d`Areia

Em 1928, começa a funcionar o Cine-Theatro Real, na Estrada do Passo d’Areia (Avenida Assis Brasil), 3107, esquina com Rua da Hortícula (Rua Adão Baino).

Cine Rosário – Prédio
Em 1928, inicia as obras do prédio do Cine Rosário, na Rua Benjamin Constant, nº 305, no São João.

Cine Rosário

CINE THEATRO YPIRANGA

Rua Cristóvão Colombo – Floresta

Dante Pianca

Em 1928, começa a funcionar o Cine-Theatro Ypiranga, propriedade de Dante Pianca, com 923 lugares, na Rua Christovam Colombo, nº 772, na Floresta.

 

Cine Theatro Ypiranga

CINE THEATRO PETERSEN

Caminho do Meio

Em 1928, abre o Cine-Theatro Petersen, no Caminho do Meio (Avenida Protásio Alves), nº (?).

Cine-Theatro Glória – Novo Prédio

Em 1928, tem início as obras de construção do novo prédio do agora Cine Theatro Glória, em frente à Igreja Nossa Senhora da Glória, na Estrada do Belém (Avenida Oscar Pereira), 2834 (atual), na Glória.

CINEMA ORION

Avenida Bom Fim – Bom Fim  

Em julho de 1928, conforme o jornal Diário de Notícias o Cinema Orion ficava na Avenida Bom Fim, no bairro Bom Fim
Nota:

- Segundo, o prédio onde funcionava esse cinema ficava no mesmo local onde depois foi construído o Cine Baltimore.

 

Cine Theatro Orion

Cinemas de Porto Alegre

Em julho de 1928, o jornal Correio do Povo anuncia que as seguintes salas de cinema (um total de 14) estão em funcionamento:
Centro: Guarany, Central e Carlos Gomes.
Cidade Baixa: Palácio, Garibaldi e Avenida
Independência: Apollo
Floresta: Colombo, Orpheu e Mont Serrat
São João: Thalia
Navegantes: Navegantes
Menino Deus: Recreio
Bom Fim: Orion

CINE-THEATRO CAPITÓLIO 

Avenida Borges de Medeiros – Centro

José Luiz Failace

Em 12 de outubro de 1928, entra em operação o Cine-Theatro Capitólio na esquina da Rua Demétrio Ribeiro, nº 1085 e Avenida Borges de Medeiros, no Centro, de propriedade do alfaiate José Luiz Failace. O prédio tinha uma lotação de 1.295 lugares.

___O filme de estréia foi "Casanova, o Príncipe dos Amantes".

 

Cine Capitólio – 1928

Cine Capitólio – Camarotes

___Conforme C. A. O. de Souza, os "camarotes" nas laterais do andar superior eram inicialmente guarnecidos por proteções metálicas em ricos trabalhos em forma de arabescos; posteriormente esses gradeados foram substituídos por balcões de alvenaria e nos anos 1970, foram retirados.

Nota:

- No final dos anos 1960 o prédio passou por uma reforma e funcionou com o nome de Cinema Premier.

 

Cine Capitólio – Platéia

1929

Desde 1929, juntamente com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no Mundo inteiro foram padronizadas em 24 quadros por segundo. O cinema digital alterou este padrão. Em vídeo digital é comum o uso de 25 quadros por segundo e de 30 nos EUA.

Filme Sonoro – Vitaphone
___As apresentações em teste de projeção de filmes sonoros, usava um dos sistemas, este conhecido como
"Vitaphone".

CINE-THEATRO RIO BRANCO
Avenida Protásio Alves – Rio Branco

Petersen e Cia
Em 14 de fevereiro de 1929, inauguração do Cine-Theatro Rio Branco, propriedade de Petersen & Cia. Ltda, sala de cinema com 1.200 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, no Caminho do Meio (Avenida Protásio Alves), 40, atual nº 210, próximo à atual Avenida Silva Só, no Rio Branco. A sala possuía 1.200 lugares. O primeiro filme apresentado foi o "Monstro do Circo".

Nota:

- Este cinema ficava em frente ao atual Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

 

Cine Theatro Rio Branco – 1934

CINE-THEATRO AVENIDA

Avenida Redempção – Cidade Baixa

Atilio Tedesco

Em 06 de junho de 1929, inauguração do “novo prédio” onde passou a funcionar o Cine-Theatro Avenida, na Avenida da Redempção (Avenida João Pessoa), nº 1105, esquina com a então a Rua Venâncio Aires, na Cidade Baixa, de propriedade de Atilio Los Tedesco. O cinema possuía 1.500 lugares no pavimento térreo e 520 no balcão (mezanino). A sala de cinema com 1.500 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, uma grande sala de cinema, não tinha desnível no assoalho, as cadeiras eram todas na mesma altura o que dificultava a visão da tela.

“O preferido da elite Porto-Alegrense” Conforto – Luxo – Elegancia, anunciava suas atracções no jornal.

Notas:

- Nesta esquina desde 1923 já funcionava o chamado Cine América, mas o prédio danificado em uma tempestade em 1926, foi totalmente reformado.

Imprensa

___Conforme noticiado sobre o Cine-Theatro Avenida:

Mais uma artística noitada

“Este centro de diversões não faz bombasticos reclames, porque o maior deles é não poupar esforços de bem servir o generoso e culto publico conhecedor da verdadeira arte, que lhe honra diariamente com seu valioso concurso.”

1ª, 2 ª, 3 ª, 4 ª e 5 ª partes

Um acorde em nota menor

“Mimoso e fino drama do qual é protagonista a Duze do cinematographo Maria Carmi.” (Grafia da época)

CINE-THEATRO VARIEDADES

Rua Andrade Neves – Centro

Em 10 de agosto de 1929, inauguração do Cine-Theatro Variedades, na Rua Andrade Neves, nº 40, bairro Centro.

Filme Sonoro Porto Alegre

Cinema Central – Primeiro Filme Sonoro

Em 08 de setembro de 1929, é apresentado em “Grand Premier”, no Cinema Central, no Largo dos Medeiros (Praça da Alfândega) o “primeiro filme sonoro”.

Filme Musical Semi-colorido

___O nome do filme apresentado era o musical "Broadway Melody", um filme preto e branco com algumas cenas coloridas.

Consequências do Filme Sonoro

___Com a novidade das cores e som para o cinema, no entanto, o grande número de analfabetos da época não era capaz de acompanhar as línguas estrangeiras nem as legendas; esse fato veio a refletir na freqüência das salas. Para os proprietários a “nova tecnologia exigia altos custos”, fazendo com que algumas salas não pudessem acompanhar a evolução tecnológica, vindo a fechar, posteriormente.

___O cinema sonoro ainda ocasionou a “demissão em massa dos músicos” criando uma crise que exigiu até mesmo a intervenção do setor público.

Agentes

___Se Francisco Damasceno e Eduardo Hirtz foram os agentes das décadas anteriores, agora serão os Irmãos Sirângelo que, além de introduzir o “sistema de som” na cidade, serão proprietários do mais requintado cinema da cidade, o Central, com 1.351 lugares.

Nota:

- Neste cinema localizado na Rua da Praia e frequentado pelas elites, só podia se entrar de gravata.

Horário Castello

___Destaca-se no período Horário Castello, que participará da propriedade do Imperial,

Castello, Ritz, Rosário, Marrocos, Marabá.
Cinema Colombo – Remodelado    
Em outubro de 1929, o 
Cinema Colombo, fundado em 1914 e localizado na Rua Cristhovam Colombo190 (atual 1370), na Floresta, é remodelado.

___Foi construído um prédio de alvenaria por fora da edificação de madeira. A sala possuía 1.400 lugares.

 

Prédio que substitui o antigo prédio de madeira de 1915

1930

___ Nesta década surgiram salas, Popular São João, em 1930; Imperial e Baltimore, em 1931; Rex, em 1936; Roxy, em 1938; Castello, em 1939. Apesar desta humilde quantia, temos uma relato da época que enaltece a excelente infraestrutura que a cidade oferecia aos gaúchos.

Eixo – Centro – Bairro

___Apesar da evolutiva democratização do espaço, por ampliarem-se os bairros com cinema, a utilização do mesmo era segmentada, uma vez que as melhores, mais requintadas e consequentemente, mais caras salas localizavam-se no espaço hegemônico da cidade, identificado como a Rua da Praia e seus arredores. Assim sendo, os melhores filmes primeiro eram exibidos nas salas centrais para, posteriormente, seguir para a periferia da cidade, onde encontravam-se os cinemas populares, com ingressos mais baratos.  

CINEMA ROSÁRIO 

Rua Benjamin Constant – São João

Irmãos Py Dias

Em 1930, é inaugurado o Cinema Rosário, propriedade de Irmãos Py Dias Ltda, com sala de cinema com 1.200 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Rua Benjamin Constant, nº 305, no São João.

CINEMA POPULAR SÃO JOÃO

Avenida Benjamin Constant

Em 17 de julho de 1930, abre o Cinema Popular São João, na Avenida Benjamin Constant, esquina com Rua Gravataí, nº (?).

1931

CINEMA IMPERIAL

Rua dos Andradas – Centro

Empresa Cine Teatro Imperial Ltda

Em 18 de abril de 1931, inaugura o novo prédio que passou a ser chamado Cinema Imperial, na Rua dos Andradas, nº 1051, no Centro, pertencia a Empresa Cine Teatro Imperial Ltda.

___Conforme, o administrador desta e de outras salas de cinema (Roxy, Rival, Rosário e Ritz) era Darcy Bitencourt; como curiosidade, todas as salas que ele administrava começavam com a letra "R". O Imperial tinha acomodações para 1.632 pessoas.

___O filme de inauguração foi "Romance" da Metro Goldwyn Meyer estrelado por Greta Garbo.

 

Hall de Entrada – 1931

Cinema Imperial – Clube Haydn 

Em agosto de 1931, o Cinema Imperial, na Rua dos Andradas, durante um concerto do Clube Haydn de Porto Alegre; a parte superior da foto mostra a orquestra no palco e a inferior a platéia, vendo-se o mezanino ao fundo.

___Essa foto foi publicada na Revista do Globo, e foi cedida por Celso Schmitz.

 

1954

Imprensa

Nota:
- Em 04 de fevereiro de 1943, um anúncio publicado no jornal Diário de Notícias a exibição de
"O Lobisomen" com Bella Lugosi e Lon Chaney.

CINEMA BALTIMORE

Avenida Bom Fim – Bom Fim

Emilio B. Adam

Em 03 de setembro de 1931, inaugurado o Cinema Baltimore, na Avenida Bom Fim (Avenida Osvaldo Aranha), atuais nºs. 1048-1058, bairro Bom Fim. O Baltimore foi um dos maiores ícones culturais do Bom Fim. O prédio, com fachada em estilo “Art Déco”, foi projetado por Willi Paul, a sala de cinema com sua gigantesca tela em curva, tinha capacidade para receber 1.848 espectadores. Também tinha um “Salão de Baile” no pavimento superior. Segundo, essa sala de cinema pertencia a Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda, proprietário de outras salas de cinema na cidade.

 

Cinema Baltimore

 

Platéia do Baltimore (Revista do Globo Fev/1950), foto cedida por Celso Schmitz.

CINE-THEATRO VILA NOVA

Estrada da Vila Nova

___No atual Campo do Periquito na atual Avenida Vicente Monteggia, na Villa Nova d’Itália, na zona Sul, funcionou o Clube, com “salão de baile e restaurante”, construído numa área de 2 hectares e meio, onde ainda hoje á o campo de futebol e mato natural, no meio dos quais passa o Arroio Cavalhada (antigo “rio”). Neste local havia mesas ao ar livre para atender os visitantes.

___O prédio do Clube também funcionou como cinema, com o nome de Cine Theatro Vila Nova, com 150 cadeiras, a cargo do Sr. João Rocha.

Cine-Theatro Vila Nova – CINE VILA NOVA

- Mais tarde, o Cine Vila Nova funcionou no antigo prédio da Cooperativa.

Nota:

- Na década de 1970, onde depois de alguns anos, vitimado pela televisão, o Cine Vila Nova parou de funcionar definitivamente. 

1935

Em 1935, quando a população urbana andava em torno de 250 mil habitantes, a cidade possuía na faixa de 22 cinemas, que juntas somavam 26.518 lugares (Franco apud Becker, 1996 p.10). A maior delas, o Apollo, somava 2.100 poltronas enquanto a menor, o Recreio, 135 lugares. Estes números oferecem uma surpreendente proporção média de 1 lugar para cada 10 habitantes.

Irmãos Sirângelo

Até 1935, quando os Irmãos Sirângelo desfazem a sociedade e apenas um deles continua no negócio, com o Central, mas ainda serão proprietários do Carlos Gomes, Guarany, Colombo, Palácio, Garibaldi e Coliseu.

Cinema Colombo – Arrendamento  

Firma Petersen e Cia

Em 01 de outubro de 1935, o prédio do Cinema Colombo, na Rua Cristovão Colombo1370, é arrendado para a Firma Petersen e Cia.
___A primeira sessão apresentou um programa duplo com os filmes: 
"Maridos Infieis", e

"A Celebre Miss Lang".

Nota:
- Em 1938, a Firma Petersen e Cia. comprou o prédio.
Cinemas de Porto Alegre

Em 1935, neste ano a cidade contava com as seguintes salas de cinemas (total de 22):
Centro: Imperial (1.615 lugares), Guarany (958 lugares), Central (911 lugares), Colyseu (1.410 lugares).
Cidade Baixa: Palácio (com 980 lugares), Garibaldi (1.054 lugares), Avenida (2.000 lugares), Capitólio (1.295 lugares).
Independência: Apollo (2.100 lugares)
Bom Fim: Baltimore (1.848 lugares)
Petrópolis: Rio Branco (1.450 lugares)
Glória: Glória (rua Oscar Pereira, no. (?) com 300 lugares)

Floresta: Ypiranga (1.159 lugares), Colombo (1.414 lugares), Orpheu (1.395 lugares), Rosário (1.180 lugares)

São João: Thalia (1.645 lugares)

Navegantes: Navegantes (1.089 lugares)

Menino Deus: Recreio (135 lugares)

Tristeza: Gioconda (600 lugares)

Outros Arrabaldes (Bairros): Villa Nova d’Itália (Estrada da Villa Nova, no. (?), com 150 lugares.

1936

Theatro Petit Cassino – CINEMA REX 

Rua dos Andradas – Centro

Darcy Bittencourt

Em 05 de março de 1936, foi inaugurado o Cinema Rex, propriedade de Darcy Bittencourt, cine theatro com 470 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua dos Andradas, atual nº 1137, quase esquina com a Rua Gal. Câmara (ou Rua da Ladeira), no Centro. Possuía 600 poltronas. O filme de estréia foi "A Mascote do Regimento", filme de 1935.

___Essa sala ficava no lugar do antigo Teatro Petit Cassino. O Cinema Rex ficava de frente para o Cinema Central.

 

Cinema Rex – 1935

1937

Studio Cinematográfico LEOPOLDIS FILMS

Avenida Praia de Belas – Menino Deus

Ítalo Manjeroni

Em 1937, a Leopoldis Films, na Rua Gonçalves Dias, nº 342, no Menino Deus, passou do cinema mudo, e virou, Leopoldis-Som, quando introduziu áudio nos filmes, propriedade de Ítalo Manjeroni que usava o pseudônimo “Leopoldis” em homenagem ao ídolo Leopoldo Fregoli no transformismo, a arte de interpretar múltiplos personagens em cena. A história do italiano foi contada em reportagem da Revista do Globo em 1945. O único auxiliar na época era Fleury Bianchi. Leopoldis também fazia os próprios equipamentos para filmagem, com ajuda do amigo Erni Peixoto, engenheiro da VARIG.   

___Com afastamento de Leopoldis, em meados dos anos 1950, Bianchi e Derly Martinez ficaram à frente da empresa, que adotaria o nome Cinegráfica Leopoldis-Som.

___Em 1965, incêndio destruiu boa parte do acervo em depósito na Rua Gonçalves Dias, no bairro Menino Deus.

1938

Cine-Theatro Guarany Reforma  

Rua dos Andradas – Centro

Darcy Bitencourt

Em 1938, a sala do Cine-Theatro Guarany, propriedade de Darcy Bitencourt, na Rua dos Andradas, 1045, sofreu reformas – visando adequá-lo melhor às condições de cinema, antes de trocar o nome para Cine Rio.

CINE ROXY

Rua dos Andradas – Centro

Em 09 de maio de 1938, foi inaugurado o Cinema Roxy, na Rua dos Andradas, nº (?), próximo da esquina com a Rua Uruguai, no Centro.

 

Cine Roxy

Cinemas de Porto Alegre
Em 25 de maio de 1938, o jornal Correio do Povo anuncia filmes das seguintes salas de cinemas (total de 20):
Centro: Imperial, Guarany, Central, Colyseo, Roxy, Rex e Carlos Gomes
Cidade Baixa: Palácio, Garibaldi, Avenida e Capithólio
Independência: Apollo
Bom Fim: Baltimore
Petrópolis: Rio Branco
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu e Rosário
São João: Thalia
Navegantes: Navegantes
1939

CINE-THEATRO CASTELLO

Avenida da Azenha – Azenha 

Em 27 de abril de 1939, inauguração do Cine-Theatro Castello, com sala de 2.570 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, de propriedade da Sociedade Cine Castello Ltda, na Avenida da Azenha, nº 666, na Azenha.  

___Funcionamento diário – média anual 566 sessões3.617.430 espectadores.

 

Cine Castello – 1939

1940

Darcy Bittencourt

Nos anos 1940, o maior empreendedor foi Darcy Bittencourt, que atuando na área desde o final dos anos 1920, acumulou a propriedade dos cinemas Roxy, Rex, Colyseu, Garibaldi, Thalia, Guarany (Guarany, quando de propriedade de Bittencourt passou a chamar-se Cine Rio), Avenida e América. Nesta, como nas décadas anteriores, outros agentes, embora com menos poder no campo cinematográfico, agiam em Porto Alegre. As empresas, na sua maioria, eram locais e até mesmo familiares, embora muitas delas representassem interesses internacionais das distribuidoras estrangeiras; um bom exemplo eram os grandes estúdios americanos que atuavam na cidade desde a década de 1910, no entanto, a maioria deles já tinha escritórios próprios nos anos 1940.

Cine Palais – Encerramento

Em 194 (?), na década, o Cine Palais (Palácio), na Rua Coronel Genuíno, 206, encerrou suas atividades.

CINEMA PETRÓPOLIS

Rua Carazinho – Petrópolis

Stefan Fricher

Em 01 de janeiro de 1940, inauguração do Cinema Petrópolis, arrendatário Stefan Fricher, sala de cinema com 500 lugares, na esquina da Rua Carazinho, nº 222, quase esquina Rua João Abbott, Petrópolis. Era uma pequena sala arrendada da Igreja São Sebastião pelo Sr. Stefan Fricher.

VERA CRUZ CINE-THEATRO

Rua Andrade Neves – Centro
Irmãos Pianca

Em 04 de setembro de 1940, foi inaugurado o Vera Cruz Cine-Theatro, nome do prédio que o abriga, na esquina das Rua Andrade Neves e Avenida Borges de Medeiros, nº 475, Centro, com mais de 1.050 assentos. Bradava um anúncio de quase uma página inteira publicado na edição do jornal Correio do Povo“O maior acontecimento da cidade”, chamando para a inauguração do Vera Cruz Cine-Theatro. Em um momento em que o progresso era a tônica de uma capital em desenvolvimento acelerado, o Centro de Porto Alegre ganhava um cinema no térreo do imponente Edifício Vera Cruz.

___Na inauguração a avant premiere “para as altas autoridades e imprensa” foi realizada uma sessão especial para convidados, o filme apresentado foi a obra prima de Frank Capra: "A Mulher Faz o Homem" (1939), com James Stewart e Jean Arthur.

Em 05 de setembro de 1940, o Vera Cruz abria as portas ao grande público aquele que viria a ser um dos mais tradicionais cinemas de calçada de Porto Alegre. Na edição do jornal Folha da Tarde abordava a inauguração da “luxuosa casa de diversão” dos Irmãos Pianca com a presença do então intendente (prefeito) Loureiro da Silva e do diretor da Columbia Pictures, Werner Gentzer.

 

Av. Borges de Medeiros Vista da av. Salgado Filho, década de 1940

 

Interior do Vera Cruz

1941

Cinemas de Porto Alegre

Em janeiro de 1941, o jornal Correio do Povo anuncia as seguintes salas de cinema (total de 23):

Centro: Apollo, Central, Roxy, Vera Cruz, Rex, Colyseo, Imperial, Guarany e Carlos Gomes
Cidade Baixa: Capithólio e Palácio
Venâncio Aires: Garibaldi
Azenha: Avenida e Castello
Bom Fim: Baltimore
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu e Rosário
Petrópolis: Rio Branco e Petrópolis
Navegantes: Navegantes
São João: Thalia

Cine-Theatro Guarany – CINE-THEATRO RIO

Rua dos Andradas – Centro

Cia. Nacional de Cinemas

Em 1941, o tradicional Cinema Guarany, “cine teatro”, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua dos Andradas, 1049, em frente à Praça da Alfandega, no Centro, passou a se chamar Cine-Theatro Rio, de propriedade da Cia. Nacional de Cinemas, com capacidade para 750 lugares.

Nota:

- A nova denominação durou até os anos 1950.

1942

CINEMA CRUZEIRO

Avenida Benjamin Constant – Floresta

Em 1942, surge o Cinema Cruzeiro, na Avenida Benjamin Constant esquina com Rua Ernesto da Fontoura, 1011 (antigo) atual 1013, na Floresta.

Cine Theatro Carlos Gomes – Nova Gestão

Entre 1942 e 1971, no Cine Theatro Carlos Gomes, na Rua Vigário José Inácio, 355, Horácio Castello, na Empresa Cine Carlos Gomes Ltda que tornou-se o sócio majoritário e principal administrador, passando a privilegiar o cinema. Ele tinha contatos com importantes distribuidoras, mas não cedia exclusividade para nenhuma, o que possibilitava a apresentação de uma ampla gama de películas, além de introduzir inovações como sessões duplas ao preço de uma. A sala de cinema com 1.570 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

___Funcionamento diário – média anual 1.134 sessões702.520 espectadores.

1943

Cine-Theatro Thalia – CINE-THEATRO RIVIERA

Avenida Eduardo – Navegantes  

Em 1943, surge o Cine-Theatro Riviera, na Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), 1362, no Navegantes (atual bairro São Geraldo), quarto distrito, no mesmo prédio do Cine Thalia.

Filme Exibição

Em 02 de abril de 1943, anúncio publicado no jornal Diário de Notícias, o filme clássico: "O Lobisomen", filme de terror contava em seu elenco com Bella Lugosi e Lon Chaney.

___Na época um dos cinemas que apresentaram este clássico foi o Imperial.
CINEMA BRASIL 

Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Empresa Cinematográfica Brasil Ltda

Em 19 de fevereiro de 1943, inauguração do Cinema Brasil, propriedade da Empresa Cinematográfica Brasil Ltda, sala de cinema com 988 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida Bento Gonçalves, nº 1960, esquina Rua Cel. Vilagran Cabrita, próximo ao Partenon Tennis Clube, bairro Parthenon.

___Funcionamento diário – média anual – 790 sessões204.436 espectadores.
Cinema Cruzeiro – CINEMA ELDORADO 

Avenida Benjamin Constant – Floresta
Idel Russonsky Sobrinho

Em 31 de julho de 1943, inauguração do Cinema Eldorado (ou El Dorado), propriedade de Idel Russonsky Sobrinho, na Avenida Benjamin Constant, 1011 (antigo) atual 1013, esquina Rua Ernesto da Fontoura, na Floresta, propriedade de Idel Russonsky Sobrinho, no mesmo prédio do Cinema Cruzeiro. Capacidade de 1.400 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

___Funcionamento diário – média anual 365 sessões327.702 espectadores.

1944
CINEMA RIVAL 

Avenida 24 de Outubro – Auxiliadora   

Gastão Jaeger Hennemann

Em 09 de julho de 1944, inauguração do Cinema Rival, propriedade de Gastão Jaeger Hennemann, sala de cinema com 1.000 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida 24 de Outubro, nº 1600, na Auxiliadora.

___Funcionamento diário – média anual 777 sessões120.923 espectadores.

1945

Segunda Guerra Mundial

___Da mesma maneira que a “Primeira”, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) contribuiu para a expansão do cinema americano, que neste momento perpetuou sua “hegemonia” nas telas do país.

Cine-Theatro Thalia – Administração

Em 1945, o Cine-Theatro Thalia, propriedade Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda, cine theatro com 1.500 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

___Funcionamento diário – média anual 428 sessões52.362 espectadores.
1946

Cine-Theatro Rio – Encerramento  

Em 1946, o Cine Rio, na Rua dos Andradas, 1049, em frente à Praça da Alfandega, no Centro, encerrou suas atividades, retornando ao nome anterior Cine Theatro Guarany.

Cinemas de Porto Alegre

Em 19 de outubro de 1946, o jornal Correio do Povo anuncia filmes das seguintes salas de cinema (total de 26):
Centro: Apollo, Central, Roxy, Vera Cruz, Rex, Coliyeo, Imperial,
Rio (ex-Guarany) e Carlos Gomes
Cidade Baixa: Avenida, Garibaldi e Capithólio
Bom Fim: Baltimore
Azenha: Castello
Glória: Glória
Floresta: Ypiranga, Colombo, Orpheu, Rosário e Eldorado
Auxiliadora: Rival
Petrópolis: Rio Branco e Petrópolis
Navegantes: Navegantes
Partenon: Brasil
São João: Thalia

1947

CINEMA BALUARTE

Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira

Em 1947, entra em operação o Cinema Baluarte, na Estrada do Passo da Mangueira (Avenida Assis Brasil), 3094, no Passo da Mangueira.

___Segundo, essa sala de cinema funcionava nas dependências da Sociedade Baluarte, prédio em madeira, cuja sede ficava localizada no endereço acima.

Nota:

- Nos anos 1950, o prédio de madeira da Sociedade Baluarte na Estrada do Passo da Mangueira (Avenida Assis Brasil), 3094, esquina atual Avenida Bernardi, foi demolido e em seu lugar foi erigida a atual igreja do Cristo Redentor, a sociedade foi transferida para o outro lado da Estrada na Rua da Hortícula (Rua Adão Baino).

Cinema Palácio – CINEMA MARABÁ

Rua Cel. Genuíno – Cidade Baixa

Firma Seidenberg e Cia. Ltda

Em 1947, no mesmo local do prédio do Cinema Palácio (anterior Palais), na Rua Cel. Genuíno, 206, no Centro, sofreria uma reforma.

Em 19 de março de 1947, mudou de nome, passando a funcionar o Cinema Marabá, a sala tinha 1.800 lugares sentados. Propriedade da Firma Seidenberg e Cia. Ltda.

Nota:
___Mais tarde neste cinema o político Leonel de Moura Brizola fez diversos discursos.

CINEMA AMÉRICA

Avenida Assis Brasil – São João

Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda

Em 02 de julho de 1947, inauguração do Cinema América, de propriedade da Empresa Cinematográfica Porto Alegrense Ltda, na Avenida Assis Brasil, atual nº 363, no São João, logo depois da Igreja São João na curva. A sala era um cinema enorme sempre com programas duplos, sala de cinema com 1.500 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

___Funcionamento diário – média anual 428 sessões68.794 espectadores.

Nota:

- O prédio foi um estacionamento, mas ainda se pode ver o formato do antigo mezanino.

1948

Cinema Baluarte – CINEMA CRISTO REDENTOR

Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor  

Em 1948, o Cinema Baluarte na Avenida Assis Brasil, mudou o nome para Cinema Cristo Redentor, em homenagem a igreja de mesmo nome em frente.

CINEMA ANCHIETA

Avenida Brasil – Navegantes

Em 1948, entra em operação o Cinema Anchieta, essa sala de cinema que era um “prédio de madeira”, ficava na Avenida Brasil, nº 493, quase esquina com a Avenida Eduardo (Avenida Presidente Roosevelt), no Navegantes.

CLUBE DE CINEMA

Em 1948, como espaço alternativo, a cidade passou a contar com o Clube de Cinema. O Clube era uma associação que exibia para seus sócios filmes de arte excluídos dos circuitos comerciais, para isso, contava com a solidariedade dos empresários da época que cediam seus cinemas nos horários ociosos, como domingo pela manhã. Sua atuação de estenderá até os anos 1970.
CINEMA RITZ

Avenida Protásio Alves – Petrópolis
Em 06 de setembro de 1948, inauguração do 
Cinema Ritz, sala de cinema com 1.078 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Protásio Alves, nº 2557, no Rio Branco. O primeiro filme exibido no Cinema Ritz foi “A Dama de Shangai”, de Orson Welles. As novidades do Ritz, quando passava um filme “3ª dimensão”, comprava-se a entrada e o porteiro fornecia um óculo em papel, todo colorido, com o qual se assistia o filme.

 

  Cine Ritz – 1980

Nota:

- O filme anunciado na foto, "O Beijo no Asfalto", de Bruno Barreto, é uma produção do cinema brasileiro de 1980.

1950

___Porto Alegre entra na década de 1950 com 394.141 habitantes. Era o começo de uma fase de enorme processo de urbanização causado pelo “boom industrial” iniciado na década anterior, decorrente da falência de um modelo agro-exportador e do forte incentivo do Estado para o fortalecimento de uma indústria nacional que buscava auto-suficiência, contrapondo-se à forte escassez enfrentada no período das duas Grandes Guerras.

Eixo – Bairro – Centro

Na década de 1950, a relação Centro/Bairro será modificada quando os cinemas de bairro, com um público fiel e garantido, passam a ter a mesma importância das “salas centrais”, sendo inclusive, lançadores de filmes. A distribuição das salas nos bairros seguiram as radiais ao longo das linhas de mobilidade urbana, abrangendo tanto bairros com vocação industrial - que abrigaram vilas operárias - (Navegantes, Floresta, São João) como aqueles que eram vivenda das classes mais abastadas da cidade (Centro, Independência e Rio Branco) e que se poderia considerar de classe média para a época (Bom Fim, Azenha, Cidade Baixa). Também muitos arrabaldes (subúrbios) – posteriormente bairros – que, afastados do Centro, buscavam a auto-suficiência, foram agraciados com salas de exibição (Passo da Areia, Cavalhada, Sarandi, Vila Jardim, Vila Ipiranga, Medianeira e Belém Novo).

A Época de Ouro em Porto Alegre

___Pode-se dizer que o período que compreende o final dos anos 1940 e início dos 1950 se instituiu como o “apogeu do cinema na cidade”. Neste período, segundo Paulo Norling (1997), distribuidor de filmes naquela época, a cidade contava com aproximadamente 50 salas de exibição. Apesar disto, apenas 9 novas salas surgiram nos anos 1940, e um bairro, o Petrópolis, passou a oferecer cinema, entre eles: - Vera Cruz e Cine Teresópolis, em 1940; Brasil e Eldorado, em 1943; Rival, em 1944; América e Baluarte; em 1947; Anchieta e Ritz, em 1948.

Cinelândia

Footing

___O ‘Footing’ era o lugar dos encontros, dos olhares apaixonados, da conversa descontraída. Naquela época, esse era o jeito mais fácil de rapazes e moças se encontrarem, e nenhum lugar era mais aprazível que o Centro entre a Rua da Praia e o Largo do Mercado na Praça XV, com seus Bondes “amarelo” descendo a Borges.

Momento da Paquera

Entre os anos 1950 até 1960, a Paquera era sinônimo de caminhar pelas ruas e, claro, flertar quando pudesse.

___Em Porto Alegre, na época não havia mais nenhum aviso que determinava normas para o Footing. Mas havia uma “separação de classes sociais” que todos respeitavam:

·         Elite e Burguesia, na calçada beirando aos prédios da Cinelândia, circulavam as moças, um verdadeiro desfile de modas.

___Lindas jovens, bem vestidas.

·         Classe C, no calçadão do Largo do Mercado, mal iluminado, circulavam as empregadas domésticas, negros e pardos.

·         Classe Média, principalmente, na rua, lugar do estacionamento dos carros, rapazes e moças.

Nos anos 1950, em Porto Alegre, os chamados "Anos Dourados", com sua efervescência cultural, com os famosos Bailes da Reitoria da UFRGS, as lambretas da "Juventude", o crescimento econômico, a estabilidade social e os novos hábitos de consumo e entretenimento, geralmente não leva em conta o aprofundamento das diferenças sociais entre as classes e a segregação que aconteceu neste período, fato revelado pela rápida expansão das favelas e pela "Higienização" dos bairros nobres para uso exclusivo das elites.

___Em 1955, a Praça da Alfandega na época dos anos dourados o local de Paquera da juventude porto-alegrense que freqüentava aquele local e desfrutava de momentos de alegria e descontração.

___Nessa praça se praticava o “Footing” seguindo até o período noturno pelas 22:00 horas, quando as moças andavam pela parte inferior das calçadas e os rapazes ficavam parados junto ao meio fio assistindo ao desfile e nessa passagem aconteciam os “flertes”, os olhares, os sorrisos, os galanteios e daí o começo de namoros e tantos casamentos.

___Na Rua da Praia, haviam as impaciências, “voltas e voltas” de homens e moças, em um vai e vem desenfreado, como sempre.

___Até algo acontecer.

___A iniciativa!

___Fingir ver as vitrines dos “grandes magazines” ali instalados, mas o interesse era no reflexo.

Futebol

___Aos Domingos, os mais acesos vão enfrentar um “estádio de futebol”.

Fofoca

___Aqueles que não gostam da esbórnia se ligam na televisão, ou vão para o bar, comentar ou falar de si e dos outros, acompanhados por uma gelada, porque ninguém continua sendo de ferro.

Rotina

___Cada um fazia sua rotina, ou a rotina obrigatória determinada pela Família.

Televisão no Brasil

Brazil – São Paulo

TV TUPI

Em 18 de setembro de 1950, a Televisão chega no Brasil, com a inauguração da TV TUPI, Canal 6 de São Paulo.

 

Aparelhos de TV P/B

___Este fato inicia a queda gradativa de público nos cinemas em todo o Brasil. 
___O Brasil é o terceiro país do Mundo a ter sinal de televisão instalado.

Cinema Rex – Encerramento

Em 195(?), na década, o Cinema Rex, de propriedade de Darcy Bittencourt, na Rua dos Andradas, 1137, quase esquina Rua da Ladeira, no Centro, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.275 sessões353.852 espectadores.

Nota:

- Atualmente no local fica o Edificio Galeria Di Primio Beck.

Cinema Roxy – Encerramento

Em 195(?), na década, o Cinema Roxy, na Rua dos Andradas, quase esquina Rua Uruguai, encerrou suas atividades.

Cine Gioconda – Reforma

Em 1950, o Cine Gioconda, na Avenida Wenceslau Escobar, na Tristeza, passou por uma reforma geral, equipando-o com “cadeiras removíveis”, sendo adaptado às exigências da época, o que serviu também para teatro e salão de bailes dos clubes sociais. Após a reforma o salão era alugado também para bailes de carnaval, peças de teatro, encerramento de ano letivo do “3 de Outubro”, quem fica na tríade atual Praça Comendador Souza Gomes, Igreja Nossa Senhora das Graças a Escola 3 de Outubro. e reformou, equipando-o com “cadeiras removíveis”, com o que serviu também para teatro e salão de bailes dos clubes sociais.

___O imigrante português Alberto do Valle, foi proprietário do Cinema Gioconda entre as décadas de 1930 1960.

1951

Filmes – Quebra de Monopólio

Em 1951, o jornal Correio do Povo registrou que durante o ano, foram exibidos 118 filmes americanos, 17 italianos, 16 brasileiros, 14 franceses, 14 ingleses, 3 argentinos e 1 mexicano. A lacuna decorrente da quebra de produção fílmica européia deu espaço para a produção nacional e latino-americana, que por sua vez, mesmo que por pouco tempo, invadiu sistematicamente as telas da cidade. Este fato suscitou ações locais e nacionais para se implementar uma indústria nacional equiparada aos moldes da americana. A Companhia Vera Cruz, a Maristela e até mesmo a Horizontes Filmes, de iniciativa local são ricos exemplos.

Cinema Roxy – CINE ÓPERA

Rua dos Andradas – Centro

Paulo Geraldo M. Oliveira

Em 1951, a sala do Cinema Roxy na Rua dos Andradas, nº 1272, no Centro, foi remodelada e passou a se chamar Cinema Ópera, propriedade de Paulo Geraldo M. Oliveira, sala de cinema com 600 lugares, utilizado aparelho 35 m/m.

Cinema Ópera – Sessões de Arte

___O cinema apresentava suas "Sessões de Arte", como os filmes “I Compagni” com Marcelo Mastroiani
Nota: 
- Acredita-se que essa disposição interna (alguma coisa de cunho futurístico) ocorreu depois que essa sala passou a se chamar 
Cinema Óperaum cinema com espaço interno de muito bom gosto, confortável (assim como o Cinema Vitória).

CINEMA CONTINENTE

Avenida João Pessoa – Cidade Baixa

Em 07 de dezembro de 1951, inauguração do Cinema Continente, na Avenida João Pessoa, nº 623 (atual), em frente ao Parque Farroupilha, na Cidade Baixa.

Nota:

- Segundo, esse cinema ficava entre as ruas da República e Luiz Afonso, no local onde hoje tem um posto de gasolina e o Touring Club, era enorme.

Cinema Continente – Cinema de Verão

___Foi o “primeiro cinema de Verão” de Porto Alegre. De acordo com S. G. Cardoso, esse cinema tinha uma “cobertura de lona” tal qual um circo.
Nota:

- No seu lugar depois houve um restaurante chamado de "Ao antigo Continente do Petry".
1952

Cinema Continente – Incêndio

Em 03 de janeiro de 1954, o jornal Correio do Povo, traz a notícia que havia ocorrido um incêndio no Teatro Babilônia, no local do antigo Cinema Continente, na Avenida João Pessoa.

___Possivelmente esse fato tenha acontecido dia 1º de janeiro.

CINEMA VILA JARDIM

Estrada do Forte – Vila Jardim

Em 1952, inauguração do Cinema Vila Jardim, na Estrada do Forte, nº (?), na Vila Ipiranga.
CINEMA MIRAMAR 

Rua Aparício Borges – Partenon
Joaquim Alvas da Silva

Em 04 de outubro de 1952, inauguração do Cinema Miramar, proprietário Joaquim A. da Silva, na Rua Aparício Borges, nº 2730, quase esquina com Avenida Bento Gonçalves, no Partenon, com aparelhos de som e projeção da empresa Gaumont Kalee. O proprietário era o Sr. Joaquim Alvas da Silva, natural do Ceará, com capacidade de 1.413 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

 ___Em homenagem a seus ancestrais, colocou na sala de espera uma cabeça de Índio esculpida, na época seu slogam era: "A sala de cinema mais moderna da Capital", um marco para o bairro Partenon.

Vera Cruz Cine-Teatro – Encerramento

Em 1952, no fim, o Vera Cruz Cine-Theatro, na Avenida Borges de Medeiros esquina com Rua Andrade Neves, 475, no Centro, encerrou suas atividades.

1953

CINE BELGRANO

Rua Heitor Vieira – Belém Novo

Em 1953, entra em funcionamento o Cine Belgranona Praça do Belém Novo (Rua Heitor Vieira), s/n, no Balneário do Belém Novo. Sala de cinema com 500 lugares, utilizava a Aparelho 16 m/m.

Cine Teatro Vera Cruz – Obras

Em 1953, na sala do Cine Teatro Vera Cruz, na Avenida Borges de Medeiros, 475, esquina Rua Andrade Neves, no Centro, entrou em obras e foi remodelado.

Cinema Recreio – CINEMA OÁSIS 

Nunes Machado – Menino Deus

Domingos Pegorini

Em 27 de fevereiro de 1953, inauguração do Cinema Oásis, de propriedade de Domingos Pegorini, com cinema de 420 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Barão do Triunfo, 665, esquina com Rua Nunes Machado, no Menino Deus.

Nota:

- Ficava no mesmo local do Cinema Recreio (1921).

CINE TEATRO DE BOLSO – CTB

Rua Sete de Setembro – Centro

Em 17 de julho de 1953, inauguração do Cine-Teatro de Bolso (CTB) na Rua Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro.
Nota:
- Conforme referido, em dezembro de 1952, nesse mês já eram anunciados filmes no Teatro de Bolso.
Cine-Teatro de Bolso CINE PALERMO

Rua Sete de Setembro – Centro
David Intechmin

Em 09 de novembro de 1953, à sala do Cine-Teatro de Bolso, propriedade de David Intechmin, sala com 340 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Sete de Setembro, nº 767, no Centro, passou a se chamar Cine PalermoCinema Palermo, em frente ao Cinema Rex que funcionava no mesmo prédio do jornal Última Hora.

___Funcionamento diário do CTB – média anual 1.095 sessões40.233 espectadores.

Cine Palermo – Diferenciado

Notas Explicativa:
1.No
Cinema Palermo foi exibido todo o ciclo de filmes de Ingmar Bergman, além de outros grandes filmes de arte do cinema europeu.

2.O Cinema Palermo em alguns momentos serviu de palco para o chamado “Teatro de Revista ou Rebolado”, comum no Rio de Janeiro.
___Algumas companhias, como a de Colé e Silva Filho, com as
“Certinhas do Lalau”, faziam temporadas, ao vivo e a cores, sempre casa cheia.
3.Os primeiros filmes 
“pornôs”, que hoje passam em horário nobre, de tão ingênuos, mas na época sempre “rigorosamente proibidos para menores de 18 anos”, mas nas matinês das três da tarde, logo depois das duas primeiras aulas do turno da tarde no Julinho (Colégio Júlio de Castilhos), que ficava perto, na Rua Riachuelo esquina Rua Caldas Júnior, o porteiro deixava todo mundo entrar desde que não usasse a carteira de estudante e pagasse inteira.
Cine-Teatro Vera Cruz – CINE VICTÓRIA

Avenida Borges de Medeiros – Centro 

Victor Kessler

Em 12 de setembro de 1953, foi inaugurado o Cine Victória, no mesmo local antes ocupado pelo Cine-Teatro Vera Cruz, propriedade Ed. Reunidos S/A, sala de cinema com 1.050 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

___Funcionamento diário – média anual 1.720 sessões1.002.587 espectadores.

Cine Victória – Nome

___Sobre o nome do cinema, as lembranças retornam com um tom um pouco diferente para uma pessoa em especial: - Maria Vitória Kessler, neta de Victor Kessler, antigo dono do cinema e um dos proprietários do edifício. Foi a existência de Maria Vitória que inspirou o nome Cine Victória (Victor+Vitória).

“Meu avô achava que Victor não ficava muito bem como nome de um cinema, então decidiu usar o nome de Victoria porque tinha a mim como neta”, conta. Na infância e adolescência, Vitória sempre contou com muito orgulho a relação entre seu nome e o cinema, até o dia em que recebeu uma resposta torta. “Eu achava o máximo! Até que um dia, eu já não era mais adolescente… Lembro que fui ao banco fazer um depósito e o rapaz do caixa comentou que o cinema também era Victória. E eu, com muito orgulho, falei – ele tem esse nome por minha causa”. Ele me olhou com uma cara como quem diz: - “ah, você é tão velha assim”. Aí eu me dei conta de que não era tão bacana ficar falando isso, brinca. (Coluna – JCP Memória)

___O filme de estréia foi "A Dupla do Barulho" com Oscarito e Grande Otelo.

 

Filme anunciado "Psicose" de Alfred Hitchcock, foi produzido em 1960

Foto cedida por Celso Schmitz

Fila na entrada na Borges – 1970

CINE TEATRO MARROCOS 

Avenida Getúlio Vargas – Menino Deus

Darcy Bittencourt & Cia. Ltda

Em 26 de setembro de 1953, inauguração do Cinema Marrocos, proprietário Darcy Bittencourt & Cia. Ltda, com 1.100 lugares, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 1714 (ou 1740), quase esquina com Avenida José de Alencar, no Menino Deus. O Marrocos era verdadeiramente “imenso, azul” e absolutamente frio durante o Inverno. 

 

Cine Marrocos – Década 1950

___As fotos abaixo mostram o interior do cinema com seu teto em forma de concha acústica.

 

1953

 

  Grande Platéia

CINE-TEATRO TERESÓPOLIS

Avenida Teresópolis – Teresópolis

Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 03 de dezembro de 1953, inauguração do Cine-Teatro Teresópolis, propriedade do Cine Teatro Teresópolis Ltda, cine teatro com 1.230 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Teresópolis, nº 3235, próximo à Praça Guia Lopes, no Teresópolis.

Nota:
- Segundo R. Hatzenberger, seu pai - Rudy Hatzenberger - era um dos proprietários dessa sala.

___Funcionamento diário – média anual 422 sessões185.576 espectadores.

  Cine Teeresópolis – 1953

1954

CINEMA REY

Avenida Assis Brasil – Passo D'Areia

Ray Fortes & Cia. Ltda

Em 26 de junho de 1954, inauguração do grande Cinema Rey, propriedade de Ray Fortes & Cia. Ltda, cinema com 1.800 lugares, utilizava aparelho (Gaymont Kael) 35 m/m, na Avenida Assis Brasil, nº 1894, junto a famosa "Volta do Guerino", no Passo D'Areia.

___No Cine Rey, na sala, os dois lados da tela eram guarnecidos por imensos murais, pintados por um artista espanhol – pinturas em “estilo surrealista” representando o “cinema e o teatro”.

___Essas obras de arte foram impiedosamente destruídas quando da demolição do prédio.

 

 Década de 1980

CINEMA REX

Avenida Assis Brasil

Em 26 de junho de 1954, abriu o Cinema Rex, ou “Cine Rex”, na Avenida Assis Brasil, nº (?), bairro (?).

1955

Cinema Rio – Encerramento  

Em 1955, o Cinema Rio, na Rua dos Andradas, 1049, em frente à Praça da Alfandega, no Centro, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.440 sessões317.172 espectadores, utilizava Aparelho 35 m/m. Outra reforma modernizou as cadeiras e eliminou uma parte do mezanino, e a denominação voltou a ser Guarani. O proprietário ou sócio do cinema era Darcy Bitencourt.

Cinema Rio – CINE GUARANI

Rua dos Andradas – Centro

Cia. Nacional de Cinemas

Em 1955, o prédio do Cinema Rio, com 750 lugares, na Rua dos Andradas, 1409, no Centro, voltou a se chamar Cine Guarani (agora com "i" ao invés de “y” no final), propriedade da Cia. Nacional de Cinemas. O proprietário ou sócio do cinema era Darcy Bitencourt, desde a época do Cinema Rio. Além do Guarani, Bitencourt era proprietário, no período, do Rex, Roxy, Thalia, América, e Coliseu.

 

Platéia do Guarany

Filme: Os 10 Mandamentos

___No Cine Guarani, o filme de 1956 de Cecil B. DeMille foi recorde de apresentações, com mais de 50 semanas em cartaz. 

 

Filmes os Dez Mandamentos, fachada do Guarani – 1957

CINEMA ESTRELA

Estrada do Forte – Passo da Mangueira

Atílio Fontinelli & Cia. Ltda

Em 1955, entra em operação o Cinema Estrela, propriedade de Atílio Fontinelli & Cia. Ltda, sala de cinema com 500 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Estrada do Forte, nº 1754, no Passo da Mangueira (atual Vila Ipiranga).

___Funcionava 6 dias por semana – média anual 415 sessões30.000 espectadores.

Nota:

- Em 2012, o prédio como igreja evangélica.

Salão Glória – CINE-TEATRO GLÓRIA

Estrada do Belém – Glória

Paróquia Nossa Senhora da Glória

Em 1955, após anos em obras, o Cine-Teatro Glória foi inaugurado e aberto ao público em substituição do Salão Glória, no salão paroquial, propriedade da Paróquia Nossa Senhora da Glória, na Avenida Professor Oscar Pereira, nº 2.834, na Glória. A sala com capacidade de 950 lugares, com Aparelho 35 m/m.

Cine Theatro Real – CINEMA OK 
Avenida Assis Brasil – Passo da Mangueira

Ernani Dietrich

Em 1955, começa a operar o Cinema OK, propriedade de Ernani Dietrich, sala de cinema com 1.300 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Assis Brasil, nº 3357 (ou 2511) esquina Rua da Hortícula (Rua Adão Baino), no Passo da Mangueira (atual bairro Cristo Redentor), localizado no mesmo local do Cine Theatro Real, mas outro prédio. As matines eram filas imensas com a exibição de até 3 filmes.

___Essa sala de cinema ficava localizada em frente à Igreja do Cristo Redentor.

1956

Filme: Manto Sagrado

Na década de 1950, os cinemas Marrocos, Imperial, Rosário e Ritz, foram responsáveis pelo lançamento do “Cinemascope” em Porto Alegre com o filme o “Manto Sagrado”.

Cinemas – Melhorias

___Os três, com exceção do Imperial, eram cinemas de bairro, que de repente foram transformados em lançadores dos filmes da produtora Fox, com tela grande e som estereofônico, além de melhorias nas acomodações desses cinemas.
Cine-Teatro Coliseu – Encerramento

Em 23 de setembro de 1956, apesar de ter polarizado a vida social e cultural de Porto Alegre por mais de quarenta anos, o Cine Theatro Colyseu entrou em decadência, e teve sua última sessão na noite, sendo logo em seguida demolido.

CINE-ART

Praça Inácio A. da Silva – Belém Novo

Milton G. de Barros

Em 1956, entra em funcionamento o Cine-Art, de propriedade de Milton G. de Barros, na atual Rua Heitor Vieira, 81, em frente à Praça Inácio Antonio da Silva, o “primeiro cinema” do Balneário do Belém Novo. A sala de cinema com 150 lugares, utilizada Aparelho 16 m/m.

___Funcionamento 3 dias por semana – média anual 218 sessões25.780 espectadores.

Cine Theatro Coliseu – Demolido   

Em 1956, o maravilhoso e maior casa de espetáculos da cidade o Cine Theatro Coliseu na Rua Voluntários da Pátria esquina Rua Pinto Bandeira, foi demolido, no seu lugar foi construído o Edifício Coliseu, com o nome em homenagem ao “Theatro” e a agência do banco Banrisul com mesmo nome; foi uma grande perda para a cidade.

CINE-TEATRO CONTINENTE

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Cinematográfica Bittencourt Ltda

Em 12 de outubro de 1956, foi inaugurado o grande e confortável Cine-Teatro Continente, propriedade da Cinematográfica Bittencourt Ltda, com 1.064 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, suas poltronas vermelhas, na Avenida Borges de Medeiros, nº 475 (antigo) 629 (novo), no Centro.

___Funcionamento diário – média anual 1.825 sessões678.992 espectadores.

Cinemascope

CINEMA POPULAR CINEMASCOTE

Rua Monsenhor Veras – Santana

Em 20 de outubro de 1956, inauguração do Cinema Popular Cinemascote, na Rua Monsenhor Veras, nº 480, na Santana. Sala de cinema com 542 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m.

1957

Cinema Popular Cinemascote – Nota Imprensa

Em 01 de novembro de 1957, segundo o jornal Diário de Notícias, o Cinema Popular Cinemascote ficava localizado na Santana.

Cinema Popular – CINEMASCOTE

Rua Monsenhor Veras – Santana

___Depois o Cinema Popular Cinemascote passou a ser chamado somente de Cinemascote, conforme, esse cinema também era conhecido por Mascote.

___Seu nome era uma combinação de – “Cinema com Mascote”.

___De acordo com C. A. O. de Souza:

Esta sala de cinema ficava localizada na Santana, na Rua Monsenhor Veras, lado par, quase esquina com a Rua São Manoel; entre essa rua e a Avenida Ipiranga”.

___O prédio era bem simples, tipo de um galpão ou hangar; possuía poltronas de madeira com assentos giratórios e mais ao fundo cadeiras de madeira de palha trançada. O cinema costumava apresentava seriados, filmes nacionais e épicos ítalo-americanos. Era conhecido pelo apelido de "Pulguinha" pelos pessoal das redondezas.

Cinema Victória – Sistema de Ar Condicionado 

Em 1957, em Porto Alegre o Cinema Victória, na Avenida Borges de Medeiros, inaugura o seu sistema de ar condicionado”. É o pioneiro no Rio Grande do Sul.
Cinema Victória – 5 Sessões Diárias

Em 1957, o Cinema Victória passa a oferecer 5 sessões diárias, um feito inusitado para a época.

 

Prédio do Cine Victória – 1979

CINEMA PAQUETÁ

Rua Borborema – Vila São José

Em 1957, começa a funcionar o Cinema Paquetá, na Rua Borborema na esquina, nas proximidades da Rua João Botelho, na Vila São José, no Partenon.
CINEMA TAMOIO

Avenida Cavalhada – Cavalhada

Empresa Hatzenberg e Cia. Ltda
Em 06 de junho de 1957, é inaugurado o Cinema Tamoio, cinema com 600 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Cavalhada, nº 2129Passo da Cavalhada, o cinema pertencia a Empresa Hatzen Berg e Cia. Ltda.

___Segundo R. Hatzenberger, esta sala de cinema pertencia a seu pai - Rudy Hatzenberger, outro dos proprietários era David Yentchmin que também era proprietário do Cinema Palermo e co-proprietário do Cinema Eldorado (ou El Dorado).

___Conforme jornal Folha da Tarde da época, o filme de estréia foi o nacional "Sai de Baixo".

___Funcionamento diário – média anual 370 sessões27.750 espectadores.

Nota:

- Este prédio ainda resiste como loja comercial na Cavalhada.
CINEMA MEDIANEIRA

Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 18 de junho de 1957, inauguração do 
Cinema Medianeira, na Avenida Carlos Barbosa, em frente à Rua Cel. Neves, bairro Medianeira, passando o Estádio Olímpico.
CINE CACIQUE

Rua dos Andradas – Centro
Taba Cine Teatro S/A

Em 02 de setembro de 1957, inaugurado o Cine Cacique, na propriedade da Taba Cine Teatro S/A, com 2.209 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua dos Andradas, nº 933, no Centro. Na época o "cinema mais luxuoso de Porto Alegre", incluindo pinturas dos Índios Guaranys em suas paredes, obra do artista Glauco Rodrigues.

___O filme de inauguração foi "O Rei Vagabundo" com Kathryn Grayson.

 

Interior do Cine Cacique, nota-se a pintura do Guaraní na parede

Cinemas de Porto Alegre

Em 02 de outubro de 1957, o jornal Correio do Povo, relacionava salas de cinema: 

Belgrano (Belém Novo), 

Garibaldi (na Vila Niterói), e 

Rex, ambos no município de Canoas.

___O Correio do Povo coloca o Cinemascote como estando localizado no Centro de Porto Alegre, porém ficava localizado na Santana.

CINE PIRAJÁ

Avenida Bento Gonçalves – Partenon
Cine Pirajá Ltda

Em 16 de dezembro de 1957, foi inaugurado o Cinema Pirajá, propriedade do Cine Pirajá Ltda, sala de cinema com 920 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Bento Gonçalves, nº 1073, quase na esquina da Rua Teixeira de Freitas (segundo prédio), na divisa dos bairros Partenon, Santo Antônio e Santana.

___O primeiro filme a ser exibido nesse cinema foi "Quatro Garotas...Quatro Destinos".

 

Entrada do Cine Pirajá

___Uma loja de tintas ocupava o espaço do extinto Cinema Pirajá.

 

2012

CINE BELGRANO

Rua Heitor Vieira – Belém Novo

Em 1957, entra em funcionamento o Cine Belgrano, na Rua Heitor Vieira, nº (?), bairro Belém Novo.

___Ficava próximo a Igreja Nossa Senhora do Belém.

___Seu prédio foi demolido.
Nota:

- As casas de espetáculo (Cine Belgrano e Cine Art) no bairro Belém Novo apresentavam peças teatrais e a "Hora do Pato", um concurso de calouros que acontecia sempre aos domingos após a missa das 10h.

1958

CINEMA SARANDI

Avenida Assis Brasil – Sarandi

Em dezembro de 1958, entra em funcionamento o Cinema Sarandi, na Avenida Assis Brasil, nº 6664, no Sarandi, na zona Norte, área operária de grande crescimento.
Nota:
- Em
27 de dezembro de 1958, o jornal Correio do Povo, a edição já traz a programação dessa sala de cinema. Conforme Cesar Vargas o Sarandi, tinha matines com 3 filmes no domingo.

Cinemas de Porto Alegre

Em 04 de janeiro de 1958, o jornal Correio do Povo traz a programação das seguintes salas de cinema:

Centro: Ópera , Victória, Rex, Central, Imperial, Guarany, Carlos Gomes, Continente, Cacique, Palermo e Cinemascote.
Cidade Baixa: Avenida, Capitólio, Garibaldi, Brasil e Marabá
Bom Fim: Baltimore
Azenha: Castello e Oásis
Auxiliadora: Rival
Floresta: Ypiranga , Colombo, Orpheu, Eldorado, Rosário e América
São João: Thalia
Petrópolis: Rio Branco, Petrópolis e Ritz
Partenon: Pirajá e Miramar
Menino Deus: Marrocos
Glória: Glória
Teresópolis: Teresópolis
Passo da Areia: Rey
Passo da Mangueira (Assis Brasil): OK
Passo da Cavalhada: Tamoio
Vila Ipiranga: Estrela
Tristeza: Gioconda
___Além desses, o jornal Correio do Povo relacionava:
Cine Rio Branco (Vila Rio Branco) e Cine São Luiz (Vila Niterói), ambos no município de Canoas.
CINEMA MÔNACO

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Hennemann & Nurchis

Em 21 de maio de 1958, é aberto o Cinema Mônaco, propriedade de Hennemann & Nurchis Ltda, sala de cinema com 404 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Osvaldo Aranha, nº 756, esquina da Rua Santo Antônio, bairro Bom Fim

Nota:
- Pela primeira vez aparece nas páginas do jornal Correio do Povo dentro de sua programação de cinema. 
___O filme anunciado é
"Corações em Angústia".

CINE-TEATRO PRESIDENTE
Avenida Benjamin Constant – Floresta

Em 16 de novembro de 1958, foi inaugurado o Cine-Teatro Presidente, cinema com 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Benjamin Constant,1773, no bairro Floresta. Por trás da fachada modernista coberta por pastilhas, um grande cinema, com mezanino, e suas poltronas vermelhas.

___A primeira exibição foi com o filme "A Mais Bela Mulher do Mundo", com Gina Lollobrigida. O Presidente até fechar, funcionou tanto como “Teatro e Cinema”.

CINE IPANEMA
Avenida Flamengo – Ipanema

Lívio Onori Di Rocco e +2

Em 28 de novembro de 1958, sexta-feira, foi inaugurado o Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, 381, no Balneário de Ipanema. Propriedade dos senhores Lívio Onori Di Rocco (que possuía a maior parte na sociedade), Antônio Carlos Porto Alegre, advogado, e Joseph Porto Alegre, fotógrafo.

___Conforme anúncio do jornal Correio do Povo:

"Mais um cinema deverá ser inaugurado, amanhã, dia 28, nesta Capital. Trata-se do Cine Ipanema, localizado na Avenida Flamengo, 381, no Balneário Ipanema, pertencente à Cinematográfica Ipanema Ltda. De construção moderna, a nova casa de espetáculos deverá desempenhar importante papel na vida social do populoso bairro do 6º Distrito. Dotado de moderna aparelhagem, contará o Cine Ipanema com todos os últimos sistemas de projeção. Na sessão inaugural, com seu início marcado para às 20 horas, será exibido o belíssimo filme musical Serenata no México, Mexiscope da Pelmez, em Eastmancolor."

Cine IpanemaBomboniere

___O Cine Ipanema, seguindo a linha dos demais cinemas da cidade, também tinha uma bomboniere. O setor de guloseimas era administrado pela senhora Yara Di Rocco, mulher de Lívio Onori Di Rocco.

Cine IpanemaAnúncios

___O cinema, logo no primeiro ano, foi um sucesso.

___Os freqüentadores, utilizando ônibus ou carros, deslocavam-se de outros bairros, atraídos pela “moderna aparelhagem”.

Notas:

1.Um fato interessante sobre o Cine Ipanema se refere à forma de anunciar o filme, a qual ocorria pelo “toque de uma sirene”.

___Eram três toques chamando os moradores do bairro.

___Ao soar o terceiro toque, significava que o filme já estava começando e era preciso se apressar para não perder as primeiras cenas.

___Além do chamado para a exibição, o Cine Ipanema também tinha um divulgador motorizado que circulava pelo bairro em uma camioneta com um microfone, informando qual era o filme programado para aquela noite ou tarde.

2.Quando a crise chegou aos cinemas de bairro, o valor dos ingressos baixou. Foi nesse período que a bomboniere de Yara Di Rocco, rendia mais do que os ingressos vendidos, mesmo quando havia promoções.

3.Em 2012, o prédio do Cine Ipanema ainda existe, porém, deteriorado pelo tempo e pela falta de cuidados. Paredes, portas e janelas danificadas e pichadas traduzem o abandono em que se encontra.

___Ainda assim, permanece como testemunha da história de um tempo que vai bem longe. ___Quem passa em frente ao local, não imagina que ali já foi cenário não só de “glamour” com as exibições noturnas, como também de diversão juvenil com as matinés das tardes de domingo.

Fontes: Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa e Salas de Cinema

Cenários Porto-Alegrenses de Susana Gastal

1959

 Televisão em Porto Alegre

TV PIRATINI

Em 20 de dezembro de 1959, a Televisão irá ter início em Porto Alegre com a inauguração da TV Piratiní, Canal 5, do Grupo Diários Associados, com estúdios e antena instalados no Morro Santa Tereza, no bairro Menino Deus. Neste momento a cidade viu aparecer um equipamento cultural que veio competir com o monopólio audiovisual do cinema. A “Televisão”, equipamento cultural uso privado, contrapõe-se a lógica pública que abrigava o cinema, a inserção da televisão foi percebida como um novo campo, disputando na cidade o espaço que até então era do campo do cinema. Na disputa entre os dois equipamentos os cinemas de bairro foram os primeiros a sair perdendo. A TV Piratini, de Assis Chateaubriand, mesmo proprietário da primeira emissora brasileira, veio para Porto Alegre com uma estrutura já solidificada, pois a fase de incipiência do mercado televisivo brasileiro (1950-1960) estava no final, o que acentuou a concorrência com o cinema.

CINEMA NIRVANA

Rua Ceará – São João

Em 1959, entra em funcionamento o Cinema Nirvana, na Rua Ceará, (?), no bairro São João.

Cinemas de Porto Alegre

Em 06 de fevereiro de 1959, além da relação de salas de cinema indicada em 04/Jan/1958, o jornal Correio do Povo relacionava também:
Ipanema (no bairro Ipanema), e 

Sarandi (no bairro Sarandi).

___Além desses, relacionava Imperial (no município de Esteio) e Metrópole (município de Gravataí).

CINE VOGUE

Avenida Independência – Independência
Em 01 de agosto de 1959, inauguração do 
Cine Vogue, na Avenida Independência, nº 640, no bairro Independência.

___O filme de estréia foi "O Velho e o Mar", com Spencer Tracy.

Cinemascope

___Na década de 1950, os cinemas Marrocos, Imperial, Rosário e Ritz, foram responsáveis pelo lançamento do “Cinemascope” em Porto Alegre com o filme o “Manto Sagrado”.

___Os três, com exceção do Imperial, eram cinemas de bairro, que de repente foram transformados em lançadores dos filmes da Fox (20th Century Fox), com “tela grande e som estereofônico”, além de melhorias nas acomodações desses cinemas.

1960

Auge e Decadência 

___Se neste passado recente até então voltava-se para inaugurações, nas décadas de 1960 à 1990, ele volta-se para o fechamento das salas de exibição, que paulatinamente rendem-se à especulação imobiliária.

Nota:

- Uma explicação para esse processo foi a de que o público de cinema passou a ceder gradualmente aos encantos da televisão. Para demonstrá-lo, alguns autores indicam a existência de 46 salas em 1963, número que reduz para 30 salas em 1966. Embora eles não citem nem as salas, muito menos sua localização, fazendo um recorte temporal em 1966, encontrou de fato 30 salas e, se considerarmos que entre 1955 – quando então havia 35 salas - e 1962 foram inauguradas 23 cinemas, pode-se perfeitamente considerar legítima a redução de 16 salas em apenas 3 anos.

___ Porém, mesmo diante desta instabilidade, no decorrer da década ainda foram inauguradas na média de 12 salas de exibição, como: - Ceára, Alvorada, Rex, Roma, Atlas, Piratini, em 1960; Dom Bosco, Savic, Moinhos de Vento, Arco Íris, em 1961; São João, em 1968;

Real, em 1969.

Troca de Gibis

A partir dos anos 1960, nos cinemas da capital Porto Alegre, havia a famosa “Troca de Gibis” dominical, antes das sessões, eram praticamente em todos cinemas. Conforme depoimentos adultos que foram criança, cada um teve a sua experiência em períodos diferentes nos domingos de matinés. Era normal, ir às matinês de domingo para “trocar os gibis”, para ler na semana.

___No Castelo a sessão iniciava as 14 horas de domingo, ao meio dia estávamos lá, trocando gibi. Eu ia no Rey, no Eldorado com uma pilha de gibis para trocar. Roma, Alvorada, Castelo, Marrocos, locais em que se fazia a troca. Muito gibi trocado no Thalia, no quarto distrito, também porque eu trocava gibis e se ouvia a frase: - Tenho, tenho, não tenho, não tenho (...) e às vezes se descobria que no gibi faltava página (rsrs). As vezes só ia para fazer a troca, outras assistia a matiné (geralmente dois filmes), e no intervalo, mais uma troca rápida, antes de iniciar a segunda sessão! - Bons tempos que não saem da lembrança! - Tinha troca de revistinha nos Rei, OK. No Baltimore e Rio Branco participaram de troca de gibi. Lembro de fazer isso no Estrela, chegava a passar três filmes no fim de semana. Quando criança nos anos 1970 e cheguei a trocar gibis no Rosário. No Gioconda sempre teve troca de gibis. Eu não fui em todos, mas nos que fui tinha troca de gibis e paqueras nos intervalos. Os que mais frequentei foram Marrocos, Garibaldi e Avenida. No Avenida era distribuído gibis na entrada aos domingos. No Colombo também tinha. Eu era fã de carteirinha do Castelo, aos domingos tinha 2 sessões, era só Bang- Bang, não faltava a tradicional troca de gibis. No Miramar muitas pessoas trocavam gibis. Meus irmãos trocavam. No Capitólio, também tinha! - Nos cinemas do Partenon, Miramar, Brasil e Pirajá era troca sempre. Ypiranga, Colombo, Eldorado, Rosário, América, Orpheu (Astor), Presidente. Todos com troca de gibis. No Rio Branco com certeza. No Ypiranga TB tinha. No Garibaldi também!

- Aos domingos à tarde em todos, a minha troca era no Marabá, Capitólio e Avenida. Isso era em todo o Brasil amigo, na minha terra extremo Sul do Brasil, fazíamos isso todos os domingos nas matinés. Cine Brasil na Bento também.

- Até nos Chic! Imperial, Guarany, Cacique, no Centro. Naquela época ia pro Gloria, levava uns 30 gibis pra trocar, hoje levo o celular (kkk). No Carlos Gomes nas matinés de domingo 100% faroeste, sessão dupla! - Trocação antes e no intervalo das duas sessões.

Marilene Schiavon da Silva, uma menina, no América, que ficava na Assis Brasil, na matinê, sempre tinha o comércio de gibis.

Cine Central – Encerramento

Na 196(?), na década, Cine Central, de propriedade Darcy Bittencourt, sala de cinema com 740 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua da Praia (Rua dos Andradas), 343, atual 1162, entre a Praça da Alfandega e Largo dos Medeiros, no Centro, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.270 sessões441.915 espectadores.

 

Cine Central – 1960

Cinema Brasil – Encerramento 

Em 196(?), na década, o Cinema Brasil, na Avenida Bento Gonçalves, 1960, no bairro Partenon, encerrou suas atividades.

Cinema Oásis – Encerramento 

Em 1960, o Cinema Oásis, com cinema de 420 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Rua Barão do Triunfo, 665, esquina com Rua Nunes Machado, bairro Menino Deus, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 415 sessões37.445 espectadores.

Cinema Nirvana – Encerramento  

Em 1960, o Cine Nirvana, na Rua Ceará, (?), no bairro São João, já consta como fechado.

CINEMA REX 

Rua Sete de Setembro – Centro
Em 29 de janeiro de 1960, inauguração do Cinema Rex na Rua Sete de Setembro, nº (?), no bairro Centro.  

Nota:

- Possivelmente este cinema funcionava na Rua Sete de Setembro, atual nº 772, onde fica a Garage Rex.

Cinema Nirvana – CINEMA CEARÁ

Rua Ceará – Navegantes

Em 03 de maio de 1960, Cinema Nirvana, na Rua Ceará, nº 142, esquina com a Rua 25 de Fevereiro, bairro Navegantes, após fechar, mudou de nome para Cinema Ceará.
CINEMA ATLAS 

Avenida Protásio Alves – Petrópolis

Em 11 de setembro de 1960, inauguração do Cinema Atlas em prédio localizado na esquina da Avenida Protásio Alves Rua Alcides Cruz, bairro Petrópolis. Com o desenho do Atlas em neon que ficava na parede curva lateral. O Atlas era muito bonito por dentro, com escadarias que levavam ao mezanino.

Nota:

- O medo dos proprietários do imóvel com o tombamento, levou mais um cinema a ser substituído por um edifício.

 

Situação atual do prédio – 1997

 

Interior do prédio

 

Local do prédio – 2012

CINE ROMA

Avenida Princesa Izabel – Azenha

Em 24 de setembro de 1960, inauguração do Cinema Roma ou “Cine Roma”, na Avenida Princesa Izabel, nº 15, bairro Azenha, em frente a Praça Princesa Izabel.

___O cinema ficava em um prédio defronte à Praça Princesa Izabel, no trecho entre a Avenida Bento Gonçalves e a Rua Oscar Pereira.

___Neste local será construído o prédio que no térreo funcionará o Cine Roma, com sua bela escadaria.

Nota:

- Após o encerramento do Cine Roma, a sala de cinema foi um Bingo, muito concorrido pela terceira idade.

 

Prédio do Cine Roma – 2012

Cinema Mônaco – Reforma 

Em 10 de outubro de 1960, o jornal Correio do Povo em sua edição notícia que essa sala do Cinema Mônaco estava em reforma e que iria reabrir brevemente; portanto, à época, o cinema não estava funcionando, mas não voltou a atividade.

CINEMA PIRATINI 

Rua Vicente da Fontoura – Santana 

Em 19 de outubro de 1960, o Cinema Piratini, na Rua Vicente da Fontoura, bairro Santana.

___Pela primeira vez o Cinema Piratini aparece nas páginas do jornal Correio do Povo dentro de sua programação de cinema.
Cinema Oásis – CINEMA BRASÍLIA

Rua Barão do Triunfo – Menino Deus

Em 26 de novembro de 1960, o Cinema Oásis, na Rua Barão do Triunfo, nº 665, esquina com Rua Nunes Machado, no Menino Deus, mudou o nome para Cinema Brasília.

Cine Medianeira – CINE ALVORADA

Avenida Carlos Barbosa – Medianeira
Em 26 de novembro de 1960,Cine Medianeira na Avenida Carlos Barbosa, em frente à Rua Cel. Neves, bairro Medianeira, trocou de nome para Cine Alvorada, passando o campo do Grêmio FBPA.

1961

CINEMA ARCO IRIS

Em 1961, abre o Cinema Arco Iris, endereço (?).

CINEMA SAVIC

Em 1961, abre o Cine Savic, na Vila dos Comerciários, na Cruzeiro.

CINEMA DOM BOSCO

Em 29 de março de 1961, abriu o Cinema Dom Bosco, endereço (?).

Cine Palermo – CINE RIVOLI

Rua Sete de Setembro – Centro  

Em 25 de abril de 1961, o Cinema Palermo (antigo Teatro de Bolso), na Rua Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro, recebeu o nome de Cine Rivoli.

CINE MOINHOS DE VENTOS

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Em 30 de outubro de 1961, inauguração do Cine Moinhos de Ventos, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome.

1963

Cine Orpheu Encerramento 

Em 1963, o Cine Orpheu, na Rua Benjamin Constant, 1891, na Floresta, encerrou suas atividades. 

Cine Theatro Orpheu – CINE ASTOR

Avenida Benjamin Constant – São João

Em 1963, o prédio do Cine Theatro Orpheu (1924), empresa Cines Reunidos Ltda, sala de cinema com 1.600 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida Benjamin Constant, 1891, atual 1191, no São João, depois de ser remodelado, passou a funcionar com o nome de Cine Astor. Passou a contar com “som estereofônico, novo projetor e tela para filmes de 70 mm”, e “poltronas” do tipo Pullman (reclináveis).

___Funcionamento diário Cine Orpheu – média anual 787 sessões342.205 espectadores.

___Durante anos foi considerado um dos maiores cine-teatros de Porto Alegre, servindo por décadas como atração e divertimento aos moradores dos bairros Floresta, São João e São Geraldo.

1964

Golpe Militar de 1964

 

Em 01.04.1964, é dado o Golpe Civil/Militar no Brasil e com a ditadura o cinema no Brasil começa a perder o interesse, pois existe o interesse do Estado, é um duro golpe nos cinemas de calçada.

1965

Cine-Theatro Glória – Encerramento

Em junho de 1965, foi fechado o Cine Teatro Glória, na Avenida Oscar Pereira, 2834 (atual), bairro Glória, por falta de condições da Paróquia para sustentá-lo.

___Funcionamento diário – média anual 400 sessões130.262 espectadores

Cine-Theatro Glória – Terreno Vendido

Em 1972, o terreno onde ficava o Cine Teatro Glória e o campo de futebol, na Avenida Oscar Pereira, 2834, em frente a Paróquia Nossa Senhora da Glória, foi vendido. O dinheiro foi aplicado no término da construção do salão paroquial e o restante aplicado na segunda reforma da igreja.

Nota:

- O prédio do Cine Glória, já foi um supermercado, atualmente (2024) parte da garagem da Empresa Viação Presidente Vargas, o prédio totalmente descaracterizado.

 

Foto Julio Silva

1966

Cine Moinhos de Vento – CINE CORAL

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Em 23 de outubro de 1966,Cine Moinhos de Ventos, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos, muda de nome para Cine Coral.

Cine-Theatro Capitólio – CINEMA PREMIER

Rua Demétrio Ribeiro – Cidade Baixa

Em 1969, o prédio do Cinema Capitólio, de propriedade de Romeo Pianca, sala de cinema com 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Demétrio Ribeiro, 1085, esquina Avenida Borges de Medeiros, bairro Cidade Baixa, passou por uma reforma e voltou a funcionar com o nome de Cinema Premier ou (Première).

___Funcionamento do Capitólio de 3 sessões diárias – média anual 1.095 sessões480.000 espectadores.

CINE SCALA

Rua dos Andradas – Centro 

No final dos anos 1960, no “mezanino e confeitaria” do Cine Cacique, passou a funcionar o Cine Scala, na Rua dos Andradas, nº 921, bairro Centro.

 

Escadaria do Cine Scala

1968

Produção Nacional

Em 1968, considerado o melhor ano em termos de quantidade de “produções nacionais” de longa metragens, com 54 filmes.

CINE SÃO JOÃO

Avenida Salgado Filho – Centro

Em 09 de outubro de 1968, inaugura o Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, esquina Rua Vigário José Inácio, no bairro Centro. Sala moderna com grande mezanino e ótima inclinação das poltronas.

 

Cine São João – 1975

Cine Central – Encerramento 

Em 196(?), o Cinema Central, na Rua da Praia, 343 (atual rua dos Andradas, 1162), encerrou suas atividades. 

Cine Garibaldi – Encerramento

Em 1968, o Cine Garibaldi (1913), Avenida Venâncio Aires, 77 (antigo), encerrou suas atividades. 

Cine Pirajá – Encerramento  

Em 196 (?), na década, o Cine Pirajá, na Avenida Bento Gonçalves, quase na esquina da Rua Teixeira de Freitas, no Partenon, encerrou suas atividades.

1969

Cine Garibaldi CINE ABC  

Rua Venâncio Aires – Cidade Baixa

Em 1º de Janeiro de 1969, o antigo Cinema Garibaldi (1914), sala de cinema com 800 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Venâncio Aires, nº 77, próximo à Praça Garibaldi, bairro Cidade Baixa, foi reinaugurado com o nome de Cine ABC.

___Funcionamento do Garibaldi, diário – média anual 435 sessões168.270 espectadores.

___Foi apresentando o filme do ABC: "O Brinquedo Louco".

Nota:

- O Cine ABC parecia o modelo do túnel do seriado "O Túnel do Tempo", pela sua rampa, tanto que seu melhor lugar era na primeira fila. 

Cinema OK – CINE-TEATRO REAL

Avenida Assis Brasil – Cristo Redentor

Em 02 de janeiro de 1969, o Cine OK, na Avenida Assis Brasil, 3357, esquina com Rua da Hortícula (Rua Adão Baino), mudou para seu primeiro nome Cine-Teatro Real, ou simplesmente “Cine Real”, sendo que os mais antigos sempre o chamaram de “OK”.

___Funcionamento diário do Cine OK – média anual 437 sessões118.690 espectadores.

Notas:

- Ao lado da porta de entrada do Real tinha uma máquina de sorvete das garrafas de vidro coloridas (4 sabores) que saia o sorvete de rosca, junto a máquina abelhas voavam sempre.

- Havia o tradicional Ponte de Táxi na esquina na Rua Adão Baino.

- Na outra esquina da mesma quadra era o Armazém do FIROCA, na esquina do fundo era o Club BALUARTE.

- A loja ao lado o CHARME CABELEREIRO, com o Mário, este salão ficava na entrada ao lado da entrada do cinema.

- A lancheira ao lado da entrada do cinema, era tudo, chamada de “esquina do pecado”, pessoal saia da Igreja do Cristo Redentor, e chegava na lancheira para tomar “umas”.

CINE REGENTE 

Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970, abriu o Cine Regente, na Rua Dona Firmina, nº 528, esquina Rua 1º de Marçoacima da Avenida Bento Gonçalvesna “grande São José”bairro Partenon. Era uma sala grande de bairro, esteve aberto durante muito tempo. Aos domingos 2 filmes na matiné à tarde, primeiro filme um bang bang, o segundo era um drama, romance ou aventura. Muito frequentado por milicos do 18 BIMTZ.

 

Foto: Jesse James Stringhini, Acervo Paulo Luís Barbosa

Nota:
- Na década de 1980, o Cine Regente ficou muito tempo em reformas e nunca mais reabriu, conforme o jornal Correio do Povo.

Recordar

___Os que mais frequentava eram o Coral (as filas se confundiam entre o Coral 1 e o Coral 2, e as vezes entrávamos no filme errado); O cinema 1, sala Vogue (filmes de arte); o Baltimore e seu filhote (o Bristol, com seus filmes underground); o Astor e o Presidente; o Avenida (depois Avenida 1, 2 e 3); no Ritz assisti um maravilhoso "Festival Hitchcock". Na infância do período, poderíamos assistir filmes do Mazzaropi e do Teixeirinha no Cine Rosário, no Cine Colombo assistir vesperais de filmes épicos (dois filmes pelo preço de um), no Cine Thalia, “lutava com as pulgas” para se concentrar no filme, e no Cine Presidente, festivais de desenhos do Tom e Jerry, Pernalonga e outros. Poder ouvir o “soar do gongo”, a sala escurecendo lentamente, as cortinas se abrindo e a grande tela branca anunciando o início de mais uma grande história de nossas vidas.
1970

Nos anos 1970, onde a forte crise no sistema produtivo mundial e até mesmo países desenvolvidos passaram por grandes transformações que resultaram nas reordenação principalmente da economia, que ocasionou a proliferação de multinacionais no terceiro mundo, muitas delas no Brasil.

___Apesar disso, Porto Alegre perdia seu parque industrial pois, abrigando 885.545 habitantes, já vivenciava um fenômeno de conurbação, expulsando as novas indústrias para fora dos limites da cidade devido ao alto preço de seu solo urbano em relação às cidades circunvizinhas da região metropolitana.

___Porto Alegre passou a caracterizar-se então por suas redes de comércio e de prestação de serviços que se materializavam nos grandes supermercados (hipermercados), lojas de departamento e a chegada do primeiro centro comercial, o Centro Comercial João Pessoa (1970), localizado no Bairro Azenha, que a partir 1973 passou a oferecer um sala de cinema, vindo a sinalizar a tendência hegemônica dos anos 1990, quando então grande parte dos cinemas migram para áreas de consumo, os shoppings.

Multi-divisão de Salas

___Um processo que principiou na década foi de duplicação das salas, vindo a responder uma segmentação do público e otimização dos espaços ociosos das antigas salas, com mais de 1.000 lugares. Exemplo disto foi o Scala (1970), que passou a funcionar no mezanino do Cacique e o MiniBaltimore (1970) no mezanino do Baltimore. Ainda foram inauguradas 2 salas comerciais, 2 drive-in e 1 sala alternativ, como: - salas Regente (1970) e Açores (1974); os drive-in Park Auto Cine (1970) e Eucaliptus; espaço alternativo, Cinema de Bolso, localizado nos fundos do Theatro São Pedro.

Cine Mônaco – Encerramento

Em 197(?), na década, o Cine Mônaco propriedade Hennemann & Nurchis Ltda, na Avenida Osvaldo Aranha, 756, bairro Bom Fim, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 620 sessões61.535 espectadores.

Cine Ópera – Encerramento

Em 197(?), na década, o Cinema Ópera, na Rua dos Andradas, 1272, no Centro, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.839 sessões394.211 espectadores.

Cinema Rex – Encerramento 

Em 197(?), na década, o Cinema Rex, ou “Cine Rex”, na Rua Sete de Setembro, 772, no Centro, encerrou suas atividades.

 

Jornal Folha da Tarde

___O Cinema Rex foi retirado para dar lugar a uma agência do Banco Itaú. A página acima foi retirada do blog de Emílio Pacheco e mostra o jornal Folha da Tarde anunciando a possibilidade de uma segunda reabertura em “qualquer ponto da cidade” ao mesmo tempo que ostenta, ao lado, um anúncio do filme "Tubarão" (sem o artigo), no Cine Victória

___O jornalista recebera a informação de outra garagem ou galeria. Não contava com o Banco Itaú. É uma bela e longa agência. O cinema pode ser pressentido em cada canto.

 

Atual Banco Itaú

Teatro de Bolso Palermo – Encerramento

Em 197(?), na década, o Cine Palermo, na Rua 7 de Setembro, 767, bairro Centro, encerrou suas atividades.

Cinema Marabá – Encerramento

Em 197(?), na década, o Cinema Marabá, propriedade da Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda, sala de cinema com 1.483 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Cel. Genuíno, 206, no Centro, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.114 sessões444.814 espectadores.

Cinema Petrópolis – Encerramento

Em 197(?), na década, o Cinema Petrópolis, propriedade do arrendatário J. B. Macedo, cinema com 500 lugares, na Rua Carazinho, 222, esquina com Avenida Protásio Alves, no bairro Petrópolis, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 348 sessões61.598 espectadores.

Nota:

- O Cine Petrópolis, ficou famoso pelos “morcegos” que voavam dentro do cinema, durante as exibições. Tinha que ficar ligado no filme e nos voo dos morcegos.
Cinema Eldorado – Encerramento 

Em 197(?), na década, o Cinema Eldorado, na Avenida Benjamin Constant, 1011, esquina Rua Ernesto da Fontoura, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 365 sessões327.702 espectadores.

Cine Navegantes Encerramento  

Em 197(?), na década, o ex Cine Teatro Navegantes, sala de cinema com 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Rua Cairú, 187, esquina Rua Rio Grande, encerrou suas atividades. Atualmente o prédio está descaracterizado.

Nota:

- O antigo CINE THEATRO NAVEGANTES apresentava apenas uma sessão noturna e não tinha matiné. Às segundas feiras era o Dia da Moda, senhoras e moças não pagavam ingresso. A programação era de três filmes, um faroeste, uma comédia e um drama. Todas as noites o espetáculo começava com a música “Brasileirinho” (Waldir Azevedo ,1947).

___Funcionamento diário – média anual 419 sessões78.158 espectadores.

Cine-Theatro Ypiranga – Encerramento 

Em 197(?), na década, o Cine Ypiranga, sala de cinema com 923 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Cristovão Colombo, 772, quase esquina com Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 797 sessões232.288 espectadores.

DRIVE IN EUCALÍPTOS

Rua Silvério – Menino Deus

Em 197(?), na década, o Eucalíptos foi aberto na área do antigo Estádio dos Eucalíptos do S. C. Internacional, na Rua Silveiro, 300, no bairro Menino Deus.

CINEMA DE BOLSO

Centro

Em 197(?), na década, foi criado o pequeno “espaço alternativo”, Cinema de Bolso, localizado nos fundos do Theatro São Pedro, no Centro.

Cine Vogue – CINEMA 1–SALA VOGUE

Avenida Independência – Independência

Em 197(?), na década, o Cine Vogue, na Avenida Independência, nº 640, no bairro Independência, mudou de nome para Cinema 1 – Sala Vogue.

 

Na foto o filme "O Gato", de Julien Bouin, é de 1971.

 

Foto de 1974, o filme "Fanny e Alexandre", de Ingmar Bergman Na foto o filme "O Gato", de Julien Bouin, é de 1971.

 

Prédio do Vogue – 2012

 

Cine Cacique – CINEMA SCALA

Rua dos Andradas – Centro

Em 14 de maio de 1970, abriu o Cine Scala, na Rua dos Andradas, 943, no Centro, no mezanino do Cine Cacique, com entrada separada pela Rua da Praia (Rua dos Andradas).

Cinema Continente – Reforma
Em 17 de junho de 1970, o Cinema Continente na Avenida Borges de Medeiros, nº 624, bairro Centro, fechou para reforma.

Cine Teatro Continente – CINE LIDO

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 22 de junho de 1970, o
Cine Continente na Avenida Borges de Medeiros, nº 624, bairro Centro, reabriu com o nome de Cine Lido.

 

Cine Lido - década de 1980

Cine Baltimore – CINEMA MINI BALTIMORE

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim

Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda.

Em 16 de setembro de 1970, foi inaugurado o Cinema Mini Baltimore, de propriedade da Empresa Cinematográfica Saidenberg Ltda, no piso superior do Cine Baltimore - sobre a sala de espera - frontal a Avenida Osvaldo Aranha, nº 1060, bairro Bom Fim.

___O funcionamento diário do Cine Baltimore – média anual 789 sessões343.864 espectadores.

Cine Atlas – Encerramento  

Em novembro de 1970, o Cine Atlas, na Avenida Protásio Alves, esquina com Rua Alcides Cruz, encerrou suas atividades.

CINE REGENTE 

Rua Dona Firmina – Partenon
Em 01 de novembro de 1970, abriu o Cine Regente, na Rua Dona Firmina, nº 528, esquina Rua 1º de Marçoacima da Avenida Bento Gonçalvesna “grande São José”bairro Partenon. Era uma sala grande de bairro, esteve aberto durante muito tempo. Aos domingos 2 filmes na matiné à tarde, primeiro filme um bang bang, o segundo era um drama, romance ou aventura.

 

Foto: Jesse James Stringhini, Acervo Paulo Luís Barbosa

Nota:
- Na década de 1980, o Cine Regente ficou muito tempo em reformas e nunca mais reabriu, conforme o jornal Correio do Povo.

PARK AUTO CINE

Avenida Cel. Marcos – Ipanema

Em 13 de novembro de 1970, inaugurou o Park Auto Cine, na esquina das avenidas Coronel Marcos e Arlindo Pasqualini, no Balneário de Ipanema, com capacidade para receber 254 carros, numa área de um hectare. Com uma tela que media 21m x 9m, preparada para suportar a pressão de ventos com força de impacto equivalente a 17 toneladas, construída em madeira laminada revestida de plástico e com pintura em PVA, o que assegurava plena nitidez.

___Conforme edição do jornal Zero Hora de 10 de novembro de 1970, anunciava uma “novidade” como opção de lazer para os moradores da Capital. Grande sucesso de comportamento nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, quando atingiram o máximo de sua popularidade, os cines drive-in, com quase 20 anos de atraso, finalmente chegavam a Porto Alegre.

Cinemas ao Ar Livre ou Drive-in

___O “Cinema Drive-in” é uma opção de cinema onde se assiste ao filme dentro do carro, em uma enorme tela externa, o som através da banda (trilha) sonora normalmente transmitida através de uma frequência de Rádio ou o estabelecimento disponibiliza caixas de som, junto aos demais serviços, bilheteria, loja de lanches, banheiros.

___Inicialmente, a ideia de “Cinemas ao Ar Livre” surgiu na cidade de Las Cruces, no México, por volta de 1915. Porém, só no início dos anos 1930 nos Estado Unidos, ganhou maior projeção quando passou a ser chamado de “drive-in” (em estacionamentos), quando Richard M. Hollingshead Jr. de acordo com a história, já cansado das queixas de sua mãe que estava acima do peso e reclamava dos assentos dos cinemas regulares, pois ela se sentia muito desconfortável, ao contrário dos assentos de seu carro, ele resolveu inovar para agradá-la. Richard começou a fazer várias experiências na garagem de sua casa. Ele pendurou dois lençois entre duas árvores, usou um projetor Kodak modelo 1928, e estacionou o carro de frente para ela, alinhou outros carros para testar a logística, ângulos e elevações de cada vaga de estacionamento. Ele experimentou por vários anos e após vários testes criou um sistema de rampas para os carros estacionarem com a frente elevada, e assim usufruírem de uma melhor visualização da tela, sem serem bloqueados por outros veículos. Ele patenteou seu plano de “cinema drive-in” em maio de 1933 e abriu as portas de seu teatro no mês seguinte.

“Minha invenção se refere a um novo e útil teatro ao ar livre e, mais particularmente, a uma nova construção em teatros ao ar livre, em que os meios de transporte de e para o teatro são feitos para constituir um elemento dos assentos do teatro (...) em que o desempenho, como um filme de cinema ou semelhante, pode ser visto e ouvido de uma série de automóveis dispostos em relação ao palco ou tela, de modo que os carros sucessivos um atrás do outro não obstruam a visão.” (HOLLINGSHEAD, 1932)

___Esse novo estilo de ver filme teve o seu auge nos anos 1950 e 1960, principalmente. Nos EUA, nesse período, contou com mais de 4 mil espaços funcionando como Drive-in. (Wikipedia)

Centro Comercial

Centro Comercial João Pessoa

Em dezembro 1970, inaugura o primeiro Centro Comercial, o Centro Comercial João Pessoa, entre as avenidas João Pessoa e Bento Gonçalves, bairro Azenha, primeiro grande centro comercial (futuro shopping) de Porto Alegre, pois a expressão “Shopping” ainda era pouca conhecida no Brasil.

1971

Cine Victória

Filme: Um Certo Capitão Rodrigo

Em 1971, no lançamento de "Um Certo Capitão Rodrigo" gerou imensas filas que se seguiam pela Avenida Borges de Medeiros.

ARCO-ÍRIS CINEMAS

Mário Pintado

Em 1971, a empresa Arco-íris Cinemas do empresário catarinense Mário Leopoldo dos Santos (conhecido como Mário Pintado), começou a atuar no mercado gaúcho chegando a administrar a maioria das salas de “cinema de rua” em Porto Alegre, entre elas: - Cine Cacique, Scala, Astor, Coral, Lido, Ritz, ABC, Avenida e Victória. A sede administrativa da empresa está localizada em Porto Alegre desde a década de 1970, em virtude dos grandes distribuidores possuírem escritórios regionais naquela cidade.

Nota:

- Por muito tempo a empresa utilizou a marca Arco-íris Cinemas, mudando depois para Arcoplex Cinemas, em virtude do padrão "Arcoplex Stadium", salas que permitem total visibilidade da projeção em todos os pontos do ambiente com padrão de qualidade e conforto.

 

Foto: CP Memória

1972

Cine-Theatro Glória – Terreno Vendido

Em 1972, o terreno onde ficava o Cine Teatro Glória e o campo de futebol, na Avenida Oscar Pereira, 2834, em frente a Paróquia Nossa Senhora da Glória, foi vendido. O dinheiro foi aplicado no término da construção do salão paroquial e o restante aplicado na segunda reforma da igreja.

Nota:

- O prédio do Cine Glória, já foi um supermercado, atualmente (2024) parte da garagem da Empresa Viação Presidente Vargas, o prédio totalmente descaracterizado.

 

Garagem Viação Presidente Vargas – Foto Julio Silva

1973

Centro Comercial João Pessoa

CINE CENTER 1 E 2

Avenida João Pessoa – Azenha 

Em 24 de março de 1973, as únicas salas de cinema em um Centro Comercial “Shopping” em Porto Alegre, na época Centro Comercial João Pessoa (Shopping João Pessoa), na Avenida João Pessoa, 1831, bairro Azenha. São abertas as salas de cinema:

Cine Center 1

Cine Center 2

CINEMA AÇORES

Avenida Protásio Alves – Chácara das Pedras

Em 1974, abre o Cine Açores, na Avenida Protásio Alves, 4854, na Chácara das Pedras, no Alto Petrópolis.

Nota:

- No local já foi ferragem, loja de escapamentos, Eskape Surdinas, próximo do Supermercado Gecepel.

1975

Bilheteria

Em 1975, 250 milhões de ingressos vendidos, os cinemas estavam distribuídos pela cidade da seguinte maneira: - Centro, com 8 salas; Azenha, com 4; Cidade Baixa, 3; Bom Fim, Floresta, Menino Deus e Cristo Redentor, 2; Independência, Moinhos de Vento, Navegantes, Petrópolis, Teresópolis e Ipanema, com 1 sala.

Cine-Teatro Presidente – Grandes Nomes

___O palco espaçoso do Cine-Teatro Presidente, propriedade da Cinematográfica Darcy Ido, cine teatro com 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Benjamin Constant, (?), no bairro Floresta, recebeu grandes nomes do teatro e da música nacional e internacional, para mais de mil pessoas atraídas aos espetáculos, graças à característica híbrida do Presidente de combinar cinema e ponto de apresentações.

___Funcionamento diário – média anual 53 sessões53.868 espectadores.

___O grande palco do Cine-Teatro Presidente teve papel importante na consolidação do “teatro gaúcho”.

Cine GuaranyEncerramento

Em 02 de fevereiro de 1975, o Cine Guarany, na Rua dos Andradas, 305 (antigo), atual nºs 1409 ou 1035, fechou as portas. O Cine Guarani, uma das salas de cinema mais históricas de Porto Alegre, após 61 anos de funcionamento. O cinema encerrou suas atividades com a exibição do filme Zardoz, em um domingo. A razão do fechamento foi a venda do prédio, que seria demolido para a construção de um arranha-céu.

___O cinema, inaugurado em 1913, foi um importante ponto cultural da cidade, e o edifício, projetado pelo arquiteto Theo Wiederspahn, foi preservado e, mais tarde, tombado como patrimônio histórico (atual prédio da agencia do Banco Safra que preservou a fachada).

Nota:

- O Guarani reabriu em 1987, mas fechou definitivamente em 2005, marcando o fim da “Cinelândia” da Praça da Alfândega.

Filme: Zardoz

___Filme britânico de 1974, do gênero ficção científica, dirigido por John Boorman. Com Sean Connery e Charlotte Rampling, o roteiro foi escrito por John Boorman. O filme foi distribuído pela Twentieth Century Fox e teve seu lançamento nos EUA em 6 de fevereiro de 1974.

Cinema Mini Baltimore CINE BRISTOL

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 01 de maio de 1975, a sala do
Cinema Mini Baltimore na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1060, bairro Bom Fim, passou a se chamar Cine Bristol.

Cine Baltimore – Dividida em 2 Salas

___O Cinema Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1022, ficou formadas por 2 salas no mesmo endereço (plateia e sobreloja):

Cine Baltimore: - Sala 1, local da plateia.

Cine Bristol: - Sala 2, na sobreloja do Cine Baltimore.

1976

Causas de Encerramento

Em 1976, para os exibidores a causa principal dos fechamentos de salas de exibição, foi a obrigatoriedade de “exibição filmes nacionais” que, na sua maioria, eram de péssima qualidade, e em grande parte, pornochanchadas. Soma-se a isso o fato de que a Prefeitura de Porto Alegre tabelou o preço dos ingressos de acordo com a “qualidade das salas” “sanitários, ar condicionado, segurança” – segundo 4 categorias e “faixas de preço”. Muitos cinemas tiveram que baixar o preço do ingresso.

Cinema Rio Branco Encerramento 

Em 01 de fevereiro de 1976, o Cinema Rio Branco, na Avenida Protásio Alves, foi fechado, passando o filme "O Vento e o Leão".

Nota:

- No local do Cinema Rio Branco existe o Edifício Rio Branco, construído pela Eimol Empreendimentos Imobiliários por volta de 1980.

Em 01/Fev/1976, o Cinema Colombo encerrou suas atividades, apresentando o filme "O Vento e o Leão", filme de 1975.

 

Cine Colombo

1977

Cine Gioconda – Encerramento  

Em 1977, o Cine Gioconda, sala de cinema com 1.100 lugares, utilizado Aparelho 35 m/m, na Avenida Wenceslau Escobar, nº 2826, no bairro Tristeza, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 364 sessões96.368 espectadores.

Nota:
- Desde sua inauguração, em
1925, até o encerramento de suas atividades, o Cine Gioconda teve três donos: - Irmãos Dariano, José Gomes e Alberto do Valle.

___Para Alberto Martins do Valle, a sala de exibição do Cinema Gioconda era a extensão de sua casa, situada ao lado do cinema, na atual Avenida Wenceslau Escobar. Alberto Valle, conhecido como "seu Betinho", que era um dos donos, foi proprietário também de “Oficina Mecânica” após o fechamento do cinema, que ele instalou no fim do corredor ao lado do prédio do Gioconda.

___Conforme Sr. Carlos Grinas que sente saudade das muitas matinés nas tardes de domingos da minha adolescência. Era sempre programa duplo, dois filmes. No intervalo havia troca de revistas em quadrinhos “Gibis” entre a gurizada (revistas de história em quadrinhos de aventuras, Supermam, Fantasma, Tio Patinhas, Zé Colmeia, Mickey, etc.).

___Após o encerramento, foi estúdio de filmagem do cantor Teixeirinha, agência da Caixa Federal, ainda podemos ver a parte de cima da fachada, embaixo da placa da filial da Lojas Herval (atual Loja Taqi, em liquidação); inclusive há ali o logradouro chamado "Beco do Cinema Gioconda"

Cine Gioconda – Alameda do Cinema Gioconda

___No portão lateral do cinema, está a chamada Alameda do Cinema Gioconda ou “Beco do Cinema Gioconda”, Tristeza, Porto Alegre - RS - CEP 91900-300, onde estão casinhas e a antiga oficina do Sr. Alberto Valle, último proprietário do Gioconda.

1978

Produção Nacional

Na década de 1970, representou a maturidade da “indústria cinematográfica” nacional, tanto em relação à quantidade de venda de ingressos, de filmes produzidos e de salas de exibição.

Em 1978, o volume de “produções nacional” aumenta chegando a 100 filmes. (Ortiz 1991).

Estrangeira x Nacional

Em 1978, dos 100 longas produzidos representaram apenas 29% dos filmes exibidos no circuito nacional, os 71% restantes, eram de origem estrangeira.

Cinema Rio Branco – Encerramento

Em 01 de fevereiro de 1978, o Cinema Rio Branco, sala de cinema com 1.200 lugares, na Avenida Protásio Alves, 210, próximo à Rua Silva Só, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 808 sessões386.623 espectadores.

Cine Colombo Encerramento

Em fevereiro de 1978, o Cine Colombo, na Avenida Cristovão Colombo, 1370, no bairro Floresta, encerrou as suas atividades.

Ponto de Cinema 

Em 1978, Carlos Schmidt (Ponto de Cinema) realizou o documentário poético “TERMINANDO”, obtendo diversas premiações, sendo o primeiro filme gaúcho premiado em um festival nacional:

·         1º LUGAR no Festival de Cinema de Gramado-1978;

·         MELHOR FOTOGRAFIA no VI Super Festival Nacional do Grife/SP-1978;

·         SELECIONADO para o Festival Internacional do Filme Documentário de Hiroshima/Japão;

·         PRÊMIOS DESTAQUE em mais dois festivais nacionais. Da participação em festivais nacionais surgiu o embrião para a criação do CINEMA ITINERANTE.

Cinemas de Porto Alegre

Em 23 de outubro de 1978, o jornal Zero Hora traz a programação das seguintes cinemas e salas de cinema:

Centro: 

CACIQUE, Rua dos Andradas, 903, Pânico em Munique, com Franco Nero, 14-16-18-20-22h, Cores, 18 anos.

SÃO JOÃO, Avenida Salgado Filho, 335, fone 258534, Reformatório das Depravadas, com Lola Brah, 14-16-18-20-22h, Cores, 18 anos.

CARLOS GOMES, O Dragão do Kung Fu, com Wang Yu, 14-18-22h, A ÁGuia Pousou, com Michel Caine, 16-22h, Cores, 18 anos.

IMPERIAL, Rua dos Andradas, 1105, fone: 214428, Piranha, com Bradford Diliman, 14-16-18-20-22h, Cores, 16 anos, a modesta produção americana, em terceira semana.

LIDO, Avenida Borges de Medeiros, 1121, Kung Fu na Caverna do Tigre, com Hui Tim, 14-18-22h, A Loja do Sexo, com Claude Berri, 16-20h, Cores, 18 anos, o filme francês A Loja do Sexo teve seu lançamento em POA em cinema do arrabalde.

SCALA, Rua dos Andradas, 923, fone: 242213, Laranja Mecânica, com Malcolm DcDowell, 14-16,45-19,30-22.10h, Cores, 18 anos, em sexta semana.

VICTÓRIA, avenida Borges de Medeiros, 475, fone: 241004, Encurralado para Morrer, com Yves Montand, 13,45-15.50-17.55-20-22.10h, Cores, 16 anos.

Azenha:

CASTELO, Rua da Azenha, 66, fone: 231016, Os Desvios do Sexo, duplo com A Escuridão é Amiga da Morte, 14-20h, Cores, 18 anos.

STUDIO CENTER, Centro Comercial da Azenha, Avenida João Pessoa, 832, À Procura do Mr. Goodbar, com Diane Keaton, 14.30-17-19.30-22h, Cores, 18 anos.

AVENIDA, Avenida João Pessoa esquina Avenida Venâncio Aires, Dersu Uzala, com Maxim Munzuk, 14.30-17-19.30-22h, Cores, Livre, filme extremamente lento na sua parte final, bastante chato.

ABC, Avenida Venâncio Aires, 12, Um Momento...Uma Vida, com Al Pacino, 19.45-22h, Cores, 16 anos, filme devagar, quase parando.

ROMA, Praça Princesa Isabel, 15, fone: 234253, Pânico em Munique, com Willian Holden, 20-22h, Cores, 18 anos.

Bom Fim:

BALTIMORE, Avenida Osvaldo Aranha, 1059, fone: 240069, Tentáculos, com Shelley Winters, 14-16-20-22h, Cores, 10 anos.

BRISTOL, Avenida Osvaldo Aranha, 1059, Perfil de um Ator, Robert de Niro: O Poderoso Chefão, Parte Dois, com Al Pacino, 14.30-20h, Cores, 18 anos, para ver e rever.

Cidade Baixa:

PREMIER (ex-Capitólio), Avenida Borges de Medeiros esquina Rua Demétrio Ribeiro – Fechado para reformas.

Floresta:

ASTOR, Avenida Benjamin Constant, 1891, fone: 222140, Alta Ansiedade, com Mel Brooks, 15-20-22h, Cores, 16 anos.

ROSÁRIO, Avenida Benjamim Constant, 309, fone: 422707, O Selvagem, com Yves Montand, duplo com Nas Garras da Serpente, 14-20h, Cores, 18 anos.

Independência:

CINEMA UM – Sala Vogue, À Procura de Mr. Goodar, com Diane Keaton, 14.30-17-19.30-22h, Cores, 18 anos.

Menino Deus:

MARROCOS, Avenida Getúlio Vargas, 171, fone: 233350, Alta Ansiedade, com Madeline Kahn, 20-22h, Cores, 16 anos.

Moinhos de Vento:

CORAL, Rua 24 de Outubro, 72, Tentáculos, com Bo Hopkins, 20-22h, Cores, 10 anos.

Partenon:

MIRAMAR, Avenida Aparício Borges, 2730, fone: 233046, Pacto Sangrento do Karate, duplo com Tentáculos, com Delia Boccardo, 20h, Cores, 10 anos.

REGENTE, Rua Dona Firmina, 530, O Dragão Nunca Morre, duplo com Aleluia e Sartana, 20h, Cores, 14 anos.

Passo da Areia:

REAL, Avenida Assis Brasil, 2511, Piranha, com Bradford Dillman, 20-22h, Cores, 16 anos.

REY, Embalos de Sábado à Noite, com John Travolta, 19.30-21.45h, Cores, 16 anos, em décima-primeira semana.

Nota da coluna ZH:

- Picaretagem americana, investido no fenômeno discoteca e consequente proposta de alienação. Baixo nível musical e interpretativo. Balconista conhecido como “o Fred Astaire do Brooklin” trabalha toda a semana para rasgar a bandeira aos sábados na discoteca de bairro. Os atores são péssimos. John Badham dirige. (T. B.)

Petrópolis:

RITZ, Avenida Protásio Alves, fone: 318397, Tentáculos, com John Huston, 20-22h, Cores, 10 anos.

AÇORES, Avenida Protásio Alves, Eu Faço-Elas Sentem, com Antonio Fagundes, duplo com A Fúria de Hap-Kido, Cores, 18 anos.

São João:

TALIA, Avenida Presidente Roosevelt, 1368, fone: 221106, Vida e Morte de Bruce Lee, duplo com Convento das Filhas Proscritas, com Femi Benussi, 19.30h, Cores, 18 anos.

Vila Ipiranga

ESTRELA, Estrada do Forte, 1754, fone: 411592, Terror na Montanha Russa, com George Segal, 20h, Cores, 14 anos.

Nota da coluna ZH:

- Mais um cine-desastre rodado por James Goldstone, Jovem paranoico decide explodir uma montanha russa durante as festas pela comemoração da inauguração de m parque de diversões. Tomothy Bottons, é o criminoso. No elenco: Richard Widmark e Susan Strarberg. Apenas mais um título de (financeiramente) bem sucedida série. (T. B.)

Cine Premier – CINEMA CAPITÓLIO

Rua Demétrio Ribeiro – Cidade Baixa

Em novembro de 1978, conforme o jornal Zero Hora, depois de pouco mais de um mês de interrupção, volta às atividades, no próximo domingo, um dos mais tradicionais cinemas da Capital: aquele que fica na esquina da Rua Demétrio Ribeiro com a Avenida Borges de Medeiros, que muitas gerações conheceram como Capitólio e que, a cerca de dez anos, alguém teve o mau gosto de rebatizar como “Premier”. Pois ele volta justamente com seu primitivo e verdadeiro nome, “Capitólio”, depois de ter sido submetido a uma “recalchutagem” que inclusive lhe deu o aspecto original. Teremos assim, em Porto Alegre, sala e exibições características nostálgicas, livre da fórmica e do acrílico, quase sempre usados com mau gosto, pelos chamados reformadores de nossos cinemas. Curiosamente, para reinaugurar o Capitólio estará sendo exibido uma fita de características nostálgicas, ou seja “Nos Tempos da Brilhantina” pretende evocar a música e os valores preferidos pelos adolescentes dos anos 50.

Cinema Atlas Encerramento

___O Cinema Atlas na esquina da Rua Alcides Cruz. O prédio foi demolido na década de 1970 e construíram uma garagem (Garajão), mantendo o acesso, na esquina.

Cinemas de Porto Alegre

Em 1978, o jornal Zero Hora traz a programação em nova diagramação, das seguintes cinemas e salas de cinema, na “Coluna Filmes”:

Centro: 

CACIQUE (Andradas, 903) - 14-16-18-20-22h, Amada Amante, de Cláudio Cunha. Comédia dramática sobre os desajustes de uma família de classe média, que se transfere do interior paulista para a permissiva megalópole carioca. Lideram o elenco a bela Sandra Bréa, Luiz Gustavo, Rogério Froes e Neusa Amaral. (18 anos).

CARLOS GOMES, (Vig. José Inácio, 335) – 14-18-22h. Kung Fu contra o Demônio do Fundo do Mar, de autor ignorado. Karatê – Filme inédito, com elenco desconhecido, 16-20h. A Possuída, de Mario Gariazzo, com Cris Avram. (18 anos).

IMPERIAL (Andradas, 1105) – 14-16-18-20-22h. O Cortiço, de Francisco Ramalho Jr. A (última) e frustrada versão do clássico naturalista de Aluísio de Azevedo, sobre a vida dos habitantes de um cortiço carioca, no final do século passado. Betty Faria, Mário Gomes, Armando Bogus, Beatriz Segall e Ítala Nandi defendem os principais papéis. (18 anos).

LIDO (Borges de Medeiros, 512) – 14-18-22h. O Regresso do Renegado Kung Fu, de Kenji Misuni. Violento drama japonês de samurais, inédito, com Tomisabur Wakayama. 16-20h. Uma Garota Nua Assassinada, de Alfonso Brescia, com Irina Demick. (18 anos).

SÃO JOÃO (Salgado Filho, 135) – 11-13.45-15.30-17.45-22-22.15h. Nos Tempos da Brilhantina (Greese), de Randa Kleiser. Comédia musical americana, baseada em sucesso da Broadway e desenrola num colégio secundário, na década de 50. John Travolta é o líder de uma gang de adolescentes e Olivia Newton John e Stockhard Channing são as principais atrizes em cena. (14 anos).

SCALA, (Andradas, 921) – 13.50-15.40-17.50-20-22.10h. Pai Patrão, de Paulo e Vittorio Taviani. Elogiada versão do romance autobiográfico de Gavino Ledda, que conquistou a Palma de Ouro e o prêmio da Crítica no Festival de Cannes77. Um pastor da Sardenha permanece analfabeto e isolado até os 20 anos, por imposição paterna, quando se rebela, vai estudar no continente e retorna para escrever o livro de sua vida. Com severio Marconi, Omero Antonutti, Marcella Michelangeli e Fabrisio Forte. Não Perca! (16 anos).

VICTÓRIA (Borges de Medeiros, 512) – 13.30-15.40-17.50-20-22.10h. S.O.S. Submarino Nuclear, de David Greene. Drama de desastre, sobre submarino nuclear que afunda após colisão com um cargueiro e precisa ser resgatado em 48 horas, sob pena da tripulação parecer asfixiada. No elenco Charlton Heston, Rosemary Forsyth, David Carradine, Stacy Keach e Ned Beatty. (14 anos).

Bairros:

AVENIDA (João Pessoa, 1105) – 14-16-18-20-22h. Tudo Bem!, de Arnaldo Jabor. Obra prima do moderno cinema brasileiro. Uma irônica visão do delirante e alienado universo da classe média, através da reforma do apartamento do casal Barata (Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro), que sofre um revelador contato com a realidade, através dos operários da obra. Ainda com Regina Casé, Zezé Motta e Maria Silvia. (18 anos).

BALTIMORE (Osvaldo Aranha, 1058) – 14-16.15-19.45-22h. S.O.S. Submarino Nuclear, com Charlton Heston e Rosemay Forsyth. (14 anos).

Bristol (Osvaldo Aranha, 1060) – 14-16-20-22h. Ciclo, o Cinema de Ken Russell. Hoje – Tommy, de Ken Russell, Ópera rock, uma delirante visão de uma história contemporânea, com Roger Daltrey e Ann Margret, mais Elton John, Tina Turner e muitos outros. (18 anos).

CAPITÓLIO (Demétrio Ribeiro, 1079) – 14-16-18-20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John Travolta e Jeff Conway. (14 anos).

CINEMA 1 – Sala Vogue (Independencia, 640) – 14.30-17-19.30-22h. À Procura de Mr. Goodbar, de Richard Brooks. Excelente drama psicológico americano, versão da novela baseado em fatos verídicos. Professora de crianças surdas (Diane Keaton) vagueia pelas noites, de bar em bar, à procura de companhia masculina. Não perca! (18 anos).

CORAL (24 de Outubro, 624) – 19.45-22h. Pai Patrão, com Omero Antonutti e Severio Marconi. Não Perca! (16 anos).

MARROCOS (Getúlio Vargas, 1740) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).

REY (Assis Brasil, 1894) – 20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John Travolta e Olivia Newton-John. (14 anos).

RITZ (Protásio Alves, 2557) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).

STUDIO CENTER (Centro Comercial Azenha) – 14-1618-20-22h. Nos Tempos da Brilhantina, com John Travolta e Olivia Newton-John. (14 anos).

Bairros (Outros):

ASTOR (Benjamin Constant, 1891) – 15-20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).

ABC (Venancio Aires, 12) – 20-22h. O Cortiço, com Betty Faria e Maurício do Valle. (18 anos).

AÇORES (Protásio Alves, 4854) – 20.30h. Os Mandarins do Kung Fu e Os Deuses do Karatê contra Punhos de Aço. (18 anos).

CASTELO (Azenha, 666) – 14-20h. O Telefone, com Charles Bronson e Embalos de Sábado à Noite. (16 anos).

ESTRELA (Estrada do Forte, 1730) – 20h. Domingo Negro e Praga Infernal. (18 anos).

MIRAMAR (Aparício Borges, 2730) – 19.45-21.45h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).

REAL (Assis Brasil, 2073) – 20-22h. Amada, Amante, com Sandra Bréa e Luiz Gustavo. (18 anos).

REGENTE (Dona Firmina, 530) – Fechado para Reforma.

ROMA (Praça Princesa Isabel, 15) – 20-22h. Piranha, de Joe Dante. Mediocre terror animal, com Bradford Dillman. (14 anos).

ROSÁRIO (Benjamin Constant, 305) – 14-20h. Socorro, Eu Não quero morrer Virgem e Vítimas do Prazer. (18 anos).

TALIA (Presidente Roosevelt, 1362) – 19.30h. Kung-Fu – A Cidade dos Bárbaro e Dona Flor e Seus Dois Maridos, boa comédia de Bruno Barreto, com Sonia Braga. (18 anos).

Nota:

- Algumas informações impressa “mesmo que erronia” seguem o texto original ZH.

1979

Cine Castello – Encerramento

Em 1979, o tradicional Cine Castello, na Avenida da Azenha, nº 666, no bairro Azenha encerrou as atividades, inaugurado no dia 27 de abril de 1939, a sala funcionou por cerca de 40 Anos.

 

Cine Castello – Década de 1970

___ Era um imenso cinema, grandes eventos foram realizados em suas dependências, como programas da Rádio Farroupilha, destaca-se: - Maurício Sirotisky e a cantora Elis Regina na juventude. Depois, por mais de duas décadas, passou somente “Filmes B”.

 

Cine Castello – Década de 1980

1980
Produção Nacional

Em 1980, um dos melhores anos da “produção nacional cinematográfica”, com 103 filmes. Cinema ReyEncerramento

Em 198(?), na década, o grande Cinema Rey, sala de cinema com 1.800 lugares, na Avenida Assis Brasil, nº 1894, na "Volta do Guerino", no Passo D'Areia, encerrou suas atividades. O prédio vendido para a rede de lojas Empório de Tecidos que abriu o seu primeiro magazine o “EMPO”. O prédio foi internamente descaracterizado para a montagem da loja.

___Funcionamento diário – média anual 800 sessões292.289 espectadores.

Cinema Guarani – Prédio Vendido

Nos anos 1980, o prédio do Cinema Guaraní foi vendido para o Banco Safra que manteve a fachada do cinema, restaurando-a, obedecendo a arquitetura original.

 

Cinema Guarani

Cine Coral – CINE CORAL 1 e 2

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Na década de 1980,Cine Coral, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi dividido em 2 salas:
Cine Coral 1, local da plateia,

Cine Coral 2, mezanino. 

O Golpe Fatal aos Cinemas de Rua 

Shopping Center

Shopping Center Iguatemi

Em 1980, inicia o projeto para construir o primeiro Shopping Center em grande área na Zona Norte de Porto Alegre o Shopping Iguatemi, na Avenida João Wallig.

___Isto será um “Golpe Fatal” para os cinemas de rua em Porto Alegre, em pouco tempo todos irão desaparecer.

___Conforme Gastal:

"As sucessivas revoluções tecnológicas da Sétima Arte, a introdução do som e da cor, por exemplo, ao longo do século XX, foram motivo para que empresários sucumbissem".

___Da mesma forma, o surgimento da Televisão e sua demanda afetará o lucro dos empresários da área. 
___Assim, muitos donos de Cinemas quebraram, pondo fim principalmente às salas de bairro, afastadas do Centro da cidade.

Cinema Ritz – Encerramento

Em 198(?), na década, o Cinema Ritz, de propriedade da Empresa Cinematográfica Brasil Ltda, sala de cinema com 1.078 lugares, Avenida Protásio Alves, nº 2557, bairro Rio Branco.

___Funcionamento diário - média anual 795 sessões325.239 espectadores.
Ponto de Cinema 

Em 1980, o Ponto de Cinema realiza a versão sonora com tradução de inter-títulos do clássico do expressionismo, “NOSFERATU” de F.W. Murnau.

___Participaram do trabalho Wilson Spohr e Claudio Ott.

___O filme viria a ser exibido em Porto Alegre para centenas de pessoas e foram realizadas duas sessões no Cine Clube Bixiga/SP (1982).

___Lançou com sucesso filmes gaúchos; estreou nacionalmente “MISSA DA TERRA SEM MALES”.

___Revelou ao público gaúcho que a apresentação de mestres do cinema e filmes do cinema gaúcho interessavam, e podiam fazer sucesso.

___Depois de um ano no Centro Municipal de Cultura, passamos outro ano no Teatro de Câmara agregando além do sábado e domingo, também as segundas. Tudo de modo a não perturbar as peças de teatro que eram encenadas antes e depois das sessões de cinema.

___Nos anos subseqüentes passou-se a exibir filmes nos mais inusitados locais de Porto Alegre:

ASSEMBLÉIA LEGISTATIVA,

INTITUTO GOETHE,

SENAC,

INSTITUTO DE ARTES, entre outros.

Cinema Premier – CINEMA CAPITÓLIO

Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa
No início nos anos 1980, o
Cinema Premier sofreu nova remodelação, sendo colocada um toldo de lona em frente a porta de entrada (talvez para simbolizar os anos 1930) e o cinema voltou a se chamar Cinema Capitólio.

PONTO DE CINEMA

Avenida Alberto Bins - Floresta

SESC

Em 15 de março de 1980, é aberta o Ponto de Cinema SESC, na Avenida Alberto Bins, 665, no bairro Floresta.

Cine Rosário – Encerramento  
Em 27 de abril de 1980,
Cine Rosário, na Avenida Benjamim Constant, nº 305, que ficava abaixo do nível da rua, com sua calçada rebaixada, encerrou suas atividades. O prédio ficou por algum anos vazio, até ser adquirido pela CEF e ser demolido, no início do anos 2000, cercado ainda em 2024 baldio. O prédio foi demolido para não ser tombado.

Cine Rey – Encerramento

Em fins de agosto de 1980, o Cine Rey na Avenida Assis Brasil, na Volta do Guerino, deixou de funcionar.
Nota:

- No seu lugar foi construído a loja Empo (magazine), que pertencia a Rede Empório de Tecidos.
Cinema Imperial – Exibição – Bilheteria na Calçada

Cine Imperial – 1980

Filme: Império dos Sentidos

___O filme "Império dos Sentidos", de Nagisa Oshima ficou em exibição no Avenida entre 1980 e 1981 mais de 30 semanas, um sucesso de público. O filme foi alvo de censura e polêmica no Brasil, especialmente durante a Ditadura Militar (1964/1985), mas foi lançado oficialmente em 1980. Lançado em 1976, causou controvérsia não só no Brasil. Tivemos notícias de polêmicas na França, na Argentina. Ainda era um período de censura no país, e um filme como esse tinha todos os elementos para provocar uma movimentação muito grande, dada a situação da nossa cultura. Tinha uma estética subversiva, que chocava os padrões da “moralidade comum, mais conservadora”. Ao mesmo tempo, era uma referência de possibilidades de abertura, do ponto de vista estético e também político. Discutia questões consideradas tabus. A ideia de que o homem goza com mais intensidade quando está asfixiado passou a ser uma fantasia recorrente em outros filmes. Trata da experiência de um gozo que possa transcender a forma de prazer comum. Esse gozo tem como horizonte, como limite, a morte. O ambiente em Porto Alegre, na segunda metade da década de 1970, era de uma retomada de movimentação política e cultural. A retomada de um movimento cultural sempre tem uma implicação política. Foi o momento em que as pessoas começaram a ocupar o espaço público - por exemplo, tomando “chimarrão” na Redenção, o que hoje é normal. O Império dos Sentidos ficou bastante tempo em cartaz em Porto Alegre porque respondia a esse anseio de liberdade e porque sua temática trata de questões fundamentais para a condição humana, que são as questões relacionadas ao sexo, à sexualidade.

1982

Ponto de Cinema 

Em 1982, passa a trabalhar de forma itinerante, o Ponto de Cinema promove ciclos e mostras lança com sucesso em diversas capitais (em SP no MASP, reunindo mais de 2 mil pessoas) e cidades do RS e SC o documentário “STAMPING GROUND” sobre o Festival de Rock de Rotterdam que reuniu bandas como Pink Floyd, Santana, T. Rex, Jefferson Airplane, entre outros. O filme foi visto por mais de 20 mil pessoas.

Cine Miramar – Encerramento

Em 14 de fevereiro de 1982, o tradicional Cine Miramar, de propriedade de Joaquim A. da Silva, na Avenida Aparício Borges, nº 2730, encerrou as atividades.

___Funcionamento diário – média anual 459 sessões260.978 espectadores.

 

Situação do prédio do Cine Miramar na 3ª Perimetral

CINE CORAL 1 e 2

Rua 24 de Outubro – Moinhos de Vento

Na década de 1980,Cine Coral, na Rua 24 de Outubro, nº 624, bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi dividido em 2 salas:
Cine Coral 1, local da plateia,

Cine Coral 2, mezanino. 

 

Década 1980

1983

Ponto de Cinema 

Em 1983, é criado o PONTO DE CINEMA-CINEMATECA GAÚCHA, que é a primeira cinemateca do Rio Grande do Sul e um dos maiores acervos privados do Brasil com mais de 2 mil exemplares.

___Filmes sem registro em vários países fazem parte deste acervo como alguns exemplares:

·         Argentina, SONO FILM, “TANGO”, o primeiro filme sonoro daquele país;

·         Japão, o primeiro filme colorido, “A VOLTA DE CARMEN” de Keisuke Kinoshita,

·         EEUU, o primeiro filme realizado por Orson Welles, “HEARTS OF AGE”;

___Além de clássicos filmes de Ingmar Bergman, Visconti, Robert Wise, Fritz Lang, Masaki Kobayashi, Heinoske Gosho, Kaneto Shindo, Irmãos Taviani, Claude Lelauch, Jacques Becker, William Wyler, Nicholas Ray, Alfred Hitchcock, Max Ophüls, Roman Polanski, Costa-Gavras, Irmãos Lumière entre outros.

Shopping Center Iguatemi

Em 13 de abril de 1983, inaugura o Shopping Center Iguatemi, o primeiro grande shopping center de Porto Alegre, com 110 lojas e 1.500 vagas de estacionamento. Assim começava uma nova etapa para os cinemas em Porto Alegre, o fim dos Cinemas de Calçada (Rua) e o início das Salas de Cinema menores em endereço fechado, dentro da tática de marketing, os “shoppings”, – mas ainda não!

Shopping Sem Sala de Cinema

___Mas Porto Alegre teve sorte, o Shopping Iguatemi inaugurou sem “sala de cinema”, somente em 1993, foram instaladas as primeiras 4 Salas de Cinema.

 

Inauguração do Iguatemi – 1983

___Porto Alegre refletiu esta realidade, e sua vocação para o comércio e serviços acentuou-se com a inauguração do Shopping Iguatemi. Para acompanhar os novos tempos, o Centro Comercial João Pessoa e passou a chamar-se “shopping”. Por outro lado, o Centro da cidade, ao passo que aglutinou as atividades financeiras e administrativas, passou a dividir com esses novos objetos – espaços hegemônicos da “nova” modernidade – a centralidade do consumo. A euforia vivenciada pelo cinema nos anos 1970 cessou abruptamente. Das 3.276 salas existentes no Brasil em 1975 restaram apenas 1.428 salas, em 1985 (Ramalho, 1994). Entretanto, em Porto Alegre abriram mais cinemas do que fecharam, sendo fechadas os tradicionais cinemas Rosário e Castello. Mas o que ocorreu de fato foi a duplicação de muitas salas já existentes e a intervenção do poder público no setor. Excluídos desta lógica estava o Cine Áurea, no Centro, que se especializou em “filmes pornográficos”.

Domingo à Noite

___Ir no Centro sozinho ou em turma, curtir um filme a escolha no Victória, São João, Capitólio, Imperial, Guarani, Cacique, Scala e depois dar uma passada no Fliper do Chinês e na saideira, pegar um “Kurtz Dog” com 3 salsichas quando ainda era uma van na esquina da Borges. Ou então, pegar um "Morte Lenta" com caldo de cana ali na Praça XV. Para os fortes, ainda tinham os filmes “pornôs” no Carlos Gomes e no Lido. __Estes foram bons tempos!

1984

Cinema Um–Sala Vogue – Encerramento 

Em 1984, o Cine Um – Sala Vogue, na Avenida Independência, 646, na Independência, encerrou suas atividades.

Cine Astor – Encerramento

Em 1984, o tradicional Cine Astor, na Avenida Benjamin Constant, 1891 (atual 1191), quase esquina Avenida Cristovão Colombo, não bairro Floresta, encerrou suas atividades.

SALA DE CINEMA

Rua dos Andradas – Centro  

Hotel Majestic

Em 11 de dezembro de 1984, terça-feira, no prédio do ainda antigo Hotel Majestic (nesta época já destinado à cultura pelo Governo do Estado), foi inaugurada a Sala de Cinema, com entrada pela Rua dos Andradas (espaço onde hoje funciona a livraria da CCMQ). A iniciativa foi do então subsecretário de Estado da Cultura, Paulo Amorim (1930-1986), que convidou Romeu Grimaldi (1934-1996) para assumir a programação da nova sala. Antes disso, qualquer promoção cinematográfica da cultura do Estado era apresentada pelo Setor de Cinema e Fotografia do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.

1985

Cine-Theatro Thalia – Demolido   

Em 1985, o tradicional e maravilho prédio eclético do Cine Theatro Thalia, na Avenida Presidente Roosevelt (Avenida Eduardo, no Quarto Distrito), foi vendido e demolido para a construção de uma agencia bancário (Itaú), que aprovou um projeto nada significante pala importância do Thalia e poderia ter preservado somente sua fachada (atual estacionamento do banco).

SALA DE CINEMA MARIO QUINTANA

A partir de 04 de novembro de 1985, o espaço da Sala de Cinema no antigo Hotel Majestic começa a ser chamado de Sala de Cinema Mario Quintana, sendo ele o último morador do hotel.

Mario Quintana – O Homenageado

Mario de Miranda Quintana (Alegrete, 30/07/1906 — Porto Alegre, 05/05/1994), foi um poeta, jornalista e tradutor, considerado um dos expoentes do modernismo brasileiro, que se tornou ícone de Porto Alegre após mudar-se da cidade natal, Alegrete. Conhecido pela sua poesia simples e coloquial. Quintana viveu no Hotel Majestic, por doze anos, entre 1968 e 1980. Esse hotel, que foi transformado na atual Casa de Cultura Mário Quintana, é um espaço que homenageia a sua obra e seu modo de vida, abrigando programação cultural variada. Sua obra é marcada pela simplicidade, humor e profundidade, abordando temas do cotidiano e refletindo sobre a experiência de um homem do interior na cidade grande. Além de poeta, Quintana foi tradutor de obras de autores renomados como Marcel Proust e Virginia Woolf, e atuou como jornalista, publicando a crônica "Caderno H", do jornal Zero Hora. Com a morte de Mário Quintana, aos 87 anos, após problemas respiratórios e cardíacos. É lembrado como um "poeta das coisas simples", um homem que caminhava pelas ruas de Porto Alegre em busca de poesia. A Casa de Cultura Mário Quintana é o principal local que celebra seu legado, mas sua figura também é lembrada com uma estátua na Praça da Alfândega, um local frequentemente visitado pelos apreciadores de sua obra.

Sala de Cinema Mario Quintana – Programação  

Em 1985, a “Cinemateca” são marcados apenas por mostras especiais, pois muitas destas temáticas matrizes vão retornar sempre nos anos seguintes, ficando clara a opção pelo cinema autoral, pelas retrospectivas, pelo cinema brasileiro e latino-americano:

• Mostra de filmes premiados em Gramado (21 mar-7 maio + 12-17 maio), apoio: Embrafilme; catálogo 12p, com texto "Doze anos do melhor cinema brasileiro" por Luiz César Cozzatti

• III Mostra Internacional de Cinema de Porto Alegre (18 maio-2 jun), promoção: Clube de Cinema de Porto Alegre

• Retrospectiva Werner Herzog (8-19 jun), apoio: Goethe-Institut, catálogo 12p, com os textos "Um universo em convulsão" por Regis Müller + "O cinema de Werner Herzog, o Murnau do Novo Cinema Alemão" por Luiz César Cozzatti

• Pequena mostra de Hector Babenco (20-23 jun)

• Mostra de filmes brasileiros (24-30 jun)

• 6 filmes de Robert van Ackeren (1º-7 jul), promoção: Goethe-Institut

• Clássicos do cinema francês (8-28 jul), apoio: Bureau d'Action Linguistique de Porto Alegre e Samrig

• Clássicos do cinema soviético (29 jul-4 ago), apoio: Samrig

• Clássicos do cinema francês – As obras-primas retornam (5-11 ago), apoio: Bureau d'Action Linguistique de Porto Alegre e Samrig

• A Segunda Guerra Mundial no cinema (12-18 ago), apoio: Samrig

• Retrospectiva Wim Wenders (19-25 ago), apoio: Goethe-Institut e Samrig

• Panorama do cinema italiano (26 ago-8 set), apoio: Samrig

• Quatro filmes de Fellini (9-15 set), apoio: Samrig

• Retrospectiva cinema gaúcho (16 set-6 out), promoção: APTC-ABD-RS Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul, patrocínio: Banco Europeu para a América Latina S.A.; folheto 4p. com programação + folheto 4p. sobre Vento Norte, com texto "Um lugar na história" por Antonio Jesus Pfeil

• O Cinema anti-colonialista (7-13 out), apoio: Samrig

• O Cinema soviético da década de 50 a 70 (14-27 out), apoio: Samrig

• Monty Python no cinema (28 out-3 nov), apoio: Samrig

• Cinema e literatura (4-10 nov), apoio: Samrig

• Dois filmes de Alain Tanner (11-17 nov), apoio: Samrig

• Semana da Consciência Negra – Religião e liberdade (18-24 nov), promoção: Fundação Leopold Sedar Senghor, apoio: Samrig

• A Ópera no cinema (25 nov-1º dez), promoção: Goethe-Institut, apoio: Samrig

• O Novo cinema alemão [Cinema alemão – Mostra 1985] (9-19 dez), apoio: Goethe-Institut e Samrig

• 2ª Semana do Cinema Argentino (20-30 dez), promoção: Consulado Geral da República Argentina, apoio: Samrig; catálogo 16p. com os textos "Cinema argentino: tão longe, tão perto" por Luiz César Cozzatti + "Dar-se conta, a esperança" por Tuio Becker // Exposição de fotografias Imágenes argentinas, de Pedro Luis Raota

1986

Sala de Cinema Mario Quintana  

CINEMATECA PAULO AMORIM

Rua dos Andradas – Centro  

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 06 de agosto de 1986, é criada a “Sala Paulo Amorim”, oficialmente segundo Decreto publicado no Diário Oficial do Estado.

Em 01 de setembro de 1986, a Sala de Cinema Mario Quintana, na Rua dos Andradas, 736, no Centro Histórico, foi rebatizada com o seu nome (uma vez que Mario Quintana seria o patrono de todo o complexo cultural que iria ocupar o Hotel Majestic). É criada oficialmente a Cinemateca Paulo Amorim, segundo decreto publicado no Diário Oficial do Estado. As salas de exibição estão localizadas no térreo da Casa de Cultura Mario Quintana. Cinemateca Paulo Amorim (Espaço Banrisul de Cinema), Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, Brasil.

Paulo Amorim – O Homenageado

___Jornalista e advogado, Joaquim Paulo de Almeida Amorim (*(?) +12/01/1986), trabalhou nos jornais Zero Hora e Correio do Povo, onde permaneceu até o fim de sua carreira. Em 1964, passou a dirigir a Divisão de Cultura da hoje extinta Secretaria de Educação e Cultura (SEC) do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro subsecretário de Cultura do Estado, entre 1975 e 1979, respondendo pelo Departamento de Assuntos Culturais da SEC. De 1983 a 1986, exerce pela segunda vez o cargo de subsecretário de Cultura. A reconstrução do Theatro São Pedro foi encaminhada durante sua gestão, assim como a criação do Museu Antropológico e a abertura do Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado para concertos e recitais. Paulo Amorim também criou uma coordenadoria específica para o Patrimônio Histórico e Cultural do Estado e promoveu espetáculos abertos ao público, por meio de projetos como Música ao Meio-Dia, Música nos Bairros e O Choro é Livre. Em 1986, recebeu da Câmara Municipal o título de “Cidadão Emérito de Porto Alegre”. Homenageado postumamente em 11 de abril de 1986 com uma placa de bronze no saguão do Palácio dos Festivais "pelo incentivo ao Festival de Gramado".

Paulo Amorim – Pré-estreias

___Mostras de filmes e seminários em promoção do Goethe-Institut / ICBA Instituto Cultural Brasileiro Alemão: • Brecht no cinema / Seminário por Hans-Joachin Schlegel (SPA, 22 à 26 set 1986).

Ponto de Cinema – SESC  

Em 1986, o Ponto de Cinema após um período itinerante fixou-se em conjunto com o SESC - Serviço Social do Comércio de Porto Alegre criaPonto de Cinema SESC, com 300 lugares, na Avenida Alberto Bins, nº 665. A sala do Ponto de Cinema funcionava semana sim semana não. Outra proposta alternativa, embora independente da participação estatal, foi o Ponto de Cinema que após um período itinerante fixou-se no SESC de 86 a 92.

Nota:

- Durante seis anos produziu eventos que marcaram a vida cultural de Porto Alegre, tornando-se notícia nacional diversas vezes pelo ineditismo como a apresentação de um filme inédito do acervo, “HEARTS OF AGE”, de Orson Welles.
1987

Cine Avenida – CINE AVENIDA 1 e 2

Avenida João Pessoa – Cidade Baixa

Em 1987, o Cine Avenida, na Avenida João Pessoa, 1105, esquina Avenida Venâncio Aires, na Cidade Baixa, foi desdobrada em duas salas:
Cine Avenida 1, entrada original pela Avenida João Pessoa,

Cine Avenida 2, em mezanino, possuía porta de entrada pela Avenida Venâncio Aires.

CINEMA GUARANI – Reabertura  

Rua dos Andradas – Centro  

Em 03 de abril de 1987, o Cinema Guarani (1975), na Rua dos Andradas, nº 1051, no Centro, o nome tradicional foi reaberto em novo local, passando a funcionar no mezanino do Cinema Imperial, no prédio ao lado de sua sede anterior.

 

Rua da Praia – 1987, já como 2 salas de cinema Imperial e Guarany

SALA REDENÇÃO

CINEMA UNIVERSITÁRIO 

Campus Central – Centro

UFRGS

Em 22 de abril de 1987, inaugura a Sala Redenção – Cinema Universitário no prédio da antiga Biblioteca Central da UFRGS, na Avenida Paulo Gama, 110, no Centro, iniciativa voltada para oferecer filmes fora dos circuitos comerciais.

___Com uma programação constante de mostras e ciclos temáticos, a sala foi pensada para ser um espaço alternativo de projeção de filmes aliados tanto à reflexão como a debates e aprendizados através da integração entre cinema, cultura, educação e artes. A sala se propõe também a resgatar os grandes clássicos do cinema mundial, exibir produções realizadas em diferentes países, além de reservar um espaço significativo para a projeção de filmes brasileiros. A Sala Redenção é um espaço de integração das diferentes áreas do conhecimento, buscando despertar no público o gosto estético aliado ao enriquecimento cultural.

SALA EDUARDO HIRTZ

Rua dos Andradas – Centro  

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 03 de agosto de 1987, é inaugurada para convidados a Sala Eduardo Hirtz, na Rua da Praia (Rua dos Andradas) local onde depois foi o Café dos Cataventos, com capacidade de 100 lugares. O programa daquela segunda-feira, às 21h, foi a Mostra Cinema de animação:

O Natal do Burrinho + As Cobras (o filme) + Treiler (os três da Otto Desenhos Animados) + Cineceu (Helena Lustosa) + Planeta Terra (vários diretores) + Frankenstein Punk (Eliana Fonseca, Cao Hamburger).

- No dia seguinte (4 de agosto) a Sala Eduardo Hirtz abre para o público com a Mostra Totò, com seis longas italianos dos anos 1950 em cópias 16 mm.

Nota:      

- Durante o primeiro ano, a Sala Eduardo Hirtz funcionou de maneira intermitente apenas com 2 projetores 16 mm.

Sala Eduardo Hirtz – Homenagem ao Cine Cacique

___A sala presta uma homenagem ao antigo Cinema Cacique, exibindo reproduções dos “Índios Guaranis” de Glauco Rodrigues

___Os desenhos, criados para a antiga sala cacique, foram reproduzidos pelo designer Leandro Selister.

Eduardo Hirtz – O Homenageado 

Eduardo Hirtz (Duisburgo/Alemanha, 07/04/1878 – Porto Alegre, 23/02/1951)

___O cineasta veio para Porto Alegre em 1908, atuando na área cinematográfica do Estado até a sua morte.

___Pioneiro da cinematografia gaúcha, Eduardo Hirtz é o produtor e diretor de “O Ranchinho do Sertão” (1909), considerado o primeiro filme de ficção do Rio Grande do Sul. O curta, com o célebre Carlos Cavaco, baseado no poema "Aquele ranchinho" ou "Ranchinho de palha", de Lobo da Costa, é exibido no Recreio Ideal em 27 e 28 de março de 1909, sábado e domingo, o que determinou a escolha do Dia do Cinema Gaúcho.

___Francisco Hirtz e Eduardo Hirtz da firma Hirtz & Irmão, casa fundada em 1897 em Porto Alegre, especializada em litografia. Esta foi a principal atividade da Família. Mantiveram estabelecimentos no Centro às ruas Andrade Neves (desde 1905 ou antes até 1919), São Raphael (Avenida Alberto Bina) (1911-1919), e Conceição (1919-1930), e na Floresta à Rua Almirante Barroso (1931-1936). Eduardo envolve-se com distribuição e exibição de filmes quando torna-se sócio do Recreio Ideal entre agosto de 1908 e outubro de 1910. Depois faz parte da construção de três salas: Coliseu (1910), Theatro Apollo (1914) e Theatro Thalia (1917), sendo esta última um projeto só seu. Ele filma títulos como Recepção ao senador Pinheiro Machado (1909), Procissão dos Navegantes (1909) ou Festa das Árvores no Menino Deus (em Porto Alegre) (1909). Todo o restante de sua pequena produção é de atualidades ou institucionais.

Casa de Cinema

Em dezembro de 1987, é fundada a Casa de Cinema de Porto Alegre, uma “produtora de cinema independente”, com um grupo de onze cineastas gaúchos na forma de uma cooperativa. Durante todos estes anos, a Casa produziu dezenas de filmes e vídeos, além de programas de televisão (especiais e séries), cursos de roteiro e de introdução à realização cinematográfica, fóruns de debates e programas eleitorais para televisão.

1988

Cine Baltimore e Cine Bristol

CINE BALTIMORE 1, 2, 3, 4

Avenida Osvaldo Aranha – Bom Fim
Em 1988, o
Cinema Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1048 e 1058, bairro Bom Fim, outras salas de cinema foram sendo formadas, chegando a ter 4 salas no mesmo endereço. As lotações das 4 salas de cinema eram:

Baltimore 1 (600 lugares);

Baltimore 2 (264 lugares);

Baltimore 3, mezanino, ex Cine Bristol (184 lugares), e

Baltimore 4, (138 lugares).

Nota:

- Se tornando o primeiro conjunto como os atuais Multiplex em shopping center.

 

Década 1980

Cine Victória – Encerramento  

Em fevereiro de 1988, o tradicional Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, encerrou as atividades.

Cinematográfica São João e Wermar

___A Cinematográfica São João e da empresa Wermar que juntas, oligopolizaram a oferta da cinema de Porto Alegre. Apenas o Victória, Presidente, Imperial e o Guarani fugiram desta condição, sendo de outros proprietários.

___A Cinematográfica São João tinha cinemas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Em Porto Alegre foi proprietária das 4 salas do Baltimore, São João, Cinema 1, Center e Capithólio.

___A empresa Wermar, fundada em 1968, agia no Estado. Na cidade detinha os cinemas Cacique, Scala, Ritz, Avenida 1 e 2, Coral 1 e 2, ABC, Lido, Astor, Real, Roma e Marrocos.

Sala Paulo Amorim – Mostras

• A Vanguarda cinematográfica clássica da Alemanha dos anos vinte / Seminário por Walter Schobert - 1ª parte: Três pintores descobrem o cinema (SEH, 7 maio 1988) / 2ª parte: A vanguarda descobre a montagem (SEH, 8 maio) / 3ª parte: O som entra na imagem (SEH, 9 maio 1988).

• Destinos individuais influenciados pelo contexto histórico-político / Seminário por Egon Netenjakob (SEH, 6-15 ago 1988).

Sala Eduardo Hirtz

A partir de 07 de setembro de 1988, a Sala Eduardo Hirtz passa a ter 2 projetores 35 mm marca Gaumont Kalee e novo equipamento de som. Neste dia (7 de setembro) é descerrada "placa em homenagem ao Banco Nacional, que tem emprestado seu apoio, desde o princípio, a ambas as salas", como atesta a divulgação da época (placa desaparecida).

___As duas salas (Sala e Cinemateca Paulo Amorim e Sala Eduardo Hirtz) – somando 265 lugares – mantém programação até 13 de agosto de 1989, quando encerram suas atividades nesta “primeira fase”.

CINE ÁUREA

Avenida Júlio de Castilhos – Centro  

Fim década de 1980/1990, o Cine Áurea, na Avenida Júlio de Castilhos, nº 76, no Centro, a entrada do prédio mudou-se para a rua lateral, Rua Vigário José Inácio.

___Apresentação de filmes pornográficos e shows de sexo ao vivo.

1990

Novos Shopping

Nos anos 1990, surgem novos “shopping-centers”, como templos do consumo moderno, espaços cuja oferta segmentada também segmenta o consumo. Estes novos espaços hegemônicos propiciaram a reordenação espacial e estrutural das “salas de exibição” da cidade.

Hormar Castello

Na década de 1990, Hormar Castello, herdeiro de Horário Castello será sócio do GNC, empresa proprietária de 7 salas de cinema em shoppings na cidade.

Decadência: Cinema de Rua

Na década de 1990, os cinemas de calçada estavam em decadência, com a popularização do videocassete, das locadoras e dos cinemas em shoppings centers.

Cine-Teatro Presidente – Encerramento

Em 199(?), na década, houve o encerramento do grande Teatro Presidente, na Avenida Benjamin Constant, no bairro São João, encerrou suas atividades.

Nota:

- Após colocado em locação, primeiramente abrigou o Centro de Avivamento para as Nações, uma igreja evangélica. Não é primeira igreja a alugar o prédio do velho Cine Teatro.

Cine Victória   

___Maria Vitória Kessler, neta do fundador Victor Kessler, assumiu a direção do Cine Victória como uma forma de tentar salvar o negócio. “Me chamaram porque havia uma preocupação da minha geração de que os mais novos entrassem e pusessem a perder o patrimònio da família, como ocorreu com o City Hotel”, recorda. Dirigiu o cinema ao lado de Walter Becker e José Luiz Cassal. Seu afastamento se deu quando o cinema saiu da sala antiga. “Foi um erro trocar o cinema para a Casa das Lâmpadas, não tinha nada a ver. Mas eu sozinha não tinha mais como impedir, fui voto vencido.”

CINE VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Na década de 1990,Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, foi dividido em três (1 loja “Casa das Lâmpadas”) e 2 salas de cinema de médio porte:
Cine Vitória 1 
Cine Vitória 2
, com entrada na Travessa Acilino de Carvalho.
Cine Real – Bingo  

Na década de 1990, o prédio do Cine Real, na Avenida Assis Brasil, funcionou como um Bingo, muito concorrido.

CINE LIDO 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Nos anos 1990, o grande Cine Lido, na Avenida Borges de Medeiros, nº 475, no Centro, foi desdobrado em 2 salas:
Cine Lido 1
Cine Lido 2
Nota:

- Durante os anos 1980 e 1990, exibia filmes pornográficos e shows eróticos ao vivo no Lido 2.

MULTICINE

Rua dos Andradas – Centro

Shopping Rua da Praia

Em 1990, com a inauguração do Shopping Rua da Praia, na Rua dos Andradas, 1001, foram abertas 2 salas de cinema da Multicine.

Sala Multicine 1

Sala Multicine 1

Casa de Cultura Mário Quintana

Em 25 de setembro de 1990, é inaugurada a obra de transformação física do antigo Hotel Majestic em “Casa de Cultura”, entre elaboração do projeto e construção, que desenvolveu-se desde 1987.

___Com as reformas que transformaram o antigo hotel na Casa de Cultura Mario Quintana, as 2 “Salas de Cinema” mudam de lugar, passando a funcionar uma em frente à outra, na Travessa dos Cataventos, como estão desde então.

SALA PAULO AMORIM

Travessa dos Cataventos – Centro

CCMQ

Em 09 de dezembro de 1990, a Sala Paulo Amorim reabre, com 151 poltronas, a primeira das duas salas antes instaladas na CCMQ.

SALA EDUARDO HIRTZ

Travessa dos Cataventos – Centro

CCMQ

A Sala Eduardo Hirtz é reinaugurada com a Mostra Mestre Mizoguchi – seleção dos mais belos filmes, com cinco obras em 16 mm, em promoção do Consulado Geral do Japão, em cartaz de 28 de maio a 02 de junho de 1991, com entrada franca.

___A partir de 1º de agosto, quinta-feira, inicia a programação regular com dois inéditos:

A Casa Assassinada (La Maison assassinée, Georges Lautner, 1988, FR) às 14h30 e 16h30 e A Obra em Negro (L'Œuvre au noir, André Delvaux, 1988, FR-BE), baseado no romance de Marguerite Yourcenar, às 18h30 e 20h30.

As novidades da Sala Eduardo Hirtz eram um moderno sistema de projeção em 35 mm com projetor da marca italiana Cinemeccanica, com rolo único para 150 minutos e lâmpadas Xenon, de longa duração e alta luminosidade. O custo de instalação, pago com recursos da Cinemateca Paulo Amorim e do apoio do Banco Nacional, foi de cerca de Cr$ 2 milhões e meio. A sala também tinha projeção em 16 mm, equipada com dois projetores da marca francesa Kalart. Eram 100 poltronas.

1991

Em 1991, a capital do Estado, Porto Alegre chega a mais de 1 milhão de habitantes enquanto que os 22 municípios restantes que compõem a região metropolitana, mostrando-se como única alternativa de expansão já há algum tempo, chegavam a 3 milhões. Porto Alegre passou a crescer menos que as cidades que a circundam e outras tantas de porte médio do estado.

GNC Cinemas

Em 1991, é fundada a GNC Cinemas pelo empresário gaúcho Ricardo Difini Leite, que anteriormente fora gerente geral da RBS TV, afiliada da Rede Globo no Sul do país. Surgiu como a fusão de tradicionais empresas exibidoras do Rio Grande do Sul e foi responsável pela implantação dos “primeiros cinemas de shoppings” de Porto Alegre. Teve como sócio o administrador e advogado Hormar Castello Júnior, ex-bancário da Caixa Econômica Federal que tivera sua experiência cinematográfica na década de 1970 nos extintos cinemas Castello, Avenida e Marabá em Porto Alegre e também fora sócio Companhia Nacional de Cinemas, proprietária dos cinemas Imperial e Guarani. Também participou da fundação o administrador de empresas Eduardo Difini Leite, que administrara junto com seu pai o tradicional cinema Carlos Gomes, e fora sócio-gerente da empresa Leonforte Distribuidora de Filmes.

Sala Eduardo Hirtz – Reinaugurada

CCMQ Travessa dos Cataventos – Centro

Em 24 de maio de 1991, foi reinaugurada a nova Sala Eduardo Hirtz, Casa de Cultura Mario Quintana, Travessa dos Cataventos, ala leste, sala com 98 lugares.

GNC Bourbon Assis Brasil

Avenida Assis Brasil – São João

Em 11 de dezembro de 1991, inaugurou o GNC Bourbon Assis Brasil, na Avenida Assis Brasil, 4320, no Minuano, com 2 salas de cinema no novo Bourbon Shopping.

GNC Praia de Belas

Em 1991, é aberta 3 salas de cinema no Shopping Praia de Belas, na Avenida Praia de Belas, 1181, no Menino Deus.

1992

Ponto de Cinema/SESC – Incêndio  

Em Abril de 1992, um incêndio destruiu totalmente o Ponto de Cinema/SESC.

___Até esta data o Ponto de Cinema contabilizava 1.250 filmes exibidos, sendo que destes, 40% eram inéditos, numa média de 23 semanas ao ano chegou ao recorde de 33 mil espectadores e um mínimo de 25 mil.

1993

Concorrência 

___A migração dos cinemas para os shoppings, a exemplo do que já havia acontecido em outros centros, obrigou os atores que movimentavam o campo da oferta de salas de exibição na cidade a adequarem-se à nova realidade, pois estes novos objetos trariam consigo grandes exibidoras nacionais e transnacionais, cujo tempo hegemônico lhes é superior.

SHOPPING IGUATEMI – 4 Cinemas

Avenida João Wallig – Passo d`Areia

GNC Cinemas

Em 1993, o Shopping Iguatemi após obra de ampliação, ganhou 60 novas lojas e as suas primeiras 4 salas de cinema, administradas pela empresa gaúcha GNC Cinemas, na Avenida João Wallig, 1800, no Passo d`Areia.

Grupo Severiano Ribeiro

Em 1993, a iniciativa da GNC Cinemas não cobria a demanda eminente de salas de exibição o que abriu espaço em Porto Alegre ao Grupo Severiano Ribeiro, do Ceará, maior rede de cinemas do país.

Sala Paulo Amorim – Mostras

• Identidade política e cultural dos filmes no Leste e Oeste da Alemanha / Seminário por Peter Schumann - Filmes históricos (SEH, 2, 3 jun 1993) / Filmes contemporâneos (SEH, 4, 5 jun 1993).

1994

Ponto de Cinema/SESCBusca de Nova Sala

Em 1994, depois de dois anos após o incêndio do Ponto de Cinema/SESC, após a mudança de diretoria do SESC, o contrato não foi honrado.

___Tentou-se em vão viabilizar a construção de um CENTRO CULTURAL GUION em uma casa no bairro Auxiliadora mas foi frustrado pela Secretaria Municipal do Planejamento, que mesmo com o apoio dos moradores vetou o projeto.
Cine Ritz – Encerramento  

Em 1994, o Cine Ritz, na Avenida Protásio Alves, bairro Petrópolis, encerrou as atividades.
Nota:

- Em 2002, o prédio foi demolido, no lugar foi construído a agência da CEF.

 

Atual agência Itaú – 2012

Cine Astor – Encerramento

Em 1994, esta famosa sala do Cine Astor, na Avenida Benjamim Constant, bairro Floresta, encerrou as atividades, no fechamento tinha 707 lugares.

 

Escultura da fachada

Cine Astor – E o Bairro

___Durante anos foi considerado um dos maiores cine-teatros de Porto Alegre, servindo por décadas como atração e divertimento aos moradores dos bairros Floresta e São Geraldo, até o encerramento de suas atividades setenta anos após, em 1994. Tanto a arquitetura do prédio, como a memória cultural incorporada à saudosa existência do Cine Astor, constituem verdadeiros símbolos desses bairros, assim como da própria história de Porto Alegre. 

 

Prédio desativado, só a carcaça, década de 2000

___Diante do abandono e suas conseqüências, a Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural e o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico estão analisando a viabilidade da manutenção ou não da fachada, o que se dará por meio de audiência pública, conforme anunciado há alguns meses pela mídia. Espera-se que a solução seja pelo restabelecimento do prédio, não só como forma de manter a história do bairro e da cidade, mas também para preservar a memória de seus construtores e proprietários.

 

Prédio desativado, só a carcaça, década de 2000

Cine Coral 1 e 2 – Encerramento  

Em 1994,Cine Coral 1 e 2, na Rua 24 de Outubro, nº (?), bairro Moinhos de Ventos, encerrou as atividades.

GNC Lindóia Shopping

Avenida Assis Brasil – Lindóia

Em 29 de abril de 1994, o GNC Lindóia Shopping inaugurou com 2 salas no Lindóia Shopping, na Avenida Assis Brasil, 3522, no Lindóia.

Fechamento de Cinemas

Em 30 de junho de 1994, foi uma “Noite Melancólica” pelo fechamento de três cinemas de Porto Alegre, dia que 3 salas de cinema de rua realizaram últimas sessões:

Cinema Capithólio – Encerramento

___O antigo Cinema Capithólio, na Rua Demétrio Ribeiro, 1085, esquina Avenida Borges de Medeiros, encerrou suas atividades, de forma melancólica, com a presença de apenas 20 espectadores.

 

Antes da reforma na década de 1990

Cine-Teatro Marrocos Encerramento 

___O grande Cine Marrocos, propriedade de Darcy Bittencourt & Cia. Ltda (Fama Filmes), com capacidade de 1.100 lugares, utilizava Aparelho 35 m/m, na Avenida Getúlio Vargas, nº 1174, bairro Menino Deus, fechou.

___Funcionamento diário – média anual 788 sessões172.364 espectadores.

Nota:

- Em 2009, além da garagem, há uma farmácia, pequenas lojas e, sobre o velho cinema, um restaurante.

 

Cine Marrocos, Garagem – 2009, Foto: Fernando Guimarães

Cine São JoãoEncerramento 

___O moderno Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, encerrou suas atividades.

Em 10 de julho de 1994, a cidade perdia mais 3 salas de cinema de rua.

Cine ABC – Encerramento  

___O Cine ABC, na Avenida Venâncio Aires, 77, na Cidade Baixa, encerrou suas atividades e fechou definitivamente suas portas. Quando do fechamento tinha 479 lugares. Inaugurado como Garibaldi em 8 de dezembro de 1914, reinaugurado em 1º de janeiro de 1969 como ABC. Fechou definitivamente suas portas no dia 10 de julho de 1994.

Cine Cacique – Encerramento

___O grande Cine Cacique, no fechamento a sala de cinema possuía 1.600 poltronas modelo Pullman (reclináveis) bem como projetores e tela para filmes de 70 mm; som estereofônico.

___Tinha um funcionamento diário – média anual 1.845 sessões1.051.064 espectadores.

Cine Scala – Encerramento

___O menor da escadinha Cine Scala (instalado no balcão do Cacique), na Rua dos Andradas, nº 933, bairro Centro, encerrou suas atividades. 

 

Entrada dos Cine Cacique e Cine Scala

1995

Cine-Theatro Capitólio – Preservado

Em 1995, a Prefeitura de Porto Alegre adquiriu o prédio do antigo Cine-Theatro Capitólio, construído em 1928, visando a sua futura restauração. Por sua relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre (em 1995) e do Estado do Rio Grande do Sul (em 2007).

Sala Paulo Amorim – Sala Eduardo Hirtz – Equipamentos

Em maio de 1995, no final, são instalados dois novos projetores marca alemã Bauer B6, com lanternas Xenon 2.000 watts. Os aparelhos além de permitirem uma maior definição de imagem, propiciada pelo tipo de lentes Schneider Super-Cinelux, incluem um sistema sonoro de alta fidelidade.

Nota:

- A partir de 1990 as salas passam a funcionar de terça-feira a domingo; antes ofereciam programação todos os dias. Eventualmente as salas ainda vão apresentar programação às segundas-feiras durante a década.

GUION CENTER CINEMAS

Rua Lima e Silva – Cidade Baixa

GUION Cinemas

Em 22 de junho de 1995, o Ponto de Cinema/SESC construiu com recursos próprios o GUION CENTER CINEMAS, no Centro Comercial Nova Olaria, na Rua Gen. Lima e Silva, n° 776, bairro Cidade Baixa, complexo composto de 3 Salas de Exibição (+) o CAFÉ GUION e o GUION CD'S, loja especializada em trilhas, jazz, world music, música popular gaúcha, enfim cd's selecionados, tendo a sala Cine Gran Café.

Nome GUION

___O nome GUION, ao contrário do que muitos imaginam não teve inspiração na palavra espanhola “Guión”, que é roteiro de cinema, mas sim uma homenagem a um amigo japonês que faleceu no momento exato em que se concordava com a sua sugestão ao Centro Cultural da Auxiliadora.

“GION” é um bairro tradicional da cidade japonesa de Kyoto, originalmente desenvolvido na Idade Média, em frente ao Templo Yasaka. O bairro foi construído para acomodar as necessidades dos turistas e visitantes ao santuário.

___No bairro é famoso o Gion Matsuri, um festival que ocorre no mesmo período da inauguração do “Guión”.

GUION – Qualidade

___Qualificados, os Cinemas Guion logo atraíram a atenção do público pela sua programação selecionada, notadamente de filmes da América Latina:

·         (Argentina, Chile, México, Cuba, Peru, entre outros)

___Europeus:

·         (Franceses, italianos, espanhóis, alemães, ingleses, russos, etc.)

___E de cinematografias menos conhecidas:

·         (Japão, Coréia do Sul, Índia, de países africanos, Austrália).

GUION – Salas de Cinema  

___As salas inéditas (no Brasil):

·         Pela utilização de tecido nas poltronas;

·         Pelo sistema inédito de som implantado em conjunto com a SELENIUM (fábrica de alto-falantes) que é a construção de caixas de concreto para o sub-woofer de 1300 litros cada, o que dá um grave surpreendente;

·         Pela reserva de ingressos por telefone;

·         Pela bilheteria aberta com comunicação direta;

·         Pela proibição de entrada na sala com bebida, pipoca ou comida e após 15 minutos do início do filme;

·         Pela projeção com lâmpadas de 2500 Watts ao contrário das fracas 2000 watts utilizadas até hoje o que garante a luminosidade ideal para o filme.

___Transformou em sucesso filmes rejeitados, como:

“VÁ AONDE SEU CORAÇÃO MANDAR” (Va Dove Ti Porta il Cuore) de Cristina Comencini, filha do grande Luigi Comencini, literalmente um fracasso no Brasil e que ficou 21 semanas em cartaz e fez 25 mil espectadores;

“O CARTEIRO E O POETA” (Il Postino) de Michael Radford, seis meses em cartaz e mais de 50 mil espectadores;

“DANÇA COMIGO” (Shall We Dance?) de Masayuki Suo, 27 semanas;

___E o recorde de “TUDO SOBRE A MINHA MÃE” (Todo Sobre Mi Madre) de Pedro Almodóvar, com 32 semanas em cartaz.

SALA NORBERTO LUBISCO

Travessa dos Cataventos – Centro

Casa de Cultura Mario Quintana

Em 08 de novembro de 1995, segunda-feira, é inaugurada a mais nova das três salas da CCMQ, a Sala Norberto Lubisco, em uma sessão para convidados. Na sala é possível a experiência estética de uma sessão tradicional de cinema, em película, com o algum barulho do projetor ao fundo. Possui as portas de saída para a calçada da Rua da Praia (Rua dos Andradas), neste dia a exibição de Deux ex-Machina (Carlos Gerbase, 1995, BR, 26 min) e Sábado (Ugo Giorgetti, 1995, BR) com a presença dos diretores gaúcho e paulista.  

___Este programa estreia na Sala Paulo Amorim de 09 a 19 de novembro e retorna para a Sala Norberto Lubisco de 21 a 26 novembro. A programação regular da Sala Norberto Lubisco inicia em 09 de novembro com Carrossel da Esperança (Jour de fête, Jacques Tati, 1949, FR), em cópia restaurada, ficando duas semanas em cartaz (até 19 de novembro). A Sala Norberto Lubisco abre com 60 lugares, projetores 35 mm e 16 mm, lentes “planas e scope”, lâmpada Xenon, som stereo, ar-condicionado central.

Norberto Lubisco – O Homenageado

___O diretor de fotografia Norberto Lubisco (Porto Alegre, RS, Brasil, 18/02/1947), tem a sua marca na produção cinematográfica gaúcha durante quatro décadas. Seu primeiro trabalho é com o diretor Antonio Carlos Textor com quem vai firmar uma longeva parceria somando pelo menos 14 curtas. Analisar a obra de Textor é perceber também o olhar de Lubisco na escolha de enquadramentos, posição da câmera, iluminação. Desta geração ele ainda trabalha muito com Alpheu Ney Godinho e Sérgio Silva. É Sérgio o responsável pela sua única incursão no longa-metragem, com Heimweh / Nostalgia (Sérgio Silva, Tuio Becker, 1990). Nos anos 1980 é abraçado pelos principais nomes do Super-8 que revolucionavam o cinema gaúcho: Nelson Nadotti, Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil – com quem filma três curtas. Outros diretores também queriam por perto o seu grande conhecimento técnico e cultural de cinema: Fernando Mantelli, Beto Rodrigues e Renato Falcão. Este último promove o encontro com outro mestre da luz – Iberê Camargo – em Presságio (1993). "Poucas vezes, como neste curta, o clima crepuscular e noturno de Porto Alegre foi fotografado com tanta maestria, ressaltando a adequação do cenário arquitetônico do passado com o contexto dramático de uma história ancorada no presente", escreveu Tuio Becker (Zero Hora, Porto Alegre, 4 set 1993). Embora conste em diversas fontes que Lubisco foi premiado com melhor fotografia por “Urbano” no Festival de Gramado de 1983, esta informação não procede. O filme de Textor é premiado como melhor curta gaúcho e recebe uma menção especial para o ator David Camargo.

Duas vezes ganha como melhor fotografia o Prêmio Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul da Mostra Gaúcha que acontece no Festival de Cinema de Gramado: em 1985 por “Carrossel, Madame Cartô e Ano novo, vida nova”; e postumamente em 1993 por “Presságio”. Norberto Lubisco faleceu poucos dias antes do início daquele festival, aos 46 anos.
1996

3 Salas da CCMQ – Manutenção

___Desde então as três salas funcionam ininterruptamente. Às vezes, há pequenas paradas para manutenção ou troca de equipamentos. Por exemplo, a Sala Paulo Amorim e a Sala Eduardo Hirtz ficam fechadas entre 12 e 26 de fevereiro de 1996 para melhorias. A divulgação da época diz:

"As duas salas terão telas de projeção importadas. Através da forração das paredes dos dois cinemas se obterá um perfeito isolamento acústico dos ruídos externos. Na Sala Paulo Amorim haverá a troca parcial de carpetes e a instalação de som Dolby stéreo, com a substituição do sistema de alto-falantes por outro mais potente. Também se procederá a instalação de som stereo na Sala Eduardo Hirtz, bem como uma nova configuração das atuais poltronas".

Ponto de Cinema – Carlos Schmidt  

Em 26 de março de 1996, Carlos Schmidt do Ponto de Cinema recebe por relevantes serviços prestados à comunidade de Porto Alegre a MEDALHA CIDADE DE PORTO ALEGRE.

Cine Avenida 1 e 2 – Encerramento

Em 10 de abril de 1996, as duas salas do Cine Avenida, na Avenida João Pessoa esquina Avenida Venancio Aires, deixaram de funcionar.

___Conforme, por ocasião do fechamento:
Cine Avenida 1 tinha 400 lugares, e
Cine Avenida 2 tinha 300 lugares.

___Funcionamento diário – média anual 1.159 sessões400.551 espectadores.

 

Década de 2000

___Após o fechamento do Cine Avenida, funcionou como Bingo.

 

Bingo Avenida

Ponto de Cinema – Carlos Schmidt  

Em 26 de maio de 1997, Carlos Schmidt do Ponto de Cinema recebe o TROFÉU DESTAQUE EM CULTURA, conferido pelo Jornal do Comércio de Porto Alegre.

Cinema Cacique e Cine Scala – Incêndio

Em junho de 1996, um incêndio destruiu parcialmente as 2 salas de cinema, incluindo-se as pinturas dos Índios Guaranys, obra do artista Glauco Rodrigues.
Nota:

- Em 2012, o prédio era utilizado como garagem.

Guion Center 1 – Projetor

Em 28 de junho de 1996, dotou a sala principal, Guion Center 1, na Rua Gen. Lima e Silva, n° 776, bairro Cidade Baixa, de “projetor importado” dos EUA.

1997

GNC Iguatemi

Avenida João Wallig – Três Figueiras 

Em 1997, no Shopping Iguatemi, na Avenida João Wallig, 1800, foi construída uma área anexa que acrescentou setenta e cinco novas lojas, uma nova praça de alimentação, 5 salas GNC Cinemas (primeira fase) e um prédio-garagem com 1.500 vagas - o que deixou o shopping com um total de 3.015 vagas para os consumidores. A partir de então, o Iguatemi passou a ser considerado o maior centro de compras da Região Sul do Brasil e um dos maiores da América Latina.

GUION SOL

Avenida Cavalhada – Cavalhada  

GUION Cinemas

Em 08 de agosto de 1997, inaugura o Guion Sol, na Avenida Cavalhada, 5005, na zona Sul, com 2 Salas de Exibição:

Guion 1,

Guion 2.

___Dotadas de calefação, poltronas em tecido italiano, equipamento de projeção importado dos EUA e som digital DTS, um cinema que se transformou em referência no País por seu design e qualidade de som e projeção. 

1998

Cinemark

Em 1998, chega a Porto Alegre a rede Cinemark, terceira maior rede de exibição dos EUA, que instalou 8 salas no Shopping Bourbon Ipiranga, da Rede Zaffari.

Cine Victória 1 e 2 – Encerramento  

Em 1998, o grande Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, 475, no Centro, fechou suas portas.

CINEMARK Bourbon Ipiranga

Avenida Ipiranga – Jardim Botânico

Rede Cinemark

Em 16 de novembro de 1998, inaugura o Bourbon Ipiranga com 8 salas de cinema Cinemark, na Avenida Ipiranga, 5200, no Jardim Botânico.

1999

CINEMA VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros – Centro
Em 1999, inaugura o Cine no prédio do antigo 
Cine Victória 1 e 2, na Avenida Borges de Medeiros, 475, no Centro, reabre transformado com as salas:
Cine Vitória 1 (198 lugares),

Cine Vitória 2 (146 lugares).

___As salas ocupam a sobre loja do Cinema Victória, a nova entrada é pela nova “Galeria Vitória” que liga a Avenida Borges de Medeiros com a Rua 24 Horas (Travessa Acilino de Carvalho).

Nota:

- Em 2009, o antigo cinema é uma loja de material elétrico.

 

Cine Vitória 1 e 2

 

Antiga entrada principal do Cine Vera Cruz e Cinema Victória

Guion – Programa de Fidelidade

Em março de 1999, dá início ao PROGRAMA DE FIDELIDADE CINE GUION, um processo inédito em cinemas, que deu prêmios e brindes além de outras vantagens como viagens a PARIS, BUENOS AIRES, MADRID, NOVA IORQUE, RIO DE JANEIRO.

CINE ATLAS

Avenida Júlio de Castilhos – Centro

Década de 1990, o Cine Atlas, na Avenida Júlio de Castilhos, nº 450, bairro Centro.

___Apresentação de filmes pornográficos e shows de sexo ao vivo.
Nota:
- Em
2009, estava em funcionamento.

SALA P. F. GASTAL

Avenida Pres. João Goulart – Centro 

Usina do Gasômetro

Em 25 de maio de 1999, inaugura a Sala P. F. Gastal, na Usina do Gasômetro, na Avenida Pres. João Goulart, nº 551, no Centro.

___É o primeiro cinema da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, localizada no terceiro andar da Usina do Gasômetro, a sala tem 118 lugares e está equipada com um projetor de última geração, da marca alemã Kinoton, com capacidade de exibir filmes tanto na bitola de 35mm quanto na de 16mm. Contando ainda com som Dolby Stéreo e ar condicionado central. É um cinema que oferece ao espectador conforto e qualidade de projeção, a sala possui poltrona de tamanho especial destinada a obesos, funciona de terças a domingos.

___A programação da sala é montada em torno de três linhas básicas de trabalho:

a) Lançamento de filmes brasileiros e produções de cinematografias alternativas,

b) Realização de ciclos,

c) Programação infantil.

 

Sala P. F. Gastal

Século XXI

2000

CINE APOLO

Rua Voluntários da Pátria – Centro

Década de 2000, o Cine Apolo, na Rua Voluntários da Pátria, nº 615, bairro Centro, quase ao lado do Viaduto da Conceição.

___Apresentação de filmes pornográficos.
Nota:

- Em 2009, o cinema estava fechado.

 

Ao lado da galeria Santa Catarina

 

Atual Loja Galego

Cinemas de Porto Alegre

·         AeroGuion - primeiro aeroporto do Brasil com salas de cinema (3 salas) 
Aeroporto Internacional Salgado Filho - Fone: 51 3358.2620

·         Arcoíris Boulevar - Av. Assis Brasil, 4320. Assis Brasil Strip Center - Fone: 51 3344.1483

·         Center - Av. João Pessoa, 1831. Shopping João Pessoa - Fone: 51 3223.4158

·         Cinemark - Bourbon Shopping Ipiranga, Av, Ipiranga, 5200. Fone: 51 3299.0850

·         Cinemark – Barra Shopping Sul - Av. Diário de Notícias, 300. Fone: 51 4003.4171

·         Cinesystem - Shopping Total - Av. Cristóvão Colombo, 545. Fone: 51 3314.7740

·         Arcoíris Bourbon Assis Brasil - Av. Assis Brasil, 164. Fone: 51 3362.3608

·         GNC Lindóia - Av. Assis Brasil, 3522. Fone: 3299.0505

·         GNC Moinhos - Moinhos Shopping - Rua Olavo Barreto Viana, 36. Fone: 51 3299.0505

·         GNC Praia de Belas - Shopping Praia de Belas - Av. Praia de Belas, 1181. Fone: 51 3299.0505

·         Cine Iguatemi - Av. João Wallig, 1800 - Shopping Iguatemi. Fone: 51 3299.0033

·         Arcoíris Rua da Praia Shopping - Rua dos Andradas, 1001. Fone: 51 3286.7701

·         Salas Paulo Amorim, Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco - Rua dos Andradas, 736 - Casa de Cultura Mário Quintana. Fone: 51 3221.7147

·         Sala P. F. Gastal - Usina do Gasômetro - Av. João Goulart, 551. Fone: 51 3212.5928

·         Sala Redenção - Campus Central da UFRGS - Av. Paulo Gama, 110. Fone: 51 3316.3034

·         Cine Santander - Av. Sete de Setembro, 1028. Fone: 51 3287.5500

·         Unibanco Arteplex - Av. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country. Fone: 51 3299.0624

·         Arcoíris Vitória - Av. Borges de Medeiros, 475. Fone: 51 3212.3474

Cinéfilo – Homenagem

___Quando da construção do Shopping Bourbon da Assis Brasil, foi sugerido por Jose Valmir da Costa que seus dois cinemas recebessem o nome:

·         Bourbon América, e

·         Bourbon Rosário.

___Em um resgate da memória do bairro, mas o pedido não foi atendido.

Cine Baltimore – Encerramento

Em 2000, a última das 4 salas do complexo Cine Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, bairro Bom Fim, deixou de operar no local.

 

Em exibição "Segundas Intenções" – 1999

GNC Moinhos Shopping

Rua Olavo B. Viana – Moinhos

GNC

Em 31 de julho de 2000, inaugura no Moinhos Shopping, 4 salas de cinema, na Rua Olavo Barreto Viana, 36, Moinhos de Vento.

2001

CINE SANTANDER

Rua Sete de Setembro – Centro  

Santander

Em 2001, inaugura o Cine Santander no prédio tombado do Santander Cultural, Rua Sete de Setembro, 1028, bairro Centro.

 

Sala do Cofre

Guion – Som 

Em Março de 2001, o Cine Guion instala o sistema inédito no Brasil de som DOLBY DIGITAL 650.

ARTEPLEX Bourbon Country

Rua Túlio de Rose – Passo d’Areia  

Arteplex

Em agosto de 2001, com a inauguração do Bourbon Shopping Country, na Rua Túlio de Rose, 80, foram instaladas 8 salas de cinema no Espaço Itaú de Cinema, sendo uma com a tecnologia 3D da Arteplex.

Cinemas Shopping Iguatemi – Fechamento

Rede Severiano Ribeiro

Em 2002, a concorrência com o cinema Arteplex no Bourbon Country contribuiu para que o Iguatemi fechasse suas 8 salas de cinema da Rede Severiano Ribeiro gradualmente. Dividida as 8 salas em dois setores em lados extremos do shopping, a primeira secção, com 4 salas, foram fechadas em 2002 para dar lugar ao centro de saúde Moinhos de Vento.

___A segunda secção, com 5 modernas salas, encerrou suas atividades em 2006.  

2002

Cine Astor – Prédio Tombado

___Apesar de sua fachada ter sido tombada como patrimônio cultural do município, além de firmado um termo de ajustamento de conduta entre os seus atuais proprietários e o Ministério Público Estadual em 2002 – objetivando a preservação da fachada por meio de um trabalho de escoramento – a estrutura ainda corre risco de desabamento. Diante do abandono e suas conseqüências, a equipe do Patrimônio Histórico e Cultural e o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico estão analisando a viabilidade da manutenção ou não da fachada, o que se dará por meio de audiência pública, conforme anunciado há alguns meses pela mídia. Espera-se que a solução seja pelo restabelecimento do prédio, não só como forma de manter a história do bairro e da cidade, mas também para preservar a memória de seus construtores e proprietários.

Cine Ritz – Prédio Demolido

Em 2002, o Cine Ritz, na Avenida Protásio Alves, nº 2557, no bairro Petrópolis, foi demolido, dando lugar a um edifício sem maior personalidade. O Ritz inaugurado em 6 de setembro de 1948, fechou em 1994.
2003
Cine Baltimore – Prédio Demolido

No início de 2003, o prédio do Cine Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, foi demolido, deixando-se intacta apenas a fachada; essa fachada acabou desabando no Natal do mesmo ano.

 

Fachada antes da demolição do prédio – Maio 2003

Cine Baltimore – Prédio Comercial

___No local do Cine Baltimore, foi construído centro comercial com dezesseis andares que ocupará toda a extensão do prédio e do não menos lendário Bar do João.

___Tanto o cinema quanto o bar representaram, por muito tempo, a cena cultural não apenas do Bom Fim, mas de boa parte dos porto-alegrenses.

2004

AEROGUION 1, 2, 3

Em Novembro de 2004, inaugura o AeroGuion, no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Avenida Severo Dullius, nº 90010, bairro São João

___O primeiro cinema de Aeroporto do Brasil e da América Latina.

Porto Alegre - RS - 90200-310

Telefone: 51 3358 2620 

___São 3 salas de cinema:

AeroGuion 1 (165 lugares) dolby stereo

·         acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado

AeroGuion 2 (165 lugares) dolby stereo

·         acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado

AeroGuion 3 (126 lugares) dolby stereo

·         acesso e localização para deficientes e obesos - ar condicionado

AeroGuionBomboniere

Café Guion - Bar e Cafeteria.

Guion Cd's - cd's de trilha e souvenirs de cinema.

ESTACIONAMENTO:

·         Na compra de um ingresso 6 horas gratuitas.

___Uma visão de Porto Alegre em vôo de pássaro, tendo como primeiro plano aviões clássicos como o Junkers e o DC-3, é o tema do painel que o artista plástico gaúcho Eduardo Vieira da Cunha criou para o novo cinema AeroGuion, do Aeroporto Salgado Filho. O artista diz que escolheu certos modelos de avião importantes no salto qualitativo do transporte de passageiros na história da aviação, e que se destacaram na elegância das linhas. Tudo isso para mostrar uma pequena história da relação da cidade de Porto Alegre com a aviação, história essa que já tem quase 80 anos.

 

Painel

___O artista diz também que se sentiu completamente à vontade em pintar o painel, que tem 4,60m de comprimento. Isso porque os aviões já eram temas recorrentes na iconografia de sua pintura há muito tempo, caracterizada pelo uso de cores contrastadas. A escolha de uma visão aérea associa as viagens e deslocamentos, chegadas e partidas.

___Para o pintor, a idéia de trânsito, de renovação, de projeção e de simultaneidade de imagens, une os conceitos de viagem e de cinema em um nível de aspiração e de sonho, que procurou ser representada também na execução da pintura.

___A arquiteta paulista Andréa Kanazawa, encarregada do projeto do Café Guion, junto ao cinema, coube traduzir o charme dos cafés das esquinas portenhas e que tem o mesmo cuidado e qualidade do já tradicional Café Guion do Centro Comercial Nova Olaria.

2005

Cinema Imperial Encerramento  

Em 2005, o Cinema Imperial, de propriedade da Cia. Nacional de Cinemas, com 1.390 lugares, na Rua dos Andradas, n° 1051, na Praça da Alfandega, encerrou suas atividades.

___Funcionamento diário – média anual 1.593 sessões699.430 espectadores.

Cine Guarani – Encerramento  

Em 2005, o novo Cine Guarani, na Rua dos Andradas, na sobreloja do Cinema Imperial, fechou definitivamente suas portas, após abrir e fechar 4 vezes e dois nomes utilizados.

2008

GNC Shopping Iguatemi

Avenida João Wallig – Passo d’Areia  

Em dezembro de 2008, foram inauguradas 6 salas, consideradas, as mais modernas da capital, administradas pela Rede GNC Cinemas, na Avenida João Wallig, 1800, no Passo d’Areia, as salas contam com exibição 3D, venda de ingressos com lugar marcado, além de totens de autoatendimento espalhados pelo shopping, som Dolby e THX e exibição digital em alta definição. Estão localizadas ao lado da Loja Zara, no segundo piso.

2009

GNC Shopping Iguatemi – Novas Salas

Em dezembro de 2009, foram inauguradas no Shopping Iguatemi, na Avenida João Wallig, 1800, mais 6 novas salas de cinema.

Cine Atlas – Atividade  

Em 2009, o Cine Atlas, na Avenida Júlio de Castilhos, nº 76, no Centro, estava em funcionamento.

Prédio Preservado

CINEMATECA CAPITÓLIO

Avenida Borges de Medeiros – Cidade Baixa

Em 2009, o antigo e desativado Cinema Capitólio, foi transformado em Cinemateca Capitólio, preservado a estrutura externa e aspectos internos. A parceria que marca a história do espaço desde seu projeto inicial, em 2003, sendo resultante desta sólida parceria a realização do próprio restauro do prédio, sua ocupação, a digitalização da sala de cinema e manutenção nos anos de 2017 e 2019.

___A Cinemateca possui uma sala moderna de projeção de 188 lugares, neste prédio será guardado toda a História do Cinema Gaúcho.

Cine Teatro Presidente – Igreja Evangélica

Em 2009, o prédio do Cine Teatro Presidente, na Avenida Benjamin Constant, bairro Floresta, depois de fechado, foi locado montado para uma igreja evangélica, a fachada permaneceu.

Cine Ipanema – Fechado

Em 2009, do prédio do Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, em Ipanema, só existe a carcaça do prédio sem telhado.
Cine São JoãoBanco do Brasil 

Em 2009, o Cine São João, na Avenida Salgado Filho, n° 135, continuava montado, só faltava o projetor, o saguão de entrada está locado para uma agência do Banco do Brasil.

 

Banco do Brasil – 2012

Guion Sol – Encerramento

Em junho de 2009, encerra as atividades do Guion Sol, no Strip Center na zona Sul da capital, depois de 12 anos de atividades.
Guion Arte

Em junho de 2009, inaugura o Guion Arte com a exposição “14 ANOS, 14 AMIGOS”, uma espaço para apoiar as artes visuais gaúcha, nacional e internacional.

Guion – MeM'S®

Em Setembro de 2009, no Cine AeroGuion a tradicional combinação cinema e M&M’S® da Mars passa a ter ainda mais cor e diversão em Porto Alegre, o AeroGuion, localizado dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho recebe a nova sala MeM'S®, o melhor lugar para quem quer curtir um filme enquanto aproveita todo o ambiente de cores e diversão que só os chocolates mais famosos do mundo poderiam proporcionar.

 

Platéia MM

Guion Center 1 e 3 – Reforma 

Em outubro de 2009, dá início a reforma do Guion Center 1 e 3, introduzindo um inédito espaço de 2 metros entre um espaldar e outro, além de proporcionar a locação de pufes para o descanso dos pés e poltronas com 73 cm de largura.
CINEBANCÁRIOS

Rua General Câmara – Centro
Em 15 de Outubro de 2009, em teste desde
2008, inaugura o CineBancários na Rua General Câmara, 424, sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.

___Sala equipada com ambiente com ar climatizado, 81 poltronas, dois lugares para cadeirantes, projetor Multimídia com sistema Blue Ray, projeção 35mm, som Dolby Digital 5.1, palco Multiuso. F 51-34331200

 

Platéia

2010

AeroGuion – Encerramento  

Em 22 de julho de 2010, uma péssima notícia para os cinéfilos de Porto Alegre.

___Depois de seis anos mais uma sala de cinema é fechada em Porto Alegre o AeroGuion, cinema instalado no Aeroporto Internacional Salgado Filho.

___O diretor dos cinemas, Carlos Schmidt, diz que a Infraero não se interessou em renovar contrato, pois instalará salas no local.

___O superintendente da InfraeroJorge Erdina, ressalta que há uma necessidade de aumentar a área de check-in, canais de inspeção e salas de embarque para a ampliação do aeroporto.

___Segundo Carlos Schmidt, o contrato inicial previa cinco mais cinco anos.

"Cumprimos os cincos anos e depois, sob pretexto de ampliação, renovamos para um ano, renovável por mais quatro. Em dezembro, a gerência comercial nos alertou do término do contrato em 22 de julho de 2010".

2011

Cine Coral – Prédio em Teatro

Em 14 de julho de 2011, conforme noticiado, moradores de Porto Alegre organizam movimento para transformar o antigo Cine Coral, na Avenida 24 de Outubro, em “teatro”. A luta para recuperar o prédio do antigo cinema começou nas redes socias. (Globoplay -https://globoplay.globo.com).

Casa de Cinema

Em setembro de 2011, na Casa de Cinema de Porto Alegre houve uma nova alteração na composição. Os quatro sócios atuais são Ana Luiza Azevedo, Giba Assis Brasil, Jorge Furtado e Nora Goulart. Durante todos estes anos, a Casa de Cinema (1987) produziu dezenas de filmes e vídeos, além de programas de televisão (especiais e séries), cursos de roteiro e de introdução à realização cinematográfica, fóruns de debates e programas eleitorais para televisão.

2012

Cine Teresópolis – Prédio

Em 2012, Cinema Teresópolis, na Avenida Teresópolis, nº 3235, funciona uma agência da Caixa Econômica Federal.

Cine Lido – Fechado

Em 2012, o Cine Lido, na Avenida Borges de Medeiros, Centro, permanece fechado, mas montado, aguardando a venda.

Cine Tamoio – Fechado

Desde 2012, no local do Cine Tamoio, na Avenida Cavalhada, 2129, Cavalhada, funcionou a "Churrascaria e Pizzaria Kasarão I", quem entra na churrascaria, logo nota o cinema que ali havia. Os proprietários da churrascaria “projetavam imagens” de TV na antiga tela do cinema.

Cinema Estrela – Fechado

Em 2012, o prédio do Cinema Estrela, na Estrada do Forte, nº (?), na Vila Ipiranga, no prédio do Cinema Baluarte (1947), o prédio foi transformado em igreja evangélica.

Cine-ArtFechado

Em 2012, o prédio do Cine-Artna Praça Inácio A. da Silva, bairro Belém Novo, serve atualmente de moradia.

Cine Rivoli Fechado 

Em 2012, o Cine Rivoli, na Rua Sete de Setembro, nº 767, bairro Centro, tem em seu lugar a Garagem Ceres.

Cine Real – Fechado  

Em 2012, o Cine Real, na Avenida Assis Brasil, em frente à Igreja Cristo Redentor, foi transformado em um “estacionamento”, depois de ter funcionado como Bingo na década de 1990, e muito tempo fechado.

Cinema Cacique e Cine Scala – Fechado

Em 2012, após o incêndio em 1994, o térreo do prédio do Cinema Cacique na Rua dos Andradas, foi utilizado como estacionamento e o piso superior do Cine Scala, alugado para comércio.

Nota:

- O térreo do Cinema Cacique foi transformado em uma filial do supermercado Zaffari, a sobre loja do Cine Scala é um restaurante.

Cine Ipanema – Prédio Fechado

Em 2012, o prédio do Cine Ipanema, na Avenida Flamengo, em Ipanema, permanece como testemunha da história de um tempo que vai bem longe.

___Quem passa em frente ao local, não imagina que ali já foi cenário não só de Glamour com as exibições noturnas, como também de diversão juvenil com as matinés das tardes de domingo.


Prédio Cine Ipanema – 2012

Prédio Preservado

Cine Coral 1 e 2Centro de Eventos Coral

Em 2012,Cine Coral 1 e 2, na Rua 24 de Outubro, nº (?), bairro Moinhos de Ventos sob o prédio de mesmo nome, foi montado o Centro de Eventos Coral, depois de 2009 ser locado para ser Shopping de Fábrica.

 

2000

 

2012

Cinema Mônaco – Encerramento

Em 2012, o Cine Mônaco, na esquina da Rua Santo Antônio com a Avenida Oswaldo Aranha, no local uma loja de colchões. 

GNC CINEMAS 1, 2, 3, 4, 5, 6 

Avenida Praia de Belas – Praia de Belas

Em maio de 2012, no início do mês a rede GNC Cinemas inaugurou moderno espaço de entretenimento no Praia de Belas Shopping (Avenida Praia de Belas, 1181 – bairro Praia de Belas), em Porto Alegre.

___O empreendimento foi o primeiro shopping a contar com salas de exibição no Rio Grande do Sul, mantendo uma parceria com a GNC Cinemas desde a inauguração, em 1991

___Agora, com o novo complexo instalado no 3º piso, coloca à disposição do público as últimas tecnologias na área do entretenimento.

 

Sala modelo All Stadium

GNC – Tecnologia de Ponta

___As seis salas de exibição, sendo duas com "Tecnologia 3D", foram construídas no modelo “All Stadium” (platéia com inclinação) e telas “Perlux” (importadas da Inglaterra), que refletem a imagem com maior luminosidade.

___As salas têm som dolby digital com bi-amplificação e sistema de antenas para captação de sinal exclusivo, permitindo a exibição de outros conteúdos ao vivo, como óperas, shows e eventos esportivos, inclusive em formato 3D.

___No total, são 1.700 poltronas com design europeu e assentos e braços mais largos que garantem o conforto dos espectadores.

___O complexo tem cinco salas com 250 lugares e uma maior, com capacidade para acomodar 450 pessoas.

___O novo espaço ocupa uma área de 5 mil metros quadrados e oferece serviços diferenciados ao público, como totens de autoatendimento que permitem o pagamento dos ingressos com cartão de crédito/débito, e bilheterias informatizadas para a venda de bilhetes com lugares numerados.

___Além disso, o foyer possui uma ampla e confortável área com Bomboniers.

___O complexo ainda é totalmente adaptado para pessoas com necessidades especiais.

Priscila Barreto Consultoria em Comunicação  

Comentários

- Conforme comentário de Pablo em 24 de junho de 2012:

___Que tristeza ver cinemas se transformando em estacionamentos… e aquela agência feia do Banrisul? que tristeza!

- Conforme comentário de Artur Elias em 24 de junho de 2012:

___Um dia – já há mais de 10 anos – entrei de carro numa garagem da Getúlio Vargas (Avenida) pra comer um açaí ali ao lado. Alguma coisa no local, talvez a luminosidade azulada, me fez olhar à volta e pra cima. Não sem espanto e uma ponta de dor, constatei que havia estacionado dentro do Marrocos – o cinema mais confortável de Porto Alegre (do ponto de vista de espaço para esticar as pernas).

___Continuando nessa linha triste-realista: - vamos combinar, a decadência dos cinemas caminhou passo a passo com a decadência arquitetônica da cidade. Se nem todos os antigos cinemas eram lindos, certamente quase todos os prédios que os substituíram são muito feios. E isso é “normal”.

___Eu me pergunto: - foram só os cinemas que decaíram? não teríamos, todos nós, entrado em decadência estética? - que talvez vá muito mais longe e mais fundo do que imaginamos, muito além da arquitetura de cinemas e casas de espetáculo?

___Aliás, é notável como os cinemas de então eram MAIS parecidos com um teatro (por dentro, especialmente) do que todos os teatros construídos/reformados em Porto Alegre nos últimos 30 anos.

2013

Cinemateca Paulo Amorim – Morre Luiz Carlos Pighini

Em 22 de janeiro de 2013, morre Luiz Carlos Pighini, ex-diretor da Cinemateca Paulo Amorim – ele faleceu na noite desta terça-feira, por problemas cardíacos (Zero Hora, Porto Alegre, 23 jan 2013).

2015

Cinema de Rua

Em 2015, 107 Anos depois da inauguração da Sala Recreio Ideal (1908), “primeira sala fixa”, Porto Alegre possui cerca de 70 salas de cinema, unindo tanto as localizadas em shoppings quanto os cinemas de rua. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), em 2010 apenas 17% das salas de cinema do Brasil não funcionavam em shoppings, diferente do início da história cinematográfica no País, quando shoppings nem mesmo existiam. O fechamento dos cinemas de rua iniciou na década de 1970 com a chegada da televisão, do VHS e o crescimento das metrópoles, que trouxe a ocupação dos antigos cinemas por igrejas evangélicas e empresas privadas. A partir de então, os filmes invadiram os canais televisivos e assistir uma sessão, para alguns, não era mais motivo para sair de casa. Uma pesquisa recente, do Datafolha, concluiu que a maioria da população brasileira prefere assistir filmes em DVD e na TV aberta. Mas, ainda assim o público frequentador de cinema não foi extinto. Após uma queda no consumo do produto, hoje é possível notar uma volta do hábito de frequentar as clássicas sessões. Porto Alegre é uma das cidades que mostra claramente este contexto. Alguns dos tradicionais cinemas de rua seguem em atividade na capital. Cinebancários, Cinemateca Capitólio, Cinemateca Paulo Amorim, Cine Santander, Sala P.F. Gastal e Sala Redenção, oferecem suas sessões com opções de dias e horários variados. A maioria destas salas ficam localizadas nas casas culturais de Porto Alegre. A professora de jornalismo e pesquisadora de cinema, Gabriela Almeida, pensa que o cinema de rua além de não ter um foco comercial como critério para escolha dos filmes exibidos, traz um modo econômico para ida da família até as sessões.

“Ir ao cinema no shopping hoje é um programa muito caro, se a gente pensar em um casal, por exemplo, pagando dois ingressos inteiros, mais pipoca e refrigerante, já se gasta quase 100 reais”, declarou a professora. Leonardo Bonfim, que é responsável pela programação do Cinemateca Capitólio, também destacou o cinema de rua como uma importante opção de consumo cultural com um baixo custo para ser praticada. Leonardo relatou, ainda, que o público frequentador destes espaços é bem variado, “tem desde quem é muito fã de cinema, vê todos os filmes, logo que estreia já está presente na sessão e tem, também, o público convencional do cinema, que é o público de final de semana, aquele que busca as opções de filme no jornal e vai até uma das sessões para assistir”. O circuito cultural dos cinemas de rua porto alegrense é de fácil acesso. As salas ficam próximas ao centro da cidade e costumam ter um bom número de expectadores. Para quem procura assistir a um filme e fugir um pouco do agito consumista dos shoppings.

Sala Eduardo Hirtz – Sala Norberto Lubisco – F35 mm

Em 26 de agosto de 2015, quarta-feira, foi a última sessão de cinema em 35 mm. O último filme projetado em 35 mm é A Estrada 47 (Vicente Ferraz, 2013, BR-IT-PT) nas salas Eduardo Hirtz (23-29, 30 jul-5 ago) e Norberto Lubisco (6-12, 13-19, 20-26 ago).

Cine Victória 1 e 2 – Encerramento

Em 2015, o Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, bairro Centro, fechou novamente suas portas.

Arcoplex Cinemas

Em 2015, a empresa Arcoplex Cinemas com sede em Porto Alegre, encerrou o ano no oitavo lugar entre as maiores “redes de cinema” do Brasil por número de salas (market share de 3,2%), perdendo apenas para as redes Cinemark, Cinépolis, Grupo Severiano Ribeiro, Cine Araújo, Cinesystem, UCI Cinemas e Moviecom, respectivamente. É uma empresa familiar e seu atual presidente, Mário Luiz Santos, filho do fundador Mario Pintado.

2016

CINE VICTÓRIA 1 e 2 – Reabertura

Avenida Borges de Medeiros – Centro

Em 2016, as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, bairro Centro, reabriu novamente.

2017

Cine Teatro Presidente – O que Tinha Ainda

Uma Época

___Enquanto as máquinas não chegam, no prédio com tapumes, o interior escuro e abandonado do Cine Teatro Presidente, na Avenida Benjamin Constant, ainda esconde mobiliário, equipamentos de projeção e até restos de película do tempo em que exibia lançamentos de Hollywood, peças teatrais do centro do país e shows que ajudaram a formatar a dramaturgia e a música do Estado.

___Fechado, abrigava moradores de rua e era alvo de furtos de materiais e cabos de energia.

___Apesar disso, para surpresa dos empreendedores que compraram a área para construir um edifício de uso residencial e profissional, o interior do Presidente preserva resquícios da era de ouro dos cinemas de rua na Capital.

___Antigos projetores estão no lugar e apontam para tela que não existe mais, há dois projetores Gaumont-Kalee, mesmo que avariados e cobertos por fezes de pombos, duas décadas depois de iluminarem uma película pela última vez.

- Foi incrível descobrir que ainda estavam aqui. Queremos recuperar pelo menos um deles para exibir como decoração - conta o sócio da Incorporadora Wikihaus, Alexandre Almeida.

___Restaram também um quadro de Charles Chaplin que provavelmente servia de inspiração aos operadores e, curiosamente, um mictório - indício de que nem mesmo a vontade de ir ao banheiro podia interromper o manejo das máquinas.

___No chão, foram localizados pelo menos dois rolos deteriorados de filme. Um deles foi identificado como o clássico western O Dólar Furado, de 1965, mesma época em que a meninada de Porto Alegre se reunia diante das portas acolchoadas de acesso à plateia, que também resistiram ao tempo, para trocar gibis de Zorro e Tarzan antes do início das matinês.

___Pelos camarins localizados no subsolo, onde pedaços de forro caídos no chão, passaram Lilian Lemmertz, Glória Menezes, Egberto Gismonti, Fafá de Belém.

___Cazuza fez seu último show em Porto Alegre no Presidente.

O Fim

___Se aproxima a hora do Cine Teatro Presidente sair de cena em definitivo e levar consigo para a posteridade os últimos resquícios do tempo em que vivia na ribalta:

Ser apenas uma Fachada.

Cine Teatro Presidente – Sua Fachada Pastilhada

Em 2017, quando o prédio do antigo Cine Teatro Presidente, na Avenida Benjamin Constant, foi cercado por tapumes.

___Uma pichação em tom de desabafo chamou a atenção dos investidores do empreendimento prestes a ser erguido no local.

— Alguém escreveu no tapume:

"Deixem o Patrimônio Histórico em Paz!"

___Os empreendedores viram que tinha gente que pensava que o prédio ia abaixo — recorda Enio Pricladnitzki, sócio-diretor da Wikihaus Inc.

___Ao contrário de outras edificações antigas da Capital, o edifício histórico não corria risco de ser demolido. É considerado patrimônio histórico pela Prefeitura. 

2018

Cine Victória 1 e 2 – Encerramento

Em 28 novembro de 2018, as salas de Cine Victória 1 e 2, na Avenida Borges de Medeiros, bairro Centro, n° 441, depois de atravessar décadas e diferentes momentos do mercado cinematográfico, as salas deixaram de funcionar. Com o valor do ingresso alto, acima dos R$ 30,00 o cinema acabou virando uma espécie de “Luxo” na rotina de quem pode pagar, limitando seu público.

2019

Prédio Preservado

Cine Teatro Presidente – Fachada Preservada

Em 15 de abril de 2019, em matéria da RBS, por Bruna Vargas, foi anunciado o empreendimento em construção no local do ex-Cine Teatro Presidente, na zona Norte de Porto Alegre, que deve ser concluído no segundo semestre deste ano. O lugar padecia em situação degradante até ser assumido pela incorporadora, que se apressou em esclarecer o mal-entendido, afixando uma placa na fachada onde esclarecia que, na verdade, ela passaria por uma restauração — um novo empreendimento seria construído dentro do antigo imóvel. Os tapumes pichados foram substituídos por outros, imaculados até o dia em que a reportagem visitou o local. Literalmente caindo aos pedaços, a fachada colorida de um dos mais emblemáticos cinemas de rua de Porto Alegre passou por processo de recuperação minucioso. Sem condições de aproveitar o material original, os empreendedores fotografaram a estrutura e enviaram a imagem digitalizada para uma empresa de São Paulo que ficou responsável por reproduzir 600 mil pastilhas idênticas às que costumavam adornar o exterior do local. As novas foram agrupadas em pequenas placas e enviadas à Capital com as indicações para a sua instalação.   

 

Fachada do antigo Presidente recebeu mais de 600 mil pastilhas coloridas

Omar Freitas / Agencia RBS

___O que se seguiu foi uma espécie de batalha naval ao contrário: - durante dois meses, operários montaram os quebra-cabeças baseados em coordenadas. A principal diferença entre o processo que se deu no edifício da década de 1950 e o jogo famoso foi o resultado, que, em vez de submergir, trouxe à tona um pedaço da história de Porto Alegre fadado a perder-se no tempo. O empreendimento comercial na parte interna do terreno, foi feito para não ser visto, conforme o engenheiro Alexandre Almeida. Atrás da fachada repaginada do Cine Teatro Presidente encontra-se em fase final o empreendimento de mesmo nome que deve ser concluído até setembro/2019.

Cine Teatro Presidente – Prédio Novo dentro do Antigo

___O prédio, com 58 apartamentos e um total de 13 pavimentos, será um “coliving”, um tipo de moradia com dimensões modestas — cada unidade tem em torno de 35 metros quadrados — e foco nas áreas compartilhadas. 

 

Coworking – churrasqueira, lavanderia, academia, horta e bicicletas compartilhadas

Omar Freitas / Agencia RBS

___Para realizar a obra no imóvel inventariado, a Wikihaus teve de atender algumas exigências específicas da Prefeitura, entre elas preservar sua proporção e recuar em 10 metros a nova construção, de modo que não atrapalhasse a vista do edifício protegido. É preciso atravessar a rua para enxergar o prédio novo, cuja construção transformou o empreendimento Cine Teatro Presidente em objeto de estudos acadêmicos.

 

Construção fica atrás da antiga fachada, Omar Freitas / Agencia RBS

Cine Teatro Presidente – Obras

___Sem ter como acessar a área com caminhões e máquinas de grande porte, como ocorreria em uma obra feita em terreno vazio — o Presidente ocupa 100% da área —, o processo de demolição teve de ser adaptado. Levou cerca de um ano, entre espaços que tiveram de ser quebrados à mão e outros que contaram com o auxílio de guindaste (como o telhado, que exigiu o içamento de uma máquina pela Avenida Benjamin Constant). Durante três meses, a obra foi paralisada para a retirada de vigas que impediam o prédio de subir. Para facilitar o acesso ao local e diminuir os transtornos na avenida, os empreendedores alugaram um terreno localizado atrás do prédio antigo. A obra iniciada há dois anos consistiu em, basicamente, implantar o novo dentro do antigo. O pé direito imponente do cine teatro permitiu que a área fosse dividida em cinco pavimentos, três deles destinados a vagas de estacionamento — o térreo terá duas lojas, e o quinto andar algumas unidades dos apartamentos. Quem deixar o carro no segundo pavimento deve deparar com a linha em diagonal da plateia de onde se viu, entre outros famosos, o “último show” de Cazuza na Capital. Na parte interior do empreendimento serão poucos os vestígios do cinema abandonado. Duas cadeiras e um projetor passaram por restauração e devem ficar expostos no hall de entrada. Um par de ganchos cuja função é um mistério junto à área que agora leva uma piscina também foram mantidos.

Cine Teatro Presidente – Wikihaus e Comunidade

___O Cine Teatro Presidente é o primeiro projeto da Wikihaus com “conceito retrofit”, como é chamada a modernização de prédios antigos. Para concebê-lo, a incorporadora realizou dois workshops: um deles voltado ao público-alvo do empreendimento — jovens entre 20 e 30 anos — e outro com influenciadores. Todos conheceram um projeto prévio e deram opiniões sobre ele. Os palpites foram desde a infraestrutura do coliving — que deverá contar com “coworking, churrasqueira, lavanderia, academia, horta e bicicletas” compartilhadas, entre outras áreas comuns — até a relação do prédio com o entorno. A expectativa era de que o lugar abandonado, que teve fios elétricos e outros objetos saqueados, e onde dormiam pessoas em situação de rua, voltasse a trazer movimento e, consequentemente, segurança para a região. Conforme os empreendedores, várias das sugestões foram levadas em consideração. Nem todas, no entanto, mostraram-se viáveis da forma como alguns dos entrevistados sonhavam. As pessoas queriam uma área verde. Era impraticável, porque o prédio ocupa 100% do terreno e tínhamos de manter a estrutura. No fim, foi utilizado parte do recuo e feito um terraço gramado.

Sala Eduardo Hirtz – Reformas

Em 17 de abril de 2019, a Sala Eduardo Hirtz, da Casa de Cultura Mario Quintana, passou por três meses de reformas. A modernização foi uma obra realizada pela Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim, com patrocínio do Banrisul, Icatu Seguros e Rio Grande Seguros por meio da Lei Rouanet do Ministério da Cidadania, e inclui projeção digital, poltronas e revestimentos novos e um sistema de ar-condicionado moderno. Também foram refeitas a sonorização e a parte elétrica da sala, além de adequação às normas de PPCI.

Sala Eduardo Hirtz – Reabertura  

Em 17 de abril de 2019, a nova Sala Eduardo Hirtz, na Travessa dos Cataventos, da Casa de Cultura Mario Quintana, reabriu ao público totalmente revitalizada, na sua terceira reinauguração.

2020

Pandemia de Covid-19

___Salas da CCMQ fechadas: 15 mar 2020 a 26 maio 2021

Tinham acabado de estrear Fim de Festa (Hilton Lacerda) em 05 de março, e Disforia (Lucas Cassales) em 12 de março.

Em 15 de março de 2020, domingo, as atividades são suspensas atendendo a recomendação da Prefeitura de Porto Alegre e do Decreto Estadual 55.115/2020, da Secretaria de Educação do RS. O cartazes destes dois filmes e seus simbólicos títulos ficaram expostos nas vitrines durante 14 meses.

CINE DRIVE-IN

Avenida Edvaldo Pereira Paiva – Praia de Belas

Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana

Em 09 de julho de 2020, conforme o jornal Vale Notícias:

“O Cine Drive-In, Avenida Edvaldo Pereira Paiva, 1505, na Praia de Belas, primeiro drive-in aberto desde que o formato estreou na Capital, há 50 anos, começa a funcionar no dia 11 de junho, quinta-feira (feriado de Corpus Christi), no estacionamento da ADVB-RS, à beira do Lago Guaíba, um dos mais tradicionais cartões-postais da cidade”. Durante dez dias consecutivos, com duas sessões por dia, serão exibidos filmes adultos e infantis, como “Meia-noite em Paris” e “Turma da Mônica”.

___A iniciativa é das empresas de entretenimento Mezanino Produções, Voga, Lora e Gana, com o apoio da ADVB-RS. O Cine Drive-In contará com uma estrutura ampla, de 10 mil metros quadrados, com capacidade entre 60 e 100 carros – respeitando a distância regulamentar em tempos pandêmicos indicada pelos órgãos de saúde, de 2 metros entre os veículos. Para garantir o conforto e visibilidade dos espectadores, a tela tem aproximadamente 150 metros quadrados e o áudio será sincronizado pelo rádio dos automóveis.

___Conforme João Victor Castiel, diretor Comercial da Mezanino Produções e da Voga, o modelo oferecido à plateia porto-alegrense é o tradicional, muito comum nos Estados Unidos nas décadas de 1970, 1980 e 1990, mas com um toque contemporâneo. “Acreditamos muito que a experiência de conseguir assistir no meio de uma pandemia filmes que têm valor afetivo faz as pessoas enxergarem o valor do entretenimento. Elas praticamente não podem frequentar espaços públicos, então o espaço preenche essa lacuna. O drive-in permite que a pessoa vá com algum amigo, companheiro ou companheira, com família, viver uma experiência que mostra o cinema de outra maneira, de uma forma vintage e contemporânea ao mesmo tempo. É um entretenimento seguro. Poeticamente, é uma maneira das pessoas se sentirem livres no meio de uma ‘obrigação’ de se sentirem ‘presas’”, explica.

Cine Drive-In – Curadoria

___A escolha das películas, clássicos a partir dos anos 1960 e que vão até o final dos anos 2000, ficou sob os cuidados da Lora, com critérios baseados na afetividade que os espectadores têm pelas obras. “A proposta central é expandir a exibição cinematográfica para novos ambientes, ressignificando a experiência do espectador e apresentando uma nova perspectiva de imersão pela janela da tela grande”, explica Manu Fetter, curadora da Lora e responsável pela escolha dos títulos do drive-in.

___Sobre a segurança do local, de acordo com o produtor da Gana, Giovani Bonin-Barbieri, haverá funcionários protegidos e que irão orientar e garantir a segurança da plateia. “Estamos prestando bastante atenção na questão sanitária, pedindo que ninguém saia do carro, a não ser para ir ao banheiro. Vamos ter uma equipe que vai coordenar tudo isso e inclusive evitar aglomeração”.

___O Cine Drive-in conta com a apresentação da JOG Engenharia e apoio da Panfácil, Leroy/Nhock, Uniagro, Fida e Estaq. O projeto do espaço é da Gana, que desenvolveu também o design de entretenimento e direção cenográfica.

Cine Drive-In – *Programação (sujeita a alterações)

 11 de junho (quinta-feira), 19h – Meia-noite em Paris (2011)

 11 de junho (quinta-feira), 22h – A Bela da Tarde (1967)

 12 de junho (sexta-feira) – 19h – La La Land: Cantando Estações (2016)

 12 de junho (sexta-feira) – 22h – A Primeira Noite de um Homem (1967)

 13 de junho (sábado) – 18h30 – Turma da Mônica: Laços (2019)

 13 de junho (sábado) – 21h30 – Bacurau (2019)

 14 de junho (domingo) – 18h30 – Detetives do Prédio Azul (D.P.A.) – O Filme (2017)

 14 de junho (domingo) – 21h30 – Que Horas Ela Volta? (2015)

 *A programação após dia 14 será divulgada no Instagram e Facebook de O Cine Drive-in

Cine Drive-In – Serviço

O que: O Cine Drive-In | Porto Alegre

Quando: De 11 a 21 de junho, com possibilidade de prorrogação

Horário: Conforme programação acima, no Instagram e Facebook de O Cine Drive-In e site de ingressos Uhuu!

Onde: Estacionamento da ADVB-RS (Av. Edvaldo Pereira Paiva, 1505, bairro Praia de Belas, Porto Alegre)

Preço: No ingresso inteiro, o primeiro lote custa R$ 80,00. O segundo lote R$ 100,00 e o terceiro lote R$ 120,00

Quem optar pela categoria ingresso solidário deve levar 1 (um) quilo de alimento não-perecível por carro, que será doado para uma iniciativa da Campanha do Agasalho do RS. O primeiro lote custa R$ 65,00, o segundo lote R$ 80,00 e o terceiro lote R$ 100,00

Nos casos de meia-entrada, destinada a estudantes e maiores de 60 anos, o primeiro lote custa R$ 40,00, o segundo lote R$ 50,00 e o terceiro lote R$ 60,00. Quem optar por esta categoria deverá apresentar no momento do check-in carteira de identidade, no caso de ser maior de 60 anos, e carteirinha de estudante, no caso de ser estudante

O valor é cobrado por veículo. Recomenda-se, para perfeita visualização do filme, duas pessoas por carro (motorista e passageiro), mas a decisão fica à critério dos espectadores

Bilheteria: Os ingressos estão à venda online, no site da Uhuu! Também podem ser adquiridos na bilheteria física, na sede da ADVB-RS (Rua Edvaldo Pereira Paiva, 1000), de segunda à sexta, das 14h às 18h

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito de todas as bandeiras e boleto bancário, na forma online. Por dinheiro e cartão de crédito na bilheteria física

Segurança: O local contará com uma equipe de funcionários para garantir a segurança da plateia. Um FAQ com respostas para dúvidas estará disponível no Instagram e Facebook de O Cine Drive-in

Saúde: Todos os funcionários de O Cine Drive-in usarão equipamentos de proteção, como máscaras e álcool em gel. Também será fornecido álcool em gel para o público nos banheiros. É obrigatório que os espectadores usem máscaras durante toda a sessão e só saiam dos carros para ir aos banheiros

Bar: No bar, todos os funcionários estarão de luvas e máscaras, garantindo a segurança e higiene no manuseio de alimentos e bebidas. A plateia é proibida de sair do carro enquanto estiver no evento, sendo permitida a saída somente para ir ao banheiro, de acordo com licenciamento concedido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre ao O Cine Drive-In.

A comida e a bebida serão preparadas pela Mule Bule. O pedido será feito por whatsapp e/ou com garçons devidamente paramentados com EPI’s. No cardápio, constam hot-dog a R$ 10,00, mini churros a R$ 10,00, sanduíche vegetariano a R$ 10,00, pipoca a R$ 8,00, refrigerante a R$ 6,00 e água a R$ 5,00

Banheiros: Haverá 4 banheiros químicos na área externa, sendo dois deles adaptados para pessoas com deficiência. A higienização de ambos será feita imediatamente após o uso do público

Classificação indicativa: Funcionará como em uma sala de cinema fechada, tradicional. Os títulos com classificação livre podem ser vistos por adultos e crianças. Os que não forem, os pais devem se responsabilizar pelo menor, que deve sempre estar acompanhado de um adulto

Informações gerais: No Instagram e Facebook de O Cine Drive-in. Também podem ser conferidas no site da Uhuu!

*Em caso de chuva, as sessões do dia serão transferidas 24 horas antes, com informações postadas no Instagram e no Facebook de O Cine Drive-In. Os espectadores que tiverem adquirido seus ingressos antecipadamente serão avisados pelo telefone e/ou e-mail cadastrado na plataforma Uhuu! – A programação também será postada no Instagram e Facebook e site da Uhuu!

*Os títulos são legendados em sua maioria. Em caso de filme nacional, não haverá legenda.

2021

Cinemateca Paulo Amorim – Reaberta  

Em 27 de maio de 2021, quinta-feira, a Cinemateca Paulo Amorim volta a receber o público respeitando os “protocolos de higiene impostos devido à Pandemia”: - redução nos horários das sessões; distanciamento entre os frequentadores na compra de ingressos; poltronas separadas dentro da sala de cinema; limite de ocupação de 40% dos espectadores; disponibilidade de totens com álcool gel nos saguões e banheiros. A reabertura conta com as estreias brasileiras de BabencoAlguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou (Bárbara Paz) e Legado Italiano (Marcia Monteiro) na Paulo Amorim, às 15h e 18h30, e Raia 4 (Emiliano Cunha) e Alvorada (Anna Muylaert, Lô Politi) na Eduardo Hirtz, às 15h30 e 19h.

Nota:

- No período de paralisação, as três salas da CCMQ passaram por ajustes e adequações ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI).

2022

Ingressos Impresso em Gráfica – O Adeus

A partir de 29 de abril de 2022, sexta-feira, a bilheteria única para as três salas da CCMQ passa a ser informatizada.

Sala Norberto Lubisco – Reaberta

Em 05 de maio de 2022, quinta-feira, a Sala Norberto Lubisco da CCMQ reabre, depois de ficar fechada mais um ano em relação as outras.

Sala Paulo Amorim – Reforma  

Em 27 de outubro de 2022, a Sala Paulo Amorim da CCMQ, fecha para período de reforma completa.

2023

Sala Eduardo Hirtz – Reforma  

Em 24 de março de 2023, houve a troca por tela plana na Sala Eduardo Hirtz.

Sala Paulo Amorim – Reinaugurada

Em 08 de março de 2023, depois de meses de reformas, a Sala Paulo Amorim, na Travessa dos Cataventos, com 146 lugares reabriu, na sua terceira inauguração, com várias melhorias: - reformulação de todo o sistema elétrico da sala, troca dos carpetes, substituição da antiga tela de projeção, aquisição de um novo equipamento de projeção digital e atualização do sistema de sonorização. Também houve a substituição integral do sistema de ar-condicionado. A reforma da Sala Paulo Amorim foi realizada com recursos do programa Avançar na Cultura, do governo do RS, e também da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), por meio de um projeto apresentado pela Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim (AACPA). As empresas patrocinadoras são Gerdau, Icatu Seguros, Rio Grande Seguros, Banrisul e Vero.

___Nesta quarta-feira, 19h, com a pré-estreia reabre em sessão para convidados A Primeira Morte de Joana (Cristiane Oliveira, 2021, BR), inaugurando as atividades do Mês da Mulher da SEDAC. O pesquisador Glênio Póvoas, atual presidente da Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim, salienta a importância das reformas: "A modernização das salas da Cinemateca Paulo Amorim é fundamental para a difusão e preservação de um cinema voltado ao circuito de arte e à produção brasileira e gaúcha, em particular. Só podemos agradecer o apoio dos patrocinadores que estão conosco neste momento tão importante". A secretária da Cultura, Beatriz Araujo, destaca a importância desta parceria. "A revitalização da Cinemateca Paulo Amorim é um bom exemplo de como a união entre empresas privadas, organizações não-governamentais e Estado contribui para a qualificação dos nossos espaços culturais".

___A noite contou com a presença da secretária de Cultura Beatriz Araujo, da diretora de Economia Criativa Ana Fagundes, dos ex-diretores do IECINE Ivo Czamanski, Liege Nardi, Luiz Alberto Cassol e da atual diretora Sofia Ferreira, da diretora do MAC-RS Adriana Bof, da diretora do Instituto Estadual de Música Adriana Sperandir, das diretorias da AACPA e do Clube de Cinema de Porto Alegre assim como de diversos cineastas e críticos, entre eles Fati Lunardelli, Ana Luiza Azevedo, Otto Guerra, Gustavo Spolidoro, e parte da equipe de “A Primeira morte de Joana”, de Okna Produções, que participou de um bate-papo após a exibição: Aletéia Selonk, Graziella Ferst, Gina O'Donnell, Bruno Polidoro, Lucas Heitor, Adriana Nascimento Borba, Tula Anagnostopoulos, Marlise Aude, com mediação da programadora Mônica Kanitz.

Sala Paulo Amorim – Programação

Em 09 de março de 2023, no dia seguinte, a Sala Paulo Amorim recomeça sua programação regular com Close (Lukas Dhont, 2022, BE-FR-NL) e duas estreias, A Porta ao lado (Júlia Rezende, 2022, BR) e Belchior – Apenas um coração selvagem (Natália Dias, Camilo Cavalcanti, 2022, BR), sendo este último uma proposta da Associação dos Amigos de lançar em sala este documentário destinado ao streaming. No saguão, uma mostra de cartazes do arquivo da Cinemateca para homenagear Diretoras do Cinema Gaúcho: O Cárcere e a rua (Liliana Sulzbach, 2004), Walachai (Rejane Zilles, 2009), Mulher do pai (Cristiane Oliveira, 2016), Aos olhos de Ernesto (Ana Luiza Azevedo, 2019), A Nuvem rosa (Iuli Gerbase, 2021), Verona (Ane Siderman, 2021) e A Primeira morte de Joana (Cristiane Oliveira, 2021).

Sala Norberto Lubisco – Reforma  

Em 2023, a Sala Norberto Lubisco, da Casa de Cultura Mario Quintana, na Travessa dos Cataventos teve a substituição integral do sistema de ar-condicionado.

Cine Victória 1 e 2 – Reforma e Reestruturação

___Inaugurado em 1940 como Vera Cruz Cine Theatro, um dos “cinemas de rua” mais antigos de Porto Alegre, com mais de 80 Anos, o Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, inicia uma reforma e reestruturação e será reaberto no mesmo endereço, no Centro Histórico. Com nova administração, o espaço passará a se chamar Cult Cinemas Victória. A reforma teve início em uma das 2 salas onde serão projetados os filmes. A Cult Cinemas estará adicionando a modernidade e a qualidade de suas salas, que incluem sistemas de exibição modernos, com projetores digitais, sistemas de som Dolby 7.1 e exibição de grandes lançamentos do cinema nacional e internacional, incluindo as versões em 3D.

Cine Cult – Proposta das Empresárias

___A Rede tem a proposta de democratizar o acesso às produções cinematográficas. O aditivo da modernidade deve ser acompanhado da manutenção da tradição deste cinema popular, com preços acessíveis para cobrir a demanda da população que mora ou transita pelo centro de Porto Alegre. A proposta casa também perfeitamente com a reforma e revitalização do centro de Porto Alegre. Estaremos também abrindo uma loja especial de “bomboniere” junto à Galeria Cine Victoria (sala 6), ao lado das entradas das salas. Estaremos trazendo aquela “pipoca de cinema” para o centro de Porto Alegre, além de muitas opções de baldes de “filmes temáticos, doces, balas, café” e outras novidades. A reinauguração está marcada para julho. Convidamos a todos para seguir nossas páginas do Instagram (@cult.victoria) e Facebook (Cult Cinemas Victoria) para acompanhar as novidades e atualizações das reformas.

CULT CINEMAS VICTÓRIA 1 e 2

Avenida Borges de Medeiros, 441 – Centro

Cristiane Brandolt & Diulia Rauber

Em 19 de julho de 2023, foram inauguradas as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, n.° 441, no Centro Histórico, fechou novamente. Administrado pela Rede Cult Cinemas, com unidades nas cidades de Alegrete, Ijuí e Santiago. Cristiane de Souza Brandolt, sócia administradora, largou a carreira de engenheira metalúrgica para abrir cinemas.

Cine Cult – Valor Ingresso

___Na retomada do espaço, o cinema terá ingressos com preços populares, sendo R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia. Na programação, o foco serão os “blockbusters”.

Cine Cult – Funcionamento Sala 1

___Inicialmente apenas uma das duas salas estará em funcionamento, a Sala 1 em atividade tem espaço para 190 pessoas.

Cine Cult – Sala 2

___A Sala 2 deverá estar em funcionamento dentro de seis meses, para 150 pessoas.

Cine Cult – Coquetel

Em 22 de julho de 2023, sábado, as empresárias Cristiane de Souza Brandolt e Diulia Rauber realizaram um coquetel para apresentar a nova proposta para o espaço, uma parceria entre a Cult Cinemas com o Edifício Vera Cruz, proprietário da marca Cine Victória, que foi realizado no saguão para comemorar a abertura da nova casa de exibição.

Cine Cult – Comentários do Evento Inaugural

___O evento reuniu representantes de vários segmentos sociais ligados à cultura que valorizaram a nostálgica tradição das históricas salas de calçada. “Este é um espaço de referência antiga para o Rio Grande do Sul, no centro da capital gaúcha, que começa a instigar a memória para lembrar momentos. Como é importante o cinema, a cultura, a possibilidade de pessoas mais simples terem acesso às manifestações culturais", reforça o ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Estado Olívio Dutra. Para Olívio, o Cine Victória tem uma importância enorme ao estímulo à reflexão, no pensar, no conhecer outras culturas, outras realidades. "Que bom que nós podemos ter de volta um cinema de rua. Uma iniciativa que deve ser incentivada pelo governo nas três esferas, municipal, estadual e federal, para garantir que tenha permanência e conteúdo.”

O ex-governador Olívio Dutra recordou que frequentava o Cine Victória desde que chegou a Porto Alegre / Vini Angeli/Divulgação

___A coordenadora do Escritório Estadual do Ministério da Cultura, Mari Martinez, reforçou a importância simbólica da reabertura do Cine Victoria. “Um cinema de bairro, um cinema do centro da cidade histórica e agora sendo reaberto neste mesmo momento que tivemos essa retomada das políticas culturais, desse olhar estratégico pro audiovisual como setor de desenvolvimento econômico social e, também trazer qualidade de vida para que as pessoas tenham acesso à cultura." Segundo ela, o Ministério da Cultura e a Secretaria do Audiovisual estão trabalhando para trazer de forma descentralizada o acesso à cultura. "Um exemplo, é a Lei Paulo Gustavo que destinou R$ 195 milhões para o estado, grande parte deste recurso que vai para todos os municípios é para abertura de salas de cinema e outra substancial para produções audiovisuais. Estamos vivenciando uma verdadeira primavera da cultura e do audiovisual brasileiro, com produções e salas abrindo como pontos de cultura, pontos de memória em todos os municípios”, afirmou.

A coordenadora do MinC RS, Mari Martinez, reforçou a importância simbólica da reabertura do Cine Victória / Vini Angeli/Divulgação

___Conforme destacou a secretária de Cultura do Rio Grande do Sul, Beatriz Araújo, o Executivo estadual tem investido no Centro Histórico da capital especialmente nas instituições ligadas à cultura. “E no momento em que a gente percebe que o empreendimento também na área privada acontece voltado à fruição da arte, como um cinema de calçada, um cinema que está sendo devolvido para a sociedade, para a comunidade a gente fica muito feliz. Nós acreditamos fortemente que a cultura na capital gaúcha transforma a cidade. Porto Alegre pode ser a capital da cultura”, avalia Beatriz.

"Nós acreditamos fortemente que a cultura na capital gaúcha transforma a cidade; Porto Alegre pode ser a capital da cultura”, avalia Beatriz / Vini Angeli/Divulgação

___Na avaliação da secretária, Porto Alegre tem tantos equipamentos “bacanas” que funcionam e funcionam muito bem. “Agora a gente percebe que o centro histórico passa a ser povoado com essas iniciativas que até um determinado momento eram isoladas, mas que aí tu percebe que é um conjunto de ações que faz com que as pessoas circulem pelo centro histórico nos finais de semana também”, pontua Beatriz.

“Em um país que nós sabemos não trata a cultura com a dimensão e a relevância que deveria ter historicamente, a abertura desse espaço é significativo. Quando nós testemunhamos a abertura de um espaço cultural, seja qual for, mas em especial uma sala de cinema como essa, com tanta tradição, com tanto significado, com tanta história, isso deve receber de todos nós o aplauso entusiasmado e o apoio indispensável para que tenha êxito”, destacou o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Augusto Schirmer, que representou o prefeito Sebastião Mello (MDB). Em sua fala, destacou as ações culturais que estão sendo feitas pelo Executivo municipal.

Diretor de cinema Henrique Freitas / Vini Angeli/ Divulgação

___O diretor de cinema Henrique Freitas de Lima destacou a trajetória do cineasta, fotógrafo e jornalista Ivo Czamanski, falecido: - “Perdemos um grande personagem, mas tenho certeza que ele está aqui conosco comemorando a reabertura desse espaço”, afirmou. Henrique ressaltou a importância do Cine Victória para a cultura do Rio Grande do Sul. “É nesse cinema, na época com mil lugares, que Vítor Matheus Peixeira pagava seus filmes. O Teixerinha botava 600 mil pessoas no auditório”, relembrou o cineasta.

Cinemas de Calçada

Em 2023, o Cult Cinemas Victória vem se somar com os outros “cinemas de calçada” da capital gaúcha Porto Alegre. Estes espaços exibem filmes fora do circuito comercial, com foco em filmes independentes, estrangeiros, e clássicos, atraindo um público que busca experiências cinematográficas mais diversas.

Cinema Alternativo

___Em busca de destacar algo diferente, os chamados “cinemas alternativos” de Porto Alegre reúnem o que há de melhor na produção independente e evocam uma atmosfera intimista e original. Querer fugir da rotina e encarar produções inovadoras, as 6 salas de cinema nada convencionais para você fugir do “mainstream!” - Opções de “Cinema de Rua” em Porto Alegre:

1.CineBancários

___Um dos locais de “cinema alternativo” de Porto Alegre. Inaugurado em outubro de 2008, o CineBancários é uma iniciativa do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e tem o intuito de valorizar a produção cinematográfica do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mercosul. Sua programação prevê ciclos e mostras de curtas e longas metragens, dispondo um espaço para debates sobre grandes temas da humanidade, a partir da criação audiovisual. O espaço foi construído com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Petrobras e do Banrisul. Está localizado na Rua da Ladeira (Rua Gal. Câmara), entre o Theatro São Pedro e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), é composto por um sala moderna, com “equipamentos de som e imagem” (projeção 35mm), ambiente climatizado e capacidade de 83 pessoas, com assentos acessíveis. Mais informações:

CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

Terças a domingos, com sessões às 15h, 17h e 19h

R$10 inteira | R$5 meia-entrada (Confira a programação completa no site do CineBancários)

2.Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ)

___Um centro cultural que possui 3 salas de cinema, que por vezes exibem filmes alternativos. Sua história começa em 1980, com a compra do antigo Hotel Majestic pelo governo do Estado e sua classificação como patrimônio histórico. A transformação em Casa de Cultura – e o batismo com o nome do mais célebre morador do hotel, o memorável poeta gaúcho Mário Quintana – foi finalizada em 1990, quando o espaço foi aberto ao público. A efetivação do espaço cultural previu, além de biblioteca, museu e teatro, três salas de cinema, que homenageiam grandes nomes do cinema gaúcho e mundial: - Sala Norberto Lubisco (1947-1993), Sala Paulo Amorim (1930-1986) e Sala Eduardo Hirtz (1878-1951). Com capacidade aproximada de 80 lugares, todas as salas contam com “climatização”, som Dolby Stereo e dois projetores Bauer-8 35mm. A programação privilegia obras independentes e alternativas, do cinema nacional e internacional. Mais informações:

Casa de Cultura Mário Quintana – Salas de cinema

Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

Terças a domingos, com sessões em horários variados

R$12 terças, quartas e quintas | R$14 de sexta a domingo e feriados | Meia-entrada para estudantes, idosos e clientes Banrisul (Confira a programação completa no site da CCMQ)

3.Cine Santander

___Um espaço que também se dedica a uma programação alternativa em Porto Alegre. Estes locais são ótimas opções para quem procura uma experiência cinematográfica fora do circuito de grandes shoppings e que buscam um contato maior com a cultura local. Um prédio de aproximadamente 5.600 m², tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual. O que hoje é um centro cultural, já serviu de sede para os bancos da Província, Nacional do Comércio, Sul Brasileiro e Meridional. O Santander Cultural é um ponto icônico da capital voltado especialmente à arte moderna e contemporânea. Já recebeu obras de artistas como Miró, Picasso, Miguel Rio Branco, Vik Muniz e Vasco Prado. Além de espaço para exposições e shows musicais, o que muitas gente não sabe é que o Santander Cultural dispõe de uma sala de cinema, o Cine Santander. Sua intenção ser referência no circuito artístico, destacando produções do cinema brasileiro e mundial, com ênfase em mostras, festivais e sessões comentadas, com a presença de elenco e realizadores. Com 85 lugares, a sala é “climatizada” e conta com “equipamento moderno de áudio e vídeo”. Mais informações:

Cine Santander – Santander Cultural

Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

Terças a domingos, com sessões em horários variados

R$10 para todas as sessões (Confira a programação completa no site do Santander Cultural)

4.Cinemateca Capitólio

___Um centro histórico que abriga o cinema, prédio projetado pelo engenheiro Domingos Rocco e inaugurado em 1928. Da restauração do antigo Cine-Theatro Capitólio, nasceu o projeto da Cinemateca Capitólio, espaço cultural ligado à Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e inaugurado em março de 2015. Além da restauração de uma das salas de cinema mais luxuosas da capital, a intenção era a preservar, armazenar e difundir a memória do cinema gaúcho. E está dando muito certo! - Atualmente, o local é amplamente frequentado e cenário de diversas mostras e festivais que enfatizam produções locais e mundiais, com foco independente. A sala de exibição mantém as características originais do espaço, preservando o amplo pé direito e a arquitetura da tela. Conta com capacidade para 164 espectadores (além assentos acessíveis) e com cabine de projeção equipada com dois projetores 35mm e projeções digitais em 2K. Mais informações:

Cinemateca Capitólio

Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico – Porto Alegre (RS)

Terças a domingos, com sessões em horários variados

R$16 para sessões comerciais | R$10 para demais sessões | Meia-entrada para idosos e estudantes (Confira a programação completa no site da Cinemateca Capitólio)

 5.Sala Redenção

___Inaugurada em 1987, a Sala Redenção de “cinema universitário” se propõe a resgatar os grandes clássicos do cinema mundial, exibir produções realizadas em diferentes países, além de reservar um espaço significativo para o cinema nacional. É um local de integração, disposto a despertar no público o gosto estético e o enriquecimento cultural. É mantido pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS e o mais interessante: mantém entrada gratuita. O espaço conta com 203 lugares e equipamentos para projeção de filmes em blu-ray e outros formatos de alta definição digital. Recentemente, passou por uma grande reforma interna para melhoria em poltronas e carpete. Com programação constante de mostras e ciclos temáticos, busca privilegiar produções alternativas. Mais informações:

Sala Redenção – Cinema Universitário

Campus Central da UFRGS: Av. Paulo Gama, 110 – Farroupilha – Porto Alegre (RS)

Segunda a sexta-feira, com sessões em horários variados

Entrada gratuita (Confira a programação completa no site do DDC UFRGS)

 6.Guion Cinemas

___Outro espaço que se dedica a filmes alternativos, localizado no centro da cidade. Há mais de 20 anos, o Guion Cinemas se propõe a trazer para as telonas aquelas películas não tão conhecidas do grande público. O complexo com três salas de exibição, café e galeria de arte foi inaugurado em 1995 e batizado com o nome de um tradicional bairro japonês de Kyoto, um verdadeiro centro de artes. Com espaço médio de 100 lugares, as salas são climatizadas e contam com projetores de última geração, além de confortáveis e espaçosos assentos – com espaço de dois metros entre um espaldar e outro, e a possibilidade de locação de pufes para o descanso dos pés. A programação do Guion Cinemas é voltada para produções nacionais e internacionais independentes, além de mostras, circuitos e festivais de cinema alternativo. Mais informações:

Guion Center Cinemas

Rua General Lima e Silva, 776 – Cidade Baixa – Porto Alegre (RS)

Todos os dias, com sessões das 14h às 21h.

Segunda a quarta, R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) | Quinta a domingo e feriados, R$24 (inteira) e R$12 (meia-entrada)

Confira a programação completa no site do Guion Cinemas

CINESESC – Projeto

___O projeto prevê exibição de filmes com uma programação diversificada a todos os públicos, contribuindo com a formação de plateias, aproximação com a linguagem do audiovisual e o desenvolvimento artístico cultural. Pode ser realizado em “escolas, salas de cinema do Sesc, espaços culturais parceiros” com infraestrutura adequada e de forma a valorizar a linguagem e ainda ser exibido em formato de “cinema de rua”, por meio de equipamentos de projeção e exibição fornecidos e operacionalizados pelo SESC. Projeto de realização nas cidades de Unidades Operacionais e jurisdição.

2024

Arcoplex Cinemas – Rede  

Em 2024, a rede Arcoplex Cinemas conta com 86 salas de cinema em seis estados, totalizando 30 cinemas em 25 cidades. No Rio Grande do Sul, onde a sede administrativa está localizada desde a década de 1970, são 24 salas espalhadas pelo Interior. Na Capital, o grupo também controla o Porto Alegre Strip Center (com duas salas em reforma), o Rua da Praia 1 e 2, Arcoíris Bourbon Assis Brasil e administrava o Victoria 1 e 2.

CINEMATECA PAULO AMORIM – 40 ANOS

Mostras Especiais

___Em seus 40 Anos de atividades, a Cinemateca Paulo Amorim programou centenas de mostras especiais, esteve sintonizada com o melhor da produção fora do circuito comercial, dando espaço ao cinema local. Vários filmes gaúchos ficaram semanas em cartaz. Diversos diretores, atores, técnicos participaram de estreias, sessões comentadas, eventos especiais.

Mostras sobre Cinema Gaúcho

Retrospectiva Cinema Gaúcho (SPA, 16 set-6 out 1985)

Mostra do Cinema Gaúcho (SPA, 21-24 ago 1986)

Mostra Fotogramas Gaúchos / XXX Semana de Porto Alegre (SPA, 27 mar-2 abr 1989)

Cinemateca Paulo AmorimParcerias

___Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa; Embrafilme;

Clube de Cinema de Porto Alegre (fundado em 1948): sessões em horários especiais pela manhã aos sábados e/ou domingos; Goethe-Institut / ICBA Instituto Cultural Brasileiro Alemão; Ponto de Cinema / Cinemateca Gaúcha; Bureau d'Action Linguistique de Porto Alegre; SAMRIG; APTC-RS Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do RS; Fundação Leopold Sedar Senghor; Consulado Geral da República Argentina; Associação dos Amigos Professores de Francês do RS; Aliança Francesa/Alliance Française / Centro Franco-brasileiro; II Seminário Latino-americano de Família e Comunidade; Instituto Cultural Brasil-URSS; IECINE Instituto Estadual de Cinema do RS; Consulado Geral do Japão de Porto Alegre; Ministério de Relações Exteriores e Culto da República Argentina / Direção Geral de Assuntos Culturais / Consulado Geral da Argentina; Secretaria Extraordinária de Ciência e Tecnologia; Sovexportfilm; Cinemateca do MAM; Estação Botafogo (Rio de Janeiro); Cinemateca Brasileira (São Paulo); Comitê de Emigração Italiana / Divisão de Cultura; Escola Municipal Grande Oriente (Rubem Berta); Cia. Carris; jornal Leia; Discoteca Pública Natho Henn; Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 30 anos; Secretaria de Ciência e Tecnologia; MAST Museu de Astronomia e Ciências Afins (Rio de Janeiro); CIENTEC Fundação de Ciência e Tecnologia; BRDE; CNPq; AGAPAN Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural; TVE RS; Embaixada da República Popular da China; Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; Folha de S. Paulo; jornal Última Cena; Fundação do Cinema Brasileiro; Agência Latina; Embaixada da Polônia; USIS Serviço de Divulgação e Relações Culturais dos Estados Unidos; Departamento de História da PUCRS; LBA Legião Brasileira de Assistência; ICAIC Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos; Associação dos Professores de Francês do Rio Grande do Sul; SMC-PMPA Secretaria Municipal da Cultura-Prefeitura Municipal de Porto Alegre / XXX Semana de Porto Alegre; Cinemateca do Serviço Cultural do Consulado Geral da França em São Paulo; Embaixada da França no Brasil; Coletivo de Produção; Projeto Revivendo Mozart; Consulado Geral da Itália; Câmara de Comércio Italiana para o Rio Grande do Sul; Instituto Cultural Judaico Marc Chagall; Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia; Barber Shop; Atlântida Cinematográfica (Rio de Janeiro); Fundação Japão; Embaixada do Japão; Ministério de Educação Nacional e Cultura / CNC Centro Nacional de Cinematografia / Bureau de União das Indústrias Cinematográficas da França; Cinemateca do Serviço do Consulado da França no Rio de Janeiro; Secretaria de Turismo de Gramado; Consulado General de España; Centro Cultural Brasil-Espanha; Cineclube Estação Botafogo (Rio de Janeiro); Editora Vozes; Belas Artes Cinematográfica; Caribe Produções; Instituto Estadual de Artes Cênicas; British Council; ACIRS Associazione Culturale Italiana del Rio Grande do Sul; CECUNE Centro Ecumênico da Cultura Negra; Companhia Cinematográfica Franco-brasileira; Cinecittà International; (...)

___APTC-ABD-RS Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul: mostras e atividades, tais como:

Retrospectiva cinema gaúcho (SPA, 16 set-6 out 1985)

1º Prêmio APTC de Cinema Gaúcho (SEH, 5-10 dez 2000)

2º Prêmio APTC de Cinema Gaúcho – Exibição dos filmes produzidos em 2001 (SEH, 11-16 dez 2001)

3º Prêmio APTC de Cinema Gaúcho (SEH, 1º-6 abr 2003)

4ª Mostra APTC de Cinema Gaúcho (SEH, 1º-6 jun 2004)

Maratona de cinema gaúcho – APTC 20 anos (SNL, 1º-14 ago 2005)

4º Festival do Cinema Menor [super-8] (SEH, 2 set 1988)

Sessão ACCIRS Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul

FANTASPOA Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre

Parceria desde a primeira edição em outubro de 2005.

SMVC Santa Maria Vídeo e Cinema

Apoio cultural: Banco Nacional (abr 1986-dez 1995); Espaço Unibanco de Cinema (jan 1996-dez 2006); Espaço Banrisul de Cinema (out 2007-atual).

Cinemateca Paulo AmorimColeção de Cartazes

Desde sua criação a Cinemateca Paulo Amorim guarda os cartazes dos filmes e das mostras exibidos em suas três salas. São c.4.000 cartazes indexados. A coleção possui 200 cartazes de filmes gaúchos. Entre as preciosidades dos anos 1960-90 fazem parte da coleção:

Pára, Pedro! (Pereira Dias, 1969). Doação: Ivo Czamanski.

Motorista sem limites (Milton Barragan, 1970).

Um é pouco, dois é bom (Odilon Lopez, 1970). Arte: Lecy Gluer.

Teixeirinha a 7 provas (Milton Barragan, 1972).

A Morte não marca tempo (Pereira Dias, 1973). Arte: João Mottini. Doação: Ivo Czamanski.

A Quadrilha do Perna Dura (Pereira Dias, 1976). Arte: Benicio.

Carmem a cigana (Pereira Dias, 1976). Arte: Benicio.

Tropeiro velho (Milton Barragan, 1979). Arte: Benicio.

A Filha de Iemanjá (Milton Barragan, 1981).

Verdes anos (Carlos Gerbase, Giba Assis Brasil, 1984).

Rocky & Hudson (Otto Guerra, 1994).

Lua de outubro (Henrique de Freitas Lima, 1997).

Anahy de las Misiones (Sérgio Silva, 1997).

Cinemateca Paulo AmorimDiretores-Programadores

Romeu Grimaldi

___O cinema foi a grande paixão do engenheiro civil Romeu Grimaldi. Responsável pela programação do Cine Vogue (na Av. Independência) e no início da década de 1980 do Cine Bristol (mezanino do Cine Baltimore, na Av. Oswaldo Aranha), que se destacaram pela diversidade de filmes e ciclos exibidos. Grimaldi ajudou a formar o imaginário de uma geração, com obras pautadas pela inventividade, indagação e qualidade artística. Especialmente o Bristol acabou se tornando referência de sensibilidade e formação crítica.

Em 1984, Romeu Grimaldi é convidado pelo subsecretário de Cultura Paulo Amorim para ser o programador das salas da Cinemateca Estadual, que coordenou até seu falecimento em 1996. Nestes 12 anos ele imprimiu e estabeleceu um padrão de cinema como arte, com ciclos, relançamentos de clássicos, mostras internacionais (Irã, China, França, Alemanha, Itália), lançamentos que não interessavam às salas do circuito comercial e produções independentes. Dedicado e apaixonado pelo cinema, Grimaldi seguiu e acreditou na proposta de uma programação alternativa. Responsável pela criação da Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim, ele manteve boas relações com os exibidores e distribuidores locais e os grandes distribuidores sediados no Rio de Janeiro e São Paulo. Além de impulsionar as salas, também passou a lançar filmes exclusivos, consolidando um padrão de qualidade.

Luiz Carlos Pighini

___Construiu sua trajetória na área administrativa e foi, durante muitos anos, gerente de recursos humanos da Pepsi Cola, com passagens pelo Rio de Janeiro e Porto Alegre. Também era cinéfilo e, depois da aposentadoria, começou a assessorar Romeu Grimaldi na direção da Cinemateca Paulo Amorim. Com a morte de Grimaldi, em dezembro de 1996, Pighini assume a direção da Cinemateca ficando no cargo até 2007. Ele também participava do Clube de Cinema de Porto Alegre e da Associação dos Amigos da Cinemateca Paulo Amorim. Ainda dirigiu em 8 mm o curta Os Bondes (1968), com fotografia de Norberto Lubisco. Apaixonado por cinema, Pighini enumerou alguns de seus filmes preferidos, dos quais destacam-se os italianos dirigidos por Visconti e Fellini, que tiveram muitas mostras na Cinemateca.

Acordes do coração (Humoresque, Jean Negulesco, 1946, US), Vidas amargas (East of Eden, Elia Kazan, 1955, US), Rocco e seus irmãos (Rocco e i suoi fratelli, Luchino Visconti, 1960, IT-FR) O Sol por testemunha (Plein soleil, René Clément, 1960, FR-IT), Uma Vida em pecado (Studs Lonigan, Irving Lerner, 1960, US), A Doce vida (La Dolce vita, Federico Fellini, 1960, IT-FR), O Leopardo (Il Gattopardo, Luchino Visconti, 1963, IT-FR), (Federico Fellini, 1963, IT-FR), Vagas estrelas da Ursa (Vaghe stelle dell'Orsa..., Luchino Visconti, 1965, IT-FR).

Cinemateca Paulo AmorimFuncionários

___Prestigiar aqueles de dão o seu dia a dia para o bom desempenho do serviço de cinema:

Romeu Chaves Grimaldi (1984-1996)

Luiz Carlos Pighini (1996-2007)

Mônica Kanitz (2011-atual)

Valdir Angelo Brugali (projeção: 2 maio 1987-1º abr 1988)

Paulo Henrique Hartmann (projeção: 1º maio 1991-30 nov 2024)

Lourenço Silva Gonçalves (projeção: 1º ago 1991-3 out 1991)

Weygand Tramasolli Soares (portaria: 1º ago 1991-3 dez 1991)

Raimundo Silva Jardim (projeção: 1º ago 1991-5 jan 2010; falecido)

Paulo Cesar Mesquita (portaria: 16 ago 1991-18 nov 1991)

Edmundo de Menezes Paredes Junior (projeção: 10 set 1991-3 dez 1991)

Sandra Luciane da Silva Hartmann (portaria: 10 set 1991-atual)

Marcos de Brito Paza (projeção: 12 maio 1992-mar 1993 + 5 out 1993-3 jan 2002 + 1º jul 2002-28 mar 2006)

Leonardo Retamoso Palma (portaria: 18 maio 1992-jul 1993?)

Fernando Paza (projeção: 1º jun 1991-8 out 1993 + 18 fev 1994-1º jun 2001) [pai de Marcos]

Elaine de Oliveira Fraga (bilheteria: 20 mar 1995-9 jan 2004)

Madalena Luiza John (portaria > bilheteria: 20 mar 1995-atual)

Antonio Focchesatto (portaria: 1º nov 1995-11 dez 2013)

Oswaldo de Souza (projeção: 1º jun 1996-5 jan 2010)

Manoel Divino Azevedo (portaria: 1º out 1996-1º abr 2002)

Sergio Kummel Rodrigues Severo (assessoria adm> gerência: 1º out 1996-30 abr 2013)

Cirilo de Azevedo Nunes (portaria: contrato de experiência: 6 jun 2000-5 jul 2000)

Pedro Mauricio Dias da Silva (portaria: 22 set 2000-21 out 2000 + 18 nov 2000-2 maio 2002)

Eduardo Rodrigues da Conceição (projeção: 1º jul 2001-5 jan 2010)

Adair José Severo de Souza (portaria: 15 abr 2002-atual)

Tiago Domingues da Silveira (portaria > projeção: 22 jan 2004-atual)

Marcelo Amarinho Ortiz Filho (portaria > bilheteria: 1º mar 2013-31 mar 2025)

Renato Cabral de Oliveira (gerência: 1º jun 2013-28 jan 2014)

Valeska Conti (gerência: 5 mar 2014-27 mar 2015)

Valeria dos Santos Nunes (gerência: 1º jun 2015-12 fev 2016)

[nomes, funções e períodos acima cf. livro de registro dos empregados da firma]

Berenice de Oliveira Fraga (secretaria: fev 1992-jul 1998)

Mariângela Ribeiro Machado (técnica em assuntos culturais: dez 1992-out 1993)

Cristina Machado Keunecke (agente administrativa: dez 1992-dez 1993)

Vítor Francisco Fraga Antunes (portaria: dez 1992-abr 1996)

Ivan Rodrigues dos Santos (mar 1993)

Rudimar Coromaldi (mar-abr 1993)

[nomes, funções e períodos acima cf. dois cadernos de livro-ponto do Arquivo da Cinemateca, com a colaboração de Paulo Hartmann]

Iara Vieira (assessoria de imprensa: 1986?-1996?)

Neusa Valejo (gerência)

Vera Stracke

Daniel Soares (projeção: 1985-1987)

Arthur Carravetta (projeção)

Regina Lunkes Diehl (assessoria de imprensa: maio-jun 1993)

Laís Chaffe (assessoria de imprensa e criação e atualização do site: 1997-abr 2007)

Leonardo Nunes de Freitas da Silva (estagiário de Publicidade e Propaganda: out 2012-nov 2014 + produção cultural: 10 maio 2018-31 mar 2022)

Leonardo Bomfim (gerência: maio 2013)

Adriane de Araujo Rosa (gerência: 2 jan 2016-28 fev 2022)

Marizele Garcia (produção cultural: 1º jul 2021-30 jun 2023)

Kevin Nicolai (produção cultural: mar-abr 2022)

Fernanda Pucurull (gerência: mar 2022-atual)

Jardel Machado Hermes (produção cultural: 1º jun 2022-30 dez 2022)

Marina Pessato (produção cultural: 2 ago 2022-10 mar 2023)

Bruna Haas (assessoria cultural: 4 jul 2023-atual)

Rodrigo Figueiredo Nunes (apoio ao Portal do Cinema Gaúcho: 2022-atual)

Lavinia Guerra Samuria (estagiária: 10 out 2024-atual)

Ana Cristina Schossler Carvalho (estagiária: 10 out 2024-atual)

Laísa Meireles Goulart (apoio à produção: 1º abr 2025-atual)

Cine Victória 1 e 2 – Encerramento

Em 19 de junho de 2024, as salas de exibição do Cine Victória, na Avenida Borges de Medeiros, bairro Centro, fechou suas portas. Tapume foi colocado na janela da bilheteria do cinema e cartazes de filmes foram retirados. O cinema estava com baixo movimento, mesmo antes da enchente (maio 2024). A sócia Cristiane de Souza Brandolt diz que o prejuízo chegou a R$ 300 mil, contando reforma e multa rescisória paga ao deixar o espaço. A parte do letreiro onde estava escrito "By Cult Cinemas" foi retirada. Foi prejuízo do início ao fim. Mesmo com muitas tentativas e ingresso a R$ 10, não tivemos um único mês "no verde". O aluguel em Porto Alegre é o dobro (do Interior). Também é difícil competir com os shoppings — diz a empresária. O imóvel ainda não tem novo interessado e a administração cogita alugar para eventos. Cristiane usará os equipamentos do Victória, como caixas de som e projetor, em outro cinema que abrirá. A cidade ainda está sendo definida, mas será no interior do Estado. (Giane Guerra – CZH)

Nota:

- A rede na cidade de Santiago, onde entramos recentemente, a sala está "bombando" — diz Cristiane. 

2025

Salas de Cinemas – Favoritos

Em 2025, os considerados 16 resultados ordenados por favoritos dos cinéfilos de Porto Alegre:

1. Santander Cultural – De Museu, Galerias de Arte, Shows, Historic City Center

___O prédio, belíssimo, fora sede do banco Santander, e até hoje ostenta uma exposição permanente de moedas históricas.

2. IMAX Porto Alegre – Shopping

___A qualidade de som muito melhorada e uma sala com uma inclinação maior que te deixa bem próximo a tela.

3. Cinemateca Capitólio – De Rua

Nestes tempos de pandemia de Covid19, a Cinemateca está com atividade interrompida, mas foi sempre um ótimo lugar.

4. Cinema GNC Lindoia – Shopping

___Lugar bom para ir fim da tarde não muito movimentado e com boas lojas e espaço no estacionamento, sempre tem vagas.

5. Guion Center Cinemas – Shopping

___Melhor espaço cultural de Porto Alegre: excelentes filmes, Galeria de Artes, Café, ótimo atendimento. Adoro!

6. Cine Bancários – De Rua

___É ótima em suas instalações, passa sempre filmes que estão fora do grande circuito comercial e de excelente.

7. Instituto NT de Cinema e Cultura – De Rua

___O Instituto NT era um lugar excelente, com cafeteria, salas de cinemas, sala com piano e exposição de arte.

8. Cinemark Bourbon Wallig – Shopping

___Assisti filme dia 31/05/2023, "Homem-Aranha: Através Do Aranhaverso", na Sala 5, dublado, às 20:00 hrs.

9. Cinemark Barra Shopping Sul – Shopping

10. Cinepólis João Pessoa – Shopping

___Poltronas com boa distribuição e com visual de localização excelente. Vale a pena ir assistir os filmes.

11. GNC Cinemas – Shopping

___Cinema fica próximo de uma das praças de alimentação onde também dispõe de sanitários.

12. Cinemark – Shopping

13. Cinemark – Shopping

14. Espaço Itaú De Cinema – De Rua

15. Casa De Cinema De Porto Alegre – De Rua

16. Cinemateca Paulo Amorim – De Rua

Alguns Prédios

____A situação de alguns prédios no decorrer, alguns fechados, outros derrubados, outros reformados e reaproveitados.

Cine Teresópolis

___Alugado para o Banco Banrisul.

Cine Gioconda

___Esteve como filial da loja TAQI.

Cine Ipanema

___Este no mesmo lugar, em ruínas. Nunca foi nada.

Cine Theatro Avenida

___Foi um grande Bingo, de mesmo nome, na década de 1990.

Cine São João

___Este agencia do Banco do Brasil, com parte do cinema encarcerado atrás de paredes.

Cine Lido

___Este cinema continua lacrado com sua rampa fechada.

Cine Tamoio

___Abriga a Churrascaria Kasarão. Quem entra na churrascaria, logo nota o cinema que ali havia. Os atuais donos projetam imagens de TV na antiga tela.

Cine Theatro Guarany

___Abriga agencia do Banco Safra, prédio preservado.

Prédios Preservados

Cinema Imperial

___Praça da Alfandega, bairro Centro, Futuro Centro Cultural da CEF, Cine Teatro Imperial, também conhecido como “Cinema Imperial”, é um prédio histórico de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O prédio em abril de 2004, foi tombado como patrimônio histórico municipal, a partir de aprovação pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre (COMPAHC).

Cine Astor

___Av. Benjamin Constant, bairro Floresta

 

Atual Moov Hotel

Cine Teatro Presidente

___Av. Benjamin Constant, bairro Floresta.

Cine Capitólio

___Av. Borges de Medeiros, abriga sala de cinema e arquivo documental do cinema gaúcho.

CINE CINCO

Avenida Ipiranga, 6681, Partenon – Prédio 5

PUCRS – FAMECOS

Em 09 de outubro de 2025, quinta-feira, a PUCRS inaugurou “sala de cinema” Cine Cinco, com 200 lugares, no térreo do Prédio 5 – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), gratuita e aberta à comunidade por ordem de chegada.

___Um resgate do espírito dos “Cinemas de Rua” e aproxima a comunidade do universo audiovisual. Sala de cinema estará em funcionamento até 12 de dezembro de 2025, com retorno em março de 2026, no período escolar.

___No coração da PUCRS, um novo espaço cultural reacende essa faísca: o Cine Cinco.

“Este espaço é mais do que um cinema, é um convite à reflexão, à sensibilidade e ao diálogo. Queremos que este seja um lugar de encontro entre diferentes visões de mundo, entre gerações, culturas e narrativas. Um espaço onde o cinema não seja apenas assistido, mas debatido, sentido, contestado e celebrado”, afirmou o reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, durante a cerimônia de inauguração do Cine Cinco. O diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, relembrou a atmosfera dos antigos cinemas de rua da Capital, como o Cine Marrocos, na Getúlio Vargas, e o Baltimore, na Osvaldo Aranha. Ele contou que, sempre que entrava na sala que hoje é o Cine Cinco, olhava para as cadeiras e pensava “isso aqui é um pequeno cinema partilhado”. 

“Me orgulho de estar em uma Universidade que permite sonhar e coloca a cultura como algo central em nossa sociedade. Hoje, celebramos mais um passo na consolidação desse polo cultural e dessa Universidade que acredita na arte e na cultura como cultivo da vida. A inteligência artificial veio para ficar, mas é essa outra IA, a inteligência artística, que mantém viva a nossa humanidade”, pontuou Ricardo Barberena.

___A sala é fruto de uma parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Escola de Comunicação, Artes e Design – FAMECOS, o Cine Cinco terá sessões nas quartas, quintas e sextas, às 17h, divulgadas na programação mensal da PUCRS Cultura e da FAMECOS. Serão exibidos filmes brasileiros e internacionais, além de sessões especiais e mostras em outros horários.

“O Cine Cinco nasce para ampliar esse diálogo entre universidade, cultura e comunidade. Entre tantas coisas que poderíamos destacar neste momento, quero ressaltar essa: a alegria de ver a PUCRS se consolidando como um polo cultural vivo e pulsante”, destacou Rosângela Florcsack, decana da FAMECOS. 

Daniela Mazzilli, coordenadora de Cinema e Audiovisual da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, também esteve presente e marcou o simbolismo deste momento “em tempos de expansão dos serviços de streaming”.

“Este espaço significa muito mais do que oferecer um lugar para exibir filmes, significa reafirmar o valor do encontro, da troca e da vivência coletiva. Isso transforma vidas, transforma a cidade e certamente transformará também este campus e este bairro. Ter uma nova sala como esta abre possibilidades para que as nossas histórias locais também ganhem visibilidade”, disse.

___A diretora de Identidade Institucional, Simone Engler Hahn, ressaltou em seu discurso: “O cinema tem a rara capacidade de nos colocar diante do outro, de suas histórias, de suas dores e de suas esperanças. Ele amplia o nosso olhar sobre o mundo e nos convida a compreender de forma sensível e profunda aquilo que nos torna humanos. E é exatamente o que queremos que o Cine CInco represente: encontro, diálogo e de formação integral”. 

___A ideia é que o espaço seja um ponto de encontro para estudantes, professores, moradores da cidade e amantes do cinema — um lugar onde se possa ver, discutir, sentir. Mais do que uma programação, a proposta é criar um circuito de afeto e reflexão. A curadoria pretende incluir produções brasileiras e internacionais, clássicos, filmes independentes e títulos que raramente encontram espaço em salas comerciais.

           Sessões regulares: quartas, quintas e sextas, às 17h (programação sujeita à alteração, confira aqui eventuais alterações e sessões especiais em outros horários).

Cine Cinco – Um Encontro com a Memória

___Produzido e filmado em Porto Alegre, “Um é Pouco, Dois é Bom” (1970), dirigido por Odilon Lopez, foi o longa escolhido para “inaugurar a sala de cinema” Cine Cinco da PUCRS. A sessão de abertura contou com a presença de Vanessa Lopez, jornalista e filha do diretor, que falou sobre o processo de restauração do filme.  Ela explicou que a recuperação envolveu diferentes acervos históricos e técnicos, e partiu da combinação de uma cópia em 35 mm preservada na Cinemateca Capitólio, de uma versão digitalizada pela Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro, e dos negativos mantidos na Cinemateca Brasileira. A partir desse material, foi possível chegar a um resultado de alta qualidade visual e sonora.

“Quando assisti pela primeira vez, fiquei muito impressionada com as cores e com o som. Parecia que o filme tinha sido feito há pouco tempo, embora seja evidente toda a história que ele carrega. Vocês vão ver a Porto Alegre de 50 anos atrás, e temas que continuam atuais”, afirmou.

Emocionada, Vanessa destacou o orgulho que sente ao ver a obra do pai dialogando com novas gerações: “Eu sempre penso que meu pai, onde quer que esteja, deve estar com muito orgulho. Ele realmente conseguiu fazer um clássico. É um filme que envelheceu muito bem e que traz recursos cinematográficos que hoje são amplamente usados, mas que ele já explorava naquela época. Para mim, é muito emocionante, porque, de certa forma, meu pai estará aqui esta noite, não apenas comigo, mas também com todos vocês. Muito obrigada por estarem aqui.”

Fim da Cronologia

Literatura

 

___No livro The End – Cinemas de calçada em Porto Alegre analisa as causas e conseqüências do fim comercial das “salas de rua” na cidade de Porto Alegre. Na pauta – um breve histórico das salas de cinema da capital gaúcha no início do século XX até as últimas sessões de cines como Capitólio e Imperial. Tudo bem parecido com o que acontece no resto do país.

Porto Alegre Resiste,

Com suas Salas de Cinema.

It's not The End.

Não é o Fim.

Do Fim sempre um Recomeço.

Obrigado.

Volte Sempre!

Leia sobre o Cinema em Porto Alegre.

Nota:

- Desculpe-nos pelas falhas, o principal motivo é de não ser encontrado registros escritos ou fotográficos de algumas salas de cinema e, em outros casos, há dúvidas até acerca de seus corretos dados e endereços.

 

NOTAS, CONSULTAS E TEXTOS ADAPTADOS:

AS TELAS DA CIDADE, A trajetória das salas de cinema em Porto Alegre, Rene Goellner, Fernanda Rechenberg, Sérgio Capparelli

Blog Leal e Valerosa – O Maior Presente

Blog Mika Lima

Acervo Jaime Bauer Pires Larini von Muller

Referencias de José Valmir da Costa

Referencias CARLOS ADIB

Referencias Milton Ribeiro
Jornal Independente

Jornal A Federação

Jornal Correio do Povo

Jornal do Comércio

GZH – Jornal Zero Hora

Arquivo Histórico Moysés Vellinho

Museu Hipólito José da Costa

Arquivo da Cinemateca Paulo Amorim

Arquivo Cinemateca

Matinal Jornalismo – PORTO ALEGRE 250 ANOS: HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES, por Arnoldo Walter, de 10 setembro 2022

IBGE - Censos Demográficos de 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2010, 2022.

Cláudio Todeschini, em entrevista aos pesquisadores.

Cf. VIEIRA, JL et al. In: “Cinemas da Metro e a dominação ideológica”. Filme Cultura, n 47, ag/86 p. 59: “O cinema historicamente levou um certo tempo para constituir uma arquitetura específica, com superfícies, planos e volumes próprios. Das fotografias animadas ao cinema como experiência estética, o espaço que acolheu essas imagens em movimento passou das pequenas salas improvisadas do final do século para o requinte dos Roxys e Capitols disseminados pelo mundo inteiro”.

BECKER, Tuio, Zero Hora, 4-12-95. Becker ainda destaca: “Em oposição aos dramas com as divas, o cinema italiano desenvolveu uma série de filmes colossais, de grandes espetáculos, que marcaram o advento do longa-metragem, Quo vadis?, de Enrico Guazzoni (1913) e Cabiria, de Giovani Pastrone (1914) levaram meses para serem filmados e exigiram um capital colossal. Serviram de inspiração para que W. Griffith realizasse Intolerância (1916)”.

PELLIN, Roberto. Revelando a Tristeza, s/d, e/editora.  

TODESCHINI, no jornal O Continente

Carlos SCLIAR, em entrevista a autora em agosto de 1998.

VIEIRA, JL et al. “Cinemas da Metro e a dominação ideológica. Filme Cultura, n 47, ag/86 p. 59-61. Os autores escrevem que: “A uma estandartização da linguagem do filme corresponde também uma estandartização da linguagem da sala. Os cinemas da MGM, embora projetados por arquitetos no Brasil (ainda que estrangeiros, vivendo no Brasil), são completamente supervisionados por técnicos americanos. Em todos os níveis, a Metro buscou definir junto ao público uma forma específica de consumir filmes, identificada com sua própria marca. (...) Cedric Gibbons, principal diretor de arte da companhia, já havia definido e caracterizado como o visual da Metro: rico, aveludado, de sonhos”. Este não foi exatamente o caso do Guarani, que ainda segui mais as estruturas arquitetônica do teatro, do que do cinema.

TODESCHINI, em entrevista aos pesquisadores.

De Roco, em entrevista aos pesquisadores

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARTICULARES:
Anderson D'Onofrio França.
Ronaldo Fotografias.

http://ronaldofotografia.blogspot.com.br/.../theatro...

http://cinemaspoa.blogspot.com.br.

http://cinemasportoalegre.blogspot.com.br.

Cinemas de rua em Porto Alegre - Lume UFRGS - Olavo Amaro da Silveira Net - Dissertação para mestrado em Arquitetura - junho de 2001.

 

 

 

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